Mestrados da ESECS
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- À descoberta de ser Educadora e Professora de 1.º Ciclo do Ensino Básico… aprendendo com as criançasPublication . Almeida, Janine Patrícia Teixeira; Saraiva, Alzira Maria Rascão
- À descoberta do bem-estar, das interações entre pares e das aprendizagens: Investigar e refletir em contextos de Educação de Infância e de 1.º Ciclo do Ensino BásicoPublication . Fernandes, Carolina Alexandra Inácio; Correia, Sónia Cristina Lopes; Dias, Maria Isabel Pinto Simões; Barata, Clarinda Luísa FerreiraO presente relatório de Prática de Ensino Supervisionado conta o meu percurso formativo nos anos letivos 2021/2022 e 2022/2023, no Mestrado de Educação Pré-escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico, do Politécnico de Leiria. Por esse motivo, o relatório está dividido em duas partes. A Parte I diz respeito à Dimensão Reflexiva e está dividida em três capítulos. Nestes surgem reflexões acerca do meu percurso, aprendizagens e desafios decorrentes das experiências vivenciadas ao longo de quatro práticas pedagógicas – uma em contexto de Creche, uma em contexto de Jardim de Infância e as restantes duas em contexto de 1.º Ciclo do Ensino Básico, com uma turma de 1.º ano e, depois, com uma turma de 4.º ano de escolaridade. A Parte II dá conta da Dimensão Investigativa, que surgiu/partiu do interesse em estudar a relação entre o bem-estar emocional, as interações entre pares e as aprendizagens, em momentos de brincadeira livre no Jardim de Infância. Recorrendo a uma metodologia qualitativa, de natureza descritiva e interpretativa, este estudo contou com a participação de 4 crianças (entre os 3 e os 6 anos). Os dados foram recolhidos através de observação naturalista, mais especificamente, através de notas de campo e de meios audiovisuais (fotografias e vídeos). Os resultados provenientes da análise de conteúdo revelaram que, em brincadeira, estas crianças apresentaram níveis de bem-estar emocional elevado, estando recetivas à interação com os pares e fazendo-o de diferentes formas, mas maioritariamente verbal. Através das interações percebeu-se que as crianças realizaram diferentes aprendizagens, em diferentes áreas de conteúdo, o que permite concluir que as interações entre pares são contextos facilitadores da aprendizagem.
- À descoberta dos países europeus através da Metodologia Trabalho ProjetoPublication . Vasques, Fernando Jorge Abrunhosa; Milhano, Sandrina Diniz FernandesEste estudo exploratório visou aplicar a Metodologia Trabalho projeto como estratégia de aprendizagem para os alunos do 3.º ano, descobrirem e conhecerem os países europeus, mediada pela ferramenta Google Earth. Para o efeito, pretendeu-se conhecer e descrever as potencialidades da tecnologia Google Earth nas suas dimensões colaborativa, motivacional, potenciadora de conhecimento e de literacia digital inserida na Metodologia Trabalho Projeto. O estudo desenvolveu-se num ciclo de Investigação-Ação, envolvendo os 18 alunos de uma turma de 3º ano de um estabelecimento de ensino privado da região Centro. Neste ciclo de Investigação-Ação promoveu-se a conceção de um projeto no Google Earth criando uma visita a todos os países europeus, tendo por base o trabalho e aprendizagem colaborativa do M.T.P.. Procedeu-se à recolha de dados e à sua avaliação, através de uma abordagem interpretativa assente em técnicas mistas, qualitativas e quantitativas, com base nos questionários do M.T.P. e as respostas dos alunos afixadas no mural do projeto, em diários de bordo, em recursos multimédia e em testes. Conclui-se que a ferramenta Google Earth engloba características que proporcionam a aprendizagem colaborativa, dentro da Metodologia Trabalho Projeto e que desenvolve as Aprendizagens Significativas de uma forma motivadora, lúdica e estimulante para os alunos.
