ESTG - Mestrado em Finanças Empresariais
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Browsing ESTG - Mestrado em Finanças Empresariais by advisor "Costa, Magali Pedro"
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- Análise da estrutura de endividamento de PME Portuguesas: O caso específico do setor da construçãoPublication . Ferreira, Adriana Monteiro Patrício; Costa, Magali Pedro; Lisboa, Inês Margarida CadimaA estrutura de capital das empresas é um tema importante na área das finanças, uma vez que a forma de financiamento influencia o custo de capital e o valor da empresa. Ao longo das últimas décadas, a definição de uma estrutura de capital ótima tem sido alvo de várias discussões e estudos, não existindo consenso quanto à estrutura de capital ótima. Desta forma a literatura tem tentado perceber que determinantes explicam a estrutura de capital. O presente trabalho tem como objetivo estudar a estrutura de capital das PME portuguesas do setor da construção, verificando que determinantes explicam cada fonte de financiamento e em que sentido. Foi para tal analisada uma amostra de dados em painel não balanceada de 407 empresas, num horizonte temporal de 9 anos, entre 2010 e 2018. Foram utilizadas cinco proxies de estrutura de capital: endividamento total, endividamento de curto prazo, endividamento de médio e longo prazo, endividamento via empréstimos, endividamento via contas a pagar. Foi recolhida uma lista de determinantes mais utilizados para explicar o endividamento e utilizado o método stepwise para validar que determinantes são mais adequados para a amostra em questão. Após a seleção dos determinantes, foram estimados cinco modelos com dados em painel e analisado o impacto dos determinantes em cada proxy de estrutura de capital. Os resultados evidenciam que os determinantes são distintos consoante a proxy de estrutura de capital utilizada e os que melhor explicam o endividamento das PME portuguesas do setor da construção são: a liquidez, a rendibilidade, a estrutura do ativo, o crescimento, a dimensão, a idade, a rotatividade dos ativos, os benefícios fiscais não relacionados à dívida e o crescimento do PIB. Verifica-se ainda que os dois determinantes mais relevantes para este tipo de empresas são: a estrutura dos ativos e a liquidez, dado que causam impacto em todas as proxies de endividamento selecionadas.
- Análise do Risco de Incumprimento: Setor HoteleiroPublication . Fortes, Fabriton de Brito; Costa, Magali Pedro; Lisboa, Inês Margarida CadimaAs recentes contrações económicas têm evidenciado o impacto da globalização quer na saúde financeira dos países, quer de setores e empresas. O turismo e, em particular, o setor hoteleiro, é um exemplo de um setor que tem vindo a espelhar os efeitos das recentes crises, particularmente da crise sanitária global provocada pelo vírus Sar-Cov2 e da crise financeira internacional de 2007/2008. O presente estudo visa analisar o risco de incumprimento do setor hoteleiro português. Pretende-se, em particular, analisar os determinantes mais relevantes para explicar a probabilidade de uma empresa não cumprir com os seus compromissos na data da sua maturidade. A deteção antecipada de fatores (internos e/ou externos), que permitem prever o risco de incumprimento e a respetiva tomada de decisão atempada, é essencial para garantir a sustentabilidade das empresas. Para tal, foi analisada uma amostra de dados em painel de 865 hotéis localizados em Portugal, no período 2014 a 2021. As empresas foram classificadas como cumpridoras e incumpridoras utilizando um critério ex-ante. No período analisado existem mais empresas cumpridoras do que incumpridoras. No entanto, a partir de 2020 verificou-se um aumento do número de empresas incumpridoras. Analisou-se a mediana de empresas cumpridoras e incumpridoras antes e durante o Covid-19 e os resultados sugerem que este fator contribuiu para o acréscimo do incumprimento das empresas do setor hoteleiro. De forma a identificar os determinantes que explicam a probabilidade de incumprimento das empresas deste setor em particular, recorreu-se ao método stepwise e à matriz de correlações. Com as variáveis selecionadas procedeu-se à estimação do modelo Logit. Os resultados evidenciam que as características da empresa, nomeadamente o cash flow, a rendibilidade, a alavancagem, a eficiência e a idade das empresas, assim como a variável macroeconómica inflação, são determinantes significativos na previsão da probabilidade de incumprimento. O modelo apresenta uma taxa de sucesso de 91,05%. A fim de analisar a robustez dos resultados, subdividiu-se o período da amostra em dois (2014-2019 e 2020-2021) com a finalidade de perceber o impacto da Covid-19. Os resultados confirmam que existe uma diferença significativa nos determinantes que explicam o risco de incumprimento antes e durante o período Covid-19. O presente estudo apresenta diversos contributos. Primeiro, contribui para a literatura sobre o risco de incumprimento pelo facto de analisar um setor específico – indústria hoteleira, que tem apresentado alguma dificuldade de sobrevivência especialmente em períodos económicos mais difíceis. Segundo, os resultados apresentados podem contribuir para sustentar decisões quer por entidades governamentais, como por gestores, acionistas, credores ou mesmo para os stakeholders, uma vez que são apresentados os principais determinantes deste setor. Por último, os resultados provam o impacto da pandemia Covid-19, contribuindo assim para expandir a literatura empírica dado ser um facto, tanto quanto é do nosso conhecimento, não explorado na temática de incumprimento do setor hoteleiro.
