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- Impacto de uma intervenção promotora da comunicação terapêutica eficaz em enfermeiros de uma Unidade de HemodiálisePublication . Vieira, Erica Vanessa de Oliveira Frazão; Gomes, José Carlos RodriguesO presente documento surge no âmbito da unidade curricular Estágio de Natureza Profissional com Relatório, integrada no Mestrado em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica, para obtenção do grau de mestre e do título de especialista em ESMP, reconhecido pela Ordem dos Enfermeiros (OE). O relatório objetiva a caracterização dos contextos da prática clínica especializada (internamento, respostas diferenciadas e comunitário), onde se desenvolveram os ensinos clínicos, a reflexão crítica sobre o desenvolvimento de competências especializadas, definidas pela OE tendo por base a evidência científica disponível, bem como o processo e os resultados obtidos com o desenvolvimento de um projeto de melhoria contínua da qualidade dos cuidados de enfermagem. Na Parte I apresentam-se os referenciais teóricos nos quais se baseou a minha prática, na Parte II são caracterizados os contextos da prática clínica, na Parte III são analisadas de forma crítico-reflexiva as atividades desenvolvidas relacionando-as com as competências comuns e específicas adquiridas, e na Parte IV detalha-se o projeto de melhoria contínua desenvolvido. Este último, seguiu a metodologia de projeto e tinha como objetivos: obter indicadores relativos às competências comunicacionais dos enfermeiros; promover a capacidade de gestão das emoções nos enfermeiros; e promover uma comunicação terapêutica eficaz entre os enfermeiros, submetidos ao plano de intervenção, e os utentes com insuficiência renal crónica sob hemodiálise, numa perspetiva de um cuidado centrado no doente. Foi definido um programa de intervenção de base socioterapêutica, com recurso a algumas atividades psicoterapêuticas e psicoeducacionais, composto por 8 sessões, que procurou responder à questão de investigação “Quais as competências comunicacionais promotoras de uma comunicação terapêutica eficaz num grupo de enfermeiros em Hemodiálise?”. Com a implementação do programa, em duas clínicas de hemodiálise, foram avaliadas dimensões da agressividade e da inteligência emocional, assim como observadas as competências comunicacionais dos enfermeiros, aquando do momento de conexão dos utentes. A intervenção resultou numa melhoria da componente sociocognitiva das emoções, mantendose a homogeneidade observada inicialmente em relação à agressividade. Apurou-se também uma maior utilização de técnicas de comunicação verbal e não verbal e verificou-se uma melhoria no valor terapêutico autónomo da comunicação. Atesta-se a influência da inteligência emocional nos processos comunicacionais. Verifica-se que enfermeiros com a componente sociocognitiva das emoções mais desenvolvida, e com maior empatia, estabelecem mais facilmente uma comunicação terapêutica eficaz.
- AOS OLHOS DE PICASSOPublication . Ermida, Ana Filipa Teixeira; Magueta, Lúcia Grave; Santos, Olga Maria Assunção Pinto dosO presente relatório apresenta o projeto «Aos Olhos de Picasso», que surge num contexto de intervenção artística através da expressão plástica e foi desenvolvido na instituição ‘Escola do Xisto’, em Alfena-Valongo. É um projeto voltado para pessoas com deficiência, em que as artes assumem o papel principal no desenvolvimento de competências pessoais e sociais. Aos verdadeiros olhos de Picasso, o mundo é humanamente imperfeito, sem formas certas de ser e de criar, onde a arte surge como uma forma de expressão de sentimentos e emoções e a sua obra é inspirada nos momentos marcantes da sua vida pessoal, traçada por fases sombrias (como a fase azul) e fases mais alegres (como a fase rosa). Este ideal que o pintor transpôs para a sua obra artística inspirou o projeto que teve concretização numa atividade de tempo integral desenvolvida na instituição. A arte surge neste projeto de intervenção como um possível veículo transformador no desenvolvimento pessoal e social deste público-alvo. Promover a comunicação através da linguagem artística, reconhecer sentimentos e emoções, potencializar a individualidade e a expressividade de cada indivíduo, são algumas das metas a serem alcançadas permanentemente para o grupo de participantes envolvidos. Para melhor compreender os efeitos das ações desenvolvidas com o projeto, foi realizado um estudo de caso, através do qual foi possível concluir que a expressão artística pode contribuir para o desenvolvimento integral da pessoa com deficiência, adquirindo autoconfiança, aperfeiçoando o seu sentido estético, de observação e de interpretação. A arte pode libertar e transformar, apresentando-se como um instrumento de descoberta para um caminho de autoconhecimento da pessoa com deficiência.
