ESSLei - Mestrado em Enfermagem de Saúde Familiar
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- A RESILIÊNCIA FAMILIAR: O ENFERMEIRO DE FAMÍLIA NO PROCESSO DE CUIDAR A FAMÍLIA E A PESSOA COM DOENÇA CRÓNICAPublication . Raposo, Verónica Fernandes; Catarino, Helena Da Conceição Borges PereiraO conceito de resiliência familiar menciona que uma família se pode tornar mais resiliente através de experiências vividas no decorrer do ciclo vital, em interação com o meio envolvente. Em todas as famílias são vivenciadas situações de stress e momentos de crise, como a descoberta da doença crónica. O convívio familiar com a doença crónica pode tornar-se desgastante para os membros da família, principalmente para o cuidador informal. Torna-se essencial os enfermeiros de saúde familiar adotarem cuidados que visem ao aumento da resiliência familiar, potenciando a família a ultrapassar a crise, readaptando-se. Este estudo teve como objetivos: conhecer o perfil de resiliência familiar de uma amostra de cuidadores informais em doentes com doença crónica; identificar quais os recursos comunidade que promovem a resiliência da família; avaliar a relação entre os fatores sociodemográficos familiares e a resiliência familiar. Desenvolveu-se um estudo quantitativo, transversal, de caracter descritivo, numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 26 cuidadores informais de utentes institucionalizados nas Unidades de Cuidados Continuados, pertencentes ao grupo Naturidade. Foi aplicado um questionário relativo à caraterização sociodemográfica e um questionário que avalia a resiliência familiar, denominado de Family Resilience Assessment Scale, adaptado para a população portuguesa. Verificou-se que a amostra apresentava um elevado nível de resiliência familiar (M=170,23; DP=14,49). Apesar 92,3% dos questionados referirem não recorrerem a ninguém perante a dificuldade, os mesmos assinalam em 65,4% recorrer aos vizinhos, em 57,7% aos sistemas de saúde, em 50% a outros familiares e em 96,2% à igreja. Foi verificado que não existe correlação estatisticamente significativa entre a resiliência familiar e a idade do inquirido (p>0,005). Da mesma forma, foi possível observar que não existe correlação estatisticamente significativa entre a resiliência familiar e o género da amostra (p>0,005).
- A importância das famílias nos cuidados de enfermagem: Atitudes do enfermeiro de famíliaPublication . Pereira, Daniela Cunha; Frade, João Gonçalo Leal de Oliveira e SilvaAs atitudes dos enfermeiros no que concerne o envolvimento das famílias em relação ao planeamento de cuidados são fundamentais para alcançar cuidados de excelência. O objetivo deste estudo assenta no conhecimento das características sociodemográficas dos enfermeiros; na identificação da importância atribuída pelos enfermeiros de família face à participação da família nos cuidados de enfermagem e na relação entre as atitudes dos enfermeiros e as variáveis sociodemográficas e profissionais. Trata-se de um estudo quantitativo descritivo-correlacional e transversal aplicado a 100 enfermeiros a exercer funções no Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF). Este estudo foi realizado com base num questionário englobando questões sociodemográficas e profissionais assim como a escala “Importância das Famílias nos Cuidados de Enfermagem- Atitudes dos Enfermeiros (IFCE-AE) ”. No que concerne os resultados, verificou-se evidência estatisticamente significativa na relação entre as seguintes variáveis: idade na dimensão Família como parceiro dialogante e recurso de coping e na dimensão Família como um fardo; nível de escolaridade na dimensão Família como um fardo; título profissional com todas as dimensões; área de especialização com a dimensão Família como parceiro dialogante e recurso de coping e a variável anos de experiência com a dimensão Família como fardo. Nesta investigação, concluiu-se haver uma interação positiva na integração e inclusão da família na prestação de cuidados de enfermagem pelo que é imprescindível a cooperação da família com os enfermeiros.
