ESTG - Mestrado em Controlo de Gestão
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Browsing ESTG - Mestrado em Controlo de Gestão by advisor "Costa, Magali Pedro"
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- Análise da liquidez de empresas que efetuam internacional cross-listing no mercado AlemãoPublication . Baptista, Ana Catarina Correia; Febra, Lígia Catarina Marques; Costa, Magali PedroA presente dissertação analisa o impacto do international cross-listing no mercado Alemão, na liquidez das empresas, e os fatores determinantes da distribuição dos fluxos de transação. International cross-listing corresponde à emissão das ações de uma empresa em mercados de capitais internacionais, com o objetivo de alcançar potenciais vantagens estratégicas, nomeadamente de aumento da liquidez, tanto global como doméstica. O estudo utiliza uma extensa e atual base de dados que inclui empresas domiciliadas em 24 países com ações admitidas na Deutsche Börse AG, a mais respeitada bolsa de valores do mundo, no que respeita a international cross-listings. De acordo com os resultados dos testes não paramétricos efetuados, a liquidez das ações das empresas, tanto global como doméstica, medida através do volume de transações, parece sofrer um aumento após a realização do international cross-listing no mercado Alemão. No entanto, os resultados obtidos, através da aplicação de uma adaptação do modelo de Tkac (1999), revelam uma menor sensibilidade da liquidez doméstica face à liquidez global, após a admissão das ações das empresas na bolsa Alemã. Relativamente aos fatores determinantes da distribuição da liquidez, os resultados indicam que as características das empresas, nomeadamente o risco e o setor de atividade, e dos mercados doméstico e Alemão, em particular a dimensão do mercado Alemão e a existência de um período de transação comum entre mercados são determinantes da proporção do volume de transações no mercado doméstico após o international cross-listing no mercado Alemão.
- Análise do Risco de Incumprimento das PME FamiliaresPublication . Santos, Filipa Vieira dos; Lisboa, Inês Margarida Cadima; Costa, Magali PedroA crescente exposição ao mercado mundial acarreta riscos para as organizações levando à necessidade da gestão do risco. A crise financeira de 2008 demonstrou que o que acontece num país acaba por ter repercussões a nível mundial, o que contribuiu para reforçar essa necessidade da gestão do risco, nomeadamente o risco de incumprimento. O risco de incumprimento ou rutura financeira refere-se à probabilidade de a organização não ter cash flows suficientes para conseguir satisfazer os seus compromissos perante terceiros. Uma organização pode estar em incumprimento durante longos períodos o que acarreta custos elevados. Portanto a deteção do risco de incumprimento antecipadamente é importante para que as organizações tomem medidas para que possam evitar esses custos e reverter a possibilidade de incumprimento que mais tarde poderá tornar-se numa situação de falência. O objetivo deste estudo é analisar o risco de incumprimento das PME (pequenas e médias empresas) familiares, ou seja, verificar que empresas correm risco de incumprimento e quais a variáveis que mais contribuem para aumentar a probabilidade de risco de incumprimento das empresas familiares. A escolha por esta amostra prende-se com o facto de grande parte do tecido empresarial português ser constituído por PME e empresas familiares, que são consideradas o motor da economia e que contribuem para a criação de emprego e de riqueza. Analisando 2.658 PME familiares da região de Leiria procedeu-se à classificação em empresas cumpridoras e incumpridoras tendo como base os critérios definidos pelo SIREVE (Sistema de Recuperação de Empresas por Via Extrajudicial). Os resultados evidenciam que existem mais empresas cumpridoras do que incumpridoras e que o número das empresas deste último grupo tem diminuído durante o período da amostra, talvez em resultado da recuperação económica sentida no país. De seguida foi construído um modelo que permite às empresas prever o risco de incumprimento, de forma a que tomem decisões antecipadas e evitem situações mais graves como a falência. O modelo inclui variáveis de rendibilidade, endividamento, atividade, fluxos de caixa e idade. Recorrendo a dados em painel e ao método estatístico da regressão logística, pode-se concluir que as empresas incumpridoras são empresas mais novas que as empresas cumpridoras, têm dificuldades em ser rentáveis e a gerir recursos o que as pode levar a recorrer a financiamentos externos, pelo que são empresas com um nível de endividamento superior. Foi ainda encontrada uma relação em formato de U na variável idade, ou seja, nos primeiros anos de vida a probabilidade de risco de incumprimento das empresas é elevada, mas vai diminuindo até determinado nível, uma vez que as empresas mais velhas apresentam novamente risco de incumprimento elevado, pode estar relacionado com o facto de estas empresas terem alguma dificuldade em romper com hábitos e tradições de longa data. Por último foi testado o modelo Z’-Score, como teste de robustez dos resultados, e concluiu-se que os coeficientes do modelo original estão desadequados aos dias de hoje e à amostra em questão, pelo que foram estimados novos coeficientes para este modelo com intuito de aumentar a eficácia do modelo. Tanto o modelo proposto como o Z’-Score modificado demonstraram ter capacidades preditivas elevadas, 88,74% e 85,49% respetivamente, o que revela a aptidão de ambos os modelos de detetar situações de incumprimento.
