ESECS - Mestrado em Comunicação e Media
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Browsing ESECS - Mestrado em Comunicação e Media by advisor "Gomes, Marco José Marques Gomes Alves"
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- A cobertura jornalística da Inteligência Artificial na imprensa portuguesa: a evolução da narrativa com o surgimento do ChatGPTPublication . Seguro, João Pedro Silva; Gomes, Marco José Marques Gomes AlvesAs potencialidades das aplicações de inteligência artificial não param de crescer, pelo que esta tecnologia se encontra no centro de grandes debates e expetativas, ao mesmo tempo que desperta alarmes em vários setores da sociedade. A forma como os media abordam a IA é crucial para a formação da opinião pública e para a compreensão das implicações éticas, sociais, económicas e culturais desta tecnologia. Esta pesquisa tem como objetivo geral analisar alguns padrões da cobertura jornalística da imprensa de referência portuguesa sobre a inteligência artificial, tendo como ponto de partida o lançamento mundial da aplicação de software designada por ChatGPT. Procura-se, deste modo, compreender qual o tom conferido ao tema pelas edições online dos jornais Público, Expresso e Observador, perceber quem ocupa o espaço público disponibilizado por esses meios e quais os temas associados ao assunto IA. As perguntas de investigação podem-se enunciar da seguinte forma: Como se caracteriza a cobertura jornalística sobre o lançamento do ChatGPT realizada pela imprensa de referência portuguesa? Qual o tom conferido ao tema? Quem ocupou o espaço público? Quais os temas prevalentes? O tom geral das peças jornalísticas analisadas demonstra que a cobertura assumiu, em geral, um tom equilibrado, refletindo uma tentativa de apresentar a IA de forma imparcial – pelo menos uma certa harmonia entre os pontos positivos e aqueles negativos – ou tendencialmente mais positivo do que negativo.
- As ações de difusão dos arquivos nacionais do Brasil e de PortugalPublication . Wellausen, Priscilla Marchiori dos Santos; Gomes, Marco José Marques Gomes Alves; Magalhães, Fernando Paulo OliveiraEste trabalho pretende estudar as práticas de difusão levadas a cabo pelo Arquivo Nacional do Brasil e o Arquivo Nacional Torre do Tombo, tendo como referência o modelo desenvolvido pelos Arquivos Nacionais de França. A opção pelo caso francês decorre do facto de que, no âmbito da literatura especializada, considera-se consensual atribuir o pioneirismo aos Arquivos Nacionais de França em matéria de organização, difusão e histórico de políticas públicas orientadas para aproximar os acervos públicos da comunidade A metodologia consiste num estudo empírico comparativo, de carácter qualitativo, do objeto de estudo, assente numa abordagem exploratória secundada por entrevistas semiestruturadas. A pesquisa visa contribuir para a reflexão teórica sobre as funções ligadas à comunicação, mais precisamente à difusão, nos arquivos nacionais, aprofundar conceitos e temáticas úteis a este campo de estudo e contribuir para o conhecimento da prática desta função nos arquivos nacionais das instituições em análise. O estudo aborda as diferentes tipologias de difusão, nomeadamente no campo editorial, cultural e educativo, e os indicadores que se considera relevantes para a adoção de boas práticas na área arquivística. É apresentado, por último, o enquadramento legal dos arquivos através da descrição das políticas públicas dos arquivos nacionais de França, do Brasil e de Portugal.
- A cobertura jornalística do mar na imprensa portuguesa e o lugar da ciênciaPublication . Ribeiro, Aurora Maria Agostinho; Menezes, Catarina Maria Nogueira Marques da Cruz; Gomes, Marco José Marques Gomes AlvesEste estudo analisa a cobertura do tema do mar na imprensa portuguesa e o lugar que cabe à ciência nesse processo. Cada vez mais se reconhece a importância vital que o oceano tem para a humanidade. A comunicação do conhecimento científico sobre o mar é considerada fundamental para a literacia do oceano, de forma a que se compreenda a sua influência para a vida humana e vice-versa, bem como a sua função enquanto regulador das alterações climáticas. Existem indicações de um distanciamento progressivo dos portugueses em relação ao mar, apesar da forte ressonância cultural marítima nacional. Estando o oceano, na sua extensão e profundidade, fora da experiência direta pessoal, é provável que uma parte considerável do acesso ao conhecimento sobre o mar aconteça através da comunicação social. A teoria do agendamento defende que os media, ao prestarem atenção a determinados assuntos em detrimento de outros, influenciam a importância que o público lhes atribui, especialmente a assuntos fora da sua esfera de ação imediata. A pesquisa por palavras-chave relacionadas com o mar em quatro títulos portugueses, Correio da Manhã, Público, Expresso e Diário de Notícias, durante o ano de 2018, reuniu 2364 artigos. Desses artigos, menos de um quarto foram considerados jornalismo de ciência. A nossa análise de conteúdo sugere que o investimento editorial no tema "mar" é reduzido, na sua maioria rotinizado, tem influência sazonal e privilegia o discurso oficial. Apesar de cobrir eventos relevantes para a ciência, nem sempre a sua dimensão científica é explorada. Identifica-se ainda tendência para emprestar aos títulos uma tónica emocional, bem como níveis de certeza superiores ao que a evidência científica demonstra, interferindo com uma eficaz comunicação sobre a necessidade de conhecer e preservar o oceano. Por fim, sugerem-se linhas de pesquisa futura na promissora área da comunicação de ciências oceânicas nos media.
