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Interdisciplinary Centre of Social Sciences

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A Inclusão na Escola: O Papel da Comunicação entre as Equipas Multidisciplinares
Publication . Canha, Sílvia; Mangas, Catarina; Ribeiro, Jaime
A organização e implementação das equipas multidisciplinares nas escolas está associada aos princípios da Educação Inclusiva, de e para todos, sendo cada elemento ativo, importante, decisivo e decisor. Requer mudanças na forma de pensar, organizar e agir. Requer atitudes comunicativas mais profícuas e diversificadas, mas que tenham como objetivos o desenvolvimento pessoal e profissional, fazendo com que todos aprendam, o que se traduz na melhoria da própria escola. O estudo, de natureza qualitativa, procurou identificar as características consideradas vitais ao funcionamento das equipas multidisciplinares e à implementação da inclusão, destacando-se a comunicação interpessoal, que deve ser fundada no diálogo, respeito, partilha de informação, aceitação dos pontos de vista e confiança. Só com o esforço individual as equipas podem trabalhar juntas e desenvolver processos participativos, democráticos e baseados na cooperação, mas que sejam simultaneamente eficazes, dinâmicos, promovam a colaboração, a inclusão e o sucesso de todos os alunos.
Livro de Atas : 9.ª Conferência Internacional de Mediação Intercultural e Intervenção Social - ''Vivência(s), Convivência(s) e Sobrevivência(s) em Contexto de Pandemia: Relatos e Experiências''
Publication . Vieira, Ricardo; Marques, José Carlos; Silva, Pedro; Vieira, Ana Maria; Margarido, Cristóvão; Matos, Rui; Duarte Santos, Rui
A 9.ª Conferência Internacional de Mediação Intercultural e Intervenção Social, realizada online, nos dias 26 e 27 de novembro de 2021, teve por tema “Vivência(s), Convivência(s) e Sobrevivência(s) em Contexto de Pandemia: Relatos e Experiências”. O vírus SARS-CoV-2, que origina a doença da COVID-19, chegou à Europa no início do ano 2020 e abalou todos os países, mesmo os que se consideravam mais preparados do ponto de vista médico-sanitário. Neste contexto, tornou-se inevitável pensar esta pandemia na Conferência Internacional anual de Mediação Intercultural e Intervenção Social. A Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) e o CICS.NOVA.IPLeiria convidaram mediadores interculturais, professores, profissionais da saúde, educadores, investigadores, cientistas sociais, da educação, da saúde e do desporto, educadores sociais, assistentes sociais, animadores e outros interventores sociais a debater Vivência(s), Convivência(s) e Sobrevivência(s) em Contexto de Pandemia COVID-19: Relatos e Experiências. O novo coronavírus, designado SARS-CoV-2, foi identificado pela primeira vez na China, em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan. Este novo agente, que nunca tinha sido identificado em seres humanos, rapidamente atravessa fronteiras físicas e sociais e se instala em todos os territórios, povos e nações. À medida que os diferentes países vão sendo afetados pela doença sucedem-se os confinamentos, de forma a evitar os contactos físicos e, consequentemente, a disseminação do vírus e seu crescimento exponencial. Ainda que o avanço tecnológico e as novas tecnologias permitam novas e rápidas formas de comunicação, não permitiram recuperar o toque, o abraço, o beijo, o calor humano, 14 fundamentais às sociabilidades e à qualidade de vida subjetiva. A modernidade foi de novo abalada e as formas de comunicação tecnologicamente avançadas permitiram a comunicação virtual, mantendo algumas interações, quer em termos laborais, quer em termos pessoais e sociais, obrigando, contudo, à manutenção de distanciamento físico entre as pessoas e ao confinamento pessoal, grupal, familiar e social. Foi necessário reinventar formas de trabalho, de interação, de intervenção. As necessidades de combate a um novo inimigo invisível estimularam a ciência e a indústria a produzir, em tempo recorde, máscaras, gel desinfetante, zaragatoas, testes, vestuário adequado para os profissionais de saúde, que passaram a ser elementos quotidianos nos mais diversos espaços, públicos e privados. A ciência médica colocou, também em tempo recorde, à disposição dos vários Governos, vacinas, que geraram quer procuras massivas, quer comportamentos negacionistas de pessoas que, ou rejeitaram a vacinação, ou continuaram a negar a existência desta pandemia. Reinventaram-se novas formas de convivência, de socialização e de mediação para uma sociedade que está, afinal, em permanente mudança, face ao risco que o mundo global expõe e oferece aos humanos. Os contextos da pandemia COVID-19 alteraram vivências que se traduziram em novas formas de convivência(s) e que, no limite, e muitas vezes, implicaram estratégias de sobrevivência(s), como foi apresentado nas diversas comunicações científicas cujos textos integram esta publicação. Esta Conferência Internacional, anual, tem sido realizada, desde 2014, nos auditórios da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria. Devido ao contexto da pandemia da Covid-19, que atingiu Portugal a partir do mês de março de 2020, a 9.