ESECS - Mestrado em Comunicação Acessível
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- Audiodescrição para pessoas com incapacidade visual em peças de teatroPublication . Violante, Marta Sofia Sampaio de Sousa; Freire, Carla Sofia CostaEste estudo foi realizado com o intuito de, por um lado, perceber a importância da audiodescrição no acesso ao conteúdo de uma peça de teatro por parte de pessoas com incapacidade visual e, por outro, de demonstrar a relevância do acesso à cultura por parte de todas as pessoas. Para o efeito, primeiro, analisaram-se três espetáculos de teatro com audiodescrição, desde o processo de oferta e construção do evento, até à sua receção pelo público-alvo. Posteriormente, a investigadora construiu e aplicou um guião de audiodescrição para uma peça de teatro. Percebe-se, por um lado, a consciencialização, por parte de produtores, companhias e atores que participaram deste estudo, de que é importante ir ao teatro e esta forma de cultura deve ser disponibilizada para todos os públicos. Fica patente que a audiodescrição é um veículo que aproxima o público com incapacidade visual do teatro e permite que as pessoas com incapacidade visual acompanhem e fruam do espetáculo oferecido. Fica claro que, além da audiodescrição levada a cabo durante o espetáculo, para que efetivamente o público acompanhe e frua do espetáculo, é essencial a áudio introdução que contextualiza o mesmo e fornece informações fundamentais; assim como se reveste de enorme importância a exploração de palco e contacto com as personagens que integram o espetáculo. Torna-se evidente a real importância dos procedimentos normativos para garantir um trabalho de audiodescrição de qualidade.
- A comunicação entre alunos surdos e ouvintes:a influência da aprendizagem da língua gestual portuguesaPublication . Pires, Ana Margarida dos Santos; Mangas, Catarina FradeA comunicação, se for bem conduzida, pode ser uma aliada na luta contra os preconceitos sociais, pois é a partir do seu uso que observamos, compreendemos e interagimos com o mundo natural. No entanto, sabe-se que nem todos comunicam da mesma forma, por inerência às suas deficiências e características, nomeadamente à auditiva que, com frequência, não permite uma inclusão plena e condiciona a vida pessoal, de alguns cidadãos, por necessitar de respostas acessíveis e diferenciadas às suas necessidades. O presente estudo, de natureza qualitativa, tem como objetivo principal verificar se a aprendizagem da Língua Gestual Portuguesa (LGP), pelos alunos ouvintes influencia a comunicação com os alunos surdos e a consequente inclusão dos mesmos numa Escola de Referência para a Educação Bilingue de Alunos Surdos, do Concelho de Leiria. Para tal foram realizadas atividades, em diferentes momentos, como um atelier de LGP, atividades lúdico-pedagógica e entrevistas, que permitiram o desenvolvimento de interações comunicativas e sociais, entre os alunos surdos e os alunos ouvintes. As atividades desenvolvidas neste estudo de caso exploratório-descritivo contribuíram não só para a inclusão dos alunos surdos, bem como permitiu aos alunos ouvintes uma maior consciencialização para a importância em aprender esta língua, proporcionando assim um ambiente bilingue na escola, como preconiza o Decreto-Lei n.º 3/2008. Estas trouxeram melhorias significativas no processo comunicativo com os alunos surdos e revelaram que a aprendizagem da LGP por todos os alunos ouvintes é uma realidade cada vez mais presente no nosso sistema educativo, dando deste modo resposta à questão de investigação, que constitui a base deste trabalho.
