ESTM - Mestrado em Gestão da Qualidade e Segurança Alimentar
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- Acreditação de metodologias analíticas na área da química alimentarPublication . Manecas, Joana Filipa Marques; Silva, Maria Manuel Gil de Figueiredo Leitão e; Costa, Martina Henriques daA crescente preocupação dos consumidores relativamente ao consumo de géneros alimentícios seguros e sãos foca a importância das análises laboratoriais. Desta forma surge a necessidade de confiança nos laboratórios que a conseguem pela acreditação das suas técnicas. A acreditação serve para um laboratório transmitir ao mercado confiança acrescida, pois este encontra-se organizado segundo princípios e práticas de gestão e de técnica mais adequados. Este trabalho teve como objetivo principal a concretização do processo de acreditação de metodologias analíticas na área da química alimentar, pela Norma NP EN ISO 17025:2005, levando à extensão do âmbito de acreditação do Laboratório Globalab a esta área técnica. Os métodos a acreditar foram a determinação do teor em Cinza, do teor de Humidade, do teor de Lípidos e ainda do teor de Proteína Bruta em Géneros Alimentícios. Este processo engloba a seleção e implementação dos métodos, a sua validação pelo estudo da exatidão (Materiais de Referência e Ensaios Interlaboratoriais), avaliação da precisão, recorrendo a duplicados e ou padrões de controlo e avaliação da incerteza. Por fim realiza-se a Auditoria Interna às técnicas analíticas. Através deste trabalho foi possível verificar que todos os métodos foram corretamente implementados, sendo exatos e precisos. Da realização da Auditoria Interna com um auditor externo ao laboratório foram levantadas três constatações: uma não-conformidade menor e duas oportunidades de melhoria. Face às constatações levantadas o Globalab elaborou o respetivo Plano de Ações Corretivas (PAC) onde são determinadas as causas das constatações e respetivas correções e ações corretivas. Com este relatório conclui-se que o laboratório está preparado para a realização da Auditoria Externa realizada por auditores do Instituto Português da Acreditação (IPAC).
- Acumulación de metales pesados (Pb y Cd) en almendras de cacao durante el proceso de fermentación y secado.Publication . Álvarez Andrade, José Ricardo; Mendes, Susana Luísa da Custódia Machado; Intriago Flor, FrankLa presencia de metales pesados especialmente cadmio y plomo en cultivos de cacao (Theobroma cacao L.), es un problema tanto para agricultores y exportadores de cacao, como para los centros de acopio. La presente investigación tiene como objetivo determinar por espectrofotometría de emisión atómica con plasma inductivamente acoplado la concentración de Cd y Pb en las almendras de cacao que trata la Asociación de productores de cacao Fortaleza del Valle, en los estados de fresco, fermentado y secado. Se analizaron variables físico-químicas acorde a criterios de atributo de las almendras de cacao para lo cual se utilizó un DCA con cinco repeticiones. Las variables estudiadas se analizaron con un ANOVA al 95 % de nivel de confianza y se obtuvo para la humedad 6,33 %; el pH 6,24; el porcentaje de acidez 1,17 %, la determinación del índice de semilla 1,32; la determinación del índice de mazorca 21,94; la determinación del número de almendras por mazorca 40,43; la determinación del peso de 100 almendras 136,34 y la determinación del porcentaje en testa 19,12 %. Los valores promedio de concentración de Cd en las diferentes fases de postcosecha de cacao fueron 0,89 mg.kg-1 para el mucílago, 0,73 mg.kg-1 para el fermentado y 0,95 mg.kg-1 para la almendra seca; así mismo los valores de concentración de Pb fueron para el mucílago 0,38 mg.kg-1; para el fermentado 0,37 mg.kg-1 y para la almendra seca 0,60 mg.kg-1. Determinándose que estos valores se ubican por encima de los estipulados por el Reglamento (CE) nº 1881/2006.
