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Abstract(s)
O XXXIV Congresso Internacional da SIPS (Sociedade Iberoamericana de Pedagogia Social) e a 10.ª Conferência de Mediação Intercultural e Intervenção Social, realizados conjuntamente na ESECS.IPL - Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria, nos dias 20 e 21 de outubro de 2021, cruzaram dois domínios simultaneamente distintos, mas, também, simultaneamente ‘irmãos’ na intervenção social empoderadora.
Há, ainda, uma grande lacuna de estudos sobre a relação da Pedagogia Social e, em parte, de todas as profissões sociais, com a Mediação Intercultural que aposta no interventor que age dialogando, negociando, [mediando], empoderando, autonomizando, com práticas sempre de natureza relacional, no trabalho com sujeitos que pensam sobre si e sobre os outros e não com pessoas tantas vezes transformadas em objetos por parte do profissional social.
A Pedagogia Social, enquanto ciência matriz quer da Educação Social, quer da Animação Sociocultural, quer mesmo do Serviço Social moderno, aponta para tudo menos para o assistencialismo e para a caridade na pretensa ajuda aos outros. Pelo contrário, alimenta profissões caraterizadas pela relação social de proximidade onde a escuta ativa, a comunicação no seu sentido lato, a empatia e o partir do outro para a construção da sua própria autonomização são fundamentais. Inevitavelmente, a Pedagogia Social desemboca nessas profissões, não raras vezes, através da Mediação Intercultural [enquanto paradigma essencialmente preventivo, transformador e socioeducativo] onde o interventor, ao contrário da mediação clássica, é tudo menos neutro. É tudo menos imparcial, como se procurará discutir e refletir neste congresso. O Pedagogo Social tem intenções de mudança, o que implica uma (trans)formação de si, da visão sobre si próprio e da visão sobre os outros.
Mas essa transformação não pode ser nem uma simples maquilhagem ou cosmética, nem uma máscara imposta pelo interventor social. Este, enquanto construtor de projetos e – por que não? – também de sonhos, como diz o poeta, deverá potenciar ânimo e vontade de querer ser, fazer, recorrendo à construção de pontes de sentido entre o ontem, o hoje e o amanhã; entre o self e o “outro”, entre nós e os outros, entre a identidade e a alteridade, através de uma mediação socioeducativa que, neste sentido, é sempre intercultural, interpessoal, intrapessoal e intergrupal. Este trabalho relacional, seja do educador social seja de outros profissionais do trabalho social, só pode ocorrer com recurso a competências em mediação intercultural, para a transformação do(s) outro(s), a partir de si próprios, com vontades renovadas, sonhos emergentes, projetos elaborados ou reelaborados na interação com o interventor. Este é, assim, um mediador intercultural que põe em prática a Pedagogia Social mais empoderadora e educadora no sentido mais amplo e antropológico do termo e que, antes da resolução de choques de culturas, tensões ou mesmo conflitos, aposta na prevenção e transformação social para uma cultura de paz, para uma (com)vivência versus coexistência, e para a construção de uma sociedade glocal mais intercultural e inclusiva. E foi para debater, discutir e aprofundar estas questões que se convidaram os interessados a apresentar e partilhar experiências de Pedagogia Social e de Mediação Intercultural, em torno dos seguintes eixos temáticos:1. Teoria e prática em: - Comunidades (“reais” ou “imaginadas”) - Contextos familiares - Territórios educativos em espaços públicos e privados: escolas, associações, municípios, instituições 2. Conceções epistemológicas sobre pedagogia social e mediação intercultural Relativamente à estrutura do livro, este encontra-se dividido em 8 partes, a saber: Parte I – Abertura; Parte II – Culturas, Diálogos, Tensões e Conflitos: Pedagogia Social e Mediação Intercultural; Parte III - Comunicações Livres: Teoria e Prática em Comunidades (“Reais” ou “Imaginadas”); Parte IV - Comunicações Livres: Teoria e Prática em Contextos Familiares; Parte V - Comunicações Livres: Teoria e Prática em Territórios Educativos em Espaços Públicos e Privados: Escolas, Associações, Municípios, Instituições; Parte VI - Comunicações Livres: Conceções Epistemológicas Sobre Pedagogia Social e Mediação Intercultural; Parte VII - Apresentação pública do livro “Vivência(s), Convivência(s) e Sobrevivência(s) em Tempos de COVID-19: Mediação Intercultural e Intervenção Social”; Parte VIII - Sessão de Encerramento.
Mas essa transformação não pode ser nem uma simples maquilhagem ou cosmética, nem uma máscara imposta pelo interventor social. Este, enquanto construtor de projetos e – por que não? – também de sonhos, como diz o poeta, deverá potenciar ânimo e vontade de querer ser, fazer, recorrendo à construção de pontes de sentido entre o ontem, o hoje e o amanhã; entre o self e o “outro”, entre nós e os outros, entre a identidade e a alteridade, através de uma mediação socioeducativa que, neste sentido, é sempre intercultural, interpessoal, intrapessoal e intergrupal. Este trabalho relacional, seja do educador social seja de outros profissionais do trabalho social, só pode ocorrer com recurso a competências em mediação intercultural, para a transformação do(s) outro(s), a partir de si próprios, com vontades renovadas, sonhos emergentes, projetos elaborados ou reelaborados na interação com o interventor. Este é, assim, um mediador intercultural que põe em prática a Pedagogia Social mais empoderadora e educadora no sentido mais amplo e antropológico do termo e que, antes da resolução de choques de culturas, tensões ou mesmo conflitos, aposta na prevenção e transformação social para uma cultura de paz, para uma (com)vivência versus coexistência, e para a construção de uma sociedade glocal mais intercultural e inclusiva. E foi para debater, discutir e aprofundar estas questões que se convidaram os interessados a apresentar e partilhar experiências de Pedagogia Social e de Mediação Intercultural, em torno dos seguintes eixos temáticos:1. Teoria e prática em: - Comunidades (“reais” ou “imaginadas”) - Contextos familiares - Territórios educativos em espaços públicos e privados: escolas, associações, municípios, instituições 2. Conceções epistemológicas sobre pedagogia social e mediação intercultural Relativamente à estrutura do livro, este encontra-se dividido em 8 partes, a saber: Parte I – Abertura; Parte II – Culturas, Diálogos, Tensões e Conflitos: Pedagogia Social e Mediação Intercultural; Parte III - Comunicações Livres: Teoria e Prática em Comunidades (“Reais” ou “Imaginadas”); Parte IV - Comunicações Livres: Teoria e Prática em Contextos Familiares; Parte V - Comunicações Livres: Teoria e Prática em Territórios Educativos em Espaços Públicos e Privados: Escolas, Associações, Municípios, Instituições; Parte VI - Comunicações Livres: Conceções Epistemológicas Sobre Pedagogia Social e Mediação Intercultural; Parte VII - Apresentação pública do livro “Vivência(s), Convivência(s) e Sobrevivência(s) em Tempos de COVID-19: Mediação Intercultural e Intervenção Social”; Parte VIII - Sessão de Encerramento.
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CICS.NOVA.IPLeiria e ESECS. Politécnico de Leiria