ESSLei - Mestrado em Enfermagem Comunitária - Área de Enfermagem em Saúde Familiar
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- A Intervenção do Enfermeiro de Saúde Familiar na Promoção do Aleitamento Materno: Uma Revisão Sistemática da LiteraturaPublication . Louro, Juliana Isabel Sá Pereira; Frade, João Manuel GraçaO presente documento apresenta o Relatório Final de Estágio realizado numa Unidade de Saúde Familiar (USF), onde tive a oportunidade de desenvolver e adquirir as competências do enfermeiro especialista em enfermagem comunitária na área de enfermagem de saúde familiar. A sua elaboração tem a finalidade de integrar o conhecimento adquirido e desenvolvido ao longo do período teórico e nos ensinos clínicos precedentes, numa perspetiva de compreensão da importância da enfermagem de saúde familiar na obtenção de ganhos em saúde junto dos utentes, das famílias e das comunidades. Engloba um estudo em forma de revisão sistemática da literatura, através do qual procurei analisar e sintetizar os resultados dos estudos mais relevantes sobre as estratégias de intervenção empregadas pelos Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Saúde Familiar na promoção do aleitamento materno para uma prática baseada em evidência científica. O aleitamento materno proporciona às crianças o melhor começo de vida, pois é a melhor fonte de nutrição para o bebé e, simultaneamente, um método barato e seguro. Para além disso, traz benefícios para toda a vida: reforça o desenvolvimento do cérebro, previne vários tipos de infeção, reduz o risco de alergias, faz com que o bebé tenha uma melhor adaptação a outros alimentos e é importante para prevenir doenças como a diabetes e os linfomas. Para a mãe o aleitamento materno tem vantagens, dado que, facilita uma involução uterina mais precoce, reduz a probabilidade de contrair cancro da mama e permite sentir o prazer de amamentar. É de consenso mundial que o aleitamento materno é a melhor maneira de alimentar as crianças até aos 6 meses de vida. A amamentação deve ser iniciada na primeira hora de nascimento e continuada até aos 2 ou mais anos de idade. Compete aos profissionais de saúde promoverem ajuda às mães que querem iniciar e manter o aleitamento materno. A promoção do aleitamento materno é a intervenção de saúde pública mais eficaz, constituindo um direito humano, que deve ser protegido e promovido, das mães e dos seus bebés. Em Portugal não há total conhecimento sobre a prevalência e duração do aleitamento materno e a informação disponível estimou em 21,8% o aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses. No reconhecimento do cumprimento de um conjunto de práticas favoráveis à promoção e manutenção do aleitamento materno, cabe ao Serviço Nacional de Saúde, perseguir a meta do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável de que até 2030 a taxa de aleitamento materno exclusivo seja de 50 %. (Despacho n.º 13056/2023, de 20 de dezembro).
- Atitudes dos enfermeiros e alunos de enfermagem, relativamente à importância da família no processo de cuidarPublication . Caria, Dora Garcia Pinheiro Leitão; Frade, João Manuel GraçaA Enfermagem de família emerge como um fenómeno distinto quer para a prática de enfermagem generalista quer para a prática avançada. Os fundamentos teóricos assentam no pensamento sistémico e interacional. Defende-se uma abordagem sistémica e relação colaborativa de suporte, no cuidado à família para garantir cuidados competentes e de excelência nas intervenções de enfermagem, que acontecem reciprocamente em contexto de intersubjetividade e complexidade. A família representa para a pessoa doente uma poderosa fonte de suporte, é inerente ao processo de cuidar e encontra-se intrinsecamente envolvida no processo saúde/doença. Por isso é de suma importância a preocupação e o comprometimento de que a família seja integrada nos cuidados de saúde garantindo a promoção de saúde familiar. A evidência da lacuna entre o teórico e o prático ao nível da enfermagem levou ao estudo sobre conhecer as atitudes dos enfermeiros e alunos relativamente à importância da família no processo de cuidar, sobre a abordagem sistémica do cuidado à família, no desempenho profissional. Trata-se de um estudo de natureza quantitativo, descritivo, analítico e correlacional, realizado a uma amostra de 7 enfermeiros que exercem a sua prática numa Unidade de Saúde familiar e a um grupo de 22 alunos a frequentar a licenciatura em enfermagem. Como instrumento de colheita de dados foi utilizado o questionário de caraterização sociodemográfica e a escala IFCE-AE (A Importância das Famílias nos Cuidados de Enfermagem - Atitudes dos Enfermeiros), validada para a população portuguesa por Oliveira et al., 2009. Nos dados obtidos, em relação às variáveis sociodemográficas e profissionais que caracterizam a amostra, apenas foi possível verificar associação entre as atitudes dos enfermeiros e alunos, relativamente à importância da família no processo de cuidar, nas variáveis género e título profissional. Compreendeu-se que a família é uma unidade complexa, com necessidades e impacte no estado de saúde. Com evidência, podemos concluir que nas transições do ciclo vital, as famílias, carecem da abordagem holística dos enfermeiros de família. A enfermagem de família detém essas competências para cuidar das famílias enquanto sistema, assumindo uma posição de centralidade, sendo a formação essencial para dotar os enfermeiros de conhecimento, ferramentas e eficiência nessa otimização dos cuidados.