- Adaptação de Obras Literárias Cabo-Verdianas em Multiformato: Um passo no combate à info-exclusãoPublication . Pina, Maria Teresa Mascarenhas dos Santos; Sousa, Célia Maria Adão de Oliveira Aguiar deA literatura tem discutido a importância da leitura no desenvolvimento cognitivo e na interação social de um individuo. Em Cabo Verde, os profissionais das áreas da educação e da saúde têm argumentado a necessidade de adequar e adaptar os livros para crianças e jovens, para que todos possam ter oportunidades equitativas no processo de aprendizagem. Nesta linha de pensamento, estruturou-se o presente projeto que teve como objetivo adaptar duas obras literárias infantojuvenis adotados pelo Ministério da Educação e Desporto de Cabo Verde (“Cidadão Pikinoti”, da autoria da Comissão Nacional para os Direitos Humanos e Cidadania e “Um País de Pernas para o Ar”, da autoria da Presidência da República de Cabo Verde) em dois formatos acessíveis - Crioulo e signos do Sistema Pictográfico para a Comunicação (SPC). Posteriormente seguiu-se um estudo exploratório do efeito dos livros adaptados em comparação com o seu formato original, nomeadamente no que diz respeito à reação comunicativa das crianças face aos livros. Participaram neste estudo oito crianças com paralisia cerebral e trinta e três alunos do segundo ano de escolaridade de uma turma bilingue de Ponta d’Água, na Cidade da Praia. Os resultados obtidos evidenciaram que os livros adaptados foram estruturadores e facilitadores da comunicação, face aos livros na sua versão original. Esta constatação foi ainda mais evidente na aplicação prática junto das crianças com paralisia cerebral, já que aquando da leitura das histórias na sua versão original, as reações foram praticamente inexpressivas, contrastando com o envolvimento constante destas crianças no processo comunicativo decorrente das histórias em SPC. Relativamente à reação comportamental das crianças da turma bilingue, face ao livro em Crioulo, também foi possível identificar uma maior participação e dinâmica dos alunos do que os que tiveram contacto com a sua versão em Português. Face aos resultados obtidos, constata-se a necessidade urgente de adaptar os materiais didáticos existentes em Cabo Verde, adequando-os a uma intervenção que vá ao encontro das capacidades e necessidades de todas as crianças e jovens, de forma a melhorar o seu processo comunicativo e as aprendizagens que dele decorrem.
- A Língua Gestual Portuguesa como primeira língua da criança surdaPublication . Oliveira, Joana Margarida dos Santos; Santos, Maria João Sousa Pinto dosHoje em dia a realidade das nossas escolas com crianças surdas é que estas se situam na generalidade aquém dos alunos ouvintes, cujas competências académicas são na grande maioria acima da dos alunos surdos. Neste trabalho vamos tentar perceber se esse facto está relacionado com o acesso tardio à Língua Gestual ou se se relaciona com a forma não natural como é ensinada esta língua. Outra das razões desta diferença nos resultados destas crianças resulta da dificuldade das famílias comunicarem com as suas crianças surdas e destas comunicarem com os seus pares ouvintes e com adultos no contexto escolar, por não poderem partilhar de um mesmo código linguístico. Esta preocupação resultou neste trabalho, com o tema “A Língua Gestual como primeira língua da criança surda” considerando que a idade com que estas crianças iniciam a aprendizagem da Língua Gestual (doravante LG) é muito importante e está relacionada com o seu processo comunicativo e, com as aprendizagens decorrente no meio escolar. Assim, a finalidade deste estudo é a análise da comunicação das crianças surdas, e em como é essencial o ensino primordial da língua gestual e que esta seja aprendida o mais precocemente possível. É também de realçar e destacar dos demais intervenientes na educação da criança a importância do envolvimento dos pais e dos familiares mais próximos nos processos de aprendizagem da língua gestual. No presente trabalho, procedemos a um estudo com observações diretas e participantes a um sujeito surdo no seu contexto escolar e familiar analisando, assim, a comunicação deste para com a família e vice-versa. Examinando ainda a reação deste com os seus pares ouvintes aquando a aprendizagem destes da LG e dos docentes envolvidos no processo. Foram ainda construídos dois inquéritos, para completar o estudo e serem comparadas realidades, dado que as observações diretas foram realizadas a um só sujeito. De forma a poder também analisar e caracterizar a comunicação dos adultos que trabalham com estas crianças e, descrevendo também, como os adultos surdos se sentem / sentiam na comunicação enquanto crianças surdas com adultos e familiares ouvintes. Os dois inquéritos foram preenchidos um por professores ou técnicos que trabalhem com crianças surdas e outro para por adolescentes e adultos surdos. Os resultados obtidos apontam para um acesso tardio à LG que será a primeira língua dos sujeitos surdos e, a uma comunicação disfuncional entre adultos no âmbito escolar e as crianças surdas. Este défice comunicacional é também comprovado entre familiares diretos dos sujeitos surdos, ficando a criança com um atraso comunicacional, nas aprendizagens e na socialização. Desta forma, defendemos, na educação das crianças surdas, a importância da precocidade na identificação da surdez e na implementação da aprendizagem da LG o mais cedo possível.