- Risco de incumprimento: empresas familiares vs. não familiaresPublication . Vouga, Beatriz Manuela Portela da Silva e; Lisboa, Inês Margarida Cadima; Costa, Magali PedroNo seu dia a dia, as empresas enfrentam um conjunto de riscos que podem colocar em causa a sua continuidade, pelo que é necessário que antecipem e giram esses riscos, principalmente o risco de incumprimento, de forma a evitar a sua falência. Este trabalho visa analisar o risco de incumprimento das PME portuguesas do setor do alojamento, restauração e similares, entre os anos de 2010 a 2019. O objetivo é identificar quais os principais determinantes que explicam o risco de incumprimento, percebendo se estes determinantes são diferentes por tipo de empresa – familiar ou não familiar. Para o efeito, as empresas foram classificadas em cumpridoras e incumpridoras seguindo um critério ex-ante. Os resultados evidenciam que, em média, no período analisado, existem mais empresas cumpridoras do que incumpridoras e a diferença entre empresas familiares e não familiares é mais notória no grupo das empresas incumpridoras, sendo que neste grupo existe um número maior de empresas não familiares. De seguida utilizou-se o método stepwise e a matriz de correlações para identificar quais as variáveis que explicam o risco de incumprimento. Com uma amostra de dados em painel não balanceada e utilizando as variáveis selecionadas, os resultados obtidos com a regressão, utilizando o modelo Logit, mostram que, dos fatores financeiros, o nível de endividamento, a eficiência, os fluxos de caixa, a estrutura de ativos, a liquidez e a rendibilidade são relevantes para justificar o risco de incumprimento. Adicionalmente, fatores macroeconómicos e de propriedade, nomeadamente a dimensão do conselho de administração, são também determinantes que explicam o risco de incumprimento das empresas deste setor. O modelo global apresentou uma taxa de sucesso de 80,21%. Para detetar o impacto do tipo de empresa, a amostra foi subdividida em duas sub-amostras: de empresas familiares e de empresas não familiares. Para estas sub-amostras, utilizando as variáveis selecionadas para a amostra global e estimando via Logit, os resultados evidenciam que os determinantes do risco de incumprimento alteram-se. O nível de endividamento, a rendibilidade, os fatores macroeconómicos e a dimensão do conselho de administração continuam a ser estatisticamente significativos no risco de incumprimento para ambos os grupos. Para as empresas familiares, a eficiência e a idade são também determinantes que explicam a probabilidade de incumprimento, enquanto para as empresas não familiares, para além dos indicados, a estrutura de ativos é também relevante. Estes modelos revelaram uma taxa de sucesso de 81,44% para as empresas familiares e 78,86% para as empresas não familiares. Posteriormente, e para melhor compreender que determinantes explicam o risco de incumprimento de cada tipo de empresas foi utilizado novamente o método stepwise e matriz de correlações por tipo de empresa. Neste novo cenário, os resultados evidenciam que o endividamento, a rendibilidade e os fatores macroeconómicos são significativos para os dois tipos de empresas, sendo que a taxa de crescimento do PIB e a dimensão do conselho de administração apenas são significativas para as empresas familiares e a liquidez apenas para as empresas não familiares. Os modelos revelaram uma taxa de sucesso ligeiramente menor, de 78,45% para empresas familiares e 75,88% para empresas não familiares. Este trabalho, para além de contribuir para a literatura, apresenta resultados relevantes para a prática, não só para os gestores das empresas de forma a detetarem antecipadamente sinais de problemas financeiros para tentar evitar a falência da empresa, mas também a todos os que direta ou indiretamente se relacionam com a empresa.