- Atitudes dos Enfermeiros Face à Família na Consulta com AdolescentesPublication . Lopes, Inês Sofia Mendes; Frade, João Manuel GraçaO presente relatório, apresentado para obtenção do grau de Mestre em Enfermagem de Saúde Familiar, surge no âmbito da unidade curricular Estágio III: Estágio de Natureza Profissional em Enfermagem de Cuidados à Família em contexto de USF/UCSP, desenvolvida na USF Beira Saúde entre 7 de setembro de 2023 e 8 de janeiro de 2024. As atitudes do enfermeiro face à família (domínio recentemente estabelecido nas funções do Enfermeiro Mestre em Saúde Familiar) norteou a tomada de decisão pelos objetivos estabelecidos e atividades desenvolvidas na Unidade de Saúde Familiar Beira Saúde. No presente relatório, descrevo o contexto da prática clínica desenvolvida, a fundamentação teórica, enuncio as atividades desenvolvidas no âmbito da aquisição de competências do Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária-Área de Saúde Familiar, desenvolvo Prática Especializada Baseada na Evidência e analiso de forma crítico-reflexiva os resultados obtidos e o percurso percorrido. A evidência científica é sustentada na questão de investigação: Em que medida, os enfermeiros apresentam atitudes de suporte face à família durante a consulta com o adolescente? Enquadramento: A «família com filhos adolescentes» é considerada a etapa mais extensa e exigente do ciclo vital da família (Alarcão, (des)Equilíbrios familiares- uma visão sistémica, 2002) pautando-se por intensas transformações biológicas, emocionais e socioculturais (Wright & Leahey, 2018). Sabe-se que parte dos hábitos adquiridos durante o período da adolescência, persistem durante a vida adulta e influenciam a qualidade da saúde futura (Sousa, Franzoi, & Morais, 2022) e apesar de ser considerado faixa etária saudável na sua globalidade, constata-se que os problemas mais prevalentes resultam de comportamentos de risco. Estima-se que o suicídio é a quarta causa de morte mais comum entre os 15-19 anos (UNICEF, 2021). O uso das redes sociais confere um aumento de insatisfação corporal, baixa autoestima, sintomas depressivos e distúrbios alimentares provocados pela tendência de comparação da aparência (Sousa, Franzoi, & Morais, 2022). Também a Pandemia Covid-19, veio destabilizar os processos normativos que pontuam a fase da adolescência. Tendo em conta estes factos, torna-se essencial perceber de que modo os enfemeiros de família apresentam atitudes de suporte face à família com filhos adolescentes, pois estes profissionais têm um papel fundamental na promoção da saúde familiar, contribuindo na sua capacitação, mobilizando os recursos internos e externos e estimulando a sua autonomia através de uma abordagem colaborativa (Figueiredo M. H., Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar - Uma Abordagem Colaborativa em Enfermagem de Família, 2020). Objetivos: Descrever as atitudes dos enfermeiros dos CSP da ULS Castelo Branco face ao envolvimento das famílias nas consultas com adolescentes. Metodologia: Estudo integrado no projeto CuidarFam, de natureza quantitativa, descritiva e correlacional. Num universo de 112 enfermeiros (N = 112) a exercer funções nos CSP da ULS Castelo Branco, 46 participaram no estudo, constituindo, desta forma, a amostra. Foi aplicado um questionário para caracterização sociodemográfica e profissional, para analisar o modus operandi dos enfermeiros nas consultas com adolescentes, e a escala «Importância das Famílias nos Cuidados de Enfermagem- Atitudes dos enfermeiros» (IFCE-AE, versão portuguesa). Resultados: Média de idade (47,98 anos), média de tempo exercício profissional (≈ 25 anos), formação em enfermagem de família (39,1%). 35 dos 46 enfermeiros realizam consultas de saúde infantil/juvenil. 87% da amostra conhece o Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil, mas apenas 30,4 % dos enfermeiros conhece o guia orientador de boas práticas na entrevista ao adolescente. 