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ESSLei - Mestrado em Enfermagem Comunitária - Área de Enfermagem de Saúde Comunitária e de Saúde Pública

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  • A Intervenção do Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária e de Saúde Pública na Assistência à Grávida com Diabetes Gestacional
    Publication . Mendes, Iva; Nascimento, Tiago Filipe Rodrigues do
    A Diabetes, uma doença conhecida como “silenciosa” de evolução lenta, embora não seja uma patologia recente, tem vindo a assumir maior evidência pelo crescimento e impacto verificado mundialmente não só pelo aumento da sua incidência, como também pela sua elevada morbilidade e mortalidade. A Diabetes Gestacional (DG) representa aproximadamente 90% de todas as gravidezes complicadas por diabetes, está associada a complicações maternas e a um aumento de morbilidade e mortalidade fetais. Este estudo teve por objetivo analisar as evidências na literatura sobre a assistência de enfermagem com mulheres que apresentaram DG na comunidade. Trata-se de um estudo de síntese de evidência do tipo revisão narrativa da literatura. A gestação é um processo natural que envolve múltiplas mudanças, tanto fisiológicas, como psicossociais e emocionais. Dentro das mudanças fisiológicas, pode surgir a DG. Neste contexto a intervenção de enfermagem pré-natal e o atendimento comunitário eficiente podem diminuir expressivamente a morbilidade e mortalidade materna e fetal. Concluímos que são importantes para a consciencialização da sua relevância, criar diversas estratégias de intervenção promotoras do aumento dos níveis de literacia em saúde das grávidas com DG. Na comunidade, para alcançar o equilíbrio e o bem-estar, tanto materno como fetal, nos procedimentos, diagnóstico e tratamento da DG. O enfermeiro como educador, deve orientar a gestante quanto à doença, os seus sintomas e a terapêutica medicamentosa, realizando orientações de hábitos saudáveis, como por exemplo, alimentação e exercícios físicos, elucidar dúvidas durante a evolução da gestação e incentivar a mesma para o autocuidado.
  • SorriDAR – Projeto de literacia em saúde oral para os encarregados de educação doEnsino Básico
    Publication . Oliveira, Ana Maria Ferreira; Menino, Eva Patrícia da Silva Guilherme
    O presente trabalho relata todo o percurso desenvolvido em estágio, nomeadamente a aquisição das competências comuns e específicas do enfermeiro especialista em Enfermagem Comunitária, na área de Saúde Comunitária e Saúde Pública e a realização do projeto de intervenção comunitária “SorriDAR” incluído na competência específica do planeamento em saúde. O projeto “SorriDAR” seguiu a metodologia do planeamento em saúde de Imperatori e Giraldes (1993), tendo sido crucial a elaboração do diagnóstico de situação de saúde focado na literacia em saúde oral dos encarregados de educação das crianças do Ensino Básico. Teve como referencial teórico o Modelo de Promoção da Saúde de Nola Pender, o modelo de literacia em saúde e a salutogénese. Os objetivos gerais do projeto “SorriDAR” foram caraterizar a literacia em saúde oral dos encarregados de educação de crianças que frequentam o Ensino Básico e avaliar a sua perceção sobre o aumento da literacia A amostra foi constituída por 22 encarregados de educação das crianças do 1.º e 2.º ano do Ensino Básico de um Agrupamento de escolas. Em termos de instrumento de recolha de dados foi usado um questionário. As estratégias de intervenção utilizadas foram 2 sessões de educação para a saúde com duração de 45 minutos com debate de ideias, divulgação de vídeos alusivos à temática e a entrega de um folheto informativo. Através deste estudo concluímos que a maioria dos participantes eram mães (86,4%), portuguesas (72,7%) com uma média de idades de 39,5 anos. Metade dos encarregados de educação era licenciado (54,5%) e a maioria tinha formação na área de saúde oral (72,7%). A totalidade das crianças escova os dentes e a maioria pelo menos duas vezes por dia (77,3%). A maior parte das crianças nunca teve um problema de saúde oral (68,2%) e já foi à consulta com médico dentista ou higienista oral (90,9%). Os encarregados de educação consideraram ter um nível suficiente de literacia em saúde oral (95,5%) e concluíram que o projeto melhorou a sua literacia em saúde oral (90,9%). O trabalho apresenta ainda, um capítulo sobre a prática baseada na evidência que permitiu aprofundar e caraterizar o grupo comunitário que serviu de base para o planeamento em saúde.
