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- Risco de incumprimento: empresas familiares vs. não familiaresPublication . Vouga, Beatriz Manuela Portela da Silva e; Lisboa, Inês Margarida Cadima; Costa, Magali PedroNo seu dia a dia, as empresas enfrentam um conjunto de riscos que podem colocar em causa a sua continuidade, pelo que é necessário que antecipem e giram esses riscos, principalmente o risco de incumprimento, de forma a evitar a sua falência. Este trabalho visa analisar o risco de incumprimento das PME portuguesas do setor do alojamento, restauração e similares, entre os anos de 2010 a 2019. O objetivo é identificar quais os principais determinantes que explicam o risco de incumprimento, percebendo se estes determinantes são diferentes por tipo de empresa – familiar ou não familiar. Para o efeito, as empresas foram classificadas em cumpridoras e incumpridoras seguindo um critério ex-ante. Os resultados evidenciam que, em média, no período analisado, existem mais empresas cumpridoras do que incumpridoras e a diferença entre empresas familiares e não familiares é mais notória no grupo das empresas incumpridoras, sendo que neste grupo existe um número maior de empresas não familiares. De seguida utilizou-se o método stepwise e a matriz de correlações para identificar quais as variáveis que explicam o risco de incumprimento. Com uma amostra de dados em painel não balanceada e utilizando as variáveis selecionadas, os resultados obtidos com a regressão, utilizando o modelo Logit, mostram que, dos fatores financeiros, o nível de endividamento, a eficiência, os fluxos de caixa, a estrutura de ativos, a liquidez e a rendibilidade são relevantes para justificar o risco de incumprimento. Adicionalmente, fatores macroeconómicos e de propriedade, nomeadamente a dimensão do conselho de administração, são também determinantes que explicam o risco de incumprimento das empresas deste setor. O modelo global apresentou uma taxa de sucesso de 80,21%. Para detetar o impacto do tipo de empresa, a amostra foi subdividida em duas sub-amostras: de empresas familiares e de empresas não familiares. Para estas sub-amostras, utilizando as variáveis selecionadas para a amostra global e estimando via Logit, os resultados evidenciam que os determinantes do risco de incumprimento alteram-se. O nível de endividamento, a rendibilidade, os fatores macroeconómicos e a dimensão do conselho de administração continuam a ser estatisticamente significativos no risco de incumprimento para ambos os grupos. Para as empresas familiares, a eficiência e a idade são também determinantes que explicam a probabilidade de incumprimento, enquanto para as empresas não familiares, para além dos indicados, a estrutura de ativos é também relevante. Estes modelos revelaram uma taxa de sucesso de 81,44% para as empresas familiares e 78,86% para as empresas não familiares. Posteriormente, e para melhor compreender que determinantes explicam o risco de incumprimento de cada tipo de empresas foi utilizado novamente o método stepwise e matriz de correlações por tipo de empresa. Neste novo cenário, os resultados evidenciam que o endividamento, a rendibilidade e os fatores macroeconómicos são significativos para os dois tipos de empresas, sendo que a taxa de crescimento do PIB e a dimensão do conselho de administração apenas são significativas para as empresas familiares e a liquidez apenas para as empresas não familiares. Os modelos revelaram uma taxa de sucesso ligeiramente menor, de 78,45% para empresas familiares e 75,88% para empresas não familiares. Este trabalho, para além de contribuir para a literatura, apresenta resultados relevantes para a prática, não só para os gestores das empresas de forma a detetarem antecipadamente sinais de problemas financeiros para tentar evitar a falência da empresa, mas também a todos os que direta ou indiretamente se relacionam com a empresa.