- Adaptação de embalagens de produtos de Marca Própria ao Regulamento 1169/2011 de Informação ao ConsumidorPublication . Nobre, Diana Simão Firme; Costa, Otilia Isabela Dupont; Bernardino, Susana Maria da Silva AgostinhoA rotulagem é uma forma legal que assegura a defesa e a proteção do consumidor. O rótulo presta todas as informações necessárias e importantes que levam à decisão desse consumidor, consoante as suas necessidades sejam elas de saúde ou nutricionais, por um ou outro género alimentício. Além de favorecer um correto armazenamento, preparação e consumo dos alimentos (aumentando a segurança alimentar). É de elevada importância que a legislação relativa à rotulagem seja atualizada, acompanhando a evolução e as exigências da sociedade. Neste sentido, foi pulicado o Regulamento (UE) n.º 1169/2011 relativo à informação aos consumidores sobre os géneros alimentícios que veio alterar os regulamentos (CE) n.º1924/2006 e (CE) n.º1925/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho e revoga as Diretivas 87/250/CEE da Comissão, 90/496/CEE do Conselho, 1999/10/CE da Comissão, 2000/13/CEE do Parlamento Europeu e do Conselho, 2002/67/CE da Comissão e o Regulamento (CE) n.º 608/2004 da Comissão. Este regulamento teve como principais objetivos atualizar e consolidar a legislação sobre rotulagem geral e nutricional, eliminar as incoerências entre diferentes atos legislativos, facilitar a livre circulação dos géneros alimentícios entre Estados Membros e clarificar as responsabilidades dos diferentes intervenientes da cadeia alimentar. A adoção deste novo regulamento consistiu num marco importante na legislação relativa à rotulagem, implicando novas obrigações para as empresas. Foi neste contexto que se desenvolveu este estágio, num curto espaço de tempo alterou-se todos os rótulos “marca Auchan” para permanecerem em conformidade com a lei. A adaptação foi efetuada em cerca de 1000 rótulos, de vários setores da área alimentar, nomeadamente leite e derivados, carne, produtos da pesca, ovos, etc. Todo o trabalho ficou concluído ao final de 1 ano e 4 meses, sendo que o deadline estipulado foi cumprido e todos os rótulos foram corrigidos antes do regulamento ter tido aplicação obrigatória (dia 13 de dezembro de 2014). Conclui-se que a metodologia de correções aplicada teve um grau de sucesso de 100 %, pois não houve alterações posteriores (devido a erros cometidos) ao término de qualquer rótulo. Também se pode afirmar que o regulamento, apesar de vir simplificar e harmonizar o tema da rotulagem de géneros alimentícios, ainda deixou algumas lacunas, remetendo sempre para medidas nacionais.
- Adesão ao padrão alimentar mediterrâneo entre adultos e jovens adultosPublication . Dias, Sara Inês Nicolau; Mendes, Susana Luísa da Custódia Machado; Ganhão, Rui Manuel ManetaA Dieta Mediterrânica é um estilo de vida definido e transmitido pelos gregos durante milénios. Este representa um modelo alimentar completo e equilibrado com inúmeros benefícios para a saúde e engloba um conjunto de hábitos, costumes, valores, crenças, símbolos, gostos e estados de alma, do qual os hábitos alimentares fazem parte. A região Oeste de Portugal é um lugar muito diversificado em vastas áreas, sejam elas natureza, cultura ou arte, levando assim à criação de um destino turístico com motivos fortes para ser visitado. Adicionalmente, a região ganha especial relevo devido à sua gastronomia local, tornando-se este um dos seus pontos fortes. Com a presente dissertação pretendeu-se estudar a adesão ao Padrão Alimentar Mediterrânico na região Oeste, fazendo uma comparação entre jovens adultos e adultos. Para isso foi desenvolvido um inquérito, aplicado a uma amostra de 467 inquiridos, com base em outros, nomeadamente o KIDMED e o PREDIMED, de forma a sustentar a estruturação e a escolha das opções de resposta às questões. Por outro lado, pretendeuse perceber se o conhecimento/adesão da Dieta Mediterrânica seria influenciado/condicionado por quem pratica desporto regularmente (ou seja, se o facto de fazer mais ou menos desporto determina mais ou menos conhecimento/adesão à Dieta Mediterrânica). Por fim, foi analisado ainda se um selo identificador de