  • A Atitude Face à Saúde-Doença dos Imigrantes: O Projeto ENGAGE como Promotor do Empoderamento Comunitário
    Publication . Duarte, Silvia Maria Margarido; Nascimento, Tiago Filipe Rodrigues do
    O presente relatório resulta da conclusão do Mestrado em Enfermagem Comunitária: Área de Enfermagem de Saúde Comunitária e de Saúde Pública. Tem como objetivos realizar uma análise crítico-reflexiva sobre o desenvolvimento das competências comuns e específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária e Saúde Pública, em contexto de Unidade de Saúde Pública e Unidade de Cuidados na Comunidade, ao longo do Estágio de Enfermagem Comunitária e Saúde Pública com relatório final, e descrever, com base na metodologia do Planeamento em Saúde, o projeto de intervenção comunitária ENGAGE, usando como referenciais teórico o Modelo de Madeleine Leininger e como modelo de intervenção o Modelo de Avaliação, Intervenção e Empoderamento Comunitário. Para sustentar a intervenção, foi realizada uma Revisão Integrativa da Literatura. Definido para o Projeto como questão de partida “Quais são os determinantes de saúde que afetam os imigrantes da Índia que residem no concelho da Marinha Grande?”, e tendo como objetivos: determinar os dados sociodemográficos dos imigrantes da Índia residentes na Marinha Grande; avaliar a perceção dos participantes quanto aos fatores determinantes da sua saúde e a dimensão que prioritariamente necessita de abordagem no empoderamento comunitário e identificar o nível de empoderamento comunitário da comunidade imigrante. População alvo os imigrantes provenientes da Índia, residentes no concelho da Marinha Grande. Foi utilizado como instrumento de recolha de dados a entrevista semiestruturada, tendo-se identificado como prioridade a atitude face ao estado de Saúde-Doença comprometida, associada à cultura. Posteriormente foi desenvolvido um grupo focal, para avaliar o nível de empoderamento da comunidade imigrante, através da Escala de Avaliação do Empoderamento Comunitário, chegando-se à conclusão de que esta comunidade tem um nível de empoderamento baixo em sete domínios. O desenvolvimento do empoderamento da comunidade imigrante indiana poderá contribuir para o aumento da sua literacia e capacitação, sendo estes promotores do acesso aos serviços de saúde, para isso é fundamental, no futuro, continuar a intervir nesta comunidade adequando os cuidados às necessidades reais e sentidas, obtendo ganhos em saúde.
  • RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE NATUREZA PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM DE SAÚDE COMUNITÁRIA E SAÚDE Pública / Apoio aos Cuidadores Informais: prevenção e alívio da subcarga na Alimentação e Gestão de Sintomas
    Publication . Verde, Rui Filipe Marques Vila; Barros, Teresa Madalena Kraus Brincheiro Hüttel
    O presente relatório foi realizado com o objetivo de realizar uma análise crítico-reflexiva do percurso que foi desenvolvido por mim para a obtenção das competências comuns e específicas do enfermeiro mestre e especialista na área de enfermagem de Saúde Comunitária e Saúde Pública em contexto da Unidade de Saúde Pública, do Médio Tejo e da Unidade de Cuidados na Comunidade no concelho de Abrantes. Em termos estruturais este trabalho encontra-se organizado em duas partes, na primeira parte, realizei uma análise crítica e reflexiva dos ensinos clínicos que decorreram ao longo de todo o percurso académico, nos quais adquiri e desenvolvi competências acrescidas do enfermeiro especialista e mestre em Saúde Comunitária e Saúde Públi-ca. A segunda parte realizei uma descrição do Projeto com base na metodologia do Pla-neamento em Saúde, seguindo as etapas, do diagnóstico de situação, da definição de prioridades, o delineamento de objetivos, da escolha das estratégias, da elaboração e execução do projeto e a respetiva avaliação. O projeto de intervenção comunitário designado com o nome de “Apoio ao Cuidador Informal prevenção e alívio das sobre-cargas”. Dos 42 Cuidadores Informais do concelho de Abrantes com estatuto, só 31 Cuidadores Informais consentiram participar no presente estudo tendo idades compre-endidas entre os 34 e os 80 anos. Neste sentido foi realizado uma revisão integrativa da literatura com o objetivo de sustentar a prática com base na evidência. Este projeto foi realizado com principal objetivo de ir de encontro as necessidades apresentadas pela Unidade de Cuidados na Comunidade de Abrantes e Promover o apoio aos cui-dadores informais do concelho de Abrantes, capacitando-os para maior segurança na prestação de cuidados seguros à pessoa dependente. Para o diagnóstico de situação foi sustentado pela teoria de Nola Pender, foi aplicado um questionário inicial aos Cuidadores Informais com caraterização demográfica dos mesmos, com a escala de Help to Care de Dixe et al., escala de Bartel e duas pergun-tas do sentido de Vida de Kraus (2014). Após os resultados dos questionários do presente projeto realizei sessões na área do autocuidado alimentar, gestão de sintomas foi realizado 3 sessões com a participação de 16 cuidadores informais no total das sessões. Realizei um estudo quasi-experimental para avaliar o impacto, aplicado no pré e pós, na Capacidade do cuidador para tomar conta comprometida em 22,6% utilizar estraté-gias caso a pessoa dependente se engasgue após a intervenção nos questionários aplicados 15 dias posteriormente a intervenção obtivemos uma redução 6,4% neste sentido passou para 16,2%. No diagnóstico Capacidade do cuidador para tomar conta comprometida em 16,1% Atuar perante a falta de ar da pessoa dependente após a intervenção nos questionários aplicados 15 dias posteriormente a intervenção obtive uma redução 6,4% neste sentido passou para 9,7% este diagnóstico. Nos questioná-rios aplicados após 15 dias das intervenções, no geral das 4 áreas abordadas aponta-ram para uma melhoria dos conhecimentos nestas áreas nos 16 cuidadores, mas só ter tido metade da amostra leva a que não se possa concluir quanto ao impacto da intervenção no empoderamento comunitário dos 31 cuidadores informais.
  • Empoderamento comunitário dos imigrantes no Acesso aos Cuidados de Saúde
    Publication . Soares, Raquel Pires; Barros, Teresa Madalena Kraus Brincheiro Hüttel
    A continuidade do percurso formativo culminou com a aquisição de competências comuns e especificas na área de especialização de Enfermagem de Saúde Comunitária e Saúde Pública, contribuindo para o desenvolvimento pessoal, académico e profissional. A migração faz parte da experiência humana, sendo reconhecida como uma fonte de prosperidade, inovação e de desenvolvimento sustentável num mundo globalizado. No entanto, este processo afeta os países, as comunidades, os próprios migrantes e suas famílias em formas diferentes e imprevisíveis (ONU, 2018). Para responder à questão de investigação “Quais são os determinantes de saúde que afetam os imigrantes da Índia que residem no concelho da Marinha Grande?”, foi realizada uma revisão integrativa da literatura cujo resultado serviu de base à elaboração do guião das entrevistas semiestruturas que decorreram entre os meses de novembro de dezembro de 2023 e permitiram conhecer as necessidades sentidas pela comunidade imigrante indiana residente no concelho da Marinha Grande. No desenvolvimento das competências específicas do Enfermeiro Especialista de Saúde Comunitária e Saúde Pública, implementou-se o Projeto “Empoderamento Comunitário dos Imigrantes no Acesso aos Cuidados de Saúde: ENGAGE”, recorrendo à metodologia do Planeamento em Saúde, ao Modelo da Diversidade e Universalidade do Cuidados Cultural e ao Modelo de Avaliação, Intervenção e Empoderamento Comunitário. Com a definição do diagnóstico de saúde, foram expressas as prioridades de intervenção quanto à avaliação do empoderamento da comunidade imigrante. Para avaliar o empoderamento comunitário da comunidade imigrante, foi realizado um grupo focal, com a aplicação da Escala de Avaliação do Empoderamento Comunitário para a prioridade falta de conhecimento sobre o acesso aos cuidados de saúde, cuja avaliação demonstrou que os domínios que requerem mais intervenção são a liderança local, as estruturas organizativas, a habilidade para questionar e a gestão de programas. Conclui-se que os objetivos previstos para o estágio foram atingidos e que as intervenções a desenvolver junta da comunidade imigrante em estudo se enquadram nos domínios da liderança local, das estruturas organizativas, da habilidade para questionar e da gestão de programas.