- Desenvolvimento de competências especializadas em Enfermagem Comunitária e de Saúde Pública - Uma revisão sistemática da literaturaPublication . Laranjo, Cíntia Bárbara; Louro, Maria Clarisse Carvalho MartinsIntrodução: O desenvolvimento da capacidade de regulação emocional incorpora as competência socioemocionais e permite que a criança compreenda, gira e expresse questões sociais e emocionais durante o seu ciclo de vida de forma bem sucedida. O sucesso académico é encarado como a relação qualidade/quantidade de trabalho efetuado durante o processo de aprendizagem com o alcance dos objetivos propostos. Este é intimamente influenciado pola capacidade de autorregulação emocional permite-lhes reconhecer as suas próprias emoções e a maneira mais adequada de lidar com elas e gerir de forma mais responsável a tomada de decisões, sejam relacionadas com a sua saúde ou com a sua vida. Objetivo: A presente revisão sistemática da literatura apresenta como objetivo geral a análise da relação entre a regulação emocional e o sucesso escolar em crianças. Método: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura de associação, com recursos à mnemónica PEO. A pesquisa de informação foi conduzida em bases de dados científicas de acesso reservado e de acesso livre, utilizando os descritores “Emotional regulation”, “Academic success” e “Child*” com o operador booleano “AND”. Resultados: Verificou-se que efetivamente o desenvolvimento de autorregulação emocional em crianças apresenta direta e/ou indiretamente influencia sobre o sucesso académico. Os estudos apontam que crianças na primeira infância com capacidade de autorregulação emocional apresentam melhores resultados académicos 3 anos mais tarde. Referem ainda que a regulação emocional está associada ao sucesso escolar por intermédio da regulação da ansiedade, da autoeficácia e da atividade física produzindo em todos melhores resultados académicos. Realçam ainda que crianças que sofrem adversidades tendem a não ostentar capacidade de autorregulação emocional e por consequência piores resultados académicos. Por fim, crianças com capacidade de autorregulação emocional influenciam outras crianças a desenvolver a própria capacidade de autorregulação emocional e alcance do sucesso académico. São descritas diversas estratégias que promovem o desenvolvimento da capacidade de autorregulação emocional que acarretam benefícios no desenvolvimento escolar, nomeadamente na concentração, na atenção, na captação e interpretação assim como na obtenção de melhores resultados. Conclusão: O desenvolvimento da capacidade de autorregulação em crianças deve ser iniciado na primeira infância de forma que iniciem a educação formal munidas de estratégias benéficas para obterem sucesso académico, e deve ser mantida paralelamente à progressão do ensino.
- Jornada reflexiva em educação de infânciaPublication . Marques, Mariana Ferreira; Correia, Sónia Cristina Lopes; Leal, Rita Alexandra BettencourtO presente relatório de prática de ensino supervisionada foi construído no âmbito do Mestrado em Educação Pré-Escolar, realizado na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria nos anos letivos 2022/2023 e 2023/2024. Visa refletir sobre as vivências experienciadas ao longo das três práticas pedagógicas que compõem o plano de estudos e apresentar um estudo relativo às interações estabelecidas durante a brincadeira com materiais de fim aberto. A prática pedagógica decorrida em contexto de creche permitiu refletir sobre a importância da observação, da rotina e da planificação no quotidiano das crianças e do adulto. Associado à descoberta de pedagogias socioconstrutivistas, foi possível transformar a imagem de criança que existia dentro de mim até aí, passando a olhar a criança como um ser capaz e com um papel ativo no seu desenvolvimento. A prática pedagógica desenvolvida em contexto de jardim de infância I permitiu reconhecer a importância da comunicação entre a equipa educativa. Por sua vez, esta deu origem a um crescimento pessoal e profissional significativo, na medida em que foi possível construir conhecimento ao nível do currículo emergente, da documentação pedagógica, do portefólio e, por fim, do papel do espaço no jardim de infância. Por sua vez, a prática pedagógica realizada em contexto de jardim de infância II originou uma reflexão acerca do respeito pelo tempo da criança e do adulto, dos momentos em grande grupo, bem como o processo de autoformação. Destaca-se como principal aprendizagem a importância de adotar práticas diferenciadoras, visando o desenvolvimento integral da criança, lembrando sempre o prazer de ser criança. O estudo de natureza qualitativa referente às interações estabelecidas por 8 crianças de 4 e 5 anos durante a brincadeira com materiais de fim aberto foi desenvolvido no contexto de jardim de infância I, visando (i) identificar e analisar as interações estabelecidas, (ii) procurar semelhanças e/ou diferenças entre as interações estabelecidas pelas crianças de 4 anos e pelas crianças de 5 anos e (iii) refletir sobre o papel dos materiais de fim aberto no estabelecimento de interações. A recolha de dados ocorreu através da observação e captação de registos videográficos em três sessões de brincadeiras com materiais de fim aberto (caixas de cartão, fitas, fios, cordões e figuras geométricas plásticas). Os resultados obtidos demonstram que as crianças privilegiaram as interações entre pares durante as suas brincadeiras, sendo estas acompanhadas pelas interações com os objetos. Constata-se também que as crianças de 5 anos estabeleceram mais interações do que as crianças de 4 anos, sendo que os tipos de materiais de fim aberto disponibilizados também influenciaram as interações estabelecidas.