ESSLei - Teses de Doutoramento de docentes
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing ESSLei - Teses de Doutoramento de docentes by Title
Now showing 1 - 4 of 4
Results Per Page
Sort Options
- Amamantamiento : sentimientos y vivencias experimentados por la madrePublication . Ramalho, SóniaA segurança, a protecção e a regulação emocional são muito importantes na construção da relação mãe-bebé. O aconselhamento individual no pós-parto deve ser fornecido por profissionais de saúde bem treinados para poderem identificar e activamente solucionar as dificuldades e necessidades particulares de cada um. O presente estudo que seguiu a metodologia quantitativa, de natureza descritiva, e onde se procedeu à aplicação de entrevistas, observação participante e questionários, procurou dar resposta à grande questão que orienta toda a pesquisa: Quais as vivências e sentimentos experienciados pela mãe na relação que estabelece com o bebé na amamentação? Teve como objectivos: descrever as vivências e os sentimentos experienciados pela mãe na relação com o bebé na amamentação; compreender os conteúdos fantasmáticos, ansiedades, medos e fantasias que emergem na mãe na relação com o bebé na amamentação. Desenvolveu-se num primeiro momento, no período de Março a Agosto de 2009, numa amostra de 793 díades mãe-bebé do Serviço de Obstetrícia do Hospital Santo André, EPE de Leiria, seleccionadas por conveniência durante o internamento na maternidade, onde se detectaram 44 puérperas com antecedentes de perturbação do humor e perturbação de ansiedade as quais foram alvo de nova intervenção aos 4 meses pós-parto. Podemos concluir, nas observações foi detectada muita dificuldade por parte das mães em estabelecer uma relação que corresponda às necessidades e solicitações do bebé (13% ignora as solicitações) e a maioria refere temor de incapacidade de cuidar bem do bebé. E nas entrevistas no internamento as mães verbalizaram angústias, medos e sentimentos. Na comparação dos dados obtidos nos dois momentos que as mães no internamento, fazem uma avaliação mais positiva da amamentação, ao nível do estilo de vida e imagem corporal, do que aos 4 meses de idade do bebé. O afecto materno que as mães evidenciam aos 4 meses de idade do bebé não é significativamente influenciado pela avaliação da amamentação ou pela auto-estima que evidenciam no internamento.
- Maltrato infantil : actitudes y conocimientos de los educadoresPublication . Catarino, Helena da Conceição Borges PereiraObjectivos: Com o presente trabalho pretende-se conhecer as atitudes e o nível de conhecimentos dos educadores de infância e professores do ensino básico e secundário em relação ao mau trato infantil; determinar a prevalência de sinalização de maus tratos identificados nos seus estudantes; conhecer a sua actuação relativamente às situações de maus tratos identificadas; conhecer suas sugestões relativamente ao papel institucional, na melhoria da intervenção no âmbito do mau trato infantil; avaliar suas necessidades de formação sobre a criança de risco e o mau trato infantil, e determinar os factores preditivos das suas atitudes e conhecimentos em relação ao mau trato infantil. Metodologia: Desenvolvemos um estudo quantitativo, não experimental, transversal e correlacional, numa amostra constituída por 264 educadores de infância e professores dos estabelecimentos públicos de ensino pré-escolar, básico e secundário do concelho de Leiria, seleccionados por amostragem de conveniência. Foi aplicado um questionário composto por três partes: caracterização sóciodemográfica e profissional da amostra; avaliação das atitudes e dos conhecimentos dos educadores de infância e professores dos ensinos básico e secundário sobre os maus tratos infantis, e avaliação das necessidades de formação no âmbito da criança de risco e do mau trato infantil. A segunda parte integrou uma escala de Atitudes dos Educadores face ao Mau trato Infantil (EAtEMtI) com três dimensões, Atitudes face à autoridade parental abusiva (α de Cronbach=0,784); Atitudes face à sinalização dos maus tratos (α de Cronbach=0,729) e Atitudes face à punição física (α de Cronbach=0,725), construída e validada para o efeito. Resultados: Em relação às atitudes face ao mau trato Infantil (EAtEMtI), a análise detalhada permite constatar que os educadores apresentam atitudes concordantes com as Atitudes face à sinalização dos maus tratos e pouco discordantes com as Atitudes face à autoridade paterna e as Atitudes face à punição física. Em média, os educadores que integraram a amostra apresentam conhecimentos insuficientes sobre os sinais de suspeita de mau trato infantil, sendo a percentagem média de respostas correctas de 33,10%. É ao nível dos conhecimentos sobre os sinais de suspeita de maus tratos físicos que os inquiridos possuem mais conhecimentos e é relativamente aos sinais de suspeita de maus tratos sexuais que os seus conhecimentos são mais deficitários. São factores preditivos para as atitudes face à autoridade parental abusiva, o sexo, ter contactado com crianças vítimas de maus tratos e os conhecimentos globais sobre os sinais de maus tratos. Para as atitudes face à sinalização dos maus tratos, as habilitações académicas, o exercício funcional, ter contactado com crianças vítimas de maus tratos, o grau de interesse em formação sobre mau trato infantil, a detecção de sinais de suspeita de maus tratos infantis constituem factores preditores. O sexo, ter feito formação na área dos maus tratos infantis e o grau de interesse em formação sobre mau trato infantil são factores preditivos para as atitudes face à punição física. São factores preditivos para os conhecimentos sobre os sinais de maus tratos, a idade, as habilitações académicas, o tempo de docência na função e a detecção de sinais de suspeita de maus tratos infantis como um total. Só uma minoria dos educadores fez formação na área dos maus tratos infantis, tendo esta sido realizada, maioritariamente, em contexto da formação contínua. Percepcionam o seu conhecimento nesta área, como situado num nível intermédio e demonstram grande interesse em fazer formação sobre a identificação dos sinais e sintomas de mau trato, actuação/procedimentos na sinalização e formas de intervenção terapêutica. Sugerem a melhoria de aspectos organizacionais e a implementação de programas de formação e de programas de intervenção na comunidade escolar para despiste precoce das situações de suspeita de maus tratos.