  • Desenvolvimento de competências especializadas em Enfermagem Comunitária e de Saúde Pública – Projeto “Diabetes na escola: capacitar para apoiar
    Publication . Silva, Paula Alexandra Pedroso Gonçalves; Louro, Maria Clarisse Carvalho Martins
    A Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) é das doenças crónicas mais comuns na infância em idade escolar. A sua gestão assenta, 24 sobre 24 horas (h), em três eixos fundamentais: administração de insulina, alimentação e atividade física, o que conduz à necessidade de apoio e supervisão em meio escolar por parte dos agentes educativos (docentes e não docentes). Atendendo ao período alargado de tempo do dia que a criança ou jovem passa na escola e ao número de refeições que aí pode fazer, leva a que sobre estes agentes educativos recaia o importante papel de reconhecimento de situações adversas e consequente atuação em eventos relacionados com a condição de saúde destes alunos, inclusão e sua saúde e bem-estar. Assim, para uma tomada de decisão segura e adequada estes devem possuir conhecimentos e estar capacitados para agir. O presente relatório reporta-se ao estágio nos dois contextos, Unidade de Saúde Pública (USP) e Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC), que decorreu entre 7 de setembro de 2023 e 23 de fevereiro de 2024. Inclui ainda, atividades desenvolvidas no Estágio I em contexto USP e no qual teve início o diagnóstico de situação que levou à presente intervenção. Este documento ajuda a refletir e demonstrar a forma como foram sendo desenvolvidas ao longo do percurso de aprendizagem as competências comuns do Enfermeiro Especialista (EE) e específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Comunitária e de Saúde Pública (EEESCSP) e serve para apresentar o projeto de intervenção “Diabetes na escola: capacitar para apoiar”. Assente no Programa Nacional para a Diabetes (PND) e no Programa Nacional de Saúde Escolar (PNSE), tem como objetivo principal promover o aumento do conhecimento e a capacitação dos profissionais docentes e não docentes dum Agrupamento de Escolas (AE) relativamente à DM1 em meio escolar, através da implementação de estratégias no âmbito dos cuidados especializados em Enfermagem de Saúde Comunitária e de Saúde Pública (ESCSP) desenvolvidas entre outubro de 2023 e fevereiro de 2024. Este relatório e a intervenção comunitária estão alicerçados, na metodologia do Processo de Planeamento em Saúde (PS), perfil de competências específicas do EEESCSP e no Modelo concetual de Sistemas de Betty Neuman. Na fase de diagnóstico de situação, foi aplicado como instrumento de colheita de dados um questionário, já utilizado em Portugal em populações de caraterísticas semelhantes, e a partir do qual avaliámos o conhecimento dos participantes relativamente à DM1 em cinco domínios e globalmente. São participantes, os agentes educativos (docentes e não docentes) do AE em estudo e da área de abrangência da USP e UCC. Após a análise descritiva dos dados verificámos que estes apresentavam o conhecimento sobre a DM1 comprometido que se refletia num défice de conhecimento na gestão da doença, nomeadamente do regime terapêutico. Ter agentes educativos devidamente capacitados diminuirá a possibilidade de ocorrência de complicações agudas da DM1, promoverá o controlo da doença e o bem-estar e contribuirá para um ambiente escolar mais seguro. Adequar estratégias de intervenção de modo a aumentar o conhecimento e a capacitação destes profissionais é fundamental, onde as competências específicas de EEESCSP privilegiam essa capacitação. As estratégias de intervenção foram principalmente a Educação para a Saúde (EpS) através de formação de curta duração e o estabelecimento de parcerias na comunidade. A avaliação da intervenção comunitária, de acordo com os indicadores definidos, permitiu observar que as metas estabelecidas foram alcançadas, refletindo-se no aumento do nível de conhecimento sobre a DM1 e da capacitação dos docentes e não docentes. Deste modo, concluiu-se que a intervenção desenvolvida ajudou ao aumento do conhecimento e da capacitação deste profissionais do AE em análise e simultaneamente a elaboração do projeto permitiu contribuir para o processo de capacitação de grupos e comunidades, área especifica de atuação do EEESCSP e da prestação de cuidados de promoção da saúde e prevenção da doença.
  • RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE NATUREZA PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM DE SAÚDE COMUNITÁRIA E SAÚDE PÚBLICA Apoio ao Cuidador Informal: Prevenção e Alívio da Sobrecarga, na Transferência e Toma da Medicação
    Publication . Rei, Liliana Canas; Barros, Teresa Madalena Kraus Brincheiro Hüttel
    Este relatório reflete todo o percurso realizado ao longo deste estágio, quanto à forma como as competências foram desenvolvidas e a prossecução dos objetivos foi alcançada. O Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Comunitária e Saúde Pública possui um conjunto de competências comuns e especializadas que lhe permitem desenvolver a sua prática clínica nos domínios da prevenção, promoção e proteção da saúde das pessoas, famílias, grupos e comunidades, com particular atenção para grupos de pessoas em risco e comunidades de vulnerabilidade acrescida. Considerando os cuidadores informais (CI), um grupo de pessoas suscetíveis a situações de grande vulnerabilidade, pois a prestação de cuidados a uma pessoa dependente pode levar os cuidadores informais a enfrentar dificuldades físicas, psicologias e emocionais. Desta forma o projeto de intervenção comunitária “Apoio ao Cuidador Informal: Prevenção e Alívio da Sobrecarga”, visa facilitar a operacionalização do apoio que é devido a estes cuidadores face ao anexo à Lei n.º 100/2019, de 6 de setembro. Baseado na metodologia do planeamento em saúde, teve como principal objetivo: Promover o apoio os cuidadores informais do concelho de Abrantes capacitando-os para uma prestação de cuidados seguros à pessoa dependente. Dos 42 CI reconhecidos pelo estatuto no concelho de Abrantes, apenas 31 consentiram em participar no estudo e com os quais foram realizadas entrevistas semiestruturas, que contemplam a avaliação sociodemográfica do CI, o índice de Barthel, a avaliação das capacidades do CI do projeto Help2Care, a avaliação de sobrecarga de Zarit e 2 questões sobre o sentido de vida, de forma a compreender as necessidades reconhecidas pelos CI. O processo de tomada de decisão foi guiado pelo modelo teórico da Promoção da Saúde de Nola Pender, com a identificação dos comportamentos promotores de saúde (capacitação). Através do método de Hanlon, foram priorizadas as necessidades nas áreas de maior expressão das dificuldades nos autocuidados, Transferir: “Transferir a pessoa dependente de e para as posições necessárias” e Tomar a medicação: “Decidir o que fazer no caso de ocorrer alguma complicação/efeito secundário da medicação”. A seleção das estratégias de intervenção foi sustentada na revisão integrativa da literatura, com vista a uma prática baseada na evidência. Apenas metade da amostra aderiu à intervenção, verificando-se uma ligeira melhoria nos resultados na capacidade de “Transferir a pessoa dependente de e para as posições necessárias” e na capacidade de “Decidir o que fazer no caso de ocorrer alguma complicação/efeito secundário da medicação” e no seu sentido de vida, e que corresponde a um nível mais elevado de sentido de vida.