69,5% dos enfermeiros realizam entrevista ao adolescente em privado sendo que, 47,8% nem sempre o fazem. Os temas em que se assume maior dificuldade em abordar são «expressão de sentimentos e pensamentos», «sexualidade», «violência e maus-tratos», e «comportamentos aditivos». Para além destes, temáticas como «auto-percepção da imagem corporal», «violência e maustratos» e «expressão de sentimentos e pensamentos», são temas menos abordados na consulta. Existem 34,8% de enfermeiros que não realizam intervenções relativas à família. Conclusão: Os enfermeiros apresentam atitudes de suporte na abordagem à família como parte integrante no processo de cuidados, com score médio total da escala IFCE-AE (79,52 pontos). As variáveis sociodemográficas e profissionais não influenciam as atitudes dos enfermeiros na abordagem à família como parte integrante dos cuidados. Verificou-se uma baixa correlação positiva e um p <0,05 entre o tempo de exercício profissional e a dificuldade em abordar alguns assuntos durante a consulta. Pode-se concluir desta forma que, os enfermeiros com mais experiência profissional admitem mais dificuldades na abordagem de alguns assuntos. Os enfermeiros que fazem a consulta dos 12/13 anos, apresentam um score mais elevado de atitudes de suporte face à família quando comparados aos enfermeiros que começam a realizar a entrevista em privado apenas na consulta dos 15-18 anos.
- Atitudes dos enfermeiros face à importância da família no processo de cuidarPublication . Feliciano, Silvina Pereira; Frade, João Manuel GraçaOs cuidados de saúde primários são para a sociedade a pedra basilar de uma equidade social em saúde para a promoção e prevenção centrados nas necessidades, preferências e bem-estar das populações. Abordam as determinantes da saúde ao longo do ciclo vital da pessoa, nos mais vastos aspetos, para o equilíbrio da sua saúde física, social e o seu bem-estar e a maioria das necessidades da saúde da pessoa, o que inclui a prevenção, tratamento, reabilitação e os cuidados paliativos. A intervenção da enfermagem centrada na família é uma abordagem do cuidar; fundamentada na relação colaborativa entre enfermeiro e família. A criação da especialidade de Especialista de Família, com as suas competências comuns e específicas, que segundo a Ordem dos Enfermeiros a cada família o seu enfermeiro. É premente que famílias tenham enfermeiro, tendo em vista a promoção e manutenção da saúde da família ao longo do ciclo vital, a nível dos diferentes níveis. O enfermeiro deve juntamente com a família procurar a melhor forma de integrar as intervenções de enfermagem, num processo decorrente de uma transição na família, a intervenção de enfermagem deve ser no sentido de trabalhar com a família, respeitando a sua autonomia, crenças valores e capacidade de decisão As atitudes dos enfermeiros dos cuidados da enfermagem perante a família são avaliados através de um estudo com duas partes, a primeira parte apresenta os dados sociodemográficos e a segunda parte é a aplicação da escala IFCE - AE (importância das famílias nos cuidados de enfermagem - as atitudes dos enfermeiros); foi utilizada uma metodologia quantitativa, descritiva, analítica e correlacional, com uma amostra de 26 enfermeiros 19 enfermeiros da consulta da consulta externa e seis enfermeiros do centro de saúde. Nos resultados do estudo pode verificar-se que não existe diferença das atitudes entre os enfermeiros da UCSP e da CE, pode verificar-se ainda que os enfermeiros assumem atitudes positivas e de suporte face às famílias. Os cuidados de saúde devem continuar a ser centrados na família quando um dos seus elementos está em transição, interfere com toda a família. A formação em enfermagem de família é premente, em todas as unidades de saúde, a família está sempre presente. Na população da amostra, tem formação em enfermagem da família 15.4% e não têm formação em enfermagem de família 84,6%.
