ESECS - Mestrado em Educação Especial - Domínio Cognitivo-Motor
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing ESECS - Mestrado em Educação Especial - Domínio Cognitivo-Motor by Title
Now showing 1 - 10 of 80
Results Per Page
Sort Options
- Abordagem genológica em contexto de jardim-de-infância e crianças com perturbações da comunicação: alargar o círculo de inclusãoPublication . Prino, Cláudia Sofia Reis Pinto Gonçalves; Barbeiro, Luís Filipe TomásO presente estudo incidiu sobre as potencialidades de estratégias inspiradas na pedagogia genológica no contexto de uma sala de educação de infância, crianças com idades compreendidas entre os dois, três e quatro anos, incluindo crianças com perturbações da comunicação. Pretendeu-se observar o contributo destas estratégias, para, com um propósito inclusivo, promover o sucesso alargado na aprendizagem relacionada com as histórias e outros géneros textuais. O estudo foi realizado numa perspetiva de investigação-ação. Contrastaram-se a abordagem pedagógica habitualmente seguida pela educadora com a introdução de estratégias genológicas. Os dados foram recolhidos através de gravação das sessões e do diário de bordo da educadora. Os resultados obtidos revelaram um incremento da participação e do sucesso das intervenções das crianças, incluindo das crianças com perturbações da comunicação, que se aproximaram do nível alcançado pelas restantes crianças. O recurso à pedagogia genológica alterou positivamente a sua compreensão e participação e melhorou as suas atitudes e comportamento. Foram, assim, alargados os círculos de inclusão por meio de atividades dirigidas a todo o grupo. Tornou-se evidente o alargamento do sucesso envolvendo todas as crianças, com reflexos ao nível de atitudes e comportamento, mas também implicando a participação e o desenvolvimento de competências de compreensão ligadas à leitura (audição) de histórias e de outros géneros textuais.
- Acompanhamento e apoio individual diário em crianças com autismo na educação pré-escolarPublication . Carreira, Adriana Maria Paulo; Fonseca, Marta Sofia Abreu daO presente relatório intitulado “Acompanhamento e apoio individual diário em crianças com autismo na educação pré-escolar” insere-se no âmbito do Mestrado de Educação Especial – Domínio Cognitivo-Motor, da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria. O estudo pretende entender de que forma é que o acompanhamento e o apoio individual diário de assistentes operacionais – auxiliares de ação educativa – contribuem para o desenvolvimento nas crianças com perturbação do espetro do autismo em educação pré-escolar, de acordo com a perceção dos educadores de infância, professores de educação especial e assistentes operacionais. Os objetivos do estudo são descrever as ações de assistentes operacionais para com as crianças com autismo em salas de educação pré-escolar, identificar a necessidade de assistentes operacionais no acompanhamento e apoio para com crianças com autismo em educação pré-escolar, analisar o contributo de assistentes operacionais no desenvolvimento das crianças com autismo em educação pré-escolar, de acordo com a perceção dos educadores de infância, professores de educação especial e assistentes operacionais e valorizar a função de assistente operacional no acompanhamento e apoio individual da criança com autismo em salas de educação pré-escolar. A metodologia utilizada seguiu uma abordagem qualitativa, considerando-se um estudo de caso, em que se utilizou a pesquisa qualitativa e inquéritos por entrevista, mais especificamente, entrevistas semiestruturadas. A recolha de dados foi realizada em escolas de educação pré-escolar, ao pessoal docente e não docente, que se encontrava em interação com as crianças com perturbação do espetro do autismo, pertencentes a um agrupamento da Região Centro de Portugal. Os resultados do estudo demonstram que as assistentes operacionais - auxiliares de ação educativa -, realizam trabalho de acompanhamento e auxílio a todas as crianças numa vertente evolutiva da autonomia e independência das crianças. Quando têm o papel de assistente de acompanhamento e apoio individual a crianças com perturbação do espetro do autismo trabalham em parceria com os educadores de infância e o docente de educação especial. É analisado a necessidade destes profissionais na resposta às particularidades das crianças com autismo, principalmente quando pertencentes a grupos numerosos. Também se verificou que a presença deste profissional de apoio individual transmite segurança e confiança, é essencial em momentos do dia-a-dia, contribui na socialização e no auxílio em atividades externas. Os participantes do estudo demonstram relevância ao ter estes profissionais ao seu lado no trabalho de educação e intervenção com as crianças com perturbação do espetro doa autismo, destacando-se a importância de formação específica e perfil adequado.