alimentos associados à Dieta Mediterrânica teria o devido reconhecimento/utilidade para os consumidores. A amostra deste questionário é composta por 12,2% (n=57) indivíduos com idades compreendidas entre 18 e 25 anos, 71,9% (n= 336) indivíduos com idades entre 26 e 54 anos e 15,8% (n=74) de indivíduos com idade igual ou superior a 55 anos. A maior parte da amostra é constituída por elementos do sexo feminino 74,9% (n=350). Relativamente aos hábitos de consumo, nomeadamente no que respeita aos alimentos que compõem a Dieta Mediterrânica, os resultados não evidenciaram uma relevante adesão ao Padrão Alimentar Mediterrânico. Efetivamente, as preferências alimentares dos consumidores inquiridos destacam-se pela preponderância da utilização do azeite na dieta habitual, quer para confecionar, quer para temperar (95,3%, n=445), sendo as restantes opções caracterizadas por valores menores de frequência de consumo (nomeadamente, destaca-se que, 55,0% (n=257) dos inquiridos consome diariamente duas porções ou mais de hortícolas cozinhadas, 70,0% (n=327) consome diariamente menos que três peças de fruta, 73,7% (n=344) consome semanalmente menos que três porções de leguminosas, 58,0% (n=271) consome semanalmente menos que três porções de peixe ou marisco e 71,1% (n=332) dos inquiridos consome menos que três porções semanais de oleaginosas). Quanto ao conhecimento dos inquiridos relativamente ao Padrão Alimentar Mediterrânico, 68,3% (n=319) conhece e 69,6% (n=325) acha ser seguidor e 64,0% (n=299) conhece os benefícios da Dieta Mediterrânica. No entanto, a convicção dos inquiridos não corresponde à realidade quando é feita a análise correlacional, assim como na atribuição de pontuação através do índice de PREDIMED. Efetivamente, os resultados obtidos em relação a esta pontuação demonstraram que os jovens adultos adquiriram seis pontos, o que se caracteriza por terem uma adesão ao Padrão Alimentar Mediterrânico débil. Ainda assim, com a pontuação um pouco maior, os adultos (com oito pontos), também foram caracterizados pela frágil adesão ao Padrão Alimentar Mediterrânico, dado que para terem uma boa adesão ao Padrão Alimentar Mediterrânico seriam necessários 10 ou mais pontos.
- Alimentos funcionais : o impacto da rotulagem no comportamento do consumidorPublication . Silva, Maria João Marques da; Mendes, Susana Luísa da Custódia MachadoO aumento da esperança de vida conduz um aumento da incidência de doenças crónicas tais como a diabetes, cancro e doenças cardiovasculares (associadas a problemas com colesterol). De uma forma geral, os consumidores estão cada vez mais preocupados em evitar o consumo de alimentos que podem ser prejudiciais ao organismo e ao mesmo tempo, aumentar o consumo de alimentos que podem contribuir para uma melhoria da qualidade de vida. Com o objetivo de minimizarem os custos associados à saúde, os governos de diversos países promovem o desenvolvimento de estudos sobre produtos que possuam efeitos benéficos para a saúde, para além dos seus efeitos nutricionais básicos. Exemplo disso, são os alimentos funcionais Um alimento funcional é similar em aparência a um alimento convencional ou pode mesmo ser mesmo um, que é consumido como parte de uma dieta usual. Por outro lado, está demostrado que um alimento funcional pode ter benefícios fisiológicos e/ou reduzir o risco de doenças crónicas (para além das funções nutricionais básicas). Estes contêm compostos bioativos que podem melhorar as condições gerais do corpo (como é o caso dos prebióticos e probióticos), diminuir o risco de algumas doenças (como por exemplo na redução do colesterol) ou até mesmo mitigar o progresso de algumas patologias. Com este trabalho pretendeu-se estudar o impacto da rotulagem no comportamento do consumidor face aos alimentos funcionais cujo o objetivo é reduzir o colesterol. Deste modo, foi possível percecionar como é que a informação nutricional é apreendida pelo consumidor, tendo em conta a apresentação e a clareza do rótulo, bem como tal o influencia no ato da compra e/ou consumo continuado. Com base nos resultados obtidos, verifica-se que o género feminino é o grande consumidor deste tipo de alimentos funcionais, com incidência na