- Corporate Citizens: rendibilidade, risco e liquidez das empresasPublication . Rodrigues, Ana Catarina Henriques; Costa, Magali Pedro; Febra, Lígia Catarina MarquesA consciencialização da sociedade em geral, e das empresas em particular, sobre a importância e impacto das práticas corporate citizenship (CC) é fundamental para toda a comunidade. Empresas que têm uma preocupação acrescida em desempenhar práticas de CC, não só elevam a satisfação dos seus colaboradores como, a confiança dos seus consumidores/sociedade e desta forma, poderão ter benefícios como a melhoria do seu desempenho financeiro e/ou reputação (Palacios, 2004; Matten & Crane, 2005). Uma vez que, práticas de CC poderão ter benefícios para as empresas, torna-se fulcral analisar o impacto de CC na rendibilidade, risco e liquidez das ações das empresas. No entanto, face à literatura existente verificamos que existem algumas lacunas, nomeadamente sobre o impacto de CC no risco e liquidez, pelo que se pretende com este estudo, colmatar essa lacuna existente na literatura. Uma vez que o objetivo desta investigação é analisar a influência de CC na rendibilidade, no risco sistemático e na liquidez das ações, foi estimado um modelo, com dados em painel, que incluí 372 empresas, 186 pertencentes ao índice 3BL da CR magazine (considerado como proxy de práticas de CC), e 186 não pertencentes mas semelhantes, em termos de dimensão (capitalização bolsista). A amostra é constituída por empresas dos EUA, distribuídas por 9 setores de atividades e o período de análise deste estudo é de 2009 a 2019. Os nossos resultados sugerem que as empresas pertencentes ao índice 3BL tendem a apresentar rendibilidades anormais inferiores, face às empresas que não pertencem ao índice 3BL. Isto indicia que os preços das ações das empresas que pertencem ao 3BL ajustam-se rapidamente a informação nova. Relativamente ao risco sistemático, verificámos que as empresas que pertencem ao índice 3BL têm maior sensibilidade à rendibilidade do mercado. No que diz respeito à liquidez, os resultados sugerem que a liquidez é superior para as empresas que pertencem ao índice 3BL. As empresas que pertencem ao índice 3BL apresentam maior sensibilidade face à liquidez de mercado e, verificamos ainda, que o impacto da CC na liquidez é sensível ao mercado onde as ações são transacionadas e ao setor em que a empresa se insere.