- A exposição oral formal: a macroestrutura e a coesão textual como dimensões ensináveis no ensino secundárioPublication . Nogueira, Maria Lucília Gonçalves; Barbeiro, Luís Filipe Tomás; Marques, Carla Maria Gerardo Henriques da CunhaEsta dissertação descreve uma investigação sobre a eficácia de estratégias didáticas no desenvolvimento da exposição oral formal por alunos do ensino secundário, no contexto do projeto escolar Comunicar Saberes, uma iniciativa multidisciplinar que promove apresentações orais em contextos formais. O objetivo do estudo é compreender como o ensino explícito da macroestrutura da exposição oral formal e o uso de recursos de coesão textual podem melhorar a competência de comunicação oral dos alunos, facilitando a construção de discursos claros e bem estruturados. A metodologia utilizada nesta investigação corresponde a um estudo de caso associado a um processo de investigação-ação, o que permitiu uma análise detalhada dos efeitos das intervenções pedagógicas no desenvolvimento do género textual exposição oral por parte dos alunos. A investigação centrou-se na aplicação de estratégias didáticas que promovem o conhecimento e consequente domínio de um tipo de macroestrutura do género textual em estudo e o uso de organizadores discursivo-textuais como recursos de coesão textual. Os resultados indicam que a aplicação dessas estratégias resultou numa melhoria significativa nas áreas visadas. Verificou-se um progresso claro na capacidade dos alunos de estruturar e apresentar ideias de forma clara e coerente, utilizando organizadores discursivos-textuais para assegurar a coesão textual e seguindo um plano de texto ajustado ao género textual e às condições de uso. Esta abordagem resultou numa comunicação mais eficaz, com os alunos a demonstrar maior confiança e capacidade para construir discursos organizados. Conclui-se que o desenvolvimento dos aspetos visados no estudo no âmbito do tratamento do género exposição oral formal é substancialmente beneficiado por uma abordagem pedagógica que valoriza tanto o ensino da macroestrutura discursiva quanto a prática contínua e o feedback construtivo. Este estudo reforça a importância de integrar no currículo escolar práticas educativas específicas que visem melhorar a competência comunicativa oral dos alunos, preparando-os para enfrentar desafios comunicativos complexos em contextos educativos e profissionais.
- A MATEMÁTICA E OS JOGOS TRADICIONAIS PORTUGUESES E BRASILEIROS: Uma proposta de intervenção inclusiva no 1.º CEBPublication . Barbosa, Márcio Soares; Oliveira, Ana Margarida Fernandes de; Antunes, Raúl de Sousa NogueiraEste relatório de Mestrado em Educação Especial visou a apresentação de uma proposta de intervenção como ferramenta pedagógica que integra conceitos matemáticos em jogos tradicionais portugueses e brasileiros. O objetivo central deste trabalho visou estudar a adaptação desses jogos para aumentar o interesse das crianças nas aprendizagens matemáticas, trabalhando, em conjunto, elementos que possam garantir a acessibilidade de todos, independentemente de suas particularidades. Após a revisão de literatura sobre o tema, foram identificados jogos e possíveis adaptações aos mesmos, de forma a poderem trabalhar os conteúdos pretendidos e identificados. Foi levada a cabo uma Sessão Piloto com uma turma do 3º ano do 1º Ciclo do Ensino Básico, com 21 alunos entre 8 e 9 anos de idade (13 meninos e 8 meninas, sendo 4 alunos com necessidades educativas específicas). A sessão piloto correu de forma muito positiva, destacando-se por validar a proposta como ferramenta pedagógica e inclusiva, adequada para agregar os jogos tradicionais ao ambiente escolar de maneira dinâmica e envolvente. Além disso, procurou-se testar a sua viabilidade e adequação para os alunos, analisando o nível de satisfação da turma com as atividades. Assim, este trabalho buscou demonstrar que a matemática pode ser ensinada de forma atrativa e acessível, desconstruindo paradigmas tradicionais de ensino, compreendendo que este pode ser algo atrativo e interessante tanto para alunos quanto para professores.