faixa etária que abrange os 26 aos 45 anos. São consumidores que têm Índice de Massa Corporal que os categoriza como saudáveis, com habilitações literárias médias-altas. Maioritariamente não consomem uma marca fixa. Relativamente ao comportamento deste tipo de consumidores perante a rotulagem, verificou-se que lêem a rotulagem nutricional dos produtos. Porém, têm dificuldades em compreendê-la devido, principalmente, à utilização de linguagem muito técnica e à pouca informação nutricional utilizada. Não consideram o design do rótulo adequado e apesar de o lerem, não o consideram importante.Com base nestes resultados, pode afirmar-se que a rotulagem desempenha um papel importante no comportamento do consumidor, no momento da compra, para escolher o produto a consumir. Mas o consumidor de alimentos funcionais com o objetivo de reduzir o colesterol considera que a rotulagem tem algumas questões, (como as que foram referidas anteriormente) que têm de ser melhoradas, de forma a tornar o rótulo mais percetível e completo a nível de informação nutricional.
- Análise dos hábitos alimentares e de consumo de pescado das populações de Leiria e PenichePublication . Sousa, Mariana Monteiro de; Cruz, Alexandra Augusta Ramos Lopes da; Afonso, Clélia Paulete Correia NevesPresentemente, o consumidor encontra à sua disposição uma diversidade de produtos alimentares que tornam a seleção dos alimentos uma tarefa muito mais complexa quando comparada com o passado. Diferenças culturais, sociais, pessoais e psicológicas influenciam o comportamento e as perceções dos consumidores. Sendo Peniche uma península com forte tradição piscatória procurou-se junto da população, perceber se as influências da região são refletidas nos seus hábitos de consumo e se diferem muito de uma região que não tenha as mesmas influências. Com base nas considerações acima referidas, o objetivo deste estudo foi avaliar os hábitos de consumo de pescado das populações de Leiria e Peniche através de um inquérito por questionário com apoio presencial, visando delinear o hábito de consumo, bem como a frequência, as preferências e restrições associadas ao consumo de pescado. Além disso, são relatadas as perceções dos consumidores em relação ao pescado selvagem e de aquacultura. Portugal é atualmente o país da União Europeia com o maior consumo anual de pescado por pessoa, e o terceiro do mundo, só ultrapassado pela Islândia e pelo Japão. O estudo foi realizado em 383 indivíduos residentes em Leiria e em 374 residentes em Peniche, maioritariamente do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 30 e os 45 anos e detentores de grau de ensino superior. Os resultados mostram que os inquiridos consomem peixe, preferencialmente, cozido e grelhado, entre uma a três vezes por semana sendo que o bacalhau, o carapau, o salmão e a pescada estão entre as espécies mais consumidas. Devido à conveniência, pronta disponibilidade e preços acessíveis, os supermercados são os locais preferidos dos consumidores para comprarem peixe fresco e congelado. Além disso, a população de Peniche mantém o hábito de adquirir peixe fresco na peixaria e diretamente ao pescador. Apesar das duas populações exibirem uma maior propensão para consumir pescado selvagem, em Leiria o consumo de espécies de aquacultura aumenta com o grau de ensino. Por conseguinte, o pescado selvagem é considerado mais saudável, mais nutritivo, saboroso e mais seguro, sobretudo pela população que vive na zona costeira e que segue hábitos alimentares tradicionais. O pescado é percebido como um alimento saudável que possui alto teor em proteínas e ácidos gordos Omega-3, e baixo teor de gordura. No entanto, o preço elevado, a falta de disponibilidade para a sua confeção e as preocupações com os contaminantes presentes no pescado e consequentes riscos para a saúde são barreiras ao consumo de pescado. Os consumidores com mais idade mostram-se pouco recetivos à oferta de produtos inovadores à base de pescado por considerarem estes produtos de fraca qualidade. Com o avançar dos tempos, os habitantes de Peniche foram adquirindo novos hábitos de consumo e hoje em dia o consumo de pescado não difere muito da população de Leiria.
