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- Ansiedade e autoconceito em crianças com dislexiaPublication . Lourenço, Mariana Neves; Fonseca, Marta Sofia Abreu daO presente projeto parte de uma problemática designada de perturbação de aprendizagem específica ao nível da leitura, mais concretamente a dislexia. Nas últimas décadas, esta perturbação, associada ao insucesso escolar, tem sido o foco de alguns estudos derivados da controvérsia que existe sobre a sua origem e as suas causas. A literatura existente remete para valores elevados de ansiedade e um baixo autoconceito como variáveis que interferem na aprendizagem em alunos que estão inseridos num processo de ensino dito normal. Por considerar pertinente o tema, esta investigação tem como objetivo analisar as diferenças da ansiedade e do autoconceito em crianças e adolescentes com e sem perturbação de aprendizagem específica (PAE). A amostra do estudo envolve 31 crianças e adolescentes, sendo 20 raparigas (64,5%) e 11 rapazes (35,5%), com idades compreendidas entre os 10 e os 15 anos (M=12,55 anos; DP=1,41), das quais 22 com perturbação de aprendizagem específica (M=13,44 anos; DP=2,35) e 11 sem perturbação de aprendizagem específica (M=12,18 anos; DP=0,50). Os instrumentos de avaliação utilizados são: um Questionário Sociodemográfico; o State-Trait Anxiety Inventory for Children (STAIC, Matias, 2004) e a Escala de Autoconceito de Piers-Harris para Crianças (PHCSCS-2, Veiga, 2006). Os resultados obtidos neste estudo indicam existir diferenças estatisticamente significativas na ansiedade e no autoconceito entre os dois grupos em estudo, no entanto as crianças e adolescentes com PAE apresentam menos ansiedade-estado e um autoconceito menos elevado do que as crianças e adolescentes sem PAE. É de referir também que se verificam correlações positivas entre a ansiedade-estado e o autoconceito em ambos os grupos, podendo manifestar-se em situações consideradas como desconhecidas ou não familiares. Para além dessas, o grupo sem PAE apresenta uma correlação negativa entre a ansiedade-traço e o autoconceito, no domínio da popularidade, demonstrando assim a relevância do autoconceito na vida do sujeito. Os resultados permitem concluir que as crianças e adolescentes com PAE são mais ansiosas e têm um autoconceito mais baixo, em relação às crianças e adolescentes sem PAE. Apesar deste estudo evidenciar algumas limitações, contribui para o desenvolvimento do conhecimento sobre a ansiedade e o autoconceito em crianças e adolescentes com dislexia, comparativamente com crianças e adolescentes sem esta problemática.
- Potencial do software BoardMaker na mediação pedagógica do erro e promoção de competências de comunicação funcionalPublication . Lima, Lenilda Pereira; Rodrigues, Filipa Alexandra dos Reis Machado; Santos, Filipe Alexandre da SilvaAs capacidades de leitura são indispensáveis na garantia de igualdade e equidade, garantindo oportunidades de aprendizagem ao longo da vida e proporcionando, assim, a inclusão. Torna-se, por isso, necessário estabelecer junto de alunos com Necessidade Educativas Específicas, estratégias de apoio ao estudo que promovam a literacia, auxiliando nas dificuldades de leitura. A presente investigação tem como objetivo analisar a eficácia de estratégias baseadas na exploração de um software de comunicação aumentativa como forma promover competências de comunicação funcional. Fundamentamos o processo de Investigação-Ação em referências teóricas no campo da mediação do erro ortográfico, dimensão incontornável no processo de construção e promoção da leitura /escrita, buscando concretizar o objetivo proposto. Para a presente intervenção foi utilizado o software Boardmaker e a funcionalidade específica da “escrita fácil”, com vista à promoção escrita através do recurso a símbolos do sistema pictográfico de comunicação do próprio software. O processo de recolha de dados baseou-se na consulta de documental, observação direta, dados da intervenção como o registo em grelhas de observação, e diário de bordo. O processo de tratamento de dados foi realizado recorrendo à técnica de Análise de Conteúdo, quer dos dados resultantes do registo da investigadora, quer do material produzido pelo aluno durante a I-A, em específico, na utilização do BoardMaker nas propostas realizadas. Com base nos resultados da I-A, constatamos que o software de comunicação aumentativa selecionado contribuiu significativamente na capacidade de comunicação funcional do participante, nomeadamente no aumento da estima, aumento da criatividade na resolução de problemas na produção escrita, implicação no nível de concentração durante a realização das propostas, aquisição de vocabulário e início da realização de autocorreção a nível ortográfico, com autonomia, tomando consciência do erro. Percecionamos que a abordagem teórica no campo da mediação do erro ortográfico foi eficaz na resposta às dificuldades de leitura e escrita junto do caso específico em estudo, reduzindo globalmente os erros ortográficos na sua produção escrita, abordagem potenciada pelo apoio do software BoardMaker, demonstrando que quanto mais sistematizada for a intervenção, melhores serão os resultados. Consideramos que se trata de uma pesquisa que não esgota nas atividades planificadas, mas que trará benefícios para aprendizagens futuras. Esta comprovação, justifica a pertinência deste estudo.