- ADAPTAÇÃO DE RECURSOS EDUCATIVOS DE CIÊNCIAS PARA CRIANÇAS SURDAS DO 1.º CEBPublication . Batista, Carolina Beatriz Santos Carvalho; Oliveira, Ana Margarida FernandesO ensino das Ciências, desde os primeiros anos de escolaridade, deve assumir características particulares capazes de contribuir para o desenvolvimento da literacia científica de todas as crianças. Esta necessidade é extensível também às crianças surdas, para as quais é fundamental adaptar recursos educativos. É neste sentido que surge o presente estudo, em colaboração com o projeto “Programa de Ensino Experimental das Ciências” para o 1.º Ciclo do Ensino Básico. Definiu-se como objetivo principal adaptar, testar e avaliar recursos educativos de ciências com Língua Gestual Portuguesa. Através do método Educational Design Research, constituiu-se uma equipa multidisciplinar, nomeadamente, um biólogo, uma professora surda de Língua Gestual Portuguesa, uma investigadora de Didática das Ciências, as professoras em contexto escolar (a professora titular de turma, a professora de Língua Gestual Portuguesa e professora de Educação Especial) e as respetivas crianças, que colaboraram no desenvolvimento e implementação destes recursos, através de ciclos iterativos. Este estudo contou com a participação de três crianças do 1.º Ciclo de uma Escola de Referência para a Educação Bilingue de Alunos Surdos da rede pública do Ministério da Educação. Adaptaram-se recursos educativos de sete atividades de ciências biológicas, nomeadamente, 220 cartas, 35 bases, 35 cartazes, 8 propostas de registo e ainda se criou um dicionário de ciências ilustrado e gestuado, com mais de 250 cartões. A intervenção ocorreu ao longo de cinco semanas, com sessões com duração de duas horas e 30 minutos. Para efeitos da monitorização das aprendizagens das crianças, registaram-se as suas ideias prévias relativas aos temas abordados e preencheram-se os instrumentos de registo de avaliação. Também se utilizou o inquérito por questionário para averiguar a opinião das crianças e professoras participantes. Os resultados revelam que as crianças participantes aprenderam ciências e Língua Gestual Portuguesa com as sessões dinamizadas e através dos recursos criados e adaptados. Quanto à opinião das crianças participantes, estas referem que se sentiram alegres após cada sessão. As professoras cooperantes admitiram as possibilidades educativas destes recursos para o ensino inclusivo, referindo serem um auxílio importante para as suas práticas neste contexto. Desta forma, entende-se que este estudo é um contributo importante para um ensino inclusivo, em particular na área das ciências, disponibilizando-se recursos validados e de livre acesso com o objetivo de assegurar uma aprendizagem de ciências com qualidade e acessível a todas as crianças.