  • USO DO PRESERVATIVO: ATITUDES DOS JOVENS ATENDIDOS EM CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS NA REGIÃO CENTRO DE PORTUGAL
    Publication . Mendes, Ensa; Menino, Eva Patrícia da Silva Guilherme
    Introdução: O sexo desprotegido representa um problema de saúde pública, contribuindo para morbidade e mortalidade. Diariamente, mais de 1 milhão de pessoas adquirem Infeções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Embora todas as pessoas sexualmente ativas estejam em risco, os jovens são particularmente vulneráveis devido às altas taxas de prevalência e comportamentos sexuais de risco. Para mitigar a transmissão, os preservativos são essenciais nessa faixa etária, sendo crucial promover a sua correta utilização como método contracetivo eficaz na redução do risco de ISTs. Métodos: É um estudo, quantitativo, transversal, observacional e descritivo, que utilizará uma amostragem não probabilística intencional para recrutar todos os jovens (16-25 anos) que frequentam as consultas do Centro de Atendimento a Jovens (CAJ) na região central de Portugal, que aceitem voluntariamente participar. A recolha de dados será feita através de um questionário online, utilizando a escala "Condon Use Self Efficacy Scale (CUSES)", validada para a população portuguesa. O tratamento de dados ocorrerá no programa informático Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) Statistics Base versão 29. Resultados: O estudo envolveu 77 participantes jovens, sendo a maioria do sexo feminino (96,1%). A idade mediana foi de 20 anos, embora os rapazes tenham apresentado uma mediana ligeiramente superior (22 anos) em comparação com as raparigas (20 anos), sem diferenças estatisticamente significativas entre os grupos. A maioria dos participantes era de nacionalidade portuguesa (75,3%), estudantes (70,1%) e frequentava o ensino secundário (45,5%). Quanto à autoeficácia no uso do preservativo, a média na escala CUSES foi de 53,29, com pontuações mais altas entre os participantes do sexo feminino. A faixa etária de 20 a 25 anos demonstrou uma maior autoeficácia, e embora tenha sido observada uma maior autoeficácia entre os participantes do ensino básico, não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos. Na análise por nacionalidade, os participantes portugueses apresentaram maior autoeficácia. Conclusão: Com base nos resultados e discussão apresentados, é possível inferir importantes conclusões e sugerir estratégias para promover uma maior autoeficácia no uso do preservativo entre os jovens em Portugal. A autoeficácia moderada revelada sugere uma perceção equilibrada entre capacidade e confiança, embora momentos de insegurança ainda sejam evidentes. Isso indica a necessidade de abordagens sensíveis e abrangentes na promoção da saúde sexual, oferecendo tanto informações sobre o uso correto do preservativo quanto estratégias para lidar com a insegurança.
