ESECS - Mestrado em Ciências da Educação - Gestão Escolar
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- Os assistentes técnicos na organização escolarPublication . Carvalho, Teresa Margarida Maia de; Monteiro, Susana Isabel da Cunha Sardinha; Sousa, Marlene Filipa da Natividade eA Administração Pública, nas últimas décadas, passou por grandes reformas na sua gestão com o objetivo de se tornar mais eficiente e eficaz visando a melhoria e a qualidade dos serviços prestados à comunidade. Neste quadro geral, a Escola, foi espelhando as transformações sociais, sendo alvo de várias mudanças no campo educativo decorrentes, desde logo, da massificação do ensino e do consequente aumento e diversificação da população escolar. Ao longo de mais de duas décadas muitas foram as alterações legislativas no que diz respeito ao pessoal não docente, em geral e aos Assistentes Técnicos, em particular, com o reconhecimento da necessidade de formação profissional dos recursos humanos, com a reformulação de funções, competências, conteúdos funcionais, com a extinção de algumas carreiras profissionais e a criação de outras (carreiras) novas. Tendo por base uma dessas carreiras profissionais, a dos Assistentes Técnicos, desenvolvemos a presente investigação com o propósito de comparar a perceção que referidos profissionais têm do seu papel na Escola, com relação à perceção dos restantes membros da comunidade escolar têm da atividade daqueles profissionais. Esta investigação consiste num estudo de caso, com recurso, essencialmente, ao inquérito por questionário, enquanto instrumento de recolha de dados, uma vez que, devido às medidas de confinamento decorrentes da Pandemia do COVID 19, não foi possível complementá-lo, triangulando os respetivos dados, com as entrevistas aos Assistentes Técnicos, tal como inicialmente previsto e calendarizado. Da comparação dos resultados obtidos percebemos que a perceção que os Assistentes Técnicos têm do exercício do seu trabalho na organização é mais positiva do que aquela que efetivamente a comunidade escolar lhes consegue reconhecer. Os Assistentes Técnicos consideram que o tempo de trabalho (correspondente ao seu horário de trabalho, diário e semanal) é adequado e vai ao encontro das respetivas expetativas, o que contribui para a sua realização pessoal.
- A dinâmica do processo de autoavaliação num agrupamento de escolas de ExcelênciaPublication . Almeida, Ana Cristina Veigas Cadima; Rebelo, Isabel Sofia Godinho da SilvaA avaliação das escolas tem adquirido uma importância facilmente constatável e uma centralidade crescente nas políticas educativas atuais. O modelo implementado em Portugal compreende a existência de duas modalidades de avaliação, uma externa, levada a cabo por agentes exteriores à escola, e outra interna, da responsabilidade da própria escola. O trabalho desenvolvido procurou compreender como se processa e que efeitos produz a autoavaliação num agrupamento de escolas de excelência, e como é percebida e reconhecida pelo agrupamento. Para isso, foi desenvolvido um trabalho que compreendeu a análise do caso em estudo, através de recolha e análise documental e de recolha de testemunhos de alguns dos intervenientes no processo de autoavaliação. O processo de autoavaliação dinamizado pelo Núcleo de Avaliação Interna (NAI), no agrupamento em estudo, carateriza-se pelo seu dinamismo e pela intervenção de uma grande variedade de estruturas internas e externas ao agrupamento. Esse processo conduz à implementação de um amplo conjunto de ações de melhoria ao nível dos resultados académicos, da gestão e do funcionamento do agrupamento e da prestação do serviço educativo. Verificou-se que o NAI parece ter um papel central no trabalho desenvolvido pelo agrupamento facultando dados e informações que permitem às restantes estruturas analisar se o caminho que está a ser seguido é o pretendido e se produz os efeitos desejados. A maioria dos entrevistados considera que o trabalho desenvolvido pelo NAI foi decisivo para a atribuição das três menções de Excelente ao agrupamento. São ainda apontados como fatores que conduziram ao sucesso do agrupamento a ação da direção do agrupamento e o trabalho colaborativo e de equipa que se desenvolve.
