ESECS - Mestrado em Intervenção e Animação Artísticas
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Browsing ESECS - Mestrado em Intervenção e Animação Artísticas by advisor "Kowalski, Maria Pereira"
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- Caminhos de memórias : construção de experiências significativasPublication . Oliveira, Vânia Daniela Pinto de; Sousa, Jenny Gil; Kowalski, Maria PereiraAo longo das últimas décadas, verificou-se um envelhecimento considerável da população devido a uma melhoria das condições de vida (na saúde, na segurança, na educação, etc.), resultando no aumento da esperança média de vida e, consequentemente, no aumento do número da população idosa. Esta situação, apesar de positiva, traz à tona o aparecimento de uma nova preocupação – a de trabalhar para um envelhecimento ativo. Apesar de o envelhecimento ser um processo que decorre ao longo de toda a vida, existem, no entanto, diferentes formas de envelhecer, cabendo a cada indivíduo trabalhar em prol do seu envelhecimento positivo. Neste sentido, partindo dos pressupostos teóricos do envelhecimento ativo e da importância da aprendizagem ao longo da vida, nasceu o projeto Caminhos de Memória: Construção de Experiências Significativas que procurou promover junto dos estudantes do Programa IPL60+ experiências culturais significativas, bem como, fomentar relações afetivas e ligações com a cidade de Leiria. O presente projeto contou com a participação de dez seniores que pertencem ao Programa IPL60+. Ao longo de todo o processo de intervenção realizaram-se seis sessões de aula e duas de visita pela cidade, foram trabalhados temas ligados à memória e à afetividade, ao património e à cultura, ao espaço público e privado, com o intuito de construir um roteiro em que as memórias de cada um dos participantes tivesse destaque na descrição e apropriação do espaço da cidade. Não obstante, o que se pretendia, acima de tudo, era fomentar momentos de partilha de conhecimento, espaços de convívio e socialização. O presente projeto trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, inserido na tipologia de investigação-ação. Os instrumentos de recolha de dados utilizados foram a observação direta, registada no diário de bordo que foi realizado ao longo de todo o processo; os questionários de carácter aberto realizados aos participantes e as entrevistas semiestruturadas, também aplicadas aos participantes. O instrumento escolhido para tratamento dos dados foi a análise de conteúdo. Os resultados obtidos permitem perceber que os participantes não tinham uma relação muito fortalecida com a cidade de Leiria, mas manifestavam interesse em conhecer a história e visitar todos os espaços históricos que tinham ao seu dispor, num ambiente de convívio e de partilha de conhecimentos, constituindo-se em pontos fundamentais que estimulam a participação cultural e a criação de experiências culturais significativas.
- A fotografia como meio de expressão e de intervenção, pelo olhar de criançasPublication . Lopes, Lúcia Manuela de Jesus Mendes; Gamboa, Maria José Nascimento Silva; Kowalski, Maria PereiraSe observarmos à nossa volta, as imagens fotográficas, hoje em dia, são divulgadas nos mais diversos suportes e meios de comunicação e impostas a todos, em diversos espaços públicos ou privados. Na nossa sociedade atual, a fotografia é uma forma massiva e global de comunicação, influenciando a nossa forma de ser, de olhar e compreender o mundo. Consideramos, por isso, importante ensinar a ler e a escrever com as imagens que estão à nossa volta, ou que são captadas por nós. No âmbito do estudo que se apresenta é criado um Clube de Fotografia, no qual os participantes são convidados a captar visualmente, através da fotografia, os seus interesses, as preocupações e as perceções do seu mundo. Este estudo visa perceber qual o potencial da fotografia participativa como meio de expressão individual e de intervenção, pelo olhar de crianças, para desenvolver a observação crítica e a capacidade de participação e intervenção na sua comunidade. As atividades propostas do projeto de intervenção foram desenvolvidas em contexto fora da educação formal e procuraram criar dinâmicas de participação, a vivência de experiências educativas e a construção de aprendizagens significativas, em torno da fotografia e da comunicação. O projeto permite verificar que um grupo de crianças, através dos seus olhares fotográficos, amplia o sentido de observação crítica e pensamento reflexivo, e ativamente constrói conhecimento que os leva à participação e intervenção em diferentes contextos. Com a exposição de fotografias da sua autoria, os participantes conseguem intervir e comunicar visualmente. A análise de dados permite constar que a fotografia participativa constitui um meio de expressão individual com potencial para a intervenção na comunidade.
