ESECS - Mestrado em Comunicação Acessível
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Browsing ESECS - Mestrado em Comunicação Acessível by advisor "Freire, Carla Sofia Costa"
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- ACESSIBILIDADE COMUNICATIVA NA PUBLICIDADE AUDIOVISUAL: UM ESTUDO DE CASOPublication . Sarmento, Graziela; Freire, Carla Sofia Costa; Zucchetti, Dinora TerezaA presente investigação foi realizada no âmbito do Instituto Politécnico de Leiria e Feevale, no Mestrado em Comunicação Acessível e no Programa de Pós-graduação em Diversidade Cultural e Inclusão Social, que resulta na dupla titulação de mestrado. Ao longo dos anos, é possível observar um progresso na garantia de direitos das pessoas com deficiência e aumento em sua representatividade nos espaços publicitários. Ainda que representem mais de 9% da população brasileira, esse é um cenário em desenvolvimento, em que esse público ainda encontra muitas barreiras no acesso ao mercado de consumo, representado por apenas 1,2% de peças publicitárias com pessoas com deficiência. Tais barreiras acabam por impactar na consolidação da cidadania comunicativa das pessoas com deficiência, fazendo com que seus direitos e deveres no terreno da comunicação não sejam garantidos. Esse contexto se dá porque grande parte das produções na área da Comunicação não agem na perspetiva da Acessibilidade Comunicativa e não pensam a acessibilidade como parte do processo como um todo, como estratégia de negócio, para além de garantia de direitos e obrigações legais. Esta investigação se dedica a estudar como se deu a relação entre uma consultoria de acessibilidade e uma agência de publicidade na produção de filmes acessíveis. Para tal, foi realizado um Estudo de Caso da consultoria da Sondery, uma empresa brasileira que se dedica a produzir comunicação acessível e inclusiva. Interessou entender quais são os fatores que impactam na decisão de acessibilizar o conteúdo de filmes publicitários, em termos de narrativa acessível e recursos de acessibilidade, assim como, identificar os responsáveis pela tomada de decisão envolvidos no processo. O estudo foi orientado através da análise de três subunidades (filmes): Burger King – Audiodescrição, Lacta Sinais e Lacta Palavras, disponíveis em rede aberta. Foram realizadas entrevistas em profundidade com profissionais que atuaram como consultores da Sondery e da equipe de criação de uma agência publicitária. Os dados obtidos foram triangulados com registos de feedbacks enviados pela consultoria à agência durante dois dos processos de consultoria para produção de filmes acessíveis e um dossier de projeto. Nesse sentido, foi possível adicionar novas informações que fortalecem o entendimento das mediações que aconteceram no processo de consultoria até que ele se consolidasse. Assim, observou-se que o trabalho da consultoria é acionado pela agência quando já há um ou mais roteiros estruturados previamente pela equipe de Criação, que a necessidade desse tipo de serviço está relacionada com uma validação social pontual e ainda há um importante caminho a se percorrer rumo a conscientização da acessibilidade enquanto direito, para que essa prática seja replicada em projetos subsequentes e de forma indispensável.
- A Acessibilidade do Posto de Turismo da BatalhaPublication . Silva, Maria de Fátima do Rosário Costa da; Freire, Carla Sofia Costa; Varela, Jorge Alexandre Barroca SousaA acessibilidade tem sido tema de discussão na literatura e existe uma preocupação cada vez maior para tornar a sociedade mais inclusiva. No entanto, continuam a existir barreiras ao nível dos edifícios sociais, as quais podem contribuir para a exclusão social, acentuando preconceitos e desfavorecendo as pessoas com deficiência e os mais idosos. A maioria da oferta turística ainda não está preparada para disponibilizar um serviço com qualidade a um público com deficiência. Considerando as necessidades dos diversos públicos deveria existir uma preocupação maior em promover a equidade e a inclusão de TODOS. O presente estudo pretende analisar as condições de acessibilidade, tanto ao nível físico como ao nível comunicacional, do Posto de Turismo da Batalha de modo a potenciar uma melhor adequação do espaço físico e dos modelos comunicativos dispensados, por forma a garantir o pleno uso pelos seus visitantes. Para a concretização deste objetivo, optou-se por realizar um estudo de caso, enquadrado num paradigma qualitativo. Numa primeira fase foi realizado um levantamento da acessibilidade do edifico com base na interpretação do Decreto-Lei nº163/2006, de 8 de agosto, com uma grelha de observação. Numa segunda fase foram realizadas entrevistas à técnica do Posto de Turismo da Batalha e potenciais visitantes com deficiência (convidados a participar no estudo). Os resultados permitiram identificar que apesar dos esforços para tornar o espaço acessível, existem, ainda, barreiras ao nível físico e comunicacional. O cruzamento de dados tornou possível identificar medidas concretas que permitem contornar barreiras detetadas.