- A MEDIAÇÃO INTERCULTURAL E INTRAPESSOAL NA CONSTRUÇÃO DE PROJETOS DE VIDA DE JOVENS ESTRANGEIROS NÃO ACOMPANHADOSPublication . Cascalho, Ana Sofia Bilhastre; Vieira, Ricardo Manuel das NevesNos tempos que correm, tem-se registado um aumento de diferentes movimentos migratórios como, por exemplo, permanentes, temporários, laborais, familiares e forçados, que originaram um aumento da diversidade de grupos existentes na sociedade nacional. Neste sentido, para além da diversidade que se encontrava em cada sociedade, derivada de diferentes faixas etárias, géneros e classes, é possível encontrar outros tipos de diversidade, nomeadamente a nacionalidade, a étnico-cultural, entre outros. É necessário compreender que as identidades deixaram de se encontrar exclusivamente ligadas aos marcadores tradicionais, transformando-se em identidades dinâmicas e mestiças, que se alteram com o passar do tempo e nos diversos contextos (Marques, Vieira & Vieira, 2020). As crianças e jovens estrangeiros não acompanhados representam um importante nível dos fluxos migratórios, ou seja, da violação dos direitos humanos, da falta de acesso à educação, dos conflitos, entre outros. Assim, como estas crianças e jovens possuem idades inferiores aos 18 anos, é necessário providenciar-lhes proteção, e como tal, têm sido desenvolvidas e implementadas diversas iniciativas e medidas, bem como, criadas respostas sociais que promovam os seus direitos e proteção e salvaguardem o seu bem-estar e desenvolvimento integral (Pereira, 2021). A mediação intercultural representa uma privilegiada estratégia para abordar contextos multiculturais, como é o caso do acolhimento de crianças e jovens estrangeiros não acompanhados, uma vez que, adota uma perspetiva de interculturalidade que se desenvolve “[…] num campo de ação muito mais amplo, completando o aspeto relacional (comunicação e interação) com uma configuração transformadora […]” (Marques, Vieira & Vieira, 2020, p. 23). Esta transformação decorre da compreensão de ambas as partes e do conhecimento profundo do outro, favorecendo um diálogo entre pessoas diferentes, que apresentam diferentes culturas, histórias, opções e projetos de vida. O desenvolvimento e a construção identitária para além de decorrerem de múltiplos processos relacionais, também são resultado de processos intrínsecos, ou seja, intrapessoais (Costa, Vieira & Santos, 2018). Assim, a mediação intrapessoal possibilita um espaço que prioriza a experimentação, simulação e educação para a convivência (Pinto, 2023), onde as crianças e jovens estrangeiros não acompanhados podem colocar em diálogo o seu passado e presente (Vieira, 2009). A fim de compreender a gestão identitária e a construção de projetos de vida de crianças e jovens estrangeiros não acompanhados, bem como o papel da mediação intercultural e intrapessoal nos mesmos, entrevistei três jovens acolhidos na Casa de Acolhimento Especializado, da Confraria de Nossa Senhora da Nazaré e a diretora técnica dessa resposta social.
- A Mediação Intercultural nas Equipas de RuaPublication . Gordo, Vanda Sofia Antunes; Margarido, Cristovão Adelino Fonseca Franco RibeiroEsta dissertação explora o papel da mediação intercultural no contexto das equipas de rua, centrando-se nas dinâmicas e desafios enfrentados por três instituições situadas nos arredores de Leiria: a ANOII - Associação Novo Olhar II, na Marinha Grande a Cáritas Diocesana de Coimbra, em Coimbra e a InPulsar - Associação para o Desenvolvimento Comunitário, em Leiria. A mediação intercultural é uma prática essencial para promover a compreensão e a cooperação entre grupos culturais diversos, especialmente em contextos sociais vulneráveis. A intervenção de equipas de rua, que desempenham um papel crucial no apoio a populações marginalizadas, pode ter um impacto significativo recorrendo a estratégias de mediação intercultural, influenciando tanto a qualidade do suporte prestado quanto a eficácia das intervenções realizadas. As equipas de rua são responsáveis por oferecer suporte direto a indivíduos em situações de vulnerabilidade, facilitando o acesso a serviços essenciais e promovendo a inclusão social. Nesse contexto, a mediação