- Fotografia Terapêutica - Potenciar a valorização pessoal em pessoas com deficiência intelectualPublication . Confraria, Cristiana da Fonseca; Santos, Rui Miguel Duarte; Kowalski, Maria PereiraAtravés da intervenção social conjuntamente com a fotografia terapêutica, pretendeu-se potenciar o bem-estar, o autoconhecimento e a consciencialização em pessoas com deficiência intelectual, cujas limitações provocam efeitos não só no dia-a-dia, mas como também a longo prazo no próprio. O objetivo desta investigação é compreender como a fotografia terapêutica pode promover a valorização pessoal dos participantes que têm algum tipo de deficiência intelectual, estimulando a sua autoestima e resiliência, criando empoderamento, gerando autocontrolo, autoeficácia e autorrevelação. Com base nos estudos de Neil Gibson sobre a fotografia terapêutica e o plano por ele sugerido no seu livro sobre o tema, foi implementado um projeto de 3 semanas constituído por 6 sessões e participação de pessoas com deficiência intelectual. Para avaliar a implementação do projeto realizou-se uma entrevista semiestruturada e uma avaliação através de observação direta participante, com recurso a uma grelha de observação. Sobre os resultados pode-se dizer que algumas adaptações tiveram de ser realizadas, devido à utilização de exercícios que envolviam o pensamento abstrato, pois era-lhes complicado compreender o que era pedido. Com base nos resultados, não obstante do curto espaço temporal deste projeto, conclui-se que este tipo de método parece influenciar positivamente o público-alvo nas principais dimensões em análise (autoestima, autoeficácia e resiliência), mas para tal é necessário ser um plano mais prolongado no tempo e repetitivo.
- O impacto das expressões artísticas na regulação do comportamento em idade pré-escolarPublication . Pinto, Ana Cristina Oliveira de Sousa; Rodrigues, Filipa Alexandra dos Reis Machado; Kowalski, Maria PereiraA arte é essencial na vida do Ser Humano, estando presente em todos os povos e em todas as culturas. A arte possibilita a aquisição de diversas competências, como o conhecimento de si mesmo, do outro e do que nos rodeia. Também potencia o desenvolvimento da confiança, criatividade e pensamento divergente entre outras aptidões, como a mediação da comunicação interpares na resolução de situações problemáticas. Foi nesse sentido que as linguagens artísticas foram utilizadas neste estudo, envolvendo um grupo de crianças de um Jardim de Infância do concelho de Leiria, com idades entre os 3 e os 4 anos de idade. Foi adotado um paradigma misto de investigação pela necessidade de combinar métodos e procedimentos de recolha de dados, os quais, a cada fase do estudo necessitavam de uma complementaridade de paradigmas qualitativo-quantitativo. Através dos processos associados à metodologia de Investigação-Ação (IA) procurou compreender-se em profundidade o modo como as linguagens artísticas influenciam a (auto) regulação de comportamentos considerados desajustados. Durante as vinte e três sessões realizadas em contexto presencial de sala de Jardim de Infância , (interrompidas pelo confinamento entre março e junho), os resultados obtidos indicaram que, através de atividades que combinaram as diversas linguagens artísticas de forma estruturada e integradora, contribuíram para a diminuição de alguns comportamentos considerados desajustados e a melhoria de comportamentos ajustados. Esta aferição da evolução comportamental, apesar de ter ficado comprometida no número de sessões previstas, conseguiu ainda assim, com foco em crianças descritas como “problemáticas”, revelar resultados e mudanças positivas, as quais ficam documentadas neste projeto. São também notórias as aquisições que, concomitantemente ao desenvolver do projeto, as crianças demonstraram em áreas como: conhecimento e expansão do vocabulário relacionado com as artes visuais, o domínio das técnicas expressivas nas diversas atividades e as capacidades de análise, descrição e interpretação de narrativas visuais, bem como da capacidade de um “olhar mais sensível e crítico” no que concerne ao contacto com a obra de arte, relacionando-as com as suas próprias vivências e idiossincrasias .