- Tradução e Validação da Escala “The Brief Family Relationship Scale” para a população PortuguesaPublication . Silva, António José Tereso da; Gomes, José Carlos RodriguesNas últimas décadas o conceito de família tem vindo a adquirir um âmbito muito vasto. A evolução tem originado novas mudanças que conduziram a novas conceções de família, com novas dinâmicas e novos valores com diferentes tipos de identidade própria que acabam por constituir uma nova historia de vida familiar. É nesta pequena unidade que o enfermeiro de família assume um importante papel na saúde dos seus membros. Para analisar essa pequena unidade chamada família é necessário auxiliar-se com instrumentos que possam fornecer dados para melhorar a compreensão da dinâmica da família de forma a melhorar e a prestação de cuidados de saúde aos seus elementos. Objetivo: Traduzir e validar semântica e culturalmente a escala “The Brief family Relationship Scale” (Fok, Allen e Henry, 2015) para a população portuguesa e avaliar a sua validade e utilidade clínica para as famílias portuguesas. Metodologia: Numa primeira fase, realizou-se a tradução e adaptação cultural e linguística da escala para o português. Foi realizada a retroversão para a língua original, o Inglês. Ambas as traduções foram realizadas por um perito bilingue e por um profissional de saúde. A versão final foi validada por um perito fluente em Inglês. A escala foi aplicada por acessibilidade à população que frequentou a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados Arnaldo Sampaio no período de 3 de junho até 24 de junho de 2019, para proceder à mensuração da sua validade, consistência interna e utilidade nas consultas de saúde familiar realizadas pelo Enfermeiro Especialista em Saúde Familiar. Resultados: Participaram neste estudo 108 adultos. A versão portuguesa da escala Breve Relacionamento Familiar apresentou uma consistência fraca (α de Crombach = 0,613) e uma razoável factoriabilidade através do cálculo de KMO = 0,684. Evidenciou características como facilidade de utilização, compreensão e tempo de preenchimento curto, numa dimensão unifactorial. Conclusão: Apesar da escala apresentar fraca consistência interna, pode-se tornar-se útil em contexto clínico pela sua facilidade de utilização e compreensão. Verificou-se que a Escala apresenta como ponte forte a universalidade na aplicação na população portuguesa, pois foi observada homogeneidade dos resultados independentemente da idade, do género e das habilitações literárias.
- CUIDAR COM A FAMÍLIA: PERSPETIVA DOS ENFERMEIROS EM CONTEXTO HOSPITALARPublication . Sampaio, Ana Margarida Miranda; Frade, João Gonçalo Leal de Oliveira e SilvaAo longo das últimas décadas, é cada vez mais premente integrar as famílias no apoio à pessoa, nos momentos de transição saúde/doença, vivenciados em contexto hospitalar. A interação entre todos os intervenientes do processo do cuidar deve-se fundamentar numa relação colaborativa e de suporte. Por este motivo entendemos ser pertinente conhecer as atitudes e comportamentos dos enfermeiros na abordagem à família, para a sua integração no processo de cuidados. Objetivo Geral: Compreender a importância atribuída à família, pelos enfermeiros de um Hospital da zona sul, na prestação de cuidados. Método: Estudo de natureza quantitativa, descritivo - correlacional, transversal, realizado com 135 enfermeiros de um Hospital da região sul através do método de seleção não probabilístico e de conveniência. O instrumento de colheita de dados é composto por um questionário de caracterização sociodemográfica, profissional e pela Escala Importância da Família nos Cuidados de Enfermagem - Atitudes dos Enfermeiros (IFCE-AE). Resultados: A amostra é constituída maioritariamente por enfermeiros do sexo feminino, entre os 31 e 35 anos, solteiros, com a licenciatura e de categoria profissional enfermeiro generalista. Trabalham na consulta externa do hospital, em média há 13,9 anos, com o método de enfermeiro responsável, sem formação em enfermagem de família, identificando nos seus registos, diagnósticos e intervenções centrados na família. Das variáveis sociodemográficas e profissionais apenas a idade e o serviço onde exercem funções, influencia a atitude dos enfermeiros nos cuidados de enfermagem. Conclusão: Os enfermeiros, da área hospitalar, apresentam atitudes de suporte, promovendo a inclusão e integração da família nos cuidados de enfermagem.