- Elaboração de um projeto de investimentoPublication . Rainho, Sony Branco; Duarte, Elisabete Fernanda Mendes; Costa, Magali PedroO presente relatório de estágio enquadra-se no âmbito do Projeto de Final de Mestrado inserido no curso de Finanças Empresariais, do Instituto Politécnico de Leiria. Como tal, foi realizado um estágio curricular no grupo empresarial Mais Incentivo com o objetivo de elaborar um projeto de investimento inserido numa tipologia de investimento do Sistema de Incentivo do PORTUGAL 2020. O grupo empresarial Mais Incentivo é um grupo que, tendo como principal objetivo a qualidade dos serviços que presta e a satisfação dos seus clientes, oferece hoje soluções integradas no âmbito da consultoria e da gestão, direcionadas para as reais necessidades das suas empresas clientes. O estágio teve a duração de cinco meses, tendo decorrido no período compreendido entre 9 de Novembro de 2015 e 8 de Abril de 2016 e dividiu-se em quatro partes. Na fase inicial procedeu-se a um enquadramento documental da legislação aplicável, na segunda fase elaborou-se um diagnóstico ao promotor, escolhido pelo grupo empresarial Mais Incentivo, através da recolha de informação. Na terceira fase realizou-se um estudo de viabilidade com projeções financeiras e por fim, na última fase, procedeu-se à elaboração da candidatura. Pode concluir-se que o Projeto de Investimento realizado ao longo do estágio reunia todas as condições de aprovação e elegibilidade pelo que veio a ser, posteriormente, aprovado e cofinanciado, após submissão no âmbito do Sistema de Incentivo do PORTUGAL 2020. O estágio representou uma experiência deveras enriquecedora e estimulante na medida em que facultou a possibilidade de interagir com a realidade do tecido empresarial português. Esta experiência conferiu igualmente a oportunidade de aplicar conhecimentos obtidos ao longo de todo o percurso académico assim como possibilitou verificar o quão importante é um ambiente de trabalho sadio, como o que vigora nesta empresa, para o bom funcionamento como um todo.
- O impacto da liquidez de mercado no lançamento de Ofertas Públicas IniciaisPublication . Fialho, Ricardo João Chambel; Costa, Magali Pedro; Febra, Lígia Catarina MarquesA presente dissertação estuda o impacto da liquidez de mercado no lançamento de ofertas públicas iniciais. Apesar da vasta literatura que analisa a liquidez e as ofertas públicas iniciais, são escassos os estudos que relacionam, de forma direta, a influência que a liquidez de mercado tem na decisão das empresas em abrirem o seu capital para o público geral. A análise desta relação é importante, pois, considerando que a tomada de decisão do lançamento da oferta pública inicial é um dos momentos mais importante no ciclo de vida de uma empresa, é necessário ter em conta o nível de liquidez dos mercados anfitriões, na medida em que, a empresa terá potencialmente mais benefício se estiver cotada num mercado com mais liquidez. Desta forma, o presente estudo pretende preencher esta lacuna na literatura, contribuindo para um melhor conhecimento das empresas e consequentemente para uma tomada de decisão mais fundamentada. Considerando, de acordo com a literatura, o lançamento de ofertas públicas iniciais é um fator crucial para o desenvolvimento das próprias empresas e da economia onde se inserem, este estudo, também, contribui para que as diversas entidades possam desenvolver medidas assertivas com o objetivo de aumentar a atratividade do mercado. Para a concretização do objetivo do presente estudo foi estimado um modelo com dados em painel, tendo sido utilizada uma amostra composta por 8933 ofertas públicas iniciais lançadas de 21 países diferentes, entre 2005 e 2020. A liquidez de mercado foi medida através do rácio “Return-to-Turnover”. Com os resultados obtidos, podemos concluir, tal como esperado, que existe uma influência positiva da liquidez de mercado no número de ofertas públicas iniciais. Ou seja, quanto maior for a liquidez de mercado, maior é o número de ofertas públicas iniciais.
- O impacto da marca corporativa na rendibilidade, risco e liquidez das açõesPublication . Rodrigues, Maria do Carmo de Carvalho; Costa, Magali Pedro; Febra, Ligia Catarina MarquesA relação entre a marca corporativa e o desempenho das empresas tem sido alvo de crescente estudo ao longo dos últimos anos. Empresas com forte notoriedade apresentam uma maior probabilidade de manter um elevado e sustentado desempenho ao longo do tempo sendo, nesse sentido, importante analisar o impacto da marca na rendibilidade, risco e liquidez das ações. Contudo, verifica-se que a literatura existente sobre a relação entre a marca corporativa e a liquidez das ações das empresas é escassa, pelo que se pretende, com o presente estudo, colmatar uma lacuna existente na literatura. Com o intuito de estudar a influência da marca corporativa na rendibilidade anormal, no risco sistemático e na liquidez anormal das ações, estimámos um modelo baseado em dados de mercado, tendo sido utilizados dados em painel que incluem 48.077 observações, entre 2007 e 2017, de uma amostra de 367 empresas relativa a 14 países e 9 indústrias. Os resultados obtidos indiciam, contrariamente ao esperado, que as empresas mais valiosas experienciam rendibilidades anormais inferiores quando comparadas com as empresas menos valiosas, os quais podem, potencialmente, advir do ajustamento instantâneo dos preços das ações destas empresas. Relativamente ao risco sistemático, verificamos que, quando aplicado o modelo de Fama-French (1993), os resultados evidenciam que as empresas mais valiosas experienciam um menor risco. Este resultado pode ser justificado pelo facto da notoriedade da marca contribuir para a manutenção dos cash flows gerados, e, consequentemente, para a redução do risco das ações destas empresas. Analisando o impacto da marca corporativa na liquidez das ações das empresas, verificamos que as ações das empresas mais valiosas experienciam uma maior liquidez anormal quando comparadas com as ações das empresas menos valiosas. Esta evidência pode resultar do facto da marca corporativa contribuir para o aumento da notoriedade e visibilidade das empresas nos mercados.
