ESECS - Mestrado em Educação e Inovação Pedagógica
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Browsing ESECS - Mestrado em Educação e Inovação Pedagógica by Sustainable Development Goals (SDG) "04:Educação de Qualidade"
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- AS CRIANÇAS DEVEM SER OUVIDAS - ESTUDO SOBRE A PARTICIPAÇÃO ATIVA DAS CRIANÇAS DO 1.º CICLO NUM PROJETO ESCOLAR - UMA ESCOLA DA REGIÃO DE LEIRIAPublication . Henriques, Sara Margarida Rufino Santos; Santos, Maria João Sousa Pinto dosEsta investigação surge da prática profissional em Escola Pública do 1.º Ciclo do Ensino Básico (1.º CEB) com a valência do Pré-escolar, onde se observa um empenho da Comunidade Local em fazer parte do processo educativo das crianças. A motivação para a realização deste estudo surgiu do facto de na minha prática profissional, enquanto professora do 1.º CEB, verificar que a Escola tem uma forte relação com a comunidade local. Um grupo de pais e encarregados de educação criou em 2018 uma Associação, para desenvolver atividades e atrair crianças das zonas periféricas, com o objetivo de garantir o número mínimo de alunos para manter a escola em funcionamento. Neste sentido, a comunidade local, participa de forma ativa com a comunidade educativa em diferentes atividades dentro e fora da escola. Esta investigação tem por objetivo perceber de que forma a participação ativa das crianças na elaboração do projeto a desenvolver com a comunidade, tem impacto no seu desenvolvimento psicossocial e se as crianças apresentam um maior envolvimento nas atividades escolhidas por elas. Este trabalho é inspirado no documento Ouvir – Agir – Mudar - Manual do Conselho da Europa sobre a participação das crianças do Conselho da Europa (CoE) (Crowley, et al. 2023) e no artigo 12.º da Convenção dos Direitos da Criança (UNICEF, C. P. 2019). Esta Intervenção Pedagógica foi desenvolvida com alunos dos 7 aos 9 anos de idade do 2.º e 3.º anos de escolaridade do 1.º CEB num Agrupamento de Escolas de Leiria. O projeto foi desenvolvido de outubro de 2023 a fevereiro de 2024. Para a recolha de dados na investigação recorreu-se, para a definição do projeto ao Diário de Bordo e ao Focus Group e Inquéritos por Questionário para perceber o impacto do projeto nas crianças. A Intervenção Pedagógica culminou na montagem de uma Biblioteca Comunitária dentro do Café da Aldeia, onde está situada a escola. Os resultados da pesquisa revelam a compreensão do impacto da participação ativa das crianças na definição do projeto para: o seu envolvimento nas tarefas, a concretização e conclusão das mesmas através de uma atitude de compromisso com a atividade proposta e para o desenvolvimento psicossocial e cívico, através da perceção que as criança, os professores e a comunidade têm na aquisição das atividades e valores, como a colaboração e o respeito pelos outros e para o aumento do senso de responsabilidade na concretização de projetos.
- Literacia crítica para a paz nos clubes escolares: O caso dos clubes UbuntuPublication . Guerra, Paula Andrea Duarte; Menezes, Catarina Maria Nogueira Marques da Cruz; Gamboa, Maria José Nascimento SilvaUm espaço digital cada vez mais veloz e omnipresente introduz oportunidades, mas também desafios, relacionados com a necessidade de minimizar a vulnerabilidade dos cidadãos a fenómenos como a propagação de desinformação ou os discursos de ódio, que podem ser contrários à paz. A educação precisa de assumir esse papel, implementando práticas pedagógicas promotoras de literacia, que apelem à agência de professores e alunos no exercício de reflexão e desconstrução dos discursos que circulam e de uma comunicação em prol da paz e da justiça social. Esta literacia crítica para a paz pode servir-se das ferramentas da literacia para os media e da literacia social e desenvolver-se a partir de modelos pedagógicos inovadores, como podem ser os clubes escolares. Esta investigação procura compreender que contributo dão os clubes Ubuntu nesse sentido. Assente numa metodologia qualitativa, desenvolve-se um estudo de caso, que concilia observação, grupos de foco e entrevistas. Da análise de três clubes Ubuntu, verifica-se que recorrem a práticas que se enquadram nas orientações da literacia para a paz, sobretudo ao nível da sua componente interventiva. Ao nível da componente reflexiva foram identificadas oportunidades de desenvolvimento, deixando-se sugestões relativas a uma maior integração de atividades intencionalmente direcionadas para uma interação crítica com os media, bem como à implementação de medidas de avaliação de impacto das ações dos clubes, que promovam a sua eficácia, a motivação dos seus membros e apoiem a sustentabilidade da componente interventiva a longo prazo.
- Sala de Aula Invertida no ensino da Geografia (9.º ano): um estudo de caso múltiploPublication . Santos, Sónia Cristina Dionísio; Pinto, Hélia Gonçalves; Dias, Maria Isabel Pinto SimõesA inovação pedagógica, enquanto vetor do envolvimento ativo dos alunos em sala de aula, implica mudanças qualitativas nas práticas pedagógicas. As metodologias tradicionais, centradas no professor transmissor de conhecimentos e em alunos com um papel predominantemente passivo, já não são suficientes para garantir uma aprendizagem com sucesso para todos. É necessário diversificar metodologias para abrir novas janelas de oportunidade de aprendizagem. A Sala de Aula Invertida surge como uma proposta metodológica na qual a aula passa a ser um espaço privilegiado de reflexão, de trabalho colaborativo, de resolução de desafios/ atividades, de construção de conhecimento e desenvolvimento de capacidades. Nesta metodologia assume-se que o professor: (i) coloca os alunos a refletir, em casa, sobre os conteúdos teóricos e (ii) coloca os alunos a aplicar esses mesmos conteúdos na sala de aula. Invertendo os métodos tradicionais, os alunos passam a estudar e a explorar os conteúdos teóricos em espaços externos à sala de aula, enquanto a sala de aula passa a ser o espaço privilegiado para praticar, resolver desafios, opinar criticamente, expor dúvidas e dificuldades e receber feedback individualizado. É neste contexto que surge o presente estudo que visa perceber as potencialidades e limitações da metodologia de Sala de Aula Invertida no ensino da Geografia (9.º ano). Optando-se pelo paradigma interpretativo com design de estudo de caso múltiplo, realizaram-se três estudos de caso. A recolha de dados recorreu à observação participante, à análise documental e à entrevista em grupo focal. Os resultados do estudo permitiram analisar a trajetória dosalunos na Sala de Aula Invertida e concluir que todos desenvolveram a autonomia, a comunicação/interação e adquiriram aprendizagens essenciais da Geografia, nas suas várias vertentes: conhecimento, capacidades e atitudes. Dois dos alunos revelaram resistência face às tarefas para casa e insegurança face às aprendizagens autónomas. Estes resultados sugerem a eficácia da Sala de Aula Invertida no ensino e aprendizagem da Geografia no 9.º ano de escolaridade.
