ESECS - Mestrado em Educação Especial - Domínio Cognitivo-Motor
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Browsing ESECS - Mestrado em Educação Especial - Domínio Cognitivo-Motor by advisor "Antunes, Raúl de Sousa Nogueira"
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- Aptidão física, competência motora e qualidade de vida em jovens com DIDPublication . Cosme, Vânia Patrícia Franco; Antunes, Raúl de Sousa Nogueira; Matos, Rui Manuel Neto eO comportamento sedentário é uma característica da população portuguesa e contribui para que seja considerada a mais sedentária da Europa, com cerca de 73% dos inquiridos a referir nunca praticarem atividade física regular. Esta realidade também se verifica em pessoas com DID e, tal como na população normativa, tem repercussões negativas na saúde física, mental, psicológica e qualidade de vida destas pessoas. Face ao exposto, o presente estudo tem como objetivo analisar o efeito de um programa de intervenção de 8 semanas, baseado na modalidade de futebol, ao nível da aptidão física, competência motora e qualidade de vida de pessoas com DID. A amostra foi constituída por 27 participantes com DID, com idades compreendidas entre os 17 e os 54 anos (M = 31,81 ± 11,50), e posteriormente dividida em grupo experimental (n = 10; M = 25,90 ± 8,02) e de controlo (n = 17; M= 31,29 ± 11,99). Todos os participantes do estudo foram avaliados antes e depois da intervenção, com o objetivo de verificar a existência alterações nas variáveis estudadas. Para o efeito foram aplicados os seguintes testes: força de preensão manual com recurso ao dinamómetro (ACSM, 2021) e teste sentar e levantar da bateria de testes de Fullerton (Rikli & Jones, 1999), para avaliar a aptidão física; Wall Drop Punt Kick & Catch - WDPK&C (Matos et al., 2021) e 3 subtestes do Motor Competence Assessment - MCA (Rodrigues et al., 2022) para avaliar a competência motora e, para avaliar a Qualidade de Vida, Escala Pessoal de Resultados (EPR) – autorrelato (Simões et al., 2017). Os resultados obtidos revelam a existência de diferenças significativas e positivas nas variáveis aptidão física - teste sentar levantar; competência motora – salto lateral; Qualidade de Vida – domínio participação social, domínio bem-estar e Índice Global Id e competência motora – saltos laterais, permitindo afirmar que o programa de intervenção de 8 semanas teve impacto nas melhorias verificadas. Concluímos por isso que o acesso à prática desportiva regular por parte de pessoas com DID, nomeadamente a prática da modalidade de futebol, parece ter um efeito positivo nas variáveis aptidão física, competência motora e qualidade de vida, e pode contribuir para a inclusão e participação destas pessoas na sociedade.
- EDUCAR PARA A INCLUSÃO ATRAVÉS DA MOTRICIDADE: IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO "JOGAMOS TUDO, BRINCAMOS TODOS" EM CONTEXTO DO PRÉ-ESCOLARPublication . Sales, Inês Chaves Nunes de Matos; Antunes, Raúl de Sousa Nogueira; Oliveira, Ana Margarida Fernandes deA inclusão de crianças com deficiência nas escolas nem sempre é um processo fácil, mas se forem as crianças sem deficiência a passar por alguns constrangimentos sentidos pelas crianças com deficiência, a sensibilidade poderá ser outra. No projeto apresentado, procurou-se avaliar a predisposição de um grupo de crianças de idade pré-escolar para atitudes de inclusão face a crianças com deficiência, bem como a perceção de competências que as crianças tinham acerca das crianças com deficiência. Para tal foi elaborado um programa de 8 sessões, ao longo de 8 semanas, baseado em jogos motores adaptados, com a duração de 45 minutos cada sessão. Participaram no programa 13 crianças com idades entre os 5 e 6 anos, das quais 7 eram do sexo masculino e 6 do sexo feminino. Nestas sessões as crianças, através de uma história, conheceram uma personagem que, ao longo das semanas, encontrou várias crianças com deficiência e foi tentando arranjar jogos que pudessem ser jogados por todas. Este foi o mote para os jogos de cada uma das sessões onde as crianças passaram pela experiência de não ver, de não ouvir, de não andar ou de não mexer um braço, enquanto faziam os jogos propostos. Para avaliar o impacto do programa nas dimensões pretendidas, nomeadamente “atitudes de inclusão” e “perceção de competências”, realizou-se previamente um questionário a cada criança com questões relacionadas com as duas dimensões a avaliar e, no final do programa, voltou a repetir-se o mesmo questionário individual. Os resultados deste projeto revelaram melhorias (com significância estatística) em ambas as dimensões, entre os momentos pré e pós intervenção. Parece-nos que, com este projeto, em idades precoces, o jogo lúdico-motor adaptado pode ser uma estratégia eficaz para promover uma melhor perceção sobre as competências de crianças com deficiência, bem como para potenciar a sua predisposição para desenvolver atitudes de inclusão.