- “Nunca Pensei Ser Artista!” Photovoice como forma de intervenção pelo bem-estar de pessoas idosasPublication . Chaves, Rosalinda Coelho; Dias, Maria Isabel Pinto Simões; Kowalski, Maria PereiraFenómeno contemporâneo de enorme pertinência, o envelhecimento assume-se vitória e desafio mundial. O aumento da longevidade trouxe claros riscos para a manutenção do bem-estar da humanidade. Por sua vez, as Instituições passaram a assumir uma considerável responsabilidade na garantia do bem-estar e dignidade das pessoas idosas. É de enorme importância continuar a apostar-se num melhor entendimento dos fatores associados à institucionalização e continuar a fomentar a implementação de boas práticas, para que melhor se promova o bem-estar destas pessoas. O Photovoice, metodologia de fotografia participativa desenvolvida e ampliada por Wang e Burris (1997), é um processo através do qual as pessoas identificam, representam e impulsionam a sua comunidade. Este trabalho resume a implementação de um projeto de Photovoice enquanto forma de intervenção e pesquisa pelo bem-estar de idosos institucionalizados. Com tal intervenção, procurou-se igualmente proporcionar a pessoas idosas uma nova ferramenta de comunicação, bem como perceber se a participação destas pessoas no projeto irá influenciar a sua própria perceção de bem-estar. Organizado em três partes, engloba uma introdução teórica que explana o tema do envelhecimento populacional, o conceito de bem-estar e linhas orientadoras de intervenção junto de pessoas mais velhas, concretizando sobre a metodologia Photovoice. Em seguida, é apresentado o desenho do projeto “Nunca Pensei Ser Artista”, e na terceira parte descrevem-se qualitativamente os resultados da sua implementação. Inferindo algumas conclusões e notas finais, este trabalho espera conseguir possibilitar a todos os leitores indicações sobre as especificidades da intervenção com pessoas idosas, em jeito de sugestão para a sua replicabilidade em edições futuras.
- O OLHAR DA MULHER CIGANA: A FOTOGRAFIA HÍBRIDA COMO INSTRUMENTO DE COMUNICAÇÃO, REFLEXÃO E MUDANÇASPublication . Franco, Lara Lima Verde Pessôa; Kowalski, Maria PereiraApesar dos avanços em termos legais e políticos em defesa dos princípios da igualdade, o problema da desigualdade de género e da violência contra a mulher persistem a nível global. Portugal, está abaixo da média europeia nos índices sobre igualdade de género e lidera o ranking dos países europeus em violência doméstica. Vivemos em uma sociedade regulada por princípios misóginos, machistas e patriarcais, que invalidam e menosprezam a atuação das mulheres no meio social, tendo relação direta com o desequilíbrio nas relações de poder estabelecido entre homens e mulheres. Em algumas culturas a marca desses preceitos estão fortemente enraizadas na expressão das tradições, como é o caso da etnia cigana, na qual as suas leis constituem um código de conduta que estrutura as práticas sociais e regula as ações de crianças, jovens e adultos, sendo afirmado desde a infância os valores de submissão das mulheres a autoridade masculina. Com o objetivo de combater essas normas estigmatizantes, além de promover a autoperceção e o bem-estar das participantes, este projeto de intervenção se beneficiou da arte, em especial da fotografia híbrida, como vetor de construção de uma consciência crítica e libertadora ao apresentar as participantes a fotografia como instrumento de comunicação, reflexão e mudanças, através de uma abordagem artística-terapêutica. O projeto utilizou como metodologia de pesquisa a a/r/tografia, que explora a compreensão da experiência do investigador enquanto artista/pesquisador/professor e coloca a criatividade à frente do processo de pesquisa incentivando novas maneiras de interpretar questões teóricas e práticas. Espera-se que essa pesquisa possa contribuir com algumas indicações sobre as especificidades da intervenção com mulheres de etnia cigana no contexto em questão, bem como possíveis sugestões para a sua replicabilidade em projetos futuros.