- Atitudes dos enfermeiros face à importância da família no processo de cuidarPublication . Duarte, Marta Isabel Rodrigues; Frade, João Manuel GraçaA relevância da família nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) tem vindo a evidenciar-se na implementação de políticas de saúde. É premente a preocupação e o compromisso de integrar as famílias nos cuidados de saúde, tendo em vista a promoção e manutenção da saúde familiar. A enfermagem familiar nos CSP tem vindo a ser valorizada e reconhecida, sendo o pilar dos cuidados de saúde ao longo do ciclo vital do ser humano (Pires, 2016). O enfermeiro de CSP surge como figura principal pela sua formação e dedicação, no estabelecimento de uma relação de proximidade, segurança e confiança entre o indivíduo/família e os serviços de saúde. Na perspetiva da continuidade de cuidados, a família surge tanto como contexto de prestação de cuidados, como fonte de suporte e recurso refletindo-se, a sua inclusão nos cuidados, na eficácia das intervenções de enfermagem (Tavares, 2017). Partindo desta premissa, considerou-se pertinente conhecer as atitudes dos enfermeiros face às famílias no processo do cuidar, o que se enquadra no domínio das funções do enfermeiro especialista em enfermagem de saúde comunitária na área de enfermagem de saúde familiar, e que conduziu ao presente estudo de investigação, através dos seus objetivos e do estágio desenvolvido na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Ansião (UCSPA). Após a caracterização do contexto da prática clínica de enfermagem de família no âmbito do estágio na UCSPA, é exposto o enquadramento teórico da mesma, as atividades desenvolvidas que permitiram a aquisição de competências do enfermeiro especialista na área de enfermagem de saúde familiar, e a prática especializada baseada na evidência, com o processo de investigação propriamente dito, seguido da discussão e explanação das conclusões encontradas. Neste projeto foi utilizado o método de investigação quantitativo, sendo um estudo descritivo, analítico e correlacional e que procurou determinar quais as atitudes dos enfermeiros de CSP face à importância da família no processo do cuidar, e ao mesmo tempo inferir acerca da influência que as variáveis sociodemográficas e profissionais têm nas atitudes dos enfermeiros face à família. O mesmo foi aplicado a um total de 30 enfermeiros que desempenham funções nos CSP. O instrumento utilizado foi um questionário constituído por questões sociodemográficas e profissionais e a Escala “Importância das Famílias nos Cuidados de Enfermagem – Atitudes dos Enfermeiros” (IFCE-AE), validada em 2009 para a população portuguesa por Oliveira et al. (2011). Os resultados obtidos evidenciaram a não existência de relação e associação estatística relevante em nenhuma das variáveis sociodemográficas e profissionais em estudo, exceto na variável unidade funcional onde exerce funções, nomeadamente nas dimensões Família como parceiro dialogante e recurso de coping (H=7,998; p=0,018) e Família como um fardo (H=8,997; p=0,011) em que se obtiveram valores de significância p<0,05; permitindo estabelecer relação entre a atitude do enfermeiro face à família e a unidade funcional onde exerce funções, em que as atitudes de maior suporte face à família dizem respeito aos enfermeiros que exercem funções na Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC). Nas conclusões do estudo, pode verificar-se que, de uma forma geral, os enfermeiros assumiam atitudes positivas e de suporte face à família apresentando um score médio total da escala de 84.7. Os cuidados de enfermagem terão necessariamente de ser centrados na família, o que obrigará a algumas mudanças de atitude por parte dos enfermeiros e a uma alteração das políticas e filosofia das unidades de saúde (Rodrigues, 2013).