- O FOTOJORNALISMO E O DISCURSO METAJORNALÍSTICOPublication . Santos, Rui Miguel Caria dos; Gomes, Marco José Marques Gomes AlvesÀ medida que a tecnologia avança a um ritmo, por vezes, difícil de acompanhar, as perguntas, dúvidas e anseios parecem crescer em vários sectores das sociedades. As potenciais transformações de muitas profissões influenciadas não apenas pelo progresso tecnológico, mas também pela busca de diferenciação, parece ser inevitável. Este trabalho debruça-se sobre o estado do fotojornalismo atual e as implicações que poderão surgir na profissão a partir da influência de três vetores: os concursos de fotojornalismo, as redes sociais e a inteligência artificial. Através do discurso metajornalístico, pretende-se compreender de que modo é vista a profissão entre os pares. Que transformações, ameaças ou oportunidades esperam os fotojornalistas e editores de fotografia de imprensa, participantes nesta pesquisa, e que implicações poderão ter estes fatores no futuro não apenas dos profissionais, mas da profissão. Através da análise qualitativa com base em entrevistas em profundidade a doze fotojornalistas premiados, editores de fotografia e fotojornalistas jurados em competições, verifica-se as diferentes ideias e as diversas perceções em relação às potenciais influências dos três vetores enunciados. A diversidade de visões resulta, eventualmente, das diferenças culturais e geográficas dos participantes e, sobretudo, das diferentes experiências, formação, métodos e géneros de trabalho fotojornalístico. O resultado deste trabalho pretende, mais do que produzir respostas concretas, abrir novos canais de reflexão que possam demonstrar a importância do discurso metajornalístico no fotojornalismo, para que a profissão possa ser vista pelo avesso, por ela própria, de dentro para fora, gerando contrastes que, segundo Carlson (2016), quando comparados, podem ajudar a compreender, de forma geral, a profissão.
- As gerações X, Y e Z e a informação jornalística nas redes sociais: uso dos media e fake newsPublication . Girotto, João Carlos; Gomes, Marco José Marques Gomes AlvesÉ inegável que a era digital facilitou a comunicação entre pessoas, fruto da evolução tecnológica por meio de dispositivos conectados à Internet que possibilitaram a transformação do processo comunicativo a partir das redes sociais digitais. A contemporaneidade digital propiciou, igualmente, uma produção, distribuição e receção de notícias falsas, cuja disseminação, em larga escala, afeta os campos político e social. Esta pesquisa pretende avaliar as práticas de receção/usos dos media e encontrar elementos explicativos sobre a forma como determinados grupos geracionais (X, Y e Z) percecionam o fenómeno das fake news. Entre os principais objetivos encontra-se o propósito de analisar os procedimentos de validação da informação noticiosa em ambiente digital e perceber se a perceção do grupo geracional Z diante das fake news, tido como a geração que permanece mais tempo conectada à Internet, apresenta características diferenciadoras em relação às gerações X e Y. A pesquisa tem por base um questionário dirigido à comunidade académica e profissional de uma instituição de ensino superior no Brasil, no estado de Minas Gerais. Conclui-se que a receção e difusão de notícias falsas está diretamente ligada à rede social utilizada. Não obstante apresentar os níveis mais elevados de conectividade à Internet e às redes sociais, a geração Z, no presente estudo, não está mais suscetível de ser afetada por fake news e, por isso, não é a que mais partilha notícias falsas.
- Informação jornalística e desinformaçãoPublication . Varanda, Catarina Alves Queiroz; Menezes, Catarina Maria Nogueira Marques da Cruz; Gomes, Marco José Marques Gomes AlvesCom o desenvolvimento dos meios digitais, novas dinâmicas surgiram no âmbito do jornalismo e da comunicação, dando novo destaque à problemática da desinformação e tornando indispensável que os leitores tenham bons níveis de literacia crítica. Este estudo tem como objetivo averiguar que tipo de práticas de uso e de literacia crítica é que jovens estudantes de uma instituição de ensino superior adotam quando consomem informação online, procurando assim contribuir para um melhor conhecimento sobre essas práticas e sobre os níveis de literacia crítica desses jovens. Através da metodologia que incidiu no estudo de receção no uso dos media, nomeadamente na análise dos usos dos meios de comunicação social por parte do público/audiências, aplicou-se um questionário online, predominantemente quantitativo, com diversas questões relacionadas com práticas de consumo, avaliação, validação e discussão da informação online. Apesar de os resultados apontarem para o envolvimento da maioria destes jovens com a informação de atualidade disponível online, identificam-se algumas fragilidades nas suas competências de avaliação e validação da informação, havendo espaço para intervenções futuras a este nível.