- Veicular conceitos matemáticos em estudantes cegos no ensino superior politécnico: pertinência da utilização do multiplano.Publication . Costa, Carla João da Silva; Ribeiro, Jaime Emanuel Moreira; Nogueira, Conceição VelosoOs processos de ensino e de aprendizagem de conceitos matemáticos a estudantes cegos no Ensino Superior, revestem-se de uma complexidade acrescida, advinda da incapacidade sensorial destes estudantes que lhes dificulta ou mesmo impossibilita perceção dos conceitos que se apoiam em representações visuais. Neste âmbito, pretendeu-se identificar alternativas possíveis para ultrapassar essas barreiras, avaliando a pertinência da utilização de produto de apoio, nomeadamente o Multiplano, para a transmissão de conceitos matemáticos transversais aos cursos de Engenharia do Ensino Superior Politécnico a estudantes cegos. O estudo pretendeu identificar as dificuldades sentidas pelos docentes e pelos estudantes cegos na transmissão e assimilação de conceitos matemáticos sobretudo de índole mais visual e gráfica. Pretendeu ainda identificar as estratégias utilizadas pelos docentes para a transmissão desses mesmos conceitos. O estudo aqui reproduzido, de abordagem qualitativa, configura-se num estudo de caso descritivo-exploratório, obtendo-se dados com recurso a questionários aos docentes do Departamento de Matemática (DMAT) da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) e a entrevistas aos três estudantes cegos da área da Engenharia que se encontravam a frequentar a Instituição e também a docentes que lhes lecionaram as Unidades Curriculares de Álgebra Linear, Análise Matemática e Estatística. Contou ainda com a realização de Observações Diretas, com a aplicação do Multiplano a conceitos matemáticos de índole mais gráfica culminado num grupo de discussão com as partes envolvidas. Da análise identificaram-se as estratégias e dificuldades sentidas tanto pelos docentes do DMAT da ESTG como pelos estudantes cegos na transmissão e assimilação de conceitos matemáticos com predominante representação gráfica. Sobressaiu ainda da análise que quando abordados sem recurso ao Multiplano, em geral os conceitos matemáticos foram transmitidos com sucesso aos estudantes cegos, apesar de em alguns casos com restrições e noutros terem sido excluídos devido à sua forte componente gráfica. O estudo evidencia a falta de ferramentas de apoio nesta área e a pertinência da aplicação do Multiplano a vários conceitos matemáticos de difícil abordagem devido à sua componente gráfica.
- O ensino de condução automóvel a pessoas surdas em PortugalPublication . Luís, Zita Hermínia de Jesus; Mangas, Catarina FradeEm Portugal, tal como nos restantes países da União Europeia, é conferida habilitação legal para obtenção de carta de condução às pessoas surdas. No entanto, o facto de estas poderem conduzir constitui ainda uma questão controversa essencialmente pela suposta relação direta entre falta de audição e insegurança rodoviária. Apesar de ser atribuída aos fatores sensoriais, incluindo a audição, uma evidente importância para a condução, esta tarefa assume-se como predominantemente visual. O presente estudo centra o seu tema na formação dos condutores surdos. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, que visa compreender como se processa o ensino da condução a esta população, considerando as condições apresentadas pelas escolas de condução, bem como as dificuldades encontradas e as estratégias de comunicação aplicadas. Para esse efeito utilizaram-se entrevistas semiestruturadas a instrutores de todos os distritos de Portugal continental com experiência no ensino a alunos surdos. Através da análise destas entrevistas, podemos concluir que não existem, nas escolas de condução em que os participantes exercem funções, materiais de formação especificamente adaptados às pessoas surdas. Conclui-se, também, que as principais dificuldades reveladas pela maioria dos instrutores se prendem com a pouca experiência relativa ao ensino de pessoas surdas e com a falta de formação específica nesta área, nomeadamente ao nível da Língua Gestual Portuguesa. Considera-se ainda que os entrevistados, apesar de nunca terem tido formação específica para trabalhar com pessoas surdas, adotam algumas estratégias sugeridas pelos especialistas da área como a utilização de materiais com recursos visuais, falar de frente para o aluno nas aulas de código ou a demonstração nas aulas práticas, o que tem conduzido ao sucesso destes alunos.