- Adaptação e Inclusão Académica de Alunos Estrangeiros Hispano-falantes: para além da (Inter)compreensão de LínguasPublication . Araya, Esteban Adrian Cáceres; Santos, Maria João Sousa Pinto dos; Barbeiro, Luís Filipe TomásA presente investigação incide nas experiências de estudantes hispano-falantes, em relação à sua adaptação e inclusão numa instituição do ensino superior portuguesa, no quadro da intercompreensão linguística (IC) entre espanhol e português. Quando as línguas em contacto são bastante semelhantes, como é o caso do espanhol e do português, a proximidade linguística constitui um fator que potencia a (inter)compreensão. Contudo, ainda há outros fatores fulcrais que podem favorecer ou dificultar o processo de adaptação durante o percurso académico. Fatores psicológicos, sociais e afetivos tornam-se relevantes quando surgem dificuldades durante o processo de aprendizagem e inclusão, quer considerando quer o contexto académico, quer o contexto social. Este estudo teve como objetivos caracterizar o processo de adaptação e inclusão dos estudantes hispano-falantes, identificar dificuldades e estratégias ativadas para as superar e caracterizar do grau de consecução comunicativa percecionado pelos próprios, tendo por base a intercompreensão entre o espanhol e o português. A amostra não probabilística, sendo constituída por seis estudantes do Equador, que frequentam cursos de licenciatura na instituição portuguesa e já têm um ano de experiência neste contexto académico. Anteriormente, tinham conhecimentos da língua portuguesa. A investigação apresenta um caráter qualitativo, sob um paradigma descritivo-interpretativo, concretizado através de um estudo de casos múltiplos, por meio de entrevistas individuais semiestruturadas. Os resultados da análise colocam em relevo a existência de dificuldades de adaptação ao contexto académico e a perceção de pouca ou nenhuma inclusão fora do contexto curricular, tanto por parte dos colegas como dos professores. Também salientam a realização de conquistas no plano pessoais, designadamente maior independência, autodisciplina, auto-organização e regulação emocional. No domínio linguístico, a pronúncia e a gramática emergem como os domínios em que os sujeitos percecionam maiores dificuldades.
- Ansiedade e autoconceito em crianças com dislexiaPublication . Lourenço, Mariana Neves; Fonseca, Marta Sofia Abreu daO presente projeto parte de uma problemática designada de perturbação de aprendizagem específica ao nível da leitura, mais concretamente a dislexia. Nas últimas décadas, esta perturbação, associada ao insucesso escolar, tem sido o foco de alguns estudos derivados da controvérsia que existe sobre a sua origem e as suas causas. A literatura existente remete para valores elevados de ansiedade e um baixo autoconceito como variáveis que interferem na aprendizagem em alunos que estão inseridos num processo de ensino dito normal. Por considerar pertinente o tema, esta investigação tem como objetivo analisar as diferenças da ansiedade e do autoconceito em crianças e adolescentes com e sem perturbação de aprendizagem específica (PAE). A amostra do estudo envolve 31 crianças e adolescentes, sendo 20 raparigas (64,5%) e 11 rapazes (35,5%), com idades compreendidas entre os 10 e os 15 anos (M=12,55 anos; DP=1,41), das quais 22 com perturbação de aprendizagem específica (M=13,44 anos; DP=2,35) e 11 sem perturbação de aprendizagem específica (M=12,18 anos; DP=0,50). Os instrumentos de avaliação utilizados são: um Questionário Sociodemográfico; o State-Trait Anxiety Inventory for Children (STAIC, Matias, 2004) e a Escala de Autoconceito de Piers-Harris para Crianças (PHCSCS-2, Veiga, 2006). Os resultados obtidos neste estudo indicam existir diferenças estatisticamente significativas na ansiedade e no autoconceito entre os dois grupos em estudo, no entanto as crianças e adolescentes com PAE apresentam menos ansiedade-estado e um autoconceito menos elevado do que as crianças e adolescentes sem PAE. É de referir também que se verificam correlações positivas entre a ansiedade-estado e o autoconceito em ambos os grupos, podendo manifestar-se em situações consideradas como desconhecidas ou não familiares. Para além dessas, o grupo sem PAE apresenta uma correlação negativa entre a ansiedade-traço e o autoconceito, no domínio da popularidade, demonstrando assim a relevância do autoconceito na vida do sujeito. Os resultados permitem concluir que as crianças e adolescentes com PAE são mais ansiosas e têm um autoconceito mais baixo, em relação às crianças e adolescentes sem PAE. Apesar deste estudo evidenciar algumas limitações, contribui para o desenvolvimento do conhecimento sobre a ansiedade e o autoconceito em crianças e adolescentes com dislexia, comparativamente com crianças e adolescentes sem esta problemática.