intercultural revela-se uma ferramenta fundamental para garantir que as intervenções sejam sensíveis às especificidades culturais dos utentes, contribuindo para uma integração mais efetiva e um suporte mais adequado às necessidades dos indivíduos assistidos. O objetivo geral desta pesquisa é compreender as práticas de mediação intercultural e avaliar a sua importância nas intervenções realizadas por equipas de rua. Para alcançar esse objetivo, a pesquisa debruça-se sobre várias questões específicas. Primeiramente, busca-se investigar se as equipas de rua das associações ANOII, Cáritas e InPulsar utilizam estratégias de mediação intercultural durante suas intervenções. Além disso, a pesquisa examina se são valorizados parâmetros como a escuta ativa, a negociação e o diálogo nas relações entre utentes e técnicos, bem como entre as instituições envolvidas. Outro aspeto relevante é descrever como os contactos dos utentes com essas instituições são estabelecidos e mantidos, além de analisar as opiniões de técnicos e utentes sobre o uso das estratégias de mediação intercultural. Por fim, a pesquisa procura compreender o funcionamento das intervenções das equipas de rua dessas associações. As técnicas de recolha de dados são de índole qualitativa, com foco em entrevistas semiestruturadas como principal ferramenta de recolha de dados. Esta abordagem foi escolhida para permitir uma exploração profunda das experiências e perceções de profissionais e utentes, das três instituições. As entrevistas foram realizadas com uma amostra representativa de profissionais das equipas de rua e de utentes das associações ANOII, Cáritas e InPulsar. O objetivo era obter uma compreensão abrangente das práticas de mediação intercultural e dos desafios enfrentados no trabalho de rua. Os resultados da pesquisa revelam uma variedade de perspetivas sobre a eficácia e os desafios da mediação intercultural nas equipas de rua, onde se observam que apesar das divergências da utilização das práticas da mediação intercultural, as instituições referem de igual forma que estas práticas assumem um papel importante na promoção da comunicação, da cooperação e da integração entre diferentes culturas, reduzindo tensões e resolvendo conflitos que podem surgir devido às diferenças culturais.
- A METODOLOGIA DO TRABALHO DE PROJETO: principais contributos para o envolvimento das crianças no seu processo de aprendizagemPublication . Paiva, Carolina Evaristo; Vicente, José António DuqueAo longo dos anos, tem-se assistido a um avanço significativo na filosofia de base dos processos educativos em Portugal, tornando-os em geral mais flexíveis tendo em conta as diferentes necessidades dos alunos. Apesar destas transformações, poucas as escolas se afastam do ensino/currículo tradicional. No entanto, alguns estudos apresentam vantagens nas metodologias de ensino mais práticas que valorizam a transmissão de conhecimento através da interação dos alunos com a realidade social. A metodologia de trabalho de projeto é um modelo de ensino que promove um ensino-aprendizagem centrado na resolução de problemas, nas necessidades e interesses dos alunos e na possibilidade de os alunos terem um papel ativo na sua aprendizagem. Este trabalho é fruto de uma Investigação realizada numa instituição que nas suas práticas educativas implementa a Metodologia de Trabalho de Projeto. Este estudo teve como principais objetivos compreender de que modo a Metodologia de Trabalho de Projeto contribui para o desenvolvimento integral da criança e para o envolvimento das crianças no seu processo de aprendizagem. Ao longo do estudo adotou-se uma abordagem qualitativa e interpretativa, recorrendo a diferentes instrumentos de recolha de dados: a observação direta, a recolha documental e as entrevistas semiestruturadas realizadas a Educadoras que colocam na prática esta metodologia de ensino. Para analisar os dados recorreu-se ao método de análise de conteúdo tal como articulado por Laurence Bardin. Da análise dos resultados obtidos, foi possívelsaber que esta metodologia educativa apresenta vários benefícios para o ao nível das aprendizagens e do rendimento académico e desenvolvimento psicossocial da criança.