- A análise sensorial na determinação da qualidade da água da rede pública de Vila Franca de Xira – implementação da EN 1622:2006Publication . Rafael, Inês Isabel Ferreira; Silva, Maria Manuel Gil de Figueiredo Leitão e; Simões, VitóriaOs Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Vila Franca de Xira têm como objetivo o abastecimento domiciliário de água potável na área do concelho. A qualidade desta água, é analisada de acordo com o Programa de Controlo da Qualidade da Água, que é aprovado anualmente pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos. Deste controlo fazem parte parâmetros físico-químicos (Níquel; Benzo(b)fluoranteno; Turvação; Diclorobromometano; Benzo(k)fluoranteno; Amónia; Oxidabilidade; Cor; Chumbo; Cálcio; Cheiro; Cobre; Ferro; Benzo(ghi)pireno; Hidrocarbonetos aromáticos polinucleares; Dobromoclorometano; Bromofórmio; Manganês; Cloro Residual Livre; pH; Condutividade; Dureza total; Sabor; Magnésio; Nitritos; Indeno(123)pireno; Benzo(a)pireno; Alumínio e Clorofórmio) e parâmetros microbiológicos (Enterococos; Clostridium perfringens; E.coli; Bactérias Coliformes; Germes totais (22°C) e Germes totais (37°C)). Este trabalho teve como principal objetivo implementar um método de análise sensorial para determinação da qualidade da água da rede pública de Vila Franca de Xira segundo a EN 1622:2006. Esta análise será uma mais valia para os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Vila Franca de Xira, pois irá acrescentar dois novos parâmetros sensoriais de avaliação de qualidade (sabor e odor), importantes para garantir a qualidade desta água. Previamente à implementação do método sensorial, foi necessário selecionar e treinar um painel de provadores (segundo a NP 8586-1). Uma vez que este método sensorial implica a prova organolética da amostra, que pode constituir um risco para os provadores, foi também realizada uma avaliação do risco na determinação do sabor em amostras de água para consumo humano, associada aos provadores na determinação do sabor, segundo a recomendação da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Residuos. Foram feitas recolhas em quatro pontos distintos do concelho, em Alverca – Quinta das Drogas - Centro de Saúde, na Lezíria – Café “Depois do café Bico do Ruivo”, no Hospital de Vila Franca de Xira, e na torneira do bar dos SMAS de Vila Franca de Xira. Estas duas últimas recolhas serviram para testar se havia diferença de qualidade entre tubagens novas (Hospital) e tubagens velhas (torneira do bar dos SMAS). Para além da análise sensorial foram feitas em simultâneo análises químicas e microbiológicas às amostras, com o objetivo de comparar estes resultados com os obtidos nas provas sensoriais. Todo este trabalho foi desenvolvido no laboratório dos SMAS de Vila Franca de Xira. A avaliação sensorial da água da rede pública não revelou diferenças detetadas pelos provadores, estes consideraram que nenhuma das amostras apresentava qualquer tipo de cheiro ou qualquer tipo de sabor, o que vai de encontro com os resultados obtidos dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos. Quanto ao risco da prova para a saúde dos provadores verificou-se que o risco (em termos de análise qualitativa) é muito baixo, pois a água utilizada para as provas é sujeita a vários processos e tratamentos de controlo.