- O acesso aos cuidados de saúde primáriosPublication . Conceição, Ana Rita Pereira da; Freire, Carla Sofia CostaTodas as pessoas têm direito à prestação de cuidados de saúde independentemente da sua condição, pelo que, estes devem ser disponibilizados de acordo com as necessidades de cada utente. Neste sentido, é imprescindível que as pessoas recebam informação acessível tendo em conta o seu grau de instrução, condição física, sensorial, psíquica, entre outros aspetos. Dadas as características específicas das pessoas com deficiência visual, é fundamental a existência de formatos alternativos que permitam uma leitura autónoma da informação, bem como adaptações na comunicação interpessoal no decorrer do atendimento e do acompanhamento em cuidados de saúde. Considerando os direitos da pessoa com deficiência visual, assim como a necessidade do ambiente se adaptar à diversidade de públicos, esta dissertação pretende compreender em que medida os centros de saúde respondem às necessidades de comunicação e de interação dos utentes com deficiência visual no acesso aos cuidados de saúde primários. Os dados recolhidos neste estudo, de caráter exploratório-descritivo, resultaram do preenchimento de um inquérito por questionário, através da web, por 124 pessoas com deficiência visual. A partir dos resultados do estudo conclui-se que os centros de saúde não respondem às necessidades da maioria dos participantes, no que se refere à apresentação de formatos alternativos que permitam o acesso à informação escrita. As consequências da informação inacessível refletem-se, maioritariamente, em perdas de autonomia e privacidade. São também percecionadas barreiras que se prendem com questões interpessoais que podem comprometer a interação entre profissionais e as pessoas com deficiência visual. Os resultados obtidos reforçam a importância de se consciencializar profissionais e organizações sobre a influência da deficiência visual no acesso aos cuidados de saúde e sobre os ajustes necessários, de modo a que as pessoas com deficiência visual possam aceder autonomamente aos cuidados de saúde primários em equidade com as demais. Igualmente importante, é sensibilizar as próprias pessoas com deficiência visual para a afirmação esclarecida dos seus direitos no acesso à saúde.
- Audiodescrição inserida nos textos dos telejornaisPublication . Corrêa, Luana Raymundo; Freire, Carla Sofia Costa; Fonseca, Marta Sofia Abreu daO direito à informação está previsto na Constituição Brasileira e o direito de acesso à informação e comunicação em formato acessível está assegurado na Declaração de direitos da pessoa com deficiência. Sendo assim, torna-se imprescindível garantir que estes direitos sejam facultados às pessoas com deficiência. Entretanto, programas jornalísticos exibidos nas emissoras de televisão não estão acessíveis a pessoas com deficiência visual. As informações visuais compõem grande parte da notícia, mas não há no telejornalismo alguma norma que preconiza ou inclui as necessidades das pessoas com deficiência visual na veiculação de tais notícias. Ao considerar, em primeiro lugar, os direitos das pessoas com deficiência visual, esta investigação propõe formas de tornar as notícias mais acessíveis através do uso de técnicas de audiodescrição no texto jornalístico. Para isso, é importante trazer quais técnicas e princípios são usados na produção de roteiros de audiodescrição e referências que indiquem a importância da audiodescrição desde seu surgimento até os dias de hoje. Esta dissertação também aborda as características do telejornalismo atual, para que, entendendo o que e como foi feito até aqui, se pense o que ainda é possível fazer. Os dados recolhidos nesta pesquisa, através de questionário e entrevista, apontam como se dá o consumo das notícias por parte das pessoas com deficiência visual e o que este público sugere para melhoria deste cenário. A partir das propostas do usuário, buscou a validação dos profissionais e especialistas da audiodescrição a fim de se entender a viabilidade da hipótese levantada. Aqui, interessa propor outras formas de se fazer, entendendo as necessidades do público em primeiro lugar. Como consequência da falta de acessibilidade nas notícias, as pessoas com deficiência precisam buscar outras formas de se informar ou, segundo eles, ficam com informação incompleta. A pesquisa expôs os problemas relacionados ao consumo de notícias, mas para além do que é proposto de possível solução, essa dissertação ainda expõe alguns meios para tornar as ferramentas de acessibilidade, majoritariamente a audiodescrição, mais popular e mais presente na realidade dos profissionais desde sua formação, para além da prática profissional.