- Aptidão física, competência motora e qualidade de vida em jovens com DIDPublication . Cosme, Vânia Patrícia Franco; Antunes, Raúl de Sousa Nogueira; Matos, Rui Manuel Neto eO comportamento sedentário é uma característica da população portuguesa e contribui para que seja considerada a mais sedentária da Europa, com cerca de 73% dos inquiridos a referir nunca praticarem atividade física regular. Esta realidade também se verifica em pessoas com DID e, tal como na população normativa, tem repercussões negativas na saúde física, mental, psicológica e qualidade de vida destas pessoas. Face ao exposto, o presente estudo tem como objetivo analisar o efeito de um programa de intervenção de 8 semanas, baseado na modalidade de futebol, ao nível da aptidão física, competência motora e qualidade de vida de pessoas com DID. A amostra foi constituída por 27 participantes com DID, com idades compreendidas entre os 17 e os 54 anos (M = 31,81 ± 11,50), e posteriormente dividida em grupo experimental (n = 10; M = 25,90 ± 8,02) e de controlo (n = 17; M= 31,29 ± 11,99). Todos os participantes do estudo foram avaliados antes e depois da intervenção, com o objetivo de verificar a existência alterações nas variáveis estudadas. Para o efeito foram aplicados os seguintes testes: força de preensão manual com recurso ao dinamómetro (ACSM, 2021) e teste sentar e levantar da bateria de testes de Fullerton (Rikli & Jones, 1999), para avaliar a aptidão física; Wall Drop Punt Kick & Catch - WDPK&C (Matos et al., 2021) e 3 subtestes do Motor Competence Assessment - MCA (Rodrigues et al., 2022) para avaliar a competência motora e, para avaliar a Qualidade de Vida, Escala Pessoal de Resultados (EPR) – autorrelato (Simões et al., 2017). Os resultados obtidos revelam a existência de diferenças significativas e positivas nas variáveis aptidão física - teste sentar levantar; competência motora – salto lateral; Qualidade de Vida – domínio participação social, domínio bem-estar e Índice Global Id e competência motora – saltos laterais, permitindo afirmar que o programa de intervenção de 8 semanas teve impacto nas melhorias verificadas. Concluímos por isso que o acesso à prática desportiva regular por parte de pessoas com DID, nomeadamente a prática da modalidade de futebol, parece ter um efeito positivo nas variáveis aptidão física, competência motora e qualidade de vida, e pode contribuir para a inclusão e participação destas pessoas na sociedade.
- Benefícios da Dança no desenvolvimento integral de um indivíduo com Síndrome de DownPublication . Sousa, Ângela Margarida de; Pereira, Maria Isabel Varregoso Rebetim; Barroso, Marisa Daniela FernandesAtravés da prática de dança poderão ocorrer melhorias em aspetos motores, aumento da auto estima, bem como, da independência funcional e relação a nível social. A dança pode ter influência física e intelectual nos indivíduos com Síndrome de Down e a dança pode ser um facilitador de desenvolvimento que ajuda a melhorar a qualidade de vida de um individuo com deficiência e a ultrapassar as limitações inerentes à problemática. O presente estudo teve como objetivo central perceber quais são os benefícios e qual a importância que a dança tem, especificamente, ao nível do desenvolvimento integral de um individuo com Síndrome de Down. É um estudo de caso, cuja unidade de análise recai sobre uma amostra única, um sujeito do sexo feminino com dezoito anos de idade, com Síndrome de Down que frequenta um centro atividades ocupacionais de uma instituição pública de educação especial. De forma a garantir a fiabilidade das interpretações do investigador e consequentemente que o estudo pudesse contribuir para o aumento de reflexões sobre o tema, optou-se por utilizar diversas fontes de dados, gerando-se condições para a sua triangulação. Realizou-se a entrevista semiestruturada ao sujeito com Síndrome de Down, aplicou-se o inquérito por questionário a dez técnicos da Instituição, à professora de dança e aos pais do sujeito e recorreu-se à análise de documentos. Conclui-se que a dança trouxe benefícios ao nível do desenvolvimento integral do individuo com Síndrome de Down. Os benefícios evidenciados pelo indivíduo prendem-se com o domínio emocional (calma, segurança, prazer e descoberta). Os pais evidenciam o domínio afetivo (expressão, controlo de impulsividade e a afectividade positiva), a professora de dança e os técnicos evidenciam o domínio social (companheirismo, da integração social e relação interpessoal) e o domínio emocional (bem-estar, efetividade positiva e a espontaneidade), como os mais trabalhados ao nível do seu desenvolvimento integral. Todos os intervenientes do estudo evidenciaram que a dança contribuiu para a melhoria de qualidade de vida do indivíduo praticante, do seu bem estar e promoveu a sua inclusão na Instituição.