- Que Escola Será Esta?Publication . Santos, André Souza dos; Magueta, Lúcia Grave; Kowalski, Maria PereiraConstantes mudanças dos meios de comunicação e como eles articulam diferentes modos semióticos na construção de significados demandam dos sujeitos contemporâneos o desenvolvimento de sua literacia a nível multimodal. Pensando este desenvolvimento desde as etapas iniciais de letramento, este relatório apresenta como o uso da bandas desenhadas e fotografias permite a crianças do primeiro ciclo do Ensino Básico fazerem usos de experiências estéticas e artísticas no desenvolvimento de narrativas sobre o seu espaço escolar. Resultado de três meses de intervenção artística com crianças entre 8 a 10 anos do Ensino Básico de Leiria, “Que Escola Será Esta?” foi um projeto de Investigação-Ação que articulou estudos de semiótica social e sua abordagem multimodal com as linguagens das bandas desenhadas e fotografias. Além dos modos de comunicação, também esteve no centro da atenção as relações das crianças com o espaço escolar, onde estabelecem relações extrafamiliares e têm oportunidades de desenvolvimento social e crítico. Na busca de maneiras com que a experiência artística colabore a este desenvolvimento, o projeto de intervenção buscou em sessões semanais estimular as crianças na criação de bandas desenhadas, fotografias e experimentações plásticas. Ao contribuir para o desenvolvimento de uma literacia multimodal, além da dicotomia textual e visual, buscou-se articular linguagens artísticas a uma produção crítica e reflexiva acerca dos espaços de convivência e trocas sociais do ambiente escolar, partindo do olhar da criança, de seu repertório imagético e cultural, gostos e afetividades relacionadas aos espaços dados.
- “Recordar é viver” Fotografia Participativa na promoção do bem-estar de clientes do Serviço de Apoio DomiciliárioPublication . Pires, Márcia Lia Rodrigues; Sousa, Jenny Gil; Kowalski, Maria PereiraO presente relatório visa a apresentação de um projeto de intervenção focado na população idosa, especificamente voltado para um grupo de clientes do Serviço de Apoio Domiciliário do Lar Adventista para Pessoas Idosas Centro. A intervenção apoiou-se no princípio de que a intervenção artística, neste caso, através da fotografia participativa se pode estimular o indivíduo a nível emocional e social, promovendo o seu bem-estar e, consequentemente, diminuir sentimentos interligados com o isolamento social e a solidão. Ao longo deste relatório é possível seguir uma linha condutora do estudo que foi feito através do enquadramento teórico apoiado em literatura pertinente à contextualização dos temas selecionados. Da mesma forma que se faz o seguimento da metodologia qualitativa e da investigação-ação escolhidas como as diretrizes a seguir para o desenvolvimento do trabalho, sendo que a sua essência encaixa nas particularidades do projeto e do público-alvo selecionado. Através da exposição e análise dos dados pretendeu-se, não só, revelar o impacto que o projeto transpareceu nos clientes que participaram no mesmo, mas também sublinhar a importância da animação ao domicílio e a criação de mais iniciativas neste âmbito.