- Atitudes dos enfermeiros face à importância da família no processo de cuidarPublication . Carvalho, Cristina Lourenço; Frade, João Manuel GraçaCada família tem um segredo, e o segredo é o facto de não ser como as outras famílias” (Bennett, 2000, p. 38) Atualmente, os enfermeiros têm uma responsabilidade acrescida sobre a saúde das populações, nomeadamente no que concerne ao cuidado familiar, pelo que devem desenvolver competências para se poderem constituir como ajuda profissional avançada, que promova respostas adaptativas dos atores intervenientes nestas dinâmicas. A relação interpessoal tem que abranger os outros significativos do utente, nomeadamente a família (Carvalhal, 2010). A transferência do conhecimento, relativo à enfermagem de saúde familiar, para a prática clínica de enfermagem é um desafio. No processo de integrar a teoria à prática, as motivações e atitudes dos enfermeiros são fortemente influenciadas pelas suas perceções de autoeficácia (Cruz A. C., 2015), razão pela qual se entende pertinente conhecer as atitudes dos enfermeiros na abordagem à família para a sua integração no processo de cuidados. A temática das atitudes do enfermeiro para com a família, no processo de cuidado, como domínio recente e devidamente enquadrado nas funções do Enfermeiro Mestre em Saúde Familiar, norteou a tomada de decisão pelos objetivos estabelecidos e atividades desenvolvidas na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Ansião (UCSPA). A par da caracterização dos contextos da prática clínica de enfermagem de saúde familiar, é apresentada a Fundamentação Teórica, são enunciadas as atividades desenvolvidas no âmbito da aquisição de competências do Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária-Área de Saúde Familiar, é descrita a Prática Especializada Baseada na Evidência (Investigação), complementadas por análises crítico-reflexivas dos resultados obtidos e do percurso trilhado. A evidência científica é sustentada na questão de investigação: “Quais são as atitudes que os enfermeiros, em Cuidados de Saúde Primários (CSP) e em Formação, adotam, face à importância da família no processo de cuidar?”. É usada uma metodologia quantitativa, descritiva, analítica e correlacional, numa amostra constituída por treze enfermeiros, que exercem a sua prática em diversos contextos de cuidados. Como instrumento de colheita de dados, é utilizado um questionário de caraterização sociodemográfica e a Escala “A Importância das Famílias nos cuidados de Enfermagem - Atitudes dos Enfermeiros” (Oliveira et al., 2011). O caminho percorrido, rumo à aquisição de competências em Enfermagem de Saúde Familiar, reconhecidas na integração de conhecimento apreendido e desenvolvido ao longo do período teórico e nos ensinos clínicos precedentes, numa perspetiva de compreensão da importância da Enfermagem de Saúde Familiar na obtenção de ganhos em saúde, junto dos utentes, das famílias e das comunidades, encontra-se refletido no presente relatório. Nas conclusões do estudo, é evidenciado que os enfermeiros têm, na sua maioria, atitudes positivas, face à família nos cuidados de enfermagem. Não se verificam diferenças estatisticamente significativas em relação ao título profissional, às habilitações académicas, à unidade de exercício de funções, ao tempo de exercício profissional na unidade, ao método de organização de cuidados, à formação pós-graduada e à formação em enfermagem de família. São obtidas diferenças com significado estatístico em relação ao género, à idade, ao tempo de experiência profissional, à existência de abordagem geral para o cuidado da família no local de trabalho e à experiência com familiares gravemente doentes. Toda a aprendizagem, vivenciada em contexto de estágio, permitiu essa constatação e concorreu para o enriquecimento pessoal e profissional. A abordagem da relação de enfermagem como profissionalização do cuidado humano, a mudança de paradigma no cuidar, com a transposição de um modelo assistencial tendencialmente “hospitalocêntrico” para um modelo com ênfase crescente na Família, são prementes no entendimento desta unidade, como parte do processo do cuidar, em que a figura do Enfermeiro de Família deve surgir cada vez mais creditada (Regadas & Pinto, 2010).