- Impacto da Reputação Corporativa na Volatilidade das AçõesPublication . Cardoso, Rute Ferreira; Costa, Magali Pedro; Febra, Lígia Catarina MarquesA volatilidade das ações tem um papel crucial nos mercados financeiros, funcionando como um indicador da incerteza dos investidores relativamente à rendibilidade dos seus investimentos (Bhowmik & Wang, 2020; Dai et al., 2020; Vuong et al., 2024). A volatilidade pode ser subdividida entre risco sistemático – associado a fatores de mercado e risco não sistemático – resultante de fatores específicos das organizações, do setor onde as organizações se inserem, de um conjunto de organizações, mas não a totalidade do mercado, e que pode ser eliminado pelos investidores através de uma diversificação adequada da sua carteira de investimentos (Brahmana et al., 2022; Delgado-García et al., 2013; Höge-Junge & Eckert, 2024; Markowitz, 1952; Ruefli et al., 1999). De entre os determinantes específicos da volatilidade, a reputação corporativa pode afetar a perceção dos investidores face às organizações. Nesse sentido, o presente estudo visa por um lado analisar o impacto direto da reputação corporativa na volatilidade das ações e por outro verificar se esta atua como uma variável moderadora no impacto dos fatores de mercado na volatilidade das ações. Para o desenvolvimento do estudo foi utilizado uma amostra com dados em painel, composta por 316 empresas, sediadas em 19 países, para o período compreendido entre 2011 e 2023. A volatilidade das ações foi estimada através do desvio padrão das rendibilidades semanais, enquanto a reputação corporativa foi medida por meio de uma variável dummy que identifica as empresas listadas no ranking Global Reptrak e um grupo de empresas cotadas que não pertencem a este ranking. As variáveis dimensão, endividamento, book-to-market, rendibilidade dos ativos, estabilidade política, taxa de inflação e desemprego, crescimento do produto interno bruto (PIB) per capita e capitalização de mercado foram incluídas no modelo. As hipóteses de investigação foram estimadas através do modelo de efeitos fixos. Os resultados sugerem que a reputação corporativa não tem um impacto direto, estatisticamente significativo, na volatilidade das ações. No entanto, apresenta um efeito moderador de alguns dos fatores de mercado, uma vez que reduz o impacto do PIB na volatilidade das ações e intensifica o impacto da capitalização de mercado na flutuação do preço das ações.