- Audiodescrição para pessoas com incapacidade visual em peças de teatroPublication . Violante, Marta Sofia Sampaio de Sousa; Freire, Carla Sofia CostaEste estudo foi realizado com o intuito de, por um lado, perceber a importância da audiodescrição no acesso ao conteúdo de uma peça de teatro por parte de pessoas com incapacidade visual e, por outro, de demonstrar a relevância do acesso à cultura por parte de todas as pessoas. Para o efeito, primeiro, analisaram-se três espetáculos de teatro com audiodescrição, desde o processo de oferta e construção do evento, até à sua receção pelo público-alvo. Posteriormente, a investigadora construiu e aplicou um guião de audiodescrição para uma peça de teatro. Percebe-se, por um lado, a consciencialização, por parte de produtores, companhias e atores que participaram deste estudo, de que é importante ir ao teatro e esta forma de cultura deve ser disponibilizada para todos os públicos. Fica patente que a audiodescrição é um veículo que aproxima o público com incapacidade visual do teatro e permite que as pessoas com incapacidade visual acompanhem e fruam do espetáculo oferecido. Fica claro que, além da audiodescrição levada a cabo durante o espetáculo, para que efetivamente o público acompanhe e frua do espetáculo, é essencial a áudio introdução que contextualiza o mesmo e fornece informações fundamentais; assim como se reveste de enorme importância a exploração de palco e contacto com as personagens que integram o espetáculo. Torna-se evidente a real importância dos procedimentos normativos para garantir um trabalho de audiodescrição de qualidade.
- Como potenciar a fruição cultural das pessoas com deficiência visual em museusPublication . Farias, Valéria Regina Abdalla; Sousa, Jenny Gil; Freire, Carla Sofia CostaO tema desta investigação incide sobre acessibilidade em museus no âmbito específico da deficiência visual, visto que continuam a existir barreiras que dificultam que esses sujeitos usufruam das instituições museológicas. As barreiras persistem, mesmo que mudanças de paradigmas tenham ocorrido de forma significativa nas últimas décadas, que contribuíram para que as pessoas passassem a estar no centro das preocupações. No entanto, os museus são locais em que há predominância do sentido da visão. Diante disso, desenvolveu-se esse estudo, que tem a seguinte questão central: Como os museus podem potenciar a fruição cultural de pessoas com deficiência visual? Para responder ao questionamento, apresentou-se o objetivo geral: descrever estratégias para potenciar a fruição cultural de pessoas com deficiência visual em museus; e três objetivos específicos: descrever recursos de acessibilidade ao público com deficiência visual em museus atualmente; conhecer estratégias utilizadas em museus, a partir da perspectiva de seus profissionais; e apresentar propostas que potenciem a acessibilidade e a fruição cultural das pessoas com deficiência visual em museus. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, à luz do paradigma qualitativo, que contou com a análise de quatro instituições museológicas, sendo a primeira de Portugal e as outras do Brasil: Museu da Comunidade Concelhia da Batalha (MCCB), Pinacoteca do Estado de São Paulo (PINA), Centro de Memória Dorina Nowill (CMDN) e Museu da Inclusão (MI). Os instrumentos de coleta de dados utilizados foram uma ficha diagnóstico - para descrever os recursos que os museus oferecem aos visitantes com deficiência visual - e uma entrevista semiestruturada junto aos profissionais das instituições - para conhecer as estratégias que adotam. Os resultados apontaram, em sua maioria, para práticas de acessibilidade que também servem às pessoas sem deficiência; que é essencial a participação das pessoas com deficiência visual nas discussões sobre assuntos que lhes dizem respeito; que a as equipes precisam ter formação para lidarem com os públicos; que é necessário proporcionar experiências multissensoriais para o público. Por fim, apresentam-se propostas práticas para que os museus possam potenciar a fruição cultural das pessoas com deficiência visual. Portanto, pode-se dizer que a acessibilidade é um caminho para uma sociedade inclusiva e os museus fazem parte desse processo, sobretudo porque todas as pessoas têm direito à cultura em igualdade de condições.