  • Desenvolvimento de competências especializadas em Enfermagem Comunitária e de Saúde Pública - Uma revisão sistemática da literatura
    Publication . Laranjo, Cíntia Bárbara; Louro, Maria Clarisse Carvalho Martins
    Introdução: O desenvolvimento da capacidade de regulação emocional incorpora as competência socioemocionais e permite que a criança compreenda, gira e expresse questões sociais e emocionais durante o seu ciclo de vida de forma bem sucedida. O sucesso académico é encarado como a relação qualidade/quantidade de trabalho efetuado durante o processo de aprendizagem com o alcance dos objetivos propostos. Este é intimamente influenciado pola capacidade de autorregulação emocional permite-lhes reconhecer as suas próprias emoções e a maneira mais adequada de lidar com elas e gerir de forma mais responsável a tomada de decisões, sejam relacionadas com a sua saúde ou com a sua vida. Objetivo: A presente revisão sistemática da literatura apresenta como objetivo geral a análise da relação entre a regulação emocional e o sucesso escolar em crianças. Método: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura de associação, com recursos à mnemónica PEO. A pesquisa de informação foi conduzida em bases de dados científicas de acesso reservado e de acesso livre, utilizando os descritores “Emotional regulation”, “Academic success” e “Child*” com o operador booleano “AND”. Resultados: Verificou-se que efetivamente o desenvolvimento de autorregulação emocional em crianças apresenta direta e/ou indiretamente influencia sobre o sucesso académico. Os estudos apontam que crianças na primeira infância com capacidade de autorregulação emocional apresentam melhores resultados académicos 3 anos mais tarde. Referem ainda que a regulação emocional está associada ao sucesso escolar por intermédio da regulação da ansiedade, da autoeficácia e da atividade física produzindo em todos melhores resultados académicos. Realçam ainda que crianças que sofrem adversidades tendem a não ostentar capacidade de autorregulação emocional e por consequência piores resultados académicos. Por fim, crianças com capacidade de autorregulação emocional influenciam outras crianças a desenvolver a própria capacidade de autorregulação emocional e alcance do sucesso académico. São descritas diversas estratégias que promovem o desenvolvimento da capacidade de autorregulação emocional que acarretam benefícios no desenvolvimento escolar, nomeadamente na concentração, na atenção, na captação e interpretação assim como na obtenção de melhores resultados. Conclusão: O desenvolvimento da capacidade de autorregulação em crianças deve ser iniciado na primeira infância de forma que iniciem a educação formal munidas de estratégias benéficas para obterem sucesso académico, e deve ser mantida paralelamente à progressão do ensino.
  • Necessidade e sobrecarga dos cuidadores informais no cuidado à pessoa dependente
    Publication . Kilanda, Ana Kula; Louro, Maria Clarisse Carvalho Martins
    Com o aumento da esperança média de vida, e com o surgimento e a prevalência de doenças crónicas e a carência de serviços e infraestruturas de apoio à saúde, têm conduzido cada vez mais a necessidade de recorrer aos cuidadores informais. A situação da sobrecarga e necessidades que os cuidadores informais enfrentam, merece atenção devido os impactos significativos, que podem prejudicar a saúde e o bem-estar. Para melhorar a qualidade de vida dos cuidadores informais e otimizar os cuidados prestados, devido a constante evoluição da comunidade. Diferentemente dos profissionais de saúde, os cuidadores informais atuam de maneira não remunerada, muita das vezes sem nenhum apoio e capacitação, assumindo responsabilidades nos cuidados das atividades de vida diária da pessoa dependente. Objetivo: O estudo teve como objetivo de analisar a sobrecarga que os cuidadores informais enfrentam no cuidado à pessoa dependente. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo, uma revisão integrativa da literatura (RL), que consiste na construção de uma análise ampla da literatura. Foram selecionados quatro (4) estudos realizados no território português, pelas instituições tais como: ESSV- Escola Superior de Viseu; Universidade de Évora- escola superior de saúde; Universidade autónoma de Lisboa; Politécnico de Leiria - Escola superior de saúde, no cronograma de 2014- 2023. Os dados foram obtidos através do portal (RCAAP), B-on e Google académico, nos respetivos repositórios das universidades. Resultados: Relativamente a sobrecarga dos cuidadores informas, verificou-se que a maioria dos cuidadores informais apresentam sobrecarga, com predominância de 62,4% de sobrecarga intensa do artigo 1, estudo feito na região de Leiria e com 83% de sobrecarga moderada do artigo 4, estudo feito na região de Évora. Conclusão: Os resultados obtidos reforçam a importância de se realizarem intervenções direcionadas para promoção e recuperação da saúde, através da literacia em saúde e rede de apoio para comunidade dos cuidadores informais, de forma a diminuir os níveis de sobrecarga para melhorar a sua qualidade de vida. Quando o cuidador é sobrecarregado, automaticamente a execução de cuidados é comprometida, pode até desencadear erros ou acidentes fatais, devido a redução na atenção devida na realização das tarefas.