- Educação para a Saúde Familiar – Perceção dos EnfermeirosPublication . Pereira, Alda Cristina da Silva; Silva, Célia Maria Jordão SimõesA educação para a saúde (EpS) familiar na prática clínica de enfermagem capacita a família para promover a saúde familiar. Este estudo teve por objetivo identificar o quorum de boas práticas de EpS dos enfermeiros focadas na família e verificar qual a perceção que os enfermeiros têm em relação a essas boas práticas. A partir da análise do artigo “Educação em Saúde na Estratégia de Saúde da Família: percepção dos profissionais” de Silva, Lemos e Hardman (2015) e de uma revisão da literatura, identificaram-se cinco fatores, que foram posteriormente validados e hierarquizados segundo peso/importancia por peritos em enfermagem das várias áreas de especialização, num Painel Delphi online. O estudo realizado é transversal descritivo – correlacionado. A amostra foi constituída por 272 enfermeiros que realizam EpS familiar em Portugal, a partir do total dos enfermeiros que exercem em Portugal, 73650. Com os dados do questionário aplicado construíu-se e validou-se a Escala Educação para a Saúde Familiar – Perceção dos Enfermeiros (ESfamília).Ficando esta constituída por dois fatores (a promoção da saúde familiar através da EpS e a EpS familiar não normativa), que resultam da Análise Fatorial e explicam 68,66% da variância total. A consistência interna da escala, avaliada pelo Alfa de Chronbach, revelou-se muito boa (0,974). Dos resultados destaca-se que a ESfamília, ficou constituída por dois fatores sendo que os enfermeiros atribuíram maior importância ao fator a EpS familiar não normativa (M=4,56; Dp±0,54) e um pouco menor importância à Promoção da saúde familiar através da EpS (M=4,41; Dp±0,54). Os resultados indiciam que a EpS familiar pode ser realizada em qualquer contexto, sendo que os contextos em que a EpS familiar é mais realizada é no centro de saúde e no domicílio. Conclui-se que os enfermeiros atribuíram grande importância aos fatores e à ESfamília, realçando que a EpS familiar em enfermagem deve ser não normativa para capacitar as famílias para promoverem a sua saúde.
- A SISTÉMICA FAMILIAR NO CUIDADO DE ENFERMAGEM CENTRADO NA FAMÍLIA – IMPACTO DE UM PROGRAMA DE FORMAÇÃOPublication . Jordão, Tânia Fernanda Mesquita da Silva; Henriques, Carolina Miguel da GraçaA Enfermagem de Saúde Familiar, com um corpo de conhecimentos próprio resultante da agregação dos modelos de enfermagem, de teorias da terapia familiar e de teorias de ciências sociais da família, que conduz a mudança de paradigma do indivíduo para a família, tem evoluído nas últimas décadas, constituindo uma área de intervenção e investigação recente. Os estudos existentes, ainda escassos, indiciam que a abordagem sistémica da família não é prática habitual no cuidado à família. O presente estudo visa conhecer as características sociodemográficas e profissionais dos enfermeiros que integram uma Unidade de Saúde Familiar da Região Centro de Portugal e a sua perceção acerca dos conceitos de família e de enfermagem de saúde familiar, identificar os seus conhecimentos quanto a sistémica familiar no cuidado de enfermagem e avaliar o impacto de um programa de formação centrado nos conhecimentos sobre sistémica familiar no cuidado à família. O estudo, que teve como instrumento de colheita de dados o questionário autoadministrado, é composto por dois momentos de recolha de dados sobre o mesmo grupo de sujeitos, uma avaliação inicial e uma avaliação um mês após o programa de formação, designando-se de tipo quase-experimental, com desenho do tipo pré teste e pós teste sem grupo de controlo, de caráter quantitativo e longitudinal. A população e amostra são sobreponíveis, constituídas pelos oito enfermeiros que exercem funções na Unidade de Saúde Familiar (USF), selecionada por facilidade de acesso. A avaliação inicial revela diferentes níveis de conhecimentos acerca de sistémica familiar nos participantes, acusando na generalidade conhecimentos deficientes atendendo ao que se preconiza para uma USF. Na avaliação pós formação constatou-se o impacto positivo da intervenção formativa para enfermeiros, verificada pelo aumento dos conhecimentos avaliados, validando portanto a hipótese de investigação: Existem diferenças estatisticamente significativas nos conhecimentos sobre sistémica familiar no cuidado à família, dos enfermeiros que integram uma Unidade de Saúde Familiar da Região Centro de Portugal, antes e após a implementação de um Programa de Formação, anunciando a necessidade e importância de desenvolver e implementar programas de formação neste âmbito para profissionais de enfermagem.
