Browsing by Issue Date, starting with "2025-11-27"
Now showing 1 - 2 of 2
Results Per Page
Sort Options
- O corpo que (re)escreve ou o poema além do texto: para uma aproximação à poesia em voz alta enquanto prática performativa e de intervenção artística. O caso do sindicato de poesiaPublication . Arqueiro, Ana Sofia da Silva; Menezes, Catarina Maria Nogueira Marques da Cruz; Gamboa, Maria José Nascimento SilvaPropomo-nos, neste trabalho, a abordar a poesia em voz alta enquanto prática performativa e de intervenção artística e a explorar a relação de encontro e partilha que, nesse âmbito, se estabelece entre corpos leitores/performadores/ouvintes, que, convocados por/para uma experiência artística, exercitam a leitura além do texto. Na primeira parte, de enquadramento teórico, começamos por situar a voz poética no contexto da leitura/enunciação performativa, abordando conceitos-base que sustentam esta prática, explorando depois a dimensão de comunicação e interação com o outro a que esta intervenção artística apela. Explicitado o quadro metodológico que nos serviu de referência, e na sua sequência, adentramos na segunda parte, empírica, em que investigamos e acompanhamos, por recurso ao estudo de caso, o trabalho de performance poética desenvolvido por um coletivo de Braga – Sindicato de Poesia –, que integra, na sua atividade, as diversas proposições de onde partimos e que procurámos observar neste projeto de investigação-intervenção. Os resultados obtidos evidenciam que a poesia em voz alta enquanto experiência performativa passa, no essencial, pela mediação texto-corpo-espaço e aí encontra a ressonância que nos liga uns aos outros; e que o seu potencial como instrumento agregador e de intervenção, promovendo o encontro e a partilha, o pensamento crítico, a reflexão e o diálogo, é extensível a todos, seja em contexto artístico, educativo, comunitário ou individual, nas dimensões cultural, social, pedagógica e cívica.
- Mulheres em cargos de gestão escolar e a perceção do conflito trabalho-famíliaPublication . Rosa, Mónica Mafalda Pires Godinho Neto; Santos, Maria João Sousa Pinto dos; Sousa, Susana Manuela Franco Faria deO conflito entre as responsabilidades familiares e laborais tem vindo a ser apontado como uma barreira à liderança feminina. Em contexto escolar, não só o corpo docente apresenta uma taxa de feminização elevada, mas também os cargos de gestão escolar são desempenhados por um número significativo de mulheres. Paralelamente, as tarefas domésticas e de cuidados com a família continuam a recair maioritariamente sobre as mulheres. Neste contexto, os objetivos definidos para o presente estudo foram reconhecer a perceção do conflito trabalho-família pelas gestoras escolares, identificar as principais situações geradoras de conflito trabalho-família e assinalar as estratégias de âmbito pessoal e profissional mais valorizadas pelas gestoras escolares para promover o equilíbrio trabalho-família. Este estudo constitui-se como um estudo descritivo, integrado no paradigma interpretativo. Empregou-se a técnica de inquérito para a recolha de dados, sendo o instrumento utilizado o questionário, aplicado através de formulário eletrónico. A amostra constitui-se por participantes voluntárias dos distritos de Leiria e Lisboa, que assumem simultaneamente responsabilidades familiares e cargos de gestão escolar. Os resultados obtidos apontam para a perceção do conflito trabalho-família, relacionado maioritariamente com o tempo e a tensão, e com maior expressão no sentido do trabalho para a família do que da família para o trabalho. As situações identificadas pelas participantes como geradoras de conflito foram maioritariamente relacionadas com o tempo despendido no cumprimento das responsabilidades laborais. Também foram identificadas situações que provocavam tensão, com origem nos domínios do trabalho e da família. Relativamente às estratégias promotoras do equilíbrio trabalho-família, quer as de âmbito pessoal e familiar, como as de âmbito profissional e de políticas públicas, foram muito valorizadas pelas participantes. Os resultados apontaram para a valorização do apoio do cônjuge e do estabelecimento de uma rede de apoio ajustada às necessidades individuais. Já ao nível profissional, foram mais valorizadas as medidas de apoio à família, o suporte da liderança e dos colegas, e a existência de uma cultura organizacional que promova a participação na vida familiar e a desconexão do trabalho. Reconhecendo que o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal é uma perceção individual, ambos os tipos de estratégias são relevantes, sendo necessário articular os esforços pessoais e organizacionais, conforme as características e necessidades de cada contexto.