- Aplicação da metodologia de DMAIC a uma unidade de abate : Lusiaves, S.A.Publication . Loureiro, TâniaA unidade de abate da Lusiaves apresentava uma elevada percentagem de frangos com traumatismos. Estes frangos, classificados por isso como classe B, eram rejeitados pelos clientes da empresa, originando um elevado número de devoluções. O objetivo do presente trabalho pretende reduzir em 50% as devoluções de clientes, aumentar em 10% a produtividade, reduzir em 10% as horas não produtivas e reduzir em 20% as horas de retrabalho. Para tal utilizou-se o processo Definir, Medir, Analisar, Melhorar e Controlar (DMAIC - Define Mesure Analyse Improve Control) no setor de abate. Este enquadra-se numa abordagem Lean Seis Sigma. Na fase de melhoria o DMAIC permitiu o estabelecimento de três planos de ação que incluíram, entre outros, a elaboração de Instruções de Trabalho, ações de formação, implementação de 5S´s, execução de planos de manutenção preventiva e periódica, planos de higienização, definição e periodicidade de tarefas, até ao controlo e diminuição do tempo despendido em retrabalho. Algumas das ações de melhoria implementadas incluem o “Manual de Boas Práticas-Setor de abate”, a ferramenta 5 S´s, a criação de painéis ilustrativos da seleção de produtos e avaliação do desempenho dos colaboradores (com atribuição de prémios de produtividade). Embora a implementação de algumas ações ainda não esteja concluída, por comparação com dados de período homólogo (2012 versus 2011), verificou-se uma redução na classe B de 4,3% (entre Julho e Outubro), uma redução em 18% das devoluções (avaliadas em Kg/dia) e um acréscimo na produtividade de cerca de 7%. Para além da necessidade de concluir as ações, recomenda-se a adoção futura deste tipo de iniciativas a jusante da seção de abate.
- Aplicação de revestimentos comestíveis à base de quitina desacetilada extraída de subprodutos da indústria de pescado em maçã Fuji de IV gamaPublication . Santana, Ana IsabelA maçã minimamente processada carateriza-se por apresentar alterações fisiológicas e níveis de escurecimento elevados com o tempo de armazenamento. Sabendo da importância de produzir maçã fatiada de qualidade com um período de vida útil adequado, este trabalho tem como objetivo desenvolver metodologias que permitam manter níveis de qualidade elevados, aumentando o seu período de vida útil no circuito comercial. Para tal, foram efetuados ensaios distintos com revestimentos alimentares em maçã Fuji fatiada utilizando, entre outros, quitina parcialmente desacetilada (QPDA). O interesse na utilização de QPDA reside na valorização de um subproduto abundante na indústria local de pescado. Para formulação dos revestimentos foi efetuada a extração química e desacetilação de quitina de subprodutos da indústria local de pescado (exoesqueleto de uma mistura de espécies, Penaeus spp. e Metapenaues spp.), obtendo-se um produto com um grau de desacetilação abaixo do pretendido (< 60%), a QPDA. Num primeiro ensaio foi testada a aplicação de QPDA. Foram estudados cinco revestimentos com composições distintas; o controlo 1 (sem composto protetor), controlo 2 (alginato e glicerol), controlo 3 (apenas 1,5% de QPDA), 1,5% QPDA (1,5% QPDA com alginato e glicerol) e 3% QPDA (3% QPDA com alginato e glicerol). A maçã minimamente processada foi avaliada ao longo de 14 dias em armazenamento refrigerado em termos de firmeza e atributo crocante, teor de humidade, cor, pH, sólidos solúveis, qualidade microbiológica (contagens de aeróbios mesófilos e psicrotróficos) e aceitação sensorial. Em termos de qualidade microbiológica foi evidente a eficácia dos revestimentos de QPDA e de alginato e glicerol, atendendo a que não foi detetado crescimento microbiológico nas maçãs revestidas com estes compostos. O revestimento com maior percentagem de QPDA (3%) permitiu a manutenção da cor (CIE b*) e da concentração de sólidos solúveis. Quanto aos parâmetros estudados, teor de humidade, firmeza e pH, não se verificaram diferenças significativas entre o controlo 1 e os restantes revestimentos. Em relação à avaliação do atributo crocante, da cor (CIE L* e a*) e das caraterísticas sensoriais, verificou-se que o controlo 1 (sem composto protetor), demonstrou uma melhor evolução. Para complementar o estudo, foi realizado um ensaio posterior, com quitosano comercial (QC), a fim de averiguar se este oferece aos produtos hortofrutícolas minimamente processados (PHMP), vantagens no que respeita à preservação da qualidade. Foram efetuados e aplicados na maçã, um controlo (sem composto protetor), um revestimento com 1,5% de QC e um revestimento com 1,5% de QC + antioxidante (sumo de limão). Neste ensaio foram avaliados durante 5 dias, a firmeza e o atributo crocante, a cor e atributos sensoriais, sendo que os resultados não apresentaram efeitos significativos entre cada amostra, à exceção dos parâmetros CIE de cor (a* e b*). Com isto conclui-se que os revestimentos apresentam efeitos benéficos no retardamento do crescimento microbiológico, na manutenção do parâmetro de cor CIE b* e do teor de sólidos solúveis mas, no que respeita aos restantes atributos analisados há a necessidade de efetuar mais estudos para comprovar os benefícios atribuídos pelos revestimentos.
