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  • Territórios, patrimónios, regionalização: discursos sobre Leiria
    Publication . Magalhães, Fernando Paulo Oliveira
    A partir de um estudo de caso sobre a região de Leiria pretende-se contribuir para a análise de processos de transformação de espaços em lugares, levados a cabo por elites regionalistas com vista à legitimação cultural e política de territórios específicos. Trabalho de campo e entrevistas a personalidades permitiram isolar dois eixos estruturantes nos discursos dessas elites: território e património. Recorrendo tanto à palavra oral como à escrita, os regionalistas leirienses circunscrevem espaços identitários. A afirmação da territorialidade leiriense não é contestada ao nível nacional. É no plano do distrito que se geram tensões. Estas assumem particular relevância no centro e no sul, suscitando instabilidade na delimitação geográfica. Se a afirmação de um território regional é uma constante nos discursos emitidos pelos meios leirienses, já a distribuição dos recursos argumentativos é matéria geradora de acesos debates. O património edificado – mosteiros de Alcobaça e da Batalha – é o elemento fundamental no processo de objectivação cultural da região. Dado que a estes monumentos havia sido anteriormente atribuída função emblematizadora à escala nacional ou mesmo europeia, intelectuais e políticos leirienses reclamam agora uma transferência de sentimentos de pertença a favor da região.
  • O Instituto Politécnico de Leiria: Da formação de professores à construção de uma identidade regional
    Publication . Vieira, Ricardo; Magalhães, Fernando Paulo Oliveira; Trindade, José; Vieira, Ana Maria de Sousa Neves
  • Livro de Resumos – 12.ª Conferência Internacional de Mediação Intercultural e Intervenção Social – 50 anos de 25 de Abril: Transições e Transformações
    Publication . Vieira, Ricardo; Marques, José Carlos; Silva, Pedro; Vieira, Ana Maria; Margarido, Cristóvão; Santos, Rui; Magalhães, Fernando; Pocinho, Ricardo; Pereira, Patrícia; Arqueiro, Ana
  • As elites e a construção das regiões em Portugal: a entrevista como modo de entendimento dos seus discursos
    Publication . Magalhães, Fernando; Vieira, Ricardo
    O século XXI, os movimentos crescentes de globalização, a desterritorialização de pessoas e bens, com a crescente multiculturalidade das sociedades actuais, levanta problemáticas complexas para profissionais ligados à antropologia, à sociologia e a outras ciências sociais, que procuram entender como os agentes sociais pensam e constroem as suas comunidades nacionais, locais ou regionais. A imaginação e representação de espaços culturais constitui, portanto, um processo cultural. Neste sentido, também o conceito de região, herdado da sociedade moderna de há cerca de 200 anos atrás, implica a construção de um discurso particular, sobre uma determinada comunidade regional, por relação a outras suas vizinhas. Contudo, este não é um processo que se pensa no vazio, pressupõe, antes, vários agentes em jogo, que se movimentam e problematizam a sua comunidade, relativamente à dos seus vizinhos. Neste jogo nem todos os agentes sociais possuem a mesma legitimidade para definir qual deve ser a sua região de pertença pois a voz de alguns destes agentes pesa mais neste discurso, em virtude do seu domínio num qualquer campo cultural (Bourdieu, 1989; Shore, 2000)[1]. Como nos demonstram estes autores, são os líderes políticos, culturais, económicos ou outros agentes que, num determinado grupo, exercendo um cargo de liderança, decidem sobre a construção da sua diferença enquanto pertença a uma comunidade regional imaginada, bem como os marcadores a usar para objectivar essa diferença. Contudo, há ainda outro dado em jogo, o reconhecimento do resto dos agentes sociais, aqueles que, não pertencendo às elites, são quem realmente constitui a comunidade regional, e sem os quais não se podia falar em região. Assim , se esses não possuem legitimidade para aplicar classificações (Bourdieu, 1989), detêm, no entanto, o poder de rejeitar as classificações que as elites lhes tentam impor. Cris Shore (2000) demonstra que o facto das elites comunitárias não ouvirem os cidadãos europeus constitui o principal obstáculo à construção da cidadania europeia, em consequência da não identificação dos nacionais com a Comunidade Europeia. Assim, com esta comunicação pretendemos problematizar acerca de como o discurso das elites da região de Leiria se torna fundamental para entendermos os processos de idealização das diversas regiões que partem, ou não, da realidade distrital leiriense, herdada século XIX.
  • Reflexão sobre a construção de um doutoramento internacional em rede
    Publication . Vieira, Ricardo; Marques, José Carlos; Vieira, Ana Maria; Margarido, Cristóvão; Magalhães, Fernando
  • Museologia, ecomuseus e o turismo: uma relação profícua?
    Publication . Magalhães, Fernando Paulo Oliveira
    No germinar do século XXI, o mundo contemporâneo é caracterizado por elevados fluxos culturais, sociais, económicos e outros, fenómeno este, por muitos, chamado de globalização. Esta faz-se sentir em todas as esferas da vida das sociedades, destacando-se ao longo do nosso texto, as relações entre o turismo e os museus, mais concretamente osecomuseus. Num mundo em que cada vez mais milhões de pessoas se deslocam de umas regiões para as outras com a finalidade do lazer ou de aprendizagem, torna-se pertinente colocar questões como: Que consequências, do ponto de vista das comunidades locais, trazem estes fluxos? Na perspectiva do turismo cultural, que proveitos podem, comunidades tão ricas como as portuguesas, retirar deste fenómeno? De que forma? E que ameaças coloca a massificação turística? Perante este cenário, o que pretendemos com este texto, é explorar algumas ideias acerca dos museus, na modernidade, e na pós-modernidade. Como podem estes servir as comunidades, evitando-se certos riscos, decorrentes da massificação turística?