- Impacto do Modelo de Calgary na Capacitação Familiar: Perspetiva da Enfermagem de Saúde FamiliarPublication . Monteiro, Rui de Oliveira Pires; Gomes, José Carlos RodriguesSegundo Hanson & Kaakinen (2005) cada sistema familiar apresenta características num determinado momento com o intuito de manter o equilíbrio funcional. Para melhor responder às exigências e movimentos de mudança a família não deve manter o mesmo funcionamento. O presente estudo propôs-se perceber em que medida a implementação de uma consulta de enfermagem familiar estruturada, baseada no Modelo de Calagary, aleado ao Modelo Circumplexo de Olson, influi na capacitação familiar. O estudo, caracterizado como quantitativo, descritivo e inferencial, do tipo pré-teste, pós-teste com grupo de controlo, envolveu 26 famílias. A implementação de uma consulta de enfermagem estruturada, tendo por base os constructos referidos anteriormente, permitiu potenciar a capacitação das potencialidades familiares e, subsequentemente, promover a resiliência familiar, pelo melhoramento funcional ao nível das dimensões coesão e adaptabilidade familiares.
- IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM: FATORES ASSOCIADOS ÀS ATITUDES DOS ENFERMEIROSPublication . Ferreira, Monica da Silva; Barros, Teresa Madalena Kraus Brincheiro HuttelA participação da família nos cuidados de enfermagem, é influenciada pelos comportamentos e atitudes dos enfermeiros sobre a importância de incluir as famílias nos cuidados de enfermagem. Este estudo do tipo transversal, descritivo-correlacional e de cariz quantitativo tem como objetivos: conhecer as atitudes dos enfermeiros, quanto à importância que atribuem à integração das famílias nos cuidados de enfermagem; identificar os fatores associados às atitudes dos enfermeiros, quanto à importância que atribuem à integração das famílias no cuidados de enfermagem; avaliar a relação existente entre os fatores identificados e as atitudes dos enfermeiros, quanto à importância que atribuem à integração das família nos cuidados de enfermagem; identificar os fatores preditores das atitudes dos enfermeiros, quanto à importância que atribuem à integração das famílias nos cuidados de enfermagem. Foi constituída uma amostra de 317 enfermeiros de um Centro hospitalar da região centro, através do método de seleção não probabilístico intencional e acidental. Para a recolha de dados, utilizou-se um questionário, constituído por questões sociodemográficas e profissionais, a “Escala dos Objetivos de Vida”, o “Inventário da Saúde Mental” e escala “A Importância das Famílias nos Cuidados de Enfermagem-Atitudes dos Enfermeiros”. Os resultados indicam que os enfermeiros têm na sua maioria atitudes positivas quanto à importância da integração da família nos cuidados de enfermagem. Os que revelam uma atitude mais positiva quanto à integração das família nos cuidados de enfermagem (p<0,05), são os enfermeiros mais velhos, detentores de pós-graduação, especialização ou mestrado, que possuem mais tempo de exercício profissional, que são especialistas/chefe de categoria profissional, que têm índices elevados de propósitos e objetivos de vida, e que não apresentam sintomatologia depressiva. Acrescentam-se os que trabalham na UCEP, psiquiatria, cirurgia de ambulatório e consulta externa. Identificam-se como fatores preditores de uma atitude mais integrativa, ser enfermeiro especialista/chefe de categoria profissional, trabalhar no grupo de serviços da consulta externa e ter índices mais elevados de propósitos e objetivos de vida. A formação e o processo de descoberta do sentido de vida são fundamentais no desenvolvimento de competências no âmbito da família, pelo potencial de otimização da prática de enfermagem, conduzindo à implementação de cuidados antecipatórios e logo ganhos em saúde.
