Revista Portuguesa de Terapia Ocupacional (RPTO)
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- Aplicação do MOHOST na Intervenção da Terapia Ocupacional em Saúde Mental no Centro Hospitalar do Baixo Vouga-PortugalPublication . Simões, Ana; Pereira, Beatriz; Filipe, Catarina; Fabião, Joana; Valente, Prazeres; Cura, Mariana; Santos, Filomena; Roldão, Elisabete; Ribeiro, JaimeIntrodução: Atualmente, verifica-se reduzida informação referente à prática dos terapeutas ocupacionais e à utilização do “Model of Human Occupation Screening Tool” (MOHOST) na avaliação de clientes psiquiátricos em Portugal. Objetivos: Delinear o perfil dos utentes do Hospital de Dia (HD) no Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (DPSM-CHBV) e perceber a utilidade do MOHOST no processo da Terapia Ocupacional (TO), segundo a perceção das terapeutas ocupacionais. Material e Métodos: Foi realizado um estudo de caso exploratório-descritivo, de abordagem mista. A recolha de dados realizou-se a partir de 238 processos clínicos, dos resultados da avaliação do MOHOST e uma entrevista semiestruturada às TO do DPSM-CHBV. Posteriormente, realizou-se uma análise estatística com o software “Statistical Package for the Social Sciences” (SPSS) e a análise de conteúdo pelo software “Web Qualitative Data Analysis” (WebQDA). Resultados: Os resultados obtidos possibilitaram delinear o perfil do cliente psiquiátrico e obter a perceção das terapeutas ocupacionais sobre a utilidade do MOHOST no DPSM-CHBV. Destacam-se as limitações e potencialidades dos participantes através da avaliação do MOHOST, em linha com estudos anteriormente realizados. As TO referem alguns itens com maior dificuldade em avaliar, porém mencionam ser um instrumento útil e de fácil utilização. Conclusões: Constata-se que a aplicabilidade deste instrumento é útil na área de Psiquiatria e Saúde Mental, que indica a interferência psicopatológica nos papéis, rotinas, hábitos, participação e desempenho ocupacional do cliente, o que potencia a intervenção do terapeuta ocupacional.
- Atividade Física de Intensidade Moderada em Contexto de Pandemia por SARS-Cov-2: Estudo de PreditoresPublication . Silva, Cátia; Miranda, Leonor G.; Santos, JoãoIntrodução: A participação ocupacional na AF tem sido cada vez mais valorizada pelo impacto positivo na promoção de saúde e bem-estar. Objetivo: Verificar se a idade, sexo, hábitos tabágicos, consumo de álcool, Índice de Massa Corporal (IMC), duração do sono, patologia e medicação predizem o volume de atividade física (AF) de intensidade moderada segundo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), de pelo menos 150 minutos semanais, em adultos de ambos os sexos de nacionalidade portuguesa, durante a pandemia por SARS-Cov-2 em 2021, numa fase pós confinamento. Métodos: Estudo observacional analítico transversal. Recolha de dados através de questionário online contendo o IPAQ-SF e análise com regressão logística binária. Resultados: Amostra (n=216), maioritariamente feminina (67,6%), com idade compreendida entre 18 e 65 anos. A maioria dos participantes (60,2%) afirmou não cumprir o volume de AF de intensidade moderada, segundo as recomendações da OMS. A duração do sono (p=0,001), a idade (p=0,030) e os hábitos tabágicos (p=0,025) parecem predizer significativamente, em cerca de 15% (Nagelkerke R2=0,150), a prática de AF de intensidade moderada, de pelo menos 150 minutos semanais. Conclusão: Este estudo sugere que a duração do sono, a idade e os hábitos tabágicos podem ser preditores significativos da AF de intensidade moderada. Palavras-chave: “AF moderada”; “Duração do sono”; “Tabagismo”.