- O JORNALISMO REGIONAL E AS REDES SOCIAISPublication . Gonçalves, Cláudia Sofia Simões; Gomes, Marco José Marques Gomes AlvesO jornalismo regional é caracterizado pela proximidade que tem com o seu público e com a sua região, oferecendo informação a públicos mais reduzidos. Com o desenvolvimento dos meios digitais e consequentemente das redes sociais, o jornalismo sofreu diversos desafios que o reconfiguraram. As redes sociais permitem a criação de conteúdos e a interação dos mesmos, através de emojis, comentários e partilhas. Estas poderão ser uma ponte para o crescimento da imprensa regional, para uma maior fidelização de leitores e consequentemente uma maior proximidade com os mesmos. O principal objetivo desta investigação é a caracterização da produção de conteúdos jornalísticos no Jornal Cidade de Tomar, na rede social Facebook e do impacto que os mesmos suscitam na audiência. A metodologia utilizada assenta numa conjugação de métodos tradicionais com métodos aplicados às redes sociais. Optou-se por uma metodologia de carácter quantitativo, por meio de uma análise de conteúdo. Para a recolha de dados optou-se pelo método Web Archiving, com recurso à técnica do arquivo seletivo e do snapshot. Concluímos que, na dimensão da produção noticiosa, houve uma evolução na produção de conteúdos exclusivos ao Facebook. Na dimensão da interação, a audiência optou pelos conteúdos exclusivos e pelos géneros e formatos que se associam a estes. Ainda assim, a interação com os conteúdos noticiosos poderia revelar valores mais substantivos.
- “SEU NOME ERA GISBERTA”: PROJETO DE UM NON-FICTION VR COM EXERCÍCIOS DE TOMADA DE PERSPETIVAPublication . Roxo, Sérgio de Arriaga e Cunha Galvão; Brites, Leonel dos Reis; Gomes, Marco José Marques Gomes AlvesPodemos definir livremente a Realidade Virtual (RV) como uma ferramenta/tecnologia de novos media e das tecnologias imersivas, que permite aos seus utilizadores a possibilidade de imersão e/ou interação dentro de ambientes virtuais simulados. O seu potencial, como tecnologia de desenvolvimento humano (Rose, 2018), tem alterado a maneira como utilizamos os media, assim como a qualidade de vida das pessoas, ao oferecer presença e imersividade. No decorrer das últimas décadas, com o objetivo de potencializar a experiência humana, a RV tem vindo a ser aplicada como uma ferramenta/tecnologia em múltiplos contextos e investigações científicas em áreas como a educação, o entretenimento, o turismo, o cinema de ficção e documental, o jornalismo, a saúde e bem-estar e a psicologia, entre outras. Os Non-Fiction VR (VRNF) são uma terminologia dos media imersivos que procura incorporar as diferentes produções de não ficção (e.g. Documentários) em RV onde, por exemplo, se engloba o Jornalismo Imersivo idealizado por Nonny de la Peña. O potencial dos VRNF para contar histórias de interesse humano (McRoberts 2018), através da sensação de presença (Slater & Sanchez-Vives, 2016), do testemunho imersivo (Nash, 2018), do RAIR (De la Peña et al., 2010) e de outros fenómenos, tem permitido que estes sejam utilizados para potencializar uma resposta empática (Martingano et al., 2021) nos utilizadores/participantes. Esta é considerada “the ultimate empathy machine” (Chris Milk, 2015) motivando uma alteração do seu comportamento pró-social, especialmente em questões de justiça social (McRoberts, 2018). Deste modo, surge a criação da primeira experiência de não-ficção em RV em Portugal sobre transfobia, “Seu nome era Gisberta”. Este VRNF parte da história de vida de Gisberta Salce, uma vítima de um crime de ódio e Transfobia, ocorrido em 2006 na cidade do Porto, que espoletou o nascimento do movimento trans nacional (Saleiro, 2013) e impulsionou diversos movimentos LGBTQIA+ em Portugal. Este VRNF aplicará exercícios mediados de tomada de perspetiva (Van Loon et al., 2018 -VRPT), possibilitando a experiência de corporificar diferentes perspetivas à medida que estamos imersos na sua história. Através de relatos e de um extenso levantamento jornalístico, produzimos uma experiência imersiva que leva o utilizador/participante a conhecer a história de Gisberta com recurso à animação num vídeo em 360º. Neste documento iremos apresentar o processo de construção desta experiência imersiva, desde a sua base teórica fundamental até às suas escolhas estéticas, técnicas e conceptuais. Pretende-se com este projeto explorar e partilhar, novas ferramentas para fomentar a educação e intervenção social, não só para a humanização e redução do preconceito contra pessoas Trans, mas também para estimular novos criadores/investigadores a trabalhar questões de importância social e de ativismo nesta tipologia de produções.