- Aplicação de revestimentos edíveis à base de subprodutos da indústria do pescado na preservação de atum frescoPublication . Vala, Milene Oliveira; Silva, Maria Manuel Gil de Figueiredo Leitão eHoje em dia, a indústria do pescado enfrenta muitos desafios e oportunidades, uma vez que o peixe é um alimento extremamente perecível em comparação com outros produtos. Por outro lado, este setor gera uma elevada quantidade de subprodutos, das operações tradicionais de filetagem ou de corte em postas. O aproveitamento desses subprodutos assume assim uma importância muito grande, pois minimiza os problemas de produção e custo unitário das matérias-primas. A maior justificação, porém é de ordem nutricional, pois os subprodutos são uma fonte de nutrientes de baixo custo. Estes subprodutos ou partes subvalorizadas são ricos em proteínas de alto valor biológico e ricos em ácidos gordos polinsaturados da série ómega 3. Acrescenta ainda a presente conjetura económica, desfavorável às empresas do ramo alimentar portuguesas, principalmente às empresas de pescado (devido ao aumento progressivo no preço da matéria-prima) e, urge assim, valorizar os subprodutos e aumentar o tempo de vida útil do pescado fresco, no sentido de revitalizar o mercado. A utilização de revestimentos comestíveis é um método promissor que permite proteger a qualidade dos produtos da pesca, aumentando o tempo de prateleira, sem comprometer a frescura. O objetivo principal deste trabalho foi avaliar o efeito da aplicação de revestimentos à base de gelatina de pele de atum (Thunnus obesus) (5%) com incorporação de extrato de algas (Codium spp e Fucus vesiculosus) (1%) na qualidade físico-química e microbiológica de atum fresco, durante o armazenamento (12 dias a 4°C). Foram desenvolvidas três soluções de revestimento à base de gelatina extraída de peles de atum (G), com ou sem incorporação de extratos de macroalgas (Codium spp (GC) e Fucus vesiculosus (GF)). O método de extração de gelatina a partir de peles de atum foi selecionado com base no rendimento do processo. Os revestimentos foram aplicados por aspersão aos lombos de atum fresco. Ao longo de 12 dias de armazenamento a 4 ± 1°C foram efetuadas várias análises físicas e químicas às postas de atum para poder avaliar o efeito dos revestimentos na manutenção da qualidade do produto. O trabalho realizado demonstrou que a metodologia de extração utilizada permite obter um rendimento na ordem dos 29%. Os revestimentos desenvolvidos juntamente com uma temperatura de armazenamento de 4 °C mostram ser a boa opção para manter os parâmetros de tempo de prateleira do atum durante 12 dias. O teor de azoto básico volátil e o número total de microrganismos apresentam valores inferiores aos limites máximos recomendados, a cor vermelha mantém-se durante mais dias e o valor de pH mantém-se inferior ao controlo para as amostras com revestimento ao fim dos 12 dias. Em suma, a utilização de revestimentos à base de gelatina de peles de atum pode ser uma boa opção para prolongar o tempo de prateleira do atum refrigerado. Por outro lado, o aproveitamento dos subprodutos comestíveis das operações de transformação do atum assume uma importância muito grande, pois minimiza os problemas de produção e custo unitário das matérias-primas.