ESECS - Mestrado em Comunicação Acessível
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Browsing ESECS - Mestrado em Comunicação Acessível by advisor "Mangas, Catarina Frade"
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- A comunicação entre alunos surdos e ouvintes:a influência da aprendizagem da língua gestual portuguesaPublication . Pires, Ana Margarida dos Santos; Mangas, Catarina FradeA comunicação, se for bem conduzida, pode ser uma aliada na luta contra os preconceitos sociais, pois é a partir do seu uso que observamos, compreendemos e interagimos com o mundo natural. No entanto, sabe-se que nem todos comunicam da mesma forma, por inerência às suas deficiências e características, nomeadamente à auditiva que, com frequência, não permite uma inclusão plena e condiciona a vida pessoal, de alguns cidadãos, por necessitar de respostas acessíveis e diferenciadas às suas necessidades. O presente estudo, de natureza qualitativa, tem como objetivo principal verificar se a aprendizagem da Língua Gestual Portuguesa (LGP), pelos alunos ouvintes influencia a comunicação com os alunos surdos e a consequente inclusão dos mesmos numa Escola de Referência para a Educação Bilingue de Alunos Surdos, do Concelho de Leiria. Para tal foram realizadas atividades, em diferentes momentos, como um atelier de LGP, atividades lúdico-pedagógica e entrevistas, que permitiram o desenvolvimento de interações comunicativas e sociais, entre os alunos surdos e os alunos ouvintes. As atividades desenvolvidas neste estudo de caso exploratório-descritivo contribuíram não só para a inclusão dos alunos surdos, bem como permitiu aos alunos ouvintes uma maior consciencialização para a importância em aprender esta língua, proporcionando assim um ambiente bilingue na escola, como preconiza o Decreto-Lei n.º 3/2008. Estas trouxeram melhorias significativas no processo comunicativo com os alunos surdos e revelaram que a aprendizagem da LGP por todos os alunos ouvintes é uma realidade cada vez mais presente no nosso sistema educativo, dando deste modo resposta à questão de investigação, que constitui a base deste trabalho.
- A comunicação entre as equipas multidisciplinares de apoio à educação inclusiva e os centros de apoio à aprendizagem no concelho de santarémPublication . Canha, Sílvia Maria Santinho dos Santos; Mangas, Catarina Frade; Ribeiro, Jaime Emanuel MoreiraEste estudo surge por crermos que se vive atualmente, nas escolas portuguesas, uma mudança nas práticas de Educação Inclusiva (EI), decorrente da publicação do Decreto-Lei n.º 54/2018 de 6 de julho, que reitera a intenção a escola um local acessível e de sucesso para todos os alunos. Partindo deste normativo legal optámos por efetuar uma investigação exploratório-descritiva de natureza qualitativa concretizada num estudo de caso que visa analisar como é que as Equipas Multidisciplinares de Apoio à Educação Inclusiva (EMAEI) dos Agrupamentos de Escolas do Concelho de Santarém monitoriza o funcionamento dos Centro de Apoio à Aprendizagem (CAA). Na tentativa de respondermos à questão de partida elencámos um conjunto de objetivos, que procuram caracterizar e descrever, na população alvo deste estudo, os meios e os fluxos de comunicação utilizados, especificar os fatores que influenciavam a comunicação e os que contribuem para a implementação dos princípios da EI. Os dados foram recolhidos, no ano letivo 2020-2021, através de inquéritos por questionário e por entrevistas semiestruturados junto dos elementos que integravam as EMAEI e os CAA de cada um dos quatro Agrupamentos em estudo. A principal técnica de análise e interpretação dos dados foi a análise de conteúdo, que permitiu percecionar que a legislação não se apresenta suficientemente clara sobre os novos modelos conceptuais e organizativos, o que tem inviabilizado que as EMAEI monitorizem os CAA. A realidade encontrada permitiu-nos concluir que nos casos estudados os CAA estão a funcionar apenas como centros agregadores das antigas Unidades Especializadas e que a monitorização só é aplicada relativamente às medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão dos alunos, que frequentam os CAA. v Os elementos das equipas envolvidas tendem a apresentar uma comunicação interna fluida, efetivada principalmente através de reuniões e conversas informais. Foi percecionada a existência dos três níveis dos fluxos de comunicação, descendente, ascendente e circular. Quanto aos meios de comunicação utilizados verificámos preponderância de material impresso e digital. As dinâmicas das equipas tendem a contribuir para a alocação de toda a escola aos princípios e práticas da EI, embora sejam reconhecidas fragilidades na aplicação a todos os alunos. Com esta investigação não tivemos a pretensão de esgotar a complexidade do tema, mas pensamos ter contribuído para despoletar reflexão e discussão, suportada pela literatura existente.