- O impacto da satisfação do cliente na rendibilidade e liquidez das açõesPublication . Caseiro, Ana Maria Bernardo; Febra, Lígia Catarina Marques; Costa, Magali PedroA satisfação do cliente tem sido amplamente estudada em diversas áreas de investigação científica, nomeadamente na área financeira e de marketing. Existem diversos estudos que comprovaram que o desempenho das empresas com elevada satisfação do cliente tende a ser elevado. A literatura apresenta diversos estudos que analisam o impacto da satisfação do cliente na rendibilidade das ações. No entanto, existe uma escassez de estudos, na literatura, que analisem o impacto da satisfação do cliente na liquidez das ações. Não obstante a escassez de estudos que analisem a relação entre estas duas variáveis, prevê-se que estas estejam relacionadas. Empresas com elevada satisfação do cliente à partida terão maior visibilidade e, de acordo com o enviesamento da disponibilidade, terão maior probabilidade de as suas ações serem transacionadas, o que conduzirá, assim, ao aumento da sua liquidez. Deste modo, o presente estudo visa analisar se o impacto da satisfação do cliente na rendibilidade e liquidez das ações é relevante. As hipóteses formuladas neste estudo permitem contribuir para a literatura de duas formas. Primeiramente, através do estudo da relação entre a satisfação do cliente e a rendibilidade das ações utilizando um modelo diferente. Por último, através do estudo da relação entre duas variáveis ainda não analisadas na literatura (satisfação do cliente e liquidez). O impacto da satisfação do cliente na rendibilidade e liquidez das ações foi analisado recorrendo a dados secundários em painel referentes a 152 empresas, num total de 90 300 e 88 085 observações no estudo da rendibilidade e liquidez, respetivamente. A relação entre a satisfação do cliente e rendibilidade foi analisada recorrendo a uma adaptação do modelo Capital Asset Pricing Model (CAPM). Foram efetuadas três análises de robustez: i) reformulando a variável Dummy de forma a analisar a variação da satisfação do cliente face ao ano anterior no American Customer Satisfaction Indice (ACSI); ii) subdividindo a amostra em oito subamostras por setor; iii) dividindo a amostra em duas subamostras por bolsa de valores onde as ações das empresas estão cotadas. A relação entre a satisfação do cliente e a liquidez das ações foi analisada utilizando o modelo de Tkac (1999) utilizando a medida de iliquidez de Amihud (2002). Neste caso foram realizados quatro testes de robustez: i) estimação do modelo de Tkac (1999) considerando o volume de transações como medida de liquidez; ii) reformulação da variável Dummy que traduz a variação da satisfação do cliente face ao ano anterior no índice ACSI; iii) divisão da amostra por setor de atividade; iv) consideração da bolsa de valores onde as ações das empresas estão cotadas. Os resultados obtidos, tal como advoga o modelo de CAPM, sugerem que a rendibilidade das ações das empresas com baixo nível de satisfação do cliente no índice ACSI tende a variar em consonância com o mercado em todas as análises realizadas. No modelo adaptado do CAPM verificou-se que a sensibilidade da rendibilidade das ações das empresas com elevada satisfação do cliente no índice ACSI é menor face à rendibilidade do mercado do que as empresas com baixo nível de satisfação do cliente no índice ACSI. Os resultados obtidos relativos à rendibilidade anormal não tê significância estatística. Quando se considerou a alteração da satisfação do cliente no índice ACSI face ao ano anterior verificou--se que a alteração do nível de satisfação do cliente no índice ACSI tem impacto sobre a rendibilidade anormal das empresas. Verificou-se ainda que em todos os setores a rendibilidade das ações é influenciada pela satisfação do cliente embora não tenha sido possível corroborar a hipótese formulada devido a falta de evidência estatística que pode ser justificada pela dimensão reduzida das subamostras. Concluiu-se, também, que a bolsa de valores onde as ações das empresas estão cotadas influencia a rendibilidade face à satisfação do cliente. Relativamente à liquidez das empresas, os resultados obtidos indicam que, utilizando a medida de Amihud (2002), as ações das empresas com baixo nível de satisfação do cliente tendem a obter liquidez anormal positiva. Contrariamente quando se considerou o volume de transações como medida de liquidez e quando se considerou a alteração da satisfação do cliente no índice ACSI face ao ano anterior verificou-se que as ações das empresas com baixo nível de satisfação do cliente tendem a obter liquidez anormal negativa. Estes resultados podem ser explicados pelo impacto preço. Não obstante, nestas três análises verificou-se que a liquidez das ações das empresas com baixo nível de satisfação do cliente tende a variar em consonância com a liquidez do mercado. Nos modelos com o volume de transações como medida de liquidez e a alteração da satisfação no índice ACSI verificou-se que as ações das empresas com elevado nível de satisfação do cliente tendem a obter liquidez anormal mais negativa comparativamente com as ações das empresas com baixo nível de satisfação. Verificou-se ainda que a liquidez das ações das empresas é influenciada pela satisfação do cliente. A análise por setor permitiu concluir que o setor influencia os resultados obtidos, tendo-se verificado que as empresas pertencentes ao setor Financeiro e Serviços com elevado nível de satisfação do cliente tendem a obter liquidez anormal superior às empresas com baixo nível de satisfação do cliente no índice ACSI, corroborando a hipótese formulada. O inverso sucede para os setores de Serviços de Utilidade Pública e Bens de Consumo. Na última análise realizada, comparação por bolsa de valores, verificou-se que para ambas as bolsas as ações das empresas com baixo nível de satisfação do cliente tendem a obter liquidez anormal positiva e que a sua liquidez varia em consonância com a liquidez do mercado. Verificou-se também que enquanto na New York Stock Exchange (NYSE) a liquidez anormal das ações das empresas com elevado nível de satisfação do cliente tende a variar em sentido contrário à liquidez anormal das ações das empresas com baixo nível de satisfação do cliente face ao mercado o contrário sucede para a National Association of Securities Dealers Automated Quotations (NASDAQ). Deste modo, a hipótese formulada é corroborada nas ações cotadas na NASDAQ. Por último verificou-se que a liquidez das ações é sensível à satisfação do ciente para ambas as bolsas.