- SobredotaçãoPublication . Duarte, Andreia Alexandra Alves de Magalhães; Santos, Maria João Sousa Pinto dosA sobredotação é um tema que continua a despertar interesse na sociedade científica, na tentativa de uma maior compreensão das caraterísticas específicas destas crianças e na procura do que será melhor para o seu desenvolvimento harmonioso. Escolhemos analisar a perceção dos professores de 1.º e 2.º Ciclos do ensino básico do Agrupamento de Escolas de Leiria, acerca da sobredotação, tentando perceber o que sabem sobre as suas características e como adaptam as suas estratégias educativas às suas perceções e ideias acerca do desenvolvimento destas crianças. A presente investigação é uma réplica de um estudo já realizado anteriormente, pela autora Daniela Lopes Batalha e apresentada na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Politécnico de Leiria no ano de 2018. O objetivo foi alargar a amostra do estudo anterior, tendo sido formulada a seguinte questão de partida: “Qual a perceção que os professores do 1.° e 2.° Ciclos do ensino básico possuem em relação à sobredotação?” Para a fundamentação foram realizadas diversas pesquisas sobre as temáticas abordadas como: a sobredotação e as suas caraterísticas; a influência dos mitos na sobredotação e nas estratégias relacionais e educativas adotadas pelos professores; a identificação e a intervenção escolar com alunos sobredotados. Esta investigação é do tipo quantitativo e qualitativo, é um estudo de caso, com uma amostra de conveniência, onde participaram 52 docentes de 1.º e 2.º Ciclos de ensino básico. O instrumento escolhido para recolha de dados foi o inquérito por questionário. Pode-se referir que, através dos resultados obtidos, ainda existem questões relacionadas com a sobredotação que suscitam dúvidas aos professores, tais como o ajustamento socio-emocional ou algumas caraterísticas que o sobredotado pode apresentar. Assim, é essencial conhecer mais acerca da sobredotação, para que possa haver uma correta intervenção, sendo necessário haver mais formação dos professores nesta área, para que se coloque em prática uma verdadeira pedagogia diferenciada em sala de aula, que respeite as características individuais de todos os alunos, levando à formação integral da criança.
- A perceção do consumidor face ao consumo de produtos alimentares com prazo de validade próximo do final – o preço, a qualidade e a segurança como determinantes para a compra Estudo de caso: concelho de AzambujaPublication . Sousa, Margarida Pereira Mendes de; Mendes, Susana Luísa da Custódia Machado; Silva, Maria Manuel Gil de Figueiredo Leitão e; Gomes, Filipa Rego PintoO desperdício alimentar é um problema mundial, que ganhou maior relevância nos últimos anos, tendo em conta a necessidade de alimentar uma população em crescimento. Trata-se de uma das grandes questões do presente século pois tem um forte impacto a nível socioeconómico, ético, sanitário e ambiental. Em Portugal, anualmente são desperdiçados aproximadamente um milhão de toneladas de géneros alimentícios, ou seja, aproximadamente 274 mil quilogramas por dia, número este que ajudaria a combater a fome no mundo. São inúmeras e distintas as iniciativas, tanto a nível nacional como internacional, para mitigar o desperdício alimentar e combater a fome. Entre elas está a sensibilização do consumidor final para um consumo mais sustentável, pois este é o responsável pela grande fatia de alimentos desperdiçados (aproximadamente 40%). Neste contexto, estudos sobre origens e comportamentos do consumidor são de extrema relevância para a definição de novas políticas e estratégias. Este trabalho teve como objetivo conhecer o consumo de produtos alimentares com validade próxima do final, no sentido de compreender e caracterizar a perceção do consumidor face a este tipo de produtos. Para alcançar o objetivo, fatores determinantes no ato da compra desde o preço, a garantia de qualidade e a segurança, foram tidos em conta. O estudo focou-se nas superfícies comerciais do concelho de Azambuja, pertencente ao distrito de Lisboa. Deste modo, a amostra final englobou 380 indivíduos que realizam as suas compras em três espaços comerciais, nomeadamente os supermercados ALDI, INTERMARCHÉ e MINI-PREÇO. Os inquiridos em estudo têm por hábito comprar produtos com data de validade próxima do final, têm idade superior aos 18 anos, com ou sem habilitações literárias e com uma situação profissional definida. Os resultados demonstram que os consumidores são fiéis a uma marca de supermercado do concelho. O apelo para a aquisição dos produtos com o término da validade próximo do fim é habitualmente realizado através da colocação de cartazes no espaço comercial. Adicionalmente, os resultados indicaram que existe uma maior tendência para aquisição de produtos com data de validade próxima do final nos indivíduos do sexo feminino, indivíduos que apresentam um nível de habilitações literárias mais elevado e essa mesma tendência verificou-se em todas as faixas etárias e nos vários tipos de agregados familiares. Por outro lado, foi estudado como é que é realizada a gestão das sobras das refeições em casa dos inquiridos e a própria seleção desses produtos alimentares para as crianças que constituem o agregado familiar.