- Atitudes dos enfermeiros face à importância da família no processo de cuidarPublication . Santos, Sara Sofia Pereira dos; Frade, João Manuel GraçaNo âmbito do 3º semestre do 2º ano do curso de Mestrado em Enfermagem de Saúde Familiar foi desenvolvido um estágio de natureza profissional na Unidade de Cuidados Saúde Personalizados de Alvaiázere (ACES Pinhal Interior Norte), por ser um contexto de excelência para o exercício das competências do enfermeiro de família. Além disso serviu de contexto à realização de um trabalho de investigação sobre as atitudes dos enfermeiros na abordagem à família como parte integrante no processo de cuidados. Este trabalho tem como objetivos descrever e realizar uma análise critico-reflexiva das competências desenvolvidas e dificuldades vivenciadas durante o estágio, bem como, no âmbito da investigação, compreender as atitudes dos enfermeiros na abordagem à família para a sua integração no processo de cuidados. É necessário refletir a essência da prática de enfermagem no cuidado à família, de forma a reduzir o sofrimento emocional, físico e espiritual dentro da unidade familiar, garantindo cuidados competentes e de excelência. A intervenção de enfermagem centrada na família é uma abordagem do cuidar, fundamentado na relação colaborativa e interacional entre profissionais e famílias. A reestruturação dos cuidados de saúde expandiu e ampliou a prática de enfermagem com base na família, razão pela qual é pertinente conhecer as atitudes dos enfermeiros na abordagem à família para a sua integração no processo de cuidados. O enfermeiro de saúde familiar perspectiva a família como unidade básica de cuidados, respeitando o seu contínuo equilíbrio dinâmico ao longo do ciclo vital familiar. Pode também facilitar o processo de transição da família, através da sua capacitação, atingindo um padrão de desenvolvimento familiar eficaz, em que os resultados obtidos, decorrentes das intervenções de enfermagem desenvolvidas com a família, correspondem a ganhos em saúde. Para desenvolver a prática baseada na evidência foram formuladas as questões: Quais as atitudes dos enfermeiros relativamente ao envolvimento e participação das famílias nos cuidados ao utente? e Qual a relação entre as atitudes dos enfermeiros, as variáveis sociodemográficas e profissionais no envolvimento e participação da família no processo de cuidados? Utilizou-se uma metodologia quantitativa, descritivo, analítico e correlacional. Como instrumento de colheita de dados, foi utilizado o questionário de caraterização sócio demográfica e a Escala “ A Importância das Famílias nos cuidados de Enfermagem – Atitudes dos Enfermeiros” (Oliveira et al, 2011). Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas em relação às variáveis sociodemográficas e profissionais. A evidência demonstra que os enfermeiros têm na sua maioria atitudes positivas, face à família nos cuidados de enfermagem. Atitudes positivas dos enfermeiros relativas à importância das famílias nos cuidados de enfermagem, facilitam o envolvimento e participação das famílias nos cuidados, enquanto atitudes negativas criam barreiras nesse processo. A formação é fundamental na aprendizagem de competências no âmbito da família pelo potencial de otimização da prática profissional de enfermagem. Os cuidados de enfermagem terão necessariamente que ser centrados na família, o que obrigará a algumas mudanças de atitude por parte dos enfermeiros e a uma alteração das políticas e filosofia das unidades de saúde.