- Impacto do governo das sociedades no valor da marca corporativaPublication . Silva, Viviana Pedrosa; Costa, Magali Pedro; Febra, Lígia Catarina MarquesO impacto do governo das sociedades no valor da marca corporativa tem sido alvo de estudo na literatura. Estudar o impacto de governo das sociedades no valor da marca é fundamental, porque as políticas de governo das sociedades desempenham um papel central na reputação e no desempenho de uma empresa, ou seja, com um governo das sociedades eficiente, a empresa pode atrair investimentos, fidelizar clientes e criar valor a longo prazo (Zahoor et al., 2023). Desta forma, o presente trabalho tem como principal objetivo analisar o impacto das políticas de governo das sociedades no valor da marca corporativa. Para tal, é utilizada uma amostra com dados em painel composta por 74 empresas no período de 2018 a 2022. A variável dependente é o valor da marca corporativa medida através do ranking das 500 maiores marcas da Brand Finance e a variável independente é o governo das sociedades medida através de subvariáveis, dados que se retiraram da base de dados DataStream Eikon. Os dados das variáveis de controlo também foram obtidos através da base de dados DataStream Eikon. Analisou-se a relação entre as variáveis através da correlação de Spearman e pela estimação do modelo de efeitos fixos. A partir dos resultados obtidos pode-se concluir que o impacto entre as políticas de governo das sociedades e o valor da marca corporativa, não é igual para todas as variáveis. A análise de correlação revelou que apenas a pontuação dos acionistas apresenta uma correlação positiva, e significativa, com o valor da marca corporativa. O resultado da estimação do modelo por efeitos fixos indicou que o valor da marca corporativa é influenciado positiva e significativamente pela dimensão do conselho. A relevância deste estudo reside na compreensão de como as políticas de governo das sociedades influenciam o valor da marca, um dos ativos intangíveis de uma empresa. Ao investigar esta relação, é possível identificar como a transparência, a responsabilidade e a estrutura organizacional impactam a perceção do mercado e a confiança dos stakeholders (Komath et al., 2023; Mishra, 2018). Isto oferece bases para gestores e investidores sobre a importância de adotar políticas de governo das sociedades, não apenas para melhorar o desempenho financeiro, mas também para fortalecer a imagem e a competitividade da empresa a longo prazo.
- O Impacto do lançamento de uma IPO no Valor da Marca CorporativaPublication . Tavares, Daniela Patrícia Marmelo; Febra, Lígia Catarina Marques; Costa, Magali PedroA presente dissertação propõe analisar se o lançamento de ofertas públicas iniciais influencia positivamente o valor da marca corporativa, bem como verificar se a reputação corporativa tem efeito mediador na relação entre as ofertas públicas iniciais e o valor da marca corporativa. Para concretizar o objetivo do estudo foram utilizados dois modelos adaptados do modelo de Pagano et al. (1998), com dados em painel, sendo a amostra composta por 33 empresas com marcas corporativas internacionais que realizaram ofertas públicas iniciais, no período entre 2007 e 2019. Os resultados obtidos permitem concluir que o lançamento de uma oferta pública inicial influencia positivamente o valor da marca corporativa a longo prazo, nomeadamente a partir do terceiro ano após IPO. Além disso, os resultados indicam que o lançamento de uma oferta pública inicial influencia positivamente a reputação corporativa, e que esta, por sua vez exerce um impacto positivo no valor da marca corporativa, sendo que o efeito mediador que a reputação corporativa tem na relação entre o lançamento de uma oferta pública inicial e o valor da marca corporativa só é significativo a partir do terceiro ano após o lançamento da IPO.
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