- Modelo de estimação dos custos da não formação em saúde no âmbito do diagnóstico e tratamento de feridas crónicas: uso de simulação da decisão clínica com ferramentas baseadas na InternetPublication . Gaspar, Pedro João Soares; Monguet, Josep MariaOs contextos profissionais actuais, fortemente marcados por rápidas e profundas evoluções tecnológicas e científicas, exigem uma actualização permanente de competências que só a Aprendizagem ao Longo da Vida e a formação profissional contínua permitem. A área da prestação de cuidados de saúde não é excepção, e para além da qualidade dos cuidados também os custos dos cuidados se encontram sob permanente avaliação. Nos contextos da prestação de cuidados de saúde os avanços da ciência e da tecnología rapidamente tornam obsoletas competências específicas adquiridas nas escolas. Por outro lado os erros clínicos, as más práticas e as performances deficientes, frequentemente associadas ao défice de formação, imputam uma enorme carga económica aos custos da saúde. As Tecnologias da Informação e da Comunicação, e nomeadamente a formação disponibilizada online, podem ser importantes catalizadores da Aprendizagem ao Longo da Vida em geral e da formação profissional contínua em particular, sobretudo pela flexibilidade, acessibilidade e ubiquidade com que podem revestir os programas de formação. No investimento em formação dos profissionais de saúde, mais do que saber quanto se vai gastar é sobretudo importante saber quanto se pode poupar, nos custos dos cuidados, tornando mais qualificados e competentes os profissionais de saúde. Mas responder à questão "Quanto custa a não formação", no caso dos profissionais de saúde apresenta fortes obstáculos éticos e metodológicos. Com o objectivo geral de desenvolver um modelo de estimação dos custos da não formação no âmbito da saúde, usando casos clínicos virtuais e um simulador de tomada de decisão clínica para o tratamento de feridas crónicas, construímos e validamos casos clínicos virtuais de pessoas com feridas crónicas, um modelo matemático para estimação dos Custos Óptimos (baseados nas decisões clínicas óptimas) dos casos clínicos virtuais e um simulador de tomada de decisão em diagnóstico e tratamento dos casos clínicos virtuais para construir as matrizes de Custos da Acção (baseados nas decisões registadas no simulador). Testámos este modelo desenvolvendo um primeiro estudo quantitativo, transversal, correlacional numa amostra não aleatória de 78 enfermeiros com diferentes níveis de formação específica e experiência no diagnóstico e tratamento de feridas crónicas. Nos resultados deste estudo reunimos evidência empírica de que os custos envolvimos no tratamento são mais elevados entre os profissionais de saúde que não frequentaram formação acreditada específica na área do diagnóstico e tratamento de feridas crónicas, e de que entre os que frequentaram formação os custos tendem a baixar à medida que o número de horas de formação sobe. Num segundo teste do modelo desenvolve um estudo mais controlado, quaseexperimental do tipo pré-teste/pos-teste com grupo de controlo não equivalente, numa amostra de 53 profissionais de saúde (25 no grupo experimental e 28 no grupo de controlo). A manipulação da variável dependente (Custos da Acção) realizou-se com a frequência de um programa de 40 horas de formação acreditada no âmbito do diagnóstico e tratamento de feridas crónicas, que só o grupo experimental frequentou. Nos resultados deste estudo reunimos evidência empírica de que os custos envolvimos no tratamento são mais elevados entre os profissionais que não frequentaram a formação. Foi possível estimar os custos da não formação, atestando a sua grande representatividade. Estes resultados permitem concluir que (1) a formação profissional contínua pode ser efectiva na minimização dos erros e más práticas clínicas e ser fundamental na redução dos custos do tratamento de feridas crónicas, (2) que os custos envolvidos no tratamento são mais elevados entre os profissionais de saúde que não frequentaram a formação acreditada no âmbito da prevenção e tratamento de feridas crónicas e (3) que os custos imputáveis à não formação têm uma grande representatividade na carga económica, numa análise custo-efectividade segundo uma perspectiva da sociedade que incluiu não apenas os custos directos, mas também custos indirectos. O modelo desenvolvido e testado, baseado em casos clínicos virtuais e simulador de tomada de decisão clínica, revelou-se efectivo na estimação dos custos da não formação em diagnostico e tratamento de feridas crónicas, e reforça a nossa convicção de que pode ser usado com os mesmos objectivos em outras áreas da prestação dos cuidados de saúde.