- A Acessibilidade do Posto de Turismo da BatalhaPublication . Silva, Maria de Fátima do Rosário Costa da; Freire, Carla Sofia Costa; Varela, Jorge Alexandre Barroca SousaA acessibilidade tem sido tema de discussão na literatura e existe uma preocupação cada vez maior para tornar a sociedade mais inclusiva. No entanto, continuam a existir barreiras ao nível dos edifícios sociais, as quais podem contribuir para a exclusão social, acentuando preconceitos e desfavorecendo as pessoas com deficiência e os mais idosos. A maioria da oferta turística ainda não está preparada para disponibilizar um serviço com qualidade a um público com deficiência. Considerando as necessidades dos diversos públicos deveria existir uma preocupação maior em promover a equidade e a inclusão de TODOS. O presente estudo pretende analisar as condições de acessibilidade, tanto ao nível físico como ao nível comunicacional, do Posto de Turismo da Batalha de modo a potenciar uma melhor adequação do espaço físico e dos modelos comunicativos dispensados, por forma a garantir o pleno uso pelos seus visitantes. Para a concretização deste objetivo, optou-se por realizar um estudo de caso, enquadrado num paradigma qualitativo. Numa primeira fase foi realizado um levantamento da acessibilidade do edifico com base na interpretação do Decreto-Lei nº163/2006, de 8 de agosto, com uma grelha de observação. Numa segunda fase foram realizadas entrevistas à técnica do Posto de Turismo da Batalha e potenciais visitantes com deficiência (convidados a participar no estudo). Os resultados permitiram identificar que apesar dos esforços para tornar o espaço acessível, existem, ainda, barreiras ao nível físico e comunicacional. O cruzamento de dados tornou possível identificar medidas concretas que permitem contornar barreiras detetadas.
- Ensino da Música para cegos sem Braille: Desafio ou Loucura ?Publication . Mauá, Paulo Eduardo; Milhano, Sandrina Diniz FernandesO presente trabalho foi motivado pela experiência pessoal do autor como coordenador e regente do projeto Música Transformando Vidas – Promuvi com o objetivo de conhecer o processo de aprendizagem de música para pessoas cegas e apresentar propostas e técnicas eficazes deste ensino para adultos com deficiência visual adquirida sem conhecimento musical e de braile. A Investigação-Ação com paradigma de estudo com enfoque qualitativo fundamentado na realidade visa compreender as percepções dos integrantes do projeto frente aos desafios da musicalização, uso de dispositivos de apoio musicais e técnicas de aprendizagem baseadas nos métodos de Willems, Suzuki e ideias de Koellreutter. O tipo de estudo foi descritivo com dados recolhidos em trabalho de campo com estudo de caso. A população e amostra de estudo de adultos com deficiência visual adquirida, total e parcial, e o método de amostragem não probabilístico, acidental e com critério de seleção, pertencem ao Promuvi, grupo com aulas semanais regulares na cidade de Santos, SP, Brasil. A técnica de análise de dados foi realizada com entrevistas parcialmente estruturadas e verificação de aprendizado teórico/prático com diário de bordo e grelha de observação ao longo do processo da investigação. As comparações de estudos basearam-se na maioria dos projetos existentes no Brasil e os resultados da análise de dados revelaram que a musicografia braile, dentro do Promuvi, tornou-se uma barreira em vez de um facilitador em termos de inclusão, não deixando de ser uma alavanca para passos futuros, mas não uma necessidade para a eficácia do projeto. A abrangência da metodologia do projeto foi estendida, com o mesmo sucesso, para outras necessidades especiais mantendo as características de socialização, recuperação de autoestima, cidadania e inclusão social e musicalização.