- Flexibilidade curricularPublication . Gil, Adelino João Marques Coelho; Barreto, Maria Antónia Belchior FerreiraO presente trabalho de investigação emerge no seio do Despacho n.º 3721/2017, de 3 de maio, que reconhece a capacidade de as escolas se auto-organizarem para dar resposta às suas necessidades concretas, numa lógica de mudança bottom-up. O mesmo normativo legal determina a realização de projetos-piloto de inovação pedagógica (P-PIP), orientados para a adoção de medidas que, promovendo a qualidade das aprendizagens, permitam uma efetiva eliminação do abandono e do insucesso escolar em todos os níveis de ensino. A rigidez da gramática escolar e a sua compartimentação na organização dos processos de ensino dos alunos como se fossem um só, não se coadunam com uma conceção de escola que vê o sucesso escolar como a sua condição natural. Muito pouco tem vindo a mudar, na generalidade das escolas, na forma como dividem o tempo e os espaços escolares, como agrupam os alunos e os distribuem por diferentes professores, como dividem o conhecimento em disciplinas e como avaliam os alunos com vista, quase única e exclusivamente, à atribuição de classificações. A sustentabilidade de um ensino que se pretende com qualidade, num contexto em que domina a diversidade e um currículo nacional que persiste uniforme, “pronto-a-vestir de tamanho único”, obriga à implementação de novas práticas de gestão curricular, nomeadamente a sua flexibilização. Esta e outras formas de como gerir o currículo potenciam enormes desafios, mas é o garante de que outra escola é possível. Neste âmbito, o estudo que aqui se apresenta tem como principal finalidade conhecer o processo de implementação do projeto piloto de inovação pedagógica (P-PIP) e averiguar se a sua sustentabilidade está associada à mudança de algumas variáveis da “gramática escolar tradicional”. Assim, é imperativo ir ao encontro de equilíbrios mobilizadores de novas formas de organizar e agrupar os alunos e os docentes, de gerir o currículo, e de integrar neste complexo e multirregulado processo soluções locais pensadas pela escola, em articulação com vários agentes educativos, e nisso residirá, provavelmente, algumas das chaves do processo educacional e dos seus desafios futuros. Tratou-se de um estudo de caso, desenvolvido num Agrupamento de Escolas do distrito de Leiria, um dos seis agrupamentos envolvidos no projeto P-PIP. Teve como participantes o diretor do Agrupamento e os professores que lecionam o quinto ano de escolaridade. Delineámos uma metodologia mista de investigação, fazendo recurso à entrevista, ao questionário e à análise documental como técnicas de recolha de dados. Os resultados do estudo apontam no sentido do rompimento com a gramática escolar tradicional, ou seja, a alteração de um conjunto de regras e variáveis que habitualmente estruturam o modo de ensinar e fazer aprender os alunos. O conceito de flexibilidade curricular é assumido pela generalidade dos professores inquiridos e aparece associado a estratégias inovadoras nos domínios pedagógico, curricular e organizacional, assentes numa lógica interna colaborativa e de articulação com a comunidade.
- Um olhar sobre a (in)disciplina na sala de aulaPublication . Oliveira, Maria do Rosário Jorge de; Barreto, Maria Antónia Belchior FerreiraUm olhar sobre a (in)disciplina na sala de aula, centrado na perceção que os professores de um Agrupamento de Escolas têm dessa realidade, é o tema deste trabalho. No enquadramento teórico dos conceitos de disciplina e educação e de indisciplina e organização, procurou-se fundamentar a temática, para aplicar no estudo de caso realizado numa escola da Zona Centro do País. A disciplina é importante na obtenção do sucesso educativo, assumindo a relação pedagógica, com as suas dimensões espaciotemporais, relacionais e comunicacionais, um papel fundamental para a consecução dessa finalidade. Na sala de aula a indisciplina apresenta três níveis, segundo a categorização de João Amado, que envolvem o incumprimento das regras e normas estabelecidas, e os comportamentos disruptivos que acontecem nas relações entre pares e nas relações entre professor e aluno(s). A investigação sobre a perceção dos professores do fenómeno da (in)disciplina na sala de aula, nos três ciclos do Ensino Básico, privilegiou uma abordagem qualitativa, na análise de conteúdo das entrevistas, sendo complementada com a quantificação dos dados recolhidos nos inquéritos. Com o objetivo de compreender os comportamentos indisciplinados, as medidas disciplinares e as dinâmicas organizacionais para lidar com esta problemática, foram tratados e analisados os dados recolhidos de modo articulado. Verificou-se uma relação inversa quanto ao nível de gravidade e de frequência do comportamento indisciplinado, a necessidade de aplicar medidas disciplinares, embora a ação preventiva seja a mais desejável, e o papel ativo dos professores e dos órgãos de gestão pedagógica na resolução das situações de indisciplina que ocorrem na escola, concretamente na sala de aula. Finalmente, consideramos que este estudo ao conhecer e refletir sobre as relações interpessoais e as práticas pedagógicas do Agrupamento, pode contribuir para a melhoria contínua do clima escolar e para o sucesso educativo.