- A Perceção dos Agentes de Polícia de Segurança Pública, relativamente ao Programa Apoio 65 – Idosos em SegurançaPublication . Mehnana, Nádia Filipa dos Santos; Maurício, Cezarina da Conceição Santinho; Lagarto, Maria Inês Lameiras Crisóstomo Pinheiro PintoA evolução demográfica em Portugal tem evidenciado um envelhecimento progressivo da população, caracterizado pelo aumento da esperança de vida e pela diminuição da taxa de natalidade. Este fenômeno tem levado a um aumento da proporção de idosos e do índice de dependência, frequentemente resultando em solidão e isolamento social. A presente dissertação assenta no programa Apoio 65 – Idosos em Segurança, focando na perceção dos Agentes da Polícia de Segurança Pública, da 31ª Esquadra – Praça de Espanha, situada na 5ª Divisão Policial, em Penha de França. Assim, o objetivo passa por compreender como estes profissionais entendem o programa, como é desenvolvido, identificar que desafios enfrentam e analisar a eficácia do programa. Adotou-se uma metodologia qualitativa, recorrendo a entrevistas semiestruturadas e à observação não participante como técnicas de recolha de dados. Os resultados indicam que o programa surgiu em resposta às necessidades crescentes de segurança dos idosos e ressalta a importância das visitas domiciliárias e da articulação com entidades do setor social. No entanto, foram identificados desafios como a falta de recursos humanos e a dificuldade no primeiro contacto com os idosos. Neste sentido, a existência de um leque de parcerias com diversas entidades, especialmente, com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, na implementação do Projeto Radar, desempenha um papel crucial na identificação de situações vulneráveis e no acompanhamento dos idosos, contribuindo assim para a segurança e bem-estar dos mesmos. A dissertação sugere a necessidade de aumento de recursos humanos destinados ao programa, a fim de aumentar o alcance ao número de idosos existentes e a eficácia do programa, com o intuito de conseguir colmatar os desafios emergentes relacionados ao envelhecimento populacional.
- A PERCEÇÃO DOS ASSISTENTES OPERACIONAIS DO 1.º CEB SOBRE O SEU PAPEL NA COMUNIDADE EDUCATIVAPublication . Pereira, Adriana Margarida de Jesus; Sousa, Marlene Filipa da Natividade e; Sousa, Susana Manuela Franco de Faria deCom os papéis desempenhados atualmente pelos Assistentes Operacionais (AO), e tendo por base esta realidade, identificou-se a seguinte problemática “Qual a perceção dos AO do primeiro Ciclo do Ensino Básico (1ºCEB) sobre o seu papel na comunidade educativa?”. O objetivo foi compreender melhor a perceção que os referidos profissionais têm do papel que desempenham dentro da comunidade educativa, e como seria reconhecido por essa comunidade o potencial da sua atividade profissional e o seu contributo, em todas as etapas do processo de ensino e de aprendizagem dos alunos. Para o desenvolvimento deste projeto aplicou-se um inquérito por questionário, onde se procurou conhecer a perceção dos AO em relação ao seu desempenho, competências e valorização, o qual foi respondido por alguns dos diferentes atores que integram a comunidade educativa em análise. Através da análise dos resultados obtidos, em termos quantitativos, as principais conclusões retiradas são as de que os AO revelam não estar totalmente satisfeitos com o conjunto de tarefas que executam na escola. Estes profissionais ambicionam ter um papel mais ativo e colaborante de auxílio aos professores. Por outro lado, os AO avaliam o desempenho das suas funções de forma muito positiva e percecionam que esse desempenho é reconhecido e valorizado, essencialmente, pelos alunos, professores, chefias intermédias e pela direção. Os AO revêem-se assim como “um capital humano de importância fundamental no bom funcionamento do sistema educativo” (Portaria n.º 29 de 2015). Traçado este panorama, quisemos ir mais fundo, tendo realizado algumas entrevistas a alguns AO, à Direção do Agrupamento e à Coordenadora de Estabelecimento, a fim de identificar eventuais contrastes de perspetivas, geradoras de novas pistas de investigação. Nas entrevistas verificamos a existência de uma unanimidade na atribuição da importância, do papel desempenhado pelos AO, enquanto elementos fundamentais na dinâmica e funcionamento da escola. O maior contraste ficou sublinhado na relação entre pares, AO com AO, que no inquérito foi identificado como um relacionamento menos positivo e, em entrevista, verificou-se que esta perceção era contraditória. A causa apontada para esta dualidade na perceção seria o stress causado pela sobrecarga de trabalho a que estes estão sujeitos devido à por falta de recursos humanos. Com a escassez de estudos sobre estes atores educativos, comparativamente aos restantes elementos da comunidade escolar, consideramos que seria interessante estudar esta problemática dos AO nos diferentes ciclos de estudo e a nível nacional, a fim de caracterizar e recolher informação de forma mais alargada e concreta nas diferentes escolas, que nos permitisse fazer inferências para melhor caraterizar e compreender esta classe profissional.