- Comportamento em crianças do 1.º ciclo: relação com o processamento sensorial e o tempo de exposição a ecrãsPublication . Alves, Anabela Oliveira; Trigueiro, Maria João Ribeiro Fernandes; Pinto, Élia Maria Carvalho Pinheiro da SilvaIntrodução: As alterações do comportamento podem estar associadas tanto com disfunções do processamento sensorial, como com o tempo de exposição a ecrãs. Objetivo: Verificar se o processamento sensorial e o tempo de exposição a ecrãs em crianças em idade escolar do 1.º ciclo influenciam os seus comportamentos. Método: Utilizou-se um questionário sociodemográfico, a Medida do Processamento Sensorial e o Questionário de Capacidades e Dificuldades. A amostra foi composta por 183 crianças entre os seis e os 10 anos. Para o tratamento de dados utilizou-se medidas de estatística descritiva para caraterizar a amostra e descrever as frequências das variáveis, para relacionar o processamento sensorial com o comportamento, e o tempo de exposição a ecrãs com o comportamento utilizou-se a correlação não paramétrica de Spearman, e para verificar se o tempo de exposição a ecrãs e o processamento sensorial são preditores do comportamento realizou-se uma regressão linear múltipla. Resultados: As variáveis que se revelaram preditoras do comportamento foram ao nível do processamento sensorial, a participação social (Beta = 0,255, p < 0,001), a consciência do corpo (Beta = 0,324, p < 0,001) e a audição (Beta = 0,164, p = 0,018), tendo sido apurada a tendência para quanto mais os problemas no processamento sensorial mais os problemas de comportamento. Da análise entre as variáveis, tempo de exposição a ecrãs e comportamento não se verificou nenhuma correlação significativa. Conclusão: Conclui-se que dificuldades no processamento sensorial estão associadas a uma maior prevalência de problemas de comportamento, em crianças com desenvolvimento típico.
- Contributo para a validação da escala The Perceived Efficacy and Goal Setting System para a População PortuguesaPublication . Ferreira, Ana Isabel; Matos, Ana; Lança, Joana; Martins, Ana PaulaO Perceived Efficacy and Goal Setting (PEGS) é uma escala que identifica a percepção da criança sobre a sua eficácia em várias atividades do quotidiano (autocuidados, produtividade e atividades de lazer) comparando-a com a perceção dos seus cuidadores e educadores. Anteriormente, foi iniciada a contribuição para a tradução e adaptação cultural da escala PEGS (2ª edição) para a língua portuguesa, havendo necessidade de contribuir para a validação da PEGS para a População Portuguesa. Para tal, foi recrutada uma amostra de conveniência de 93 crianças (N=44; 47,3% do género masculino e N=49; 52,7% do género feminino), com idades compreendidas entre os 5 e 9 anos. Após a aplicação da escala, foram analisados e interpretados os dados obtidos e, através do cálculo do Alfa de Cronbach, foi possível aferir que a totalidade dos itens do questionário do cuidador e do educador revelam uma consistência muito forte (valor ≥ 0.9) e o da criança, uma boa fiabilidade (valor ≥ 0,7). Durante a aplicação da escala, verificou-se que a extensão da mesma poderá influenciar a atenção das crianças mais novas, assim como a complexidade da linguagem utilizada. Contudo, o sistema pictográfico, facilitou e motivou o envolvimento das crianças no decorrer da aplicação da PEGS. As investigadoras propõem a continuidade da validação da escala, nomeadamente através da recolha de dados normativos em diferentes regiões do país, uma vez que na prática da terapia ocupacional existe a necessidade de maior investimento em escalas de avaliação validadas para a população portuguesa.
- Contributo para Tradução e Validação da escala KidsLife para prática da Terapia Ocupacional em PortugalPublication . Santana, Maria Raquel; Pestana, Francisca; Cabecinha, Ana; Gomes, Inês; Martins, Ana PaulaConsiderando o número reduzido de instrumentos traduzidos e validados em Portugal e sendo estes uma mais-valia para a prática clínica, o presente estudo tem como objetivo efetuar todo o processo de tradução e adaptação transcultural da escala KidsLife. Trata-se de um estudo descritivo, de metodologia de análise mista (qualitativo e quantitativo). Esta escala, de origem espanhola, criada em 2016, avalia a qualidade de vida (QV) de crianças e adolescentes com perturbação intelectual. É preenchida por um observador externo, que conheça o indivíduo há pelo menos 6 meses, e que tenha oportunidade de conviver com o sujeito em vários contextos. A escala está dividida em oito domínios que determinam, em conjunto, a QV da pessoa com perturbação intelectual: bem-estar emocional, relações interpessoais, bem-estar material, desenvolvimento pessoal, bem-estar físico, autodeterminação, inclusão social e direitos. Após autorização dos autores da escala, obedeceu-se a todos os passos para a adaptação transcultural da mesma. Realizaram-se duas traduções e respetiva síntese das traduções. Seguiu-se a avaliação por um grupo de peritos, onde se obteve, após a segunda avaliação, valores de concordância entre peritos perfeita (k=1). Após finalizar a tradução, a escala foi aplicada a crianças e adolescentes de um Centro de Paralisia Cerebral do Alentejo. A consistência interna da escala foi avaliada, obtendo-se um Alfa de Cronbach de 0.953, ou seja uma consistência interna excelente. Prosseguiu-se para as duas retroversões, para o idioma de origem. A respetiva síntese das retroversões foi apresentada aos autores para avaliação, obtendo-se a validação da tradução efetuada.