ª Conferência de Mediação Intercultural e Intervenção Social, cujo Livro de Atas agora se apresenta, foi totalmente realizada em formato online. Para além das comunicações livres, cujos resumos foram divulgados e publicados atempadamente no site da Conferência – https://eu-central-1.linodeobjects.com/evt4- media/documents/Livro_de_resumos_FINAL.pdf –, divididos em nove sessões temáticas, tornamos agora públicos os textos completos das várias apresentações, neste Livro de Atas, publicado digitalmente e que ficará disponível no site da da 9.ª Conferência MIIS (https://conferencia-miis.eventqualia.net/pt/2021/inicio/). 15 Relativamente à estrutura do livro, este encontra-se dividido em 14 partes, a saber: • Parte I – Abertura; • Parte II – “Vivência(s), Convivência(s) e Sobrevivência(s) em Contexto de Pandemia COVID-19”: A pandemia em contextos diversificados; • Parte III - Comunicações Livres: Práticas Educativas em contexto de COVID-19; • Parte IV - Comunicações Livres: Ensino Superior e (Sobre)vivências Académicas em contexto de COVID-19; • Parte V - Comunicações Livres: Velhice(s) e Saúde; • Parte VI - Comunicações Livres: Crianças e Jovens; • Parte VII - Comunicações Livres: Artes e Literatura;
Recolha e organização de uma exposição etnológica: o lúdico e o ócio na animação e desenvolvimento comunitário
Publication . Vieira, Ricardo; Vieira, Ana Maria
Na segunda metade da década de 80, jovens licenciados na área das ciências sociais e humanas deixaram Lisboa e outras cidades onde estudaram, e voltaram à aldeia que os viu nascer para viver e procurar desenvolver localmente. Procuraram pôr de pé algumas das aprendizagens que haviam feito na área da museologia e da antropologia. Uma exposição etnológica foi o recurso e processo para juntar gerações, quer como investigadores de si e dos seus familiares, quer como promotores e visitantes assíduos do espaço musealizado para o efeito. Após o desafio desses jovens, acolhido por uma associação cultural, recreativa e desportiva, avós, pais e netos viram-se juntos a procurar elementos e objetos culturais que pudessem ser expostos, devidamente identificados numa ficha temática, num centro cultural onde não houve a clássica separação de artistas e público, de quem anima e de quem é animado. Os proponentes limitaram-se a dar alguma informação inicial sobre os objetos que poderiam ser recolhidos, catalogados e expostos, através dum processo mediador e emancipador de quem vai ganhando gosto pela pesquisa etnográfica. A exposição esteve patente ao público durante 3 meses do ano de 1985 e voltou a ser repetida e aprofundada, sempre com o empenho da população, no verão de 1987. Os sujeitos envolvidos foram sempre investigadores, de si e dos outros, atores e, simultaneamente, contempladores.
Abre o chapéu que está a chover: Se apanhas o vírus estamos tramados!
Publication . Vieira, Ricardo; CICS.NOVA.IPLeiria e ESECS.IPL
O Sr. Albino estava institucionalizado, há cinco anos, num lar de idosos próximo da sua residência. 2020 trouxe ao Sr. Albino, a quem tinha sido diagnosticado Parkinson, uma vida mais isolada dentro do lar. Com o Covid-19, a ausência do filho nas visitas de fim de semana e a sua ida semanal à sua casa terminaram. O maior isolamento contribuiu para o agravamento da sua surdez. Agora já não conseguia entender o que o filho lhe dizia durante a semana, nas videochamadas que lhe passou a fazer. A estratégia compensatória, que é descrita nesta comunicação, passava por apresentar palavras-chave que o Sr. Albino lia no computador-recetor através das quais conseguia começar uma conversa, fazer perguntas ou dar respostas. Quando, mais tarde, no verão de 2020, começou a ter visitas presenciais, a separação continuou grande pois o vidro que o separava do exterior aumentava ainda mais a dificuldade de audição. De novo as palavras-chave que lhe faziam sentido e o permitiam entender e desenvolver alguma conversa. Contudo, nem assim foi possível compreender verdadeiramente a razão daquela impossibilidade de sair e ir a sua casa, com alguma regularidade, tal como anteriormente. O filho falava-lhe duma gripe forte. Ele dizia que não estava gripado. A lista das palavras-chave passaram a integrar “Gripe Mundial”, “Gripe Global”... Mesmo assim o Sr. Albino nunca entendeu o verdadeiro significado da pandemia com que nos deparamos atualmente. Certo dia, numa dessas visitas separadas pelo vidro, começou a chover e o sr. Albino alertou o filho para a chuva e disse: “Abre o chapéu que está a chover... Se apanhas o vírus estamos tramados! Quem é que depois trata de mim?”. Esta comunicação apresenta algumas dessas vivências, formas de convivência e de sobrevivência experienciadas pelo Sr. Albino e pela sua família.
Voluntariado, vinculação universitária, mediação e investigação
Publication . Vieira, Ricardo; Marques, José Carlos; Vieira, Ana Maria; Margarido, Cristóvão

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