- O ensino de condução automóvel a pessoas surdas em PortugalPublication . Luís, Zita Hermínia de Jesus; Mangas, Catarina FradeEm Portugal, tal como nos restantes países da União Europeia, é conferida habilitação legal para obtenção de carta de condução às pessoas surdas. No entanto, o facto de estas poderem conduzir constitui ainda uma questão controversa essencialmente pela suposta relação direta entre falta de audição e insegurança rodoviária. Apesar de ser atribuída aos fatores sensoriais, incluindo a audição, uma evidente importância para a condução, esta tarefa assume-se como predominantemente visual. O presente estudo centra o seu tema na formação dos condutores surdos. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, que visa compreender como se processa o ensino da condução a esta população, considerando as condições apresentadas pelas escolas de condução, bem como as dificuldades encontradas e as estratégias de comunicação aplicadas. Para esse efeito utilizaram-se entrevistas semiestruturadas a instrutores de todos os distritos de Portugal continental com experiência no ensino a alunos surdos. Através da análise destas entrevistas, podemos concluir que não existem, nas escolas de condução em que os participantes exercem funções, materiais de formação especificamente adaptados às pessoas surdas. Conclui-se, também, que as principais dificuldades reveladas pela maioria dos instrutores se prendem com a pouca experiência relativa ao ensino de pessoas surdas e com a falta de formação específica nesta área, nomeadamente ao nível da Língua Gestual Portuguesa. Considera-se ainda que os entrevistados, apesar de nunca terem tido formação específica para trabalhar com pessoas surdas, adotam algumas estratégias sugeridas pelos especialistas da área como a utilização de materiais com recursos visuais, falar de frente para o aluno nas aulas de código ou a demonstração nas aulas práticas, o que tem conduzido ao sucesso destes alunos.
- A fruição cultural de pessoas com dificuldades intelectuais e desenvolvimentais (DID) que frequentam instituições de apoio.Publication . Santos, Ana Catarina Costa dos; Mangas, Catarina Frade; Sousa, Jenny GilNa atualidade, as pessoas com Dificuldades Intelectuais e Desenvolvimentais (DID) continuam a encontrar diversos obstáculos a uma participação plena no domínio cultural. Partindo desse conhecimento, esta investigação foi realizada a um nível exploratório-descritivo, dentro do paradigma qualitativo, através da observação de visitas virtuais de pessoas com DID que frequentam Centros de Atividades Ocupacionais da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Coimbra, ao Museu Nacional de Machado de Castro e ao Convento São Francisco, e da realização de entrevistas semiestruturadas a pessoas com DID, a profissionais da instituição de apoio e a profissionais dos espaços culturais. O estudo pretendeu efetuar a descrição das dinâmicas e recursos usados no atendimento às pessoas com DID e das suas necessidades no acesso e fruição cultural, além da identificação das perceções dos dois grupos de profissionais sobre a fruição cultural das pessoas com DID e da apresentação de propostas que reforcem a qualidade do seu acesso e fruição cultural. Os resultados indicam que as pessoas com DID conseguem usufruir com qualidade de experiências culturais quando são pensadas e concretizadas respostas que tenham em consideração os seus perfis. Nestas circunstâncias, mais do que sobressaírem as necessidades das pessoas, ressaltam as suas potencialidades na área da fruição cultural. Para isso, destacamos como principais conclusões a importância de considerar a realização de visitas com um número reduzido de participantes, envolvendo práticas de mimetização e um trabalho de parceria entre os profissionais das instituições de apoio e dos espaços culturais, na procura de respostas conjuntas que possibilitem que as pessoas com DID desfrutem mais favoravelmente das experiências nesses contextos.