- Atitudes dos enfermeiros face à importância da família no processo de cuidarPublication . Mascarenhas, Carla Sofia Pinto de; Frade, João Manuel GraçaOs Enfermeiros de Família são prestadores de cuidados, que têm como finalidade o alcance de um potencial de saúde para todos, dentro de uma estratégia fundamental que consiste no reforço dos cuidados de saúde destinados à família. As atitudes dos enfermeiros no que concerne ao envolvimento das famílias no planeamento dos cuidados são fundamentais para alcançar resultados de excelência. Nos últimos anos, alterações políticas e sociais levaram ao aparecimento de novas necessidades no seio familiar. A integração das famílias nos cuidados de enfermagem permite a promoção, manutenção e recuperação da saúde das famílias, beneficiando todos os envolvidos neste processo. Este estudo tem como principais objetivos: o conhecimento das características sociodemográficas dos enfermeiros; a identificação da importância atribuída pelos enfermeiros de família à participação da mesma nos cuidados de enfermagem e a relação entre as atitudes dos enfermeiros e as variáveis sociodemográficas e profissionais. Trata-se de um estudo quantitativo descritivo-correlacional e transversal, aplicado a 23 enfermeiros a exercer funções no ACES Pinhal Litoral, nomeadamente na UCSP Porto de Mós, USF Batalha e UCC Porto de Mós. Este estudo foi realizado com base num questionário que permitiu fazer uma avalição sociodemográfica e profissional, conjuntamente com a aplicação da escala “Importância das Famílias nos Cuidados de Enfermagem - Atitudes dos Enfermeiros (IFCEAE)” (Oliveira et al., 2011). Do ponto de vista estatístico, os resultados deste estudo indicam que não existe relação significativa entre a variável dependente (importância atribuída à família) e as variáveis sociodemográficas: género, idade, título profissional, habilitações académicas, UF onde exerce funções, tempo de exercício no serviço, formação e experiência com familiares gravemente doentes. Da escala de IFCE-AE, o estudo revela que os enfermeiros apresentam uma atitude favorável face à importância de incluir as famílias nos cuidados de enfermagem com uma média de 65 e um score de 80,47. A presente investigação pretende contribuir para a análise das atitudes que os enfermeiros têm em relação à família, na inclusão e envolvimento da mesma na prestação de cuidados de enfermagem nos Cuidados de Saúde Primários, utilizando um instrumento que nos permita conhecer a “importância atribuída à família”.
- Atitudes dos enfermeiros, face à importância da família no processo de cuidarPublication . Carvalho, Carina Marina Lemos Lopes Santos; Frade, João Manuel GraçaEnquadramento: A par das transformações ocorridas na sociedade, a enfermagem especializada em saúde familiar nos vários contextos dos cuidados, tem vindo a assumir valor crescente e a ser reconhecida como essencial. Promover a aproximação do enfermeiro aos conhecimentos e estratégias da Enfermagem da Família pode estender a sua forma de trabalhar com famílias, modificando o seu padrão de prática habitual para uma abordagem sistémica, centrada na família. As atitudes que os enfermeiros adotam em relação à família são fundamentais na promoção, manutenção e recuperação da saúde das famílias. Objetivos: Conhecer as características sociodemográficas e profissionais dos enfermeiros; caraterizar as atitudes dos enfermeiros dos CSP e CSD na abordagem à família como parte integrante no processo de cuidados e relacionar as características sociodemográficas e profissionais dos enfermeiros com as suas atitudes, no envolvimento e participação da família no processo de cuidados. Metodologia: Estudo quantitativo, descritivo, analítico, correlacional e transversal, numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por enfermeiros a exercerem funções em Cuidados de Saúde Primários e Cuidados de Saúde Diferenciados. Aplicou-se um questionário para caracterização sociodemográfica e profissional e a escala “Importância das famílias nos cuidados de enfermagem – Atitudes dos enfermeiros” (IFCE-AE). Resultados: Amostra constituída por 20 enfermeiros em CSD e 30 enfermeiros a exercer em CSP, destes, em UCC (20%), em UCSP (46,7%) e em USF (33,3%). Do género feminino (92%), média idade (43,86 anos), casados (70%), tempo de exercício profissional médio (19,7 anos), enfermeiros especialistas (46%), especialidade/mestrado/outras áreas de formação (50%), e formação em enfermagem de família (50%), adquirida em contexto académico (58,3%) e em formação contínua (41,7%). Os enfermeiros apresentam atitudes de suporte na abordagem à família como parte integrante no processo de cuidados, com score médio total da escala IFCE-AE (78,86 pontos). Conclusão: Os enfermeiros apresentam atitudes de suporte face à família, envolvendo-a nos cuidados de enfermagem o que constitui um critério importante para a qualidade da prática da enfermagem familiar e para os ganhos em saúde dos indivíduos e das famílias.