- Caminhos trilhados pelos estudantes egressos com altas habilidades/superdotação do distrito federal, após o atendimento educacional especializado.Publication . Nogueira, Priscila Eduardo de Oliveira; Santos, Olga Maria Assunção Pinto dosO Atendimento Educacional Especializado para Estudante com Altas Habilidades/Superdotação é um serviço gratuito, de caráter suplementar, ofertado em Sala de Recursos específica pela Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal. Recebe o estudante da Educação Infantil até ao fim do Ensino Médio, quando termina o vínculo escolar com esse indivíduo. Um questionamento recorrente, entre os profissionais que atuam na área, recai sobre as atividades do estudante egresso na vida adulta e o quanto sua escolha por um curso superior e/ou campo de atuação profissional sofreu, ou não, a influência do atendimento em Sala de Recursos. Estas dúvidas diárias moldaram o presente estudo, para o qual, foram traçados três objetivos: (i) Analisar o percurso de vida dos estudantes egressos do Atendimento Educacional Especializado ao Estudante com Altas Habilidades/ Superdotação, que receberam atendimento nas Salas de Recursos que fazem parte da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, quanto às suas atividades acadêmicas e/ou profissionais; (ii) Identificar oportunidades e/ou dificuldades encontradas por esses indivíduos no ingresso e desenvolvimento de suas atividades acadêmicas e/ou profissionais ligadas às suas áreas de atendimento em Sala de Recursos de Altas Habilidades/Superdotação e (iii) Avaliar a percepção dos estudantes egressos do Atendimento Educacional Especializado ao Estudante com Altas Habilidades/Superdotação, quanto à motivação intrínseca ou extrínseca que os moveram para ação e desempenho de suas atividades acadêmicas e/ou profissionais. Foi realizada uma pesquisa de métodos mistos, com abordagem qualitativa e quantitativa. A recolha de dados ocorreu entre os meses de fevereiro e março de 2021 e teve a participação de 40 indivíduos. Dos resultados, importa ressaltar que, de acordo com a percepção dos estudantes egressos, a Sala de Recursos – primeiro através das vivências que proporciona, depois, através da figura do(a) professor(a), muito contribuiu para as definições acadêmicas e profissionais, por representar um espaço que impulsiona talentos, sonhos e realizações, nas vidas dos estudantes que por lá passam.