- PERCEÇÃO DO ENFERMEIRO DE FAMÍLIA SOBRE A VISITA DOMICILIÁRIA À FAMÍLIA NO PÓS-PARTOPublication . Leal, Célia Jorge da Silva; Catarino, Helena da Conceição Borges PereiraCorrespondendo o nascimento de um filho à passagem para uma nova etapa do ciclo vital da família, ela é considerada como um período de ambiguidade, caraterizado por sucessivas transformações tanto a nível físico como psicológico e social, restruturação familiar com consequente aquisição e adaptação a novos papéis. Sendo o enfermeiro de família o agente de primeiro contacto com as famílias e o domicílio o local preferencial para a sua intervenção, esta torna-se importante para o processo de transição para uma parentalidade saudável. Este estudo teve como objetivos: conhecer a perceção do enfermeiro de família sobre a visita domiciliária à família no pós-parto; avaliar a importância atribuída à família pelos enfermeiros de família que realizam a visita domiciliária à família no pós-parto; identificar as medidas (intervenções) desenvolvidas pelos enfermeiros de família na visita domiciliária à família no pós-parto; identificar as dificuldades sentidas pelos enfermeiros de família na visita domiciliária e identificar aspetos a melhorar pelos enfermeiros de família na visita domiciliária à família no pós-parto. Desenvolveu-se um estudo quantitativo, transversal, descritivo, numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 21 enfermeiros que trabalham em USF`s, em que se realiza a visita domiciliária à puérpera e recém-nascido. Foi aplicado um instrumento constituído por: caraterização sociodemográfica e profissional, perceção dos enfermeiros sobre a visita domiciliária (VD) à família no pós-parto e atitudes dos enfermeiros face à importância das famílias nos cuidados de enfermagem. Verificou-se que 61,9% dos enfermeiros tem formação especifica em enfermagem de família, 90,5% realizam a VD à família no pós-parto, 36,8% aplicam os instrumentos de avaliação familiar e 31,6% referem existir um guia orientador/ protocolo para realizar a VD, sendo a sua necessidade apontada por 78,9%. O sistema de registo utilizado na VD é considerado pouco facilitador por 57,9%. A amostra apresenta scores altos relativamente às atitudes face ao envolvimento das famílias nos cuidados (M=97; DP=8,42).
- DA AVALIAÇÃO FAMILIAR AO PROCESSO DE ENFERMAGEM À FAMÍLIA – CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIASPublication . Santos, Eva João de Jesus; Henriques, Carolina Miguel da GraçaNos últimos anos, alterações políticas e sociais, levaram ao aparecimento de novas necessidades no seio familiar. A enfermagem não ficou alheia a tais factos e tentou corresponder a esses dilemas. Na abordagem à família, é essencial o enfermeiro ter ferramentas que o orientem e dotem de capacidades, de modo a entender as dinâmicas internas da família e que a possa auxiliar no seu percurso de vida. É neste contexto que surge o Modelo de Calgary de Avaliação Familiar (MCAF), uma ferramenta importante na prática de enfermagem de saúde familiar. Como tal, é fulcral investigar o impacto de um programa de intervenção, no desenvolvimento de conhecimentos e competências na avaliação familiar pelo MCAF. Este estudo tem como objetivos identificar as características sociodemográficas e profissionais dos enfermeiros que integram uma Unidade de Saúde Familiar (USF) da região Centro de Portugal, conhecer a importância atribuída à família pelos enfermeiros que integram essa unidade; identificar os conhecimentos dos profissionais sobre Avaliação Familiar; avaliar o impacto da aplicação de um programa de desenvolvimento de conhecimentos e avaliar o impacto de um programa de desenvolvimento de competências sobre a avaliação familiar, dos enfermeiros através do uso do MCAF. Este estudo é do tipo quase-experimental, com desenho pré teste e pós teste, sem grupo de controlo, de caráter quantitativo e longitudinal. Foi desenvolvido com um grupo de enfermeiros, sendo a amostra constituída por 8 enfermeiros, com dois períodos de recolha de dados - uma avaliação inicial, seguida de um programa de intervenção, e por último uma avaliação final. Para a realização do mesmo foi utilizado um instrumento de colheita de dados nos dois períodos de avaliação. Este instrumento é composto por um questionário onde são avaliadas as caraterísticas sociodemográficas, profissionais, as atitudes dos enfermeiros face à importância atribuída à família nos cuidados de enfermagem (IFCE-AE), bem como os conhecimentos e competências dos enfermeiros na avaliação familiar pela aplicação do MCAF. Através da aplicação da versão modificada da Escala IFCE-AE observa-se que o grupo de enfermeiros possui atitudes de suporte em relação à família. Verifica-se ainda existência de diferenças estatisticamente significativas, a nível de conhecimentos bem como nas competências, sobre avaliação familiar pela aplicação do MCAF, nos enfermeiros que integram uma (USF) da Região Centro de Portugal, antes e após a implementação de um Programa de intervenção. Com este estudo, conclui-se que através da implementação de programas interventivos na avaliação familiar pela aplicação do MCAF, ocorre transferência de conhecimentos e desenvolvimento de competências nos profissionais de enfermagem, contribuindo assim favoravelmente à abordagem sistémica da família.