Mestrados da ESECS
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Browsing Mestrados da ESECS by Sustainable Development Goals (SDG) "05:Igualdade de Género"
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- A mediação na reabilitação de pessoas com comportamentos aditivos e dependênciasPublication . Gonçalves, Diana Margarida Correia; Vieira, Ricardo Manuel das NevesA presente dissertação de mestrado em Mediação Intercultural e Intervenção social trabalha sobre o tema da mediação na reabilitação de pessoas com comportamentos aditivos e dependências, pelo que começa por fazer uma revisão da literatura sobre os paradigm as de intervenção social neste âmbito. A problemática científica em estudo permite investigar os dois modelos de intervenção apontados, um modelo mais paliativo e resolutivo e um modelo mais mediador e empoderador. Sublinha-se, essencialmente, a dimensão resolutiva do paradigma biomédico versus a intervenção socioeducativa assente na pedagogia social e na mediação intercultural, que implica uma reconstrução do projeto identitário dos sujeitos com comportamentos aditivos e dependências (Vieira, 2014). Considerando a complexidade inerente ao objeto de estudo, paradigmaticamente foi utilizado o paradigma hermenêutico e interpretativo (Faria & Vieira, 2016; Guerra, 2006) que privilegia o estudo dos sujeitos no seu contexto natural (Vieira, Marques, Silva et al., 2016), procurando compreender o ponto de vista dos sujeitos. A investigação baseou-se em estudos de caso e na observação direta e participante junto e com as equipas de rua da associação Inpulsar, na cidade de Leiria. Metodologicamente, utilizou-se a entrevista semiestruturada de alcance biográfico, assente na ideia da etnobiografia (Vieira, 2014; Faria & Vieira, 2016) ou em . Entrevistaram-se, em profundidade, dois mediadores de pares, Jorge Cardinali e Paulo Seixas. Estas entrevistas foram fundamentais para compreender o trabalho dos mediadores de pares no contexto de intervenção social com pessoas com comportamentos aditivos e dependências e o modelo de intervenção mais utilizado neste âmbito, se um modelo baseado mais paliativo e biomédico, se um modelo maiscapacitador e dialógico. As conclusões apontam no sentido de que, sem o envolvimento dos utentes, é muito difícil a transformação e a reconstrução de um novo projeto de vida sem dependências.
- Mulheres em cargos de gestão escolar e a perceção do conflito trabalho-famíliaPublication . Rosa, Mónica Mafalda Pires Godinho Neto; Santos, Maria João Sousa Pinto dos; Sousa, Susana Manuela Franco Faria deO conflito entre as responsabilidades familiares e laborais tem vindo a ser apontado como uma barreira à liderança feminina. Em contexto escolar, não só o corpo docente apresenta uma taxa de feminização elevada, mas também os cargos de gestão escolar são desempenhados por um número significativo de mulheres. Paralelamente, as tarefas domésticas e de cuidados com a família continuam a recair maioritariamente sobre as mulheres. Neste contexto, os objetivos definidos para o presente estudo foram reconhecer a perceção do conflito trabalho-família pelas gestoras escolares, identificar as principais situações geradoras de conflito trabalho-família e assinalar as estratégias de âmbito pessoal e profissional mais valorizadas pelas gestoras escolares para promover o equilíbrio trabalho-família. Este estudo constitui-se como um estudo descritivo, integrado no paradigma interpretativo. Empregou-se a técnica de inquérito para a recolha de dados, sendo o instrumento utilizado o questionário, aplicado através de formulário eletrónico. A amostra constitui-se por participantes voluntárias dos distritos de Leiria e Lisboa, que assumem simultaneamente responsabilidades familiares e cargos de gestão escolar. Os resultados obtidos apontam para a perceção do conflito trabalho-família, relacionado maioritariamente com o tempo e a tensão, e com maior expressão no sentido do trabalho para a família do que da família para o trabalho. As situações identificadas pelas participantes como geradoras de conflito foram maioritariamente relacionadas com o tempo despendido no cumprimento das responsabilidades laborais. Também foram identificadas situações que provocavam tensão, com origem nos domínios do trabalho e da família. Relativamente às estratégias promotoras do equilíbrio trabalho-família, quer as de âmbito pessoal e familiar, como as de âmbito profissional e de políticas públicas, foram muito valorizadas pelas participantes. Os resultados apontaram para a valorização do apoio do cônjuge e do estabelecimento de uma rede de apoio ajustada às necessidades individuais. Já ao nível profissional, foram mais valorizadas as medidas de apoio à família, o suporte da liderança e dos colegas, e a existência de uma cultura organizacional que promova a participação na vida familiar e a desconexão do trabalho. Reconhecendo que o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal é uma perceção individual, ambos os tipos de estratégias são relevantes, sendo necessário articular os esforços pessoais e organizacionais, conforme as características e necessidades de cada contexto.