- Potenciar a acessibilidade cultural em ambientes culturais: um estudo exploratório em museusPublication . Negreiros, Dilma de Andrade; Freire, Carla Sofia Costa; Sousa, Jenny GilAo vislumbrarmos os avanços relacionados com a acessibilidade na contemporaneidade, podemos perceber que os movimentos de luta das pessoas com deficiência repercutiram-se social e culturalmente, em resultados profícuos para toda sociedade. Contudo, no que concerne à acessibilidade em ambientes culturais, notam-se progressos somente nos considerados de grande porte, com linhas de financiamento e gestão definidos e já bem estruturados administrativamente. No entanto, a maioria dos ambientes de pequeno e médio porte vê-se alijada desse processo de inclusão por falta de informação, recursos financeiros, materiais e humanos. A legislação mundial, da qual Portugal e Brasil são signatários, aponta para a defesa dos direitos das pessoas com deficiência, inclusive no que tange à produção e fruição cultural. Para tanto, é premente que haja o fomento à disseminação das informações pertinentes ao tema, para que toda a sociedade aproprie-se e usufrua de seus direitos culturais. A presente pesquisa, elaborada no âmbito da Comunicação Acessível, assume um carácter qualitativo e analisa quatro ambientes culturais: um de Portugal e três do Brasil. A investigação acontece pautada na literatura, nas visitas aos locais selecionados e em entrevistas realizadas junto às experts responsáveis pelos projetos de acessibilidade destes ambientes culturais. Assim, procurou-se com este estudo encontrar respostas que possam abrir novos caminhos, especialmente, para quem desejar iniciar o processo de tornar acessível um ambiente cultural.
- Comunicação acessível nas bibliotecas de ensino superior: o caso da Biblioteca do ISCTE-IULPublication . Marçal, Bruno Guimarães; Santos, Filipe Alexandre da SilvaAs estruturas e pressupostos que caracterizam o Ensino Superior são extremamente dinâmicos implicando uma forte capacidade de adaptação, por parte de todos os intervenientes, para responder às exigências de um público cada vez mais diversificado, quer nas suas características como também nos seus objetivos, da indústria, da sociedade em geral, ou mesmo dos contextos de internacionalização e globalização que caracterizam os nossos tempos. É neste contexto que as Bibliotecas de Ensino Superior se destacam, assumindo um papel fundamental, não só através da gestão e disponibilização de grandes volumes de informação, mas produzindo elas próprias inúmeros recursos de apoio aos estudantes, auxiliando nas suas ações de pesquisa e utilização ética de informação, ou mesmo promovendo o desenvolvimento de competências específicas através da concretização de ações de formação. Mas até que ponto os processos de comunicação e a informação produzida por estas bibliotecas, fundamentalmente em suporte digital e partilhada através de plataformas na web, são verdadeiramente acessíveis e passiveis de ser utilizados de forma eficaz e eficiente por todos os utilizadores? Os dados recolhidos no decorrer deste estudo, que resultam em parte das respostas obtidas num inquérito por questionário aplicado aos estudantes do ISCTE-IUL, incluindo os que indicaram ter uma necessidade educativa especial, sugerem que todos os recursos, no que diz respeito ao tópico da acessibilidade, estão de acordo com as suas necessidades. Uma vez que na análise dos recursos de informação em suporte digital produzidos pela Biblioteca estes apresentam, de forma sistemática, inconformidades técnicas, as quais podem comprometer a sua acessibilidade, somos levados a concluir que esse facto pode não constituir uma barreira no acesso à informação nem influenciar a perceção que a maioria dos estudantes revela sobre os seus níveis de acessibilidade.