- O comportamento interpessoal do professorPublication . Moniz, Lucília Maria da Silva; Barata, Clarinda Luísa FerreiraA relação pedagógica entre alunos e professores desperta desde sempre enorme interesse, mostram esse interesse os inúmeros estudos já publicados. Podemos referir que este interesse advém da importância que esta relação tem no sucesso dos alunos. Optámos por analisar a perceção de alunos do 9.º ano de escolaridade, de uma Instituição de Ensino Particular e Cooperativo, têm em relação às caraterísticas facilitadoras para a sua aprendizagem. A presente investigação usou o mesmo instrumento de recolha de dados, o Q.I.P, da tese da Sandra Silveirinha (2016) e alguns dos dados obtidos foram comparados com este trabalho com o título “O Comportamento Interpessoal do Professor – Perceção dos Alunos de um Agrupamento de Escolas do Ensino Básico”. Assim, foi formulada a seguinte questão de partida: “Na perceção dos alunos, quais as caraterísticas facilitadoras da aprendizagem devem ter os professores?” Este estudo pretende dar-nos a perspetiva, de um grupo de alunos, sobre as caraterísticas dos professores que podem potencializar a aprendizagem, numa ótica de sucesso académico. O trabalho realizado é do tipo quantitativo e não-experimental. Nele participaram 37 alunos, de duas turmas. Não foi realizado o inquérito à totalidade dos alunos devido ao aparecimento súbito da pandemia, o que inviabilizou a realização da totalidade dos inquéritos. Para a recolha de dados utilizamos o inquérito por questionário, que é um instrumento de análise quantitativo. Os resultados obtidos permitem ter uma visão ampla, e na perspetiva dos alunos, das caraterísticas potencializadoras para o sucesso escolar, que os professores devem ter. O processo de ensino-aprendizagem é muito complexo e envolve variantes várias e também elas muito complexas. Realçar que os alunos chegam à escola trazendo consigo conhecimentos adquiridos no seio familiar, sendo este contexto o primeiro a transmitir conhecimentos. Mas outros têm igualmente importância, os seus pares, o contexto escolar já frequentado e não devem ser ignorados. Este deve ser o ponto de partida de qualquer professor, perspetivar, planificar para ir ao encontro das necessidades tendo em conta que cada aluno é único. O lado afetivo é extremamente importante. O estilo de liderança a ser adotado e determinante na motivação e posteriormente refletido no desempenho académico. E na forma como os alunos encarem a aprendizagem e se veem envolvidos.
- O Comportamento Interpessoal do Professor – Perceção dos Alunos de um Agrupamento de Escolas do Ensino BásicoPublication . Silveirinha, Sandra Sofia Rafael; Santos, Maria João Sousa Pinto dosQuando a criança chega à sala de aula, já traz consigo uma «bagagem» de comportamentos aprendidos no contexto familiar, nas interações com professores anteriores, com pares, ou noutros contextos em que se encontra inserida. Essa diversidade de comportamentos espelha-se no conjunto de alunos que constituem uma turma, os quais assumem características específicas que, por vezes, determinam a sua sinalização para intervenção psicoterapêutica, e que se encontram num mesmo contexto de sala de aula, em que outros alunos, não sinalizados para a referida intervenção, também estão. Por outro lado, os fatores afetivos e o estilo de liderança adotados pelo professor exercem um papel determinante na motivação, no desempenho académico e na forma como os alunos encaram a aprendizagem. Este estudo remete-nos para as principais perspetivas teóricas em torno do desenvolvimento e da aprendizagem, para o conceito de vinculação e socialização e para os diferentes estilos educativos. Abordamos também a importância da gestão de sala de aula e de adotar práticas pedagógicas baseadas no reforço positivo, promotoras do desenvolvimento de perceções positivas por parte dos alunos, relativamente ao professor. Estas são uma mais-valia neste processo, constituindo uma alavanca para a aprendizagem, fazendo a diferença na perceção entre um professor «facilitador», exímio na arte de promover as capacidades de um aluno e um professor considerado «obstáculo», capaz de o demover das suas realizações e expetativas. A presente investigação é do tipo quantitativo, não-experimental, na qual participaram 48 alunos, distribuídos por duas categorias (13 alunos sinalizados para avaliação psicoterapêutica e 35 alunos não sinalizados para avaliação psicoterapêutica). vi Na recolha de dados foram utilizados instrumentos qualitativos (análise documental dos relatórios técnico pedagógicos, programas educativos individuais e relatórios psicológicos dos alunos) e quantitativos (inquéritos por questionário), utilizando-se, portanto, a triangulação de métodos, a qual permitiu um descrição mais completa do fenómeno em estudo. Os resultados obtidos permitem concluir que, se tivermos em consideração as dimensões ou subescalas do questionário da interação do professor, existem diferenças na perceção da relação interpessoal com o professor entre alunos sinalizados e não sinalizados para intervenção psicoterapêutica.