- Editorial inaugural da Revista Portuguesa de Terapia OcupacionalPublication . Gomes, Maria Dulce; Teixeira, Liliana; Ribeiro, Jaime
- Impacto da terapia de reminiscências com recurso à realidade virtual ao nível da sintomatologia psicológica e comportamental de pessoas com demênciaPublication . Santos, Mariana; Coelho, Tiago; Portugal, PaulaObjetivo: Comparar o impacto de um programa de terapia de reminiscências (TR) com recurso à realidade virtual (RV), com o impacto de um programa de TR com recurso a um estímulo tradicional, ao nível da manifestação de sintomatologia psicológica e comportamental em pessoas com demência, durante as várias sessões. Métodos: Ensaio clínico randomizado, com um desenho do tipo experimental, em que foi realizado o acompanhamento de uma amostra de 14 idosos recrutados por conveniência, divididos por dois grupos de intervenção: TR tradicional (controlo) e TR com recurso à RV (experimental). A intervenção foi constituída por 8 sessões, com frequência bissemanal. Durante cada sessão foi preenchida uma grelha de observação sobre a manifestação de sintomatologia comportamental e psicológica e sobre o envolvimento do participante. Foi ainda utilizado o Simulator Sickness Questionnaire, administrado antes e após a exposição ao vídeo, de forma a avaliar o aumento do grau da manifestação de sintomatologia adversa associada à simulação. Resultados: Não se verificam diferenças significativas entre os grupos no que concerne ao sexo, nível de escolaridade, idade, grau de independência, nas AVD’s e AVDI’s e declínio cognitivo, bem como ao nível da manifestação sintomatológica comportamental e da sintomatologia adversa durante as sessões. No que diz respeito ao envolvimento na experiência, os comportamentos observados foram globalmente positivos, havendo partilha de memórias maioritariamente positivas e um registo de ligeiramente maior envolvimento dos participantes expostos a ambientes imersivos (RV), do que no grupo de controlo. Conclusão: De uma forma geral, o impacto dos diferentes programas de intervenção parece ser semelhante. Através deste estudo, gerou-se evidência acerca da segurança e viabilidade da aplicação de RV neste tipo de intervenção, validando a continuidade da sua utilização.
- Regular crianças com PEA durante a sua participação nas AVD`s: O desenvolvimento de uma app para os paisPublication . Reis, Helena Isabel da Silva; Eusébio, Inês Lucas; Sousa, Margarida Silva e; Ferreira, Mariana Lúcio; Pereira, Raquel da Silva; Dias, Sara Alexandra da Fonseca Marques Simões; Reis, Catarina Isabel Ferreira Viveiros Tavares dosIntrodução: Crianças com PEA são caracterizadas por apresentarem respostas atípicas aos estímulos sensoriais, tendo impacto no envolvimento e na participação funcional. Objetivo: O presente estudo descreve o processo de desenvolvimento de uma app com o intuito de ajudar as famílias a regular as crianças com PEA, entre os 3-6 anos, através da aplicação de estratégias sensoriais, para melhorar a participação da criança nas rotinas diárias, em contexto de casa. Material e Métodos: Para o estudo foi selecionado um focus group composto por quatro terapeutas ocupacionais com vários anos de experiência em trabalhar com crianças com PEA e com formação especializada na área da Integração Sensorial, de forma a desenvolver e a analisar o conteúdo da app. Estabeleceu-se uma colaboração com o Departamento de Engenharia Informática, e através de reuniões quinzenais conjuntas, foi possível desenvolver toda a configuração e programação da app de forma articulada. Resultados: “Regul-A” foi