- A motricidade e a promoção de autonomia: projeto piloto em contexto de pré-escolarPublication . Gomes, Sara João de Freitas Castelão Lopes da Piedade; Oliveira, Ana Margarida Fernandes de; Antunes, Raúl de Sousa NogueiraA diversidade existente nas escolas apela à adoção de práticas inclusivas e equitativas. A valorização da participação dos alunos no processo educativo e de o basear nos seus interesses, é a chave para as práticas diferenciadas. No pré-escolar importa partir das atividades naturais da infância, promotoras de um desenvolvimento holístico para todas as crianças. Surge assim a motricidade, como meio para promover o seu desenvolvimento integral e, em particular, a autonomia, por ser nesta fase que se inicia a sua construção. A autonomia é uma capacidade essencial para todas as crianças, indispensável para a sua vida futura e para a sua participação na sociedade. Este projeto integra os temas Inclusão, Motricidade e Autonomia, e tem como principal objetivo perceber qual o contributo da motricidade, em particular dos jogos motores, no desenvolvimento da autonomia das crianças do pré-escolar, com ou sem necessidades específicas. Participou no estudo um grupo de 18 crianças, com uma média de idades de 4,5 anos, de uma escola da rede pública do Ministério da Educação. Foi implementado e testado um programa de intervenção baseado em jogos motores, com o objetivo de promover a autonomia das crianças. O programa teve a duração de 2 meses, com uma sessão de 45 minutos por semana. Foi avaliada, com um inquérito elaborado para o efeito, a autonomia das crianças, no momento pré e pós intervenção. Avaliou-se, ao longo da intervenção, a satisfação das crianças com as sessões. Como resultados principais, destacam-se melhorias na autonomia de todas as crianças e a elevada satisfação das crianças com o programa. A participação das crianças, com e sem necessidades específicas, em todo o programa, evidenciam a utilização de práticas diferenciadas que permitiram a inclusão de todos neste processo, onde cada um deu o seu contributo para o sucesso de todos
- Peças soltas que unem - Materiais não estruturados como potenciadores de cooperação num grupo de crianças do pré-escolarPublication . Marques, Regina; Oliveira, Ana Margarida Fernandes de; Antunes, Raúl de Sousa NogueiraO Projeto “Peças soltas que unem” foi realizado num jardim-deinfância público, pertencente a um Agrupamento de Escolas na Região Centro. A intervenção decorreu entre os meses de janeiro e abril de 2023 com dois objetivos essenciais: i) avaliar o efeito de um programa de intervenção com materiais não estruturados na promoção de comportamentos cooperativos; ii) avaliar os níveis de satisfação dos participantes com as atividades propostas. Do projeto constaram onze sessões, em que foi organizado um ambiente com diferentes tipos de materiais não estruturados: rolhas de cortiça, rolos de plástico e pedaços de madeiras. Nas primeiras três sessões, proporcionou-se a familiarização com os materiais e nas restantes oito sessões foram propostos desafios de construção com esses materiais. A amostra foi constituída por 22 crianças que frequentavam uma das salas do préescolar (4,1±0,83anos). Foi utilizado como instrumento de recolha de dados uma grelha de observação para avaliar o efeito do programa de intervenção, com materiais não estruturados na promoção de comportamentos cooperativos. Para avaliar o grau de satisfação recorreu-se ao inquérito, em cada sessão, a todos os participantes. Neste estudo foram analisados os comportamentos nas diferentes sessões e em particular de algumas crianças que, antes de iniciar o projeto, demonstravam dificuldades nas interações com os seus pares. Globalmente, apesar de ser visível a alteração da relação das crianças com o ambiente, não foi possível verificar a relação entre a contínua utilização do material não estruturado e o seu impacto nos comportamentos cooperativos. Relativamente aos participantes, demonstraram ao longo do projeto uma postura de comportamentos neutros à exceção de um dos participantes que foi visível a sua evolução no que diz respeito à diminuição de comportamentos não cooperativos. Verificou-se ainda um nível elevado de satisfação dos participantes em todas as sessões do projeto.