- Cuidar de quem cuidaPublication . Mira y Lopez , Cecilia Guimarães; Freire, Carla Sofia CostaOs cuidadores de crianças e jovens com deficiência frente a sobrecarga do excesso de atividades em função do filho, muitas vezes sem apoio da família, ficam com o tempo restrito e sofrem a falta de tempo para si, comprometendo seu autocuidado, o que pode gerar stress. No contexto do Instituto Superar, foi feito, internamente, um teste de stress aos responsáveis, que acompanham as crianças e jovens aos treinos, através do qual foi diagnosticado que quinze, dos vinte e nove cuidadores, apresentaram altos níveis de stress. O estudo teve como objetivo investigar como a criação de um espaço de intervenção e partilha de experiências permitiram aliviar o stress de cuidadores de crianças e jovens com deficiência, do Instituto Superar. Para a concretização deste objetivo, optou-se por realizar um estudo de caso, exploratório-descritivo, recorrendo a uma metodologia mista, que combina métodos quantitativos e métodos qualitativos. Assim, numa primeira fase, foi aplicado o inquérito por questionário aos cuidadores, na segunda foi realizada a análise documental. Os resultados do estudo demonstraram que mesmo diante da falta de tempo, existiu uma possibilidade para a criação de um espaço de partilha e intervenção, para o manejo do stress dos cuidadores, através do projeto Cuidar de Quem Cuida, de cunho multidisciplinar. Foi oferecido pelo IS um espaço para a atividade física, acompanhamento nutricional e psicológico, com relaxamento, voltado para o autocuidado do cuidador, concomitante com seus filhos em atividade. O que contribuiu para a mudança de hábitos e promoção de saúde e qualidade de vida do cuidador, que é indispensável às crianças e jovens com deficiência.
- A IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS PEDAGÓGICOS NA COMUNICAÇÃO DE CONTEÚDOS MUSEOLÓGICOS A CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA VISUALPublication . Bichinho, Ana Margarida Gomes Ribeiro; Sousa, Jenny Gil; Freire, Carla Sofia CostaA participação em várias áreas da vida social, incluindo a cultura, é um direito de todos os cidadãos. Neste sentido, o acesso aos museus deve ser permitido a todos os indivíduos, em igualdade de oportunidades e de acordo com as necessidades específicas de cada um. As crianças não são exceção, nem tampouco as crianças com deficiência visual (DV). Desta forma, a responsabilidade social deve ser uma preocupação de todos os intervenientes dos espaços museológicos. Permitir o acesso a crianças com DV pressupõe analisar não só os interesses próprios das crianças como, também, ter em conta as suas características próprias e requisitos de aprendizagem, respeitando a individualidade de cada uma. Por este motivo, é fundamental delinear estratégias, ações e recursos nos espaços museológicos, em formatos alternativos, que permitam comunicar os seus conteúdos a todos os públicos no geral. Neste caso, em particular, que permitam a comunicação e interação das crianças com deficiência visual com as demais. Assim, pretende-se compreender em que medida os museus potenciam a comunicação dos seus conteúdos às crianças com DV, assim como a interação com crianças normovisuais. Esta investigação de caráter exploratório-descritivo, dentro do paradigma qualitativo, analisou resultados dos dados recolhidos por questionário de 81 responsáveis de museus, oriundos de vários pontos do mundo e de 8 crianças com deficiência visual, com idades entre os 6 a 10 anos, que o preencheram em colaboração com os seus responsáveis legais, em Portugal. Os resultados obtidos levam-nos a crer que existem muitas atividades e recursos pedagógicos dirigidos a crianças na faixa etária em estudo, porém, ainda não existe muita consciencialização relativa a crianças com DV. Os museus ainda não têm muita informação acessível tendo em conta este segmento de público, nem muitas medidas interventivas que lhes permita quebrar barreiras, no acesso à comunicação, à relação desta com a equipa, com os seus pares ou com outros elementos intervenientes na experiência museológica.