- CONSEQUÊNCIAS DA PANDEMIA POR COVID-19 NA SOBRECARGA E SENTIDO DE VIDA DO CUIDADOR INFORMALPublication . Lopes, Sandra Maria Ferreira; Barros, Teresa Madalena Kraus Brincheiro HüttelVerifica-se, atualmente, uma elevada preocupação no que concerne ao impacto da pandemia por COVID-19 no bem-estar geral da população. Esta pandemia constitui-se como uma crise global, não só ao nível de saúde pública e de estabilidade económica, mas também de bem-estar familiar. Ao evocar questões acerca do sentido de vida, a pandemia constitui-se como uma oportunidade para a (re)descoberta de valores humanos e universais. Numa sociedade cada vez mais envelhecida, a pandemia por COVID-19 veio acentuar, ainda mais, as dificuldades vivenciadas no quotidiano dos cuidadores a vários níveis, designadamente, profissional, pessoal, financeiro e social. Perspetivada não só como a unidade básica da sociedade, mas também como foco dos cuidados de enfermagem, a família apresenta como função prioritária, o suporte e a proteção dos seus membros. Pela sua proximidade, o enfermeiro de saúde familiar conhece as singularidades de cada família, o seu potencial, as suas competências e fragilidades. Com o seu saber técnico, científico e humanístico, define estratégias de índole sistémica que potenciam a ação da família, face às necessidades específicas de cada um dos seus constituintes. Todavia, urge compreender quais são os desafios, as respostas e as adaptações que emergiram a partir desta nova realidade, visto o cenário pandémico ter condicionado a interação entre enfermeiros e famílias. Tendo por base este intuito, efetuou-se uma revisão sistemática de literatura, subjacente à seguinte questão de investigação: Quais são as consequências da Pandemia por COVID 19 na sobrecarga e sentido de vida do cuidador informal? Os objetivos definidos para a pesquisa são: 1) Avaliar a sobrecarga do cuidador informal durante o período de pandemia por COVID-19 e 2) Identificar a relação entre o sentido de vida e a sobrecarga do cuidador informal. A partir da questão PI[C]O, foram definidas palavras-chave e realizada uma pesquisa de artigos científicos na base de dados da plataforma B-On no mês de novembro de 2021. Na Revisão Sistemática da Literatura, incluíram-se artigos, publicados nos últimos seis anos e disponíveis gratuitamente nas bases de dados Academic Search Complete, Complementary Index e Medline, através dos seguintes descritores: Informal “caregiver burden”, “COVID-19 or coronavirus or 2019-ncov or sars-cov-2 or cov-19”, “life purpose” or “meaning in life” or “purpose in life”, utilizando o operador booleano AND. Da aplicação dos critérios de inclusão, foram identificados, no total, 58 artigos, dos quais, após análise dos títulos e resumos, foram selecionados cinco artigos como elegíveis e incluídos. Relativamente aos resultados, constatou-se que a sobrecarga do cuidador variava de acordo com a doença da pessoa cuidada, sendo que as evidências comprovaram que os cuidadores de pessoas com demência e doença oncológica relataram uma maior sobrecarga de cuidados, principalmente as mulheres. Também a ansiedade, o stress crónico e a depressão (angústia e sofrimento existencial) foram geradores do sentimento de sobrecarga do cuidador, durante a pandemia por COVID-19. Registou-se que a promoção da resiliência reduz significativamente a angústia associada aos cuidados. Conclui-se que a presença da espiritualidade, da esperança e de um sentido de vida, a par da resiliência, reduzia significativamente a angústia associada aos cuidados. É fundamental que os cuidadores sejam devidamente treinados e capacitados para que alcancem maiores níveis de resiliência como a capacidade de aceitar a situação diariamente, suprindo a necessidade de a pessoa não perder a sua essência e restaurar a esperança. Torna-se crucial que os enfermeiros desenvolvam competências para identificar e intervir nos processos de transição saúde - doença, orientando os cuidadores para atingirem o nível de mestria, promotor da resiliência e de esperança.