- A história das aparições de Fátima contada a crianças surdasPublication . Santos, Andreia Vieira Cadima; Mangas, Catarina Frade; Sousa, Joana Conde eO ensino religioso é um direito que deve ser facultado a qualquer criança, de modo a permitir um crescimento natural e saudável. É durante este processo de aprendizagem que deverão ser facultadas todas as ferramentas necessárias para que a criança possa aceder à sua língua natural, a língua gestual, apresentadas inicialmente nos primeiros anos de vida. Este é o marco primordial para o seu desenvolvimento linguístico, psicológico e social. Para isto, é necessário que os materiais sejam adaptados e acessíveis a qualquer especificidade apresentada pela criança. Durante anos as crianças surdas não tiveram acesso à sua língua natural, a Língua Gestual Portuguesa, o que conduz à falta de conhecimento, à falta de acesso à educação e a consequências a nível psicológico e social. Muitas foram as batalhas travadas pela comunidade surda para implementar a sua língua natural no ensino, de forma a promover uma identidade, uma cultura, um sentimento de pertença e, não menos importante, promover a aquisição de linguagem e pensamento. Inicialmente apoiadas pela Igreja, esta educação sempre apresentou um défice para a construção deste desenvolvimento pessoal e social. A religião em Portugal é uma constante no dia-a-dia das pessoas e o ensino religioso é tomado como um bem adquirido dentro da comunidade ouvinte, proporcionado pela catequese. A comunidade surda tem pouco conhecimento sobre religião pois nunca acedeu à informação, tanto por falta de catequistas com formação em Língua Gestual Portuguesa, como de materiais acessíveis. A criança surda portuguesa não entende a importância do Santuário de Fátima, não conhece a sua história e nunca irá compreender se a informação não lhe for transmitida. Sendo que a falta de profissionais é uma realidade sempre presente, existe a necessidade de trabalhar em materiais acessíveis que auxiliem e permitam esta comunicação. Neste sentido, iniciou-se o projeto para criar materiais acessíveis a estas crianças, com o objetivo de responder à questão “Como tornar a história das aparições mais acessível a crianças surdas?”. Realizou-se a um estudo exploratório-descritivo, com paradigma qualitativo, cujo objetivo principal foi o de criar um vídeo e um folheto acessíveis a crianças surdas entre os 7 e os 9 anos de idade, com a Língua Gestual Portuguesa como língua natural. Foram selecionadas 5 crianças que visualizaram o vídeo em Língua Gestual Portuguesa e, posteriormente, exploraram o folheto adaptado com base em imagens icónicas, com o apoio do professor. Após a experiência, procedeu-se a um focus group onde foram recolhidos dados e apresentadas algumas questões à turma. Os resultados do estudo mostram que as crianças surdas participantes no estudo respondem positivamente ao estímulo apresentado. Sem conhecimento prévio sobre o tema e uma vez apresentados os materiais acessíveis, as crianças reciprocamente discutiram e interagiram sobre a temática. Além de entusiasmo, estas relevaram compreensão e adaptação às personagens e ao local. Este ponto reforça a necessidade de mais materiais acessíveis direcionados para esta comunidade, e outras, através da aplicação da língua natural, ou ferramentas adaptadas à transmissão de informação. Será necessário um investimento futuro nesta área, e temática, para garantir o sucesso da comunidade surda dentro da comunidade religiosa.
- O Museu da Imagem em Movimento (M|I|MO) e os visitantes senioresPublication . Monsanto, Ana Filipa da Cruz Dias; Sousa, Jenny Gil; Mangas, Catarina FradeO facto de se viver num mundo cada vez mais desenvolvido e abrangente faz com que os museus enfrentem o desafio de se adaptar a esta nova realidade. Se, em décadas anteriores, os museus se focavam mais na área da conservação e do restauro, hoje emerge a preocupação com a participação e o envolvimento dos diversos públicos. Neste sentido, os museus procuram promover ações que os façam ser acessíveis a todo o tipo de público, independentemente das suas necessidades. Para isso, é importante atenuar as barreiras à acessibilidade, designadamente as atitudinais, comunicacionais e físicas. O estudo que aqui se apresenta tem como foco os visitantes seniores, mais especificamente, analisar as possíveis barreiras físicas que este tipo de público encontra no acesso ao Museu da Imagem em Movimento – M|I|MO, em Leiria. Posto isto, o presente estudo centra-se numa metodologia de carácter qualitativo, com a utilização de um estudo de caso exploratório-descritivo, tendo como objetivo perceber se o Museu da Imagem em Movimento – M|I|MO, em Leiria, se encontra acessível, a nível arquitetónico, aos seus visitantes seniores. Para a concretização deste estudo, foi criada uma grelha de observação para recolha de dados sobre a acessibilidade física das diferentes áreas do museu, assim como um inquérito por questionário, aplicado a 44 visitantes seniores, de forma a estabelecer uma linha comparativa e, assim, compreender se o M|I|MO se encontra acessível, a nível arquitetónico, garantindo o pleno uso dos seus visitantes seniores. Apesar dos esforços para manter o espaço acessível, os resultados permitiram identificar alguns entraves ao nível da acessibilidade arquitetónica, que devem ser tidos em consideração. Para concluir, deixa-se um conjunto de potenciais melhorias, como brochuras ilustrativas e explicativas das exposições permanentes e a criação de um percurso acessível, entre outras possíveis melhorias, que possam aumentar a acessibilidade do M|I|MO.