- MUSEUS COMUNICANTES: O CASO DO MUSEU NACIONAL RESISTÊNCIA E LIBERDADE- FORTALEZA DE PENICHEPublication . Reis, Ana João Macatrão dos; Sousa, Jenny Gil; Freire, Carla Sofia CostaOs museus, enquanto espaços de comunicação por excelência, estão tanto mais envolvidos com o seu público quanto mais acessíveis forem. Neste quadro e tendo em conta que os museus que não comunicam com a sua comunidade local são museus desprovidos de significado, promover a acessibilidade comunicacional e atitudinal significa apostar em estratégias de inclusão que servem todos, independentemente das suas caraterísticas. O estudo que aqui se apresenta centrou-se no tema da promoção da acessibilidade comunicacional e atitudinal como forma de aumentar a participação da comunidade de Peniche no Museu Nacional Resistência e Liberdade (MNRL) - Fortaleza de Peniche. Neste sentido procurou-se perceber o perfil do público que visita o museu e perceber se a comunidade local tem uma presença significativa. Pretendeu-se, também, conhecer estratégias e recursos promotores da participação da comunidade local no museu e encontrar potenciais soluções no âmbito da acessibilidade comunicacional e atitudinal neste local. Como estratégia metodológica optou-se por um estudo de caso exploratório-descritivo de caráter qualitativo tendo sido utilizadas como técnicas de recolha de dados, inquéritos por questionário aos visitantes do museu e inquéritos por entrevista a informadores chave da comunidade. Como técnicas de análise de dados, foram utilizadas a análise estatística simples e a análise de conteúdo. Pelos dados apurados foi possível perceber que a maior parte dos visitantes do museu não reside no concelho de Peniche. Também foi possível verificar que o desenvolvimento de atividades e recursos no âmbito da acessibilidade comunicacional e atitudinal é percebido como uma mais-valia na promoção da participação da comunidade no MNRL, sendo portanto apresentado um conjunto de potenciais soluções a implementar no espaço em foco.
- Olhares compartilhados: estratégias de fotografia para pessoas cegasPublication . Freitas, Andrea Gurgel de; Freire, Carla Sofia CostaEste trabalho disserta sobre as vivências na “Olhares Compartilhados”, uma Oficina Básica de Fotografia para Pessoas com Deficiência Visual, iniciada em 2009 e que já realizou sua terceira edição, todas em Natal, Rio Grande do Norte, região Nordeste do Brasil. A última edição ocorreu em 2017, sendo objeto de estudo do presente trabalho. A Oficina foi realizada no período de 14 de Janeiro a 17 de Junho, com carga horária de 27 horas, divididas em nove encontros de três horas cada. Contou com a participação de seis pessoas, sendo, três com cegueira congênita e três com cegueira adquirida, com faixa etária de 29 a 63 anos de idade. A pesquisa, de natureza qualitativa, com tipo de estudo exploratório-descritivo e estratégias de pesquisa-ação, objetiva analisar as alternativas encontradas para que as pessoas cegas possam se comunicar e interagir socialmente por meio de imagens escritas com luz. Esta metodologia para a inclusão visual deste público, possibilita ver, produzir e consumir imagens fotográficas. Os resultados revelam que as estratégias desenvolvidas e aplicadas durante as Oficinas possibilitam as pessoas cegas compreenderem alguns aspectos referentes à fotografia, como sua linguagem e princípios. Com o decorrer do tempo, pode vir a ser executada de forma mais autônoma e segura, em decorrência do conhecimento do equipamento a ser utilizado, como ocorre com alguns fotógrafos cegos do mundo. Além da inclusão visual, o trabalho colabora com o rompimento de barreiras, sobretudo a atitudinal, fortalecendo que o olhar está para além da visão.