- O papel da comunicação no acolhimento e inclusão de novos docentes de educação especial nos agrupamentos de escolas do concelho de SantarémPublication . Perdigão, Isabel Maria dos Santos; Mangas, Catarina FradeA iniciativa para o desenvolvimento deste estudo surge na sequência de uma reflexão sobre a inclusão de novos docentes no Departamento de Educação Especial. Partindo desta reflexão optámos por efetuar uma investigação exploratório-descritiva de natureza qualitativa concretizada num estudo de casos múltiplos que visou aprofundar conhecimentos acerca da forma como a comunicação influencia o acolhimento e inclusão de novos docentes nos Departamentos de Educação Especial dos quatro Agrupamentos de Escolas do Concelho de Santarém. Foram realizadas entrevistas aos Coordenadores dos Departamentos de Educação Especial e aos docentes de Educação Especial com menor tempo de permanência no respetivo Departamento, perfazendo um total de oito participantes. A principal técnica de análise e interpretação dos dados foi a análise de conteúdo. Os resultados indicam que relativamente às estratégias de acolhimento e inclusão não é claro que as mesmas se apliquem em todos os Departamentos. Foi percecionada a existência dos três fluxos de comunicação, descendente, ascendente e lateral, contudo, são descritas barreiras como fatores que influenciam a comunicação, o que nos leva a crer que a mesma, na escola, ainda seja pouco eficaz. Neste sentido, alguns docentes apresentam sugestões de melhoria, nomeadamente o estabelecimento de relações interpessoais mais simples, claras e objetivas, baseadas na partilha de informação e no diálogo entre todos. Ainda que a necessidade de alterar a forma como a comunicação interna se processa seja evidente, os resultados indicam também que as escolas não estão, ainda, preparadas para assumir alguns aspetos relacionados com o acolhimento e a inclusão de novos docentes nos Departamentos de Educação Especial.
- Promoção de competências de linguagem em crianças com 5-6 anos de idade, sem perturbação da linguagemPublication . Rodrigues, Tiago Alexandre Cardoso; Mangas, Catarina FradeA Linguagem é uma faculdade humana que permite a comunicação com diversos interlocutores. Surge precocemente e desenvolve-se, de uma forma exponencial, nos primeiros anos de vida. Para tal, é importante que o meio envolvente seja estimulante e permita a troca de experiências com os demais interlocutores. A idade Pré-escolar é um marco no desenvolvimento, não só para a estimulação, mas também para a identificação de comportamentos desviantes. Com o intuito de evitar complicações futuras, cabe aos profissionais que lidam com estas crianças prevenir as perturbações da linguagem. O Terapeuta da Fala, enquanto profissional de saúde formado para lidar com as áreas da comunicação e linguagem, apresenta um papel de destaque nesta ação preventiva. Em Portugal não existem muitas referências relativas a ações de prevenção de perturbações da linguagem, pelo que se torna necessário o investimento na promoção de competências infantis, com vista à prevenção de perturbações. Neste sentido, levou-se a cabo um estudo exploratório-descritivo, com paradigma quali-quantitativo, cujo objetivo geral foi o de “criar e implementar um Programa de Promoção de Competências de Linguagem para crianças com 5-6 anos, sem Perturbação da Linguagem, de forma a analisar a sua potencial influência nas competências linguísticas”. Foi construído um programa de estimulação, constituído por 10 sessões, analisado e validado por um painel de peritos. Posteriormente, selecionou-se uma amostra de 12 crianças, que foram avaliadas com um teste de linguagem para idade pré-escolar, tendo o programa sido aplicado a metade do grupo. Paralelamente, a Educadora de Infância que acompanha as crianças foi entrevistada, de forma a percecionar a sua opinião sobre a influência do respetivo programa nas competências linguísticas das crianças. Os resultados finais do estudo vêm evidenciar que as crianças que participaram no programa melhoraram as competências de linguagem, o que não aconteceu no caso das crianças que não participaram. Estes resultados veem reforçar a relevância do investimento em ações de prevenção, através da promoção de competências linguísticas, potenciando as competências de linguagem oral e escrita das crianças, nomeadamente ao nível da literacia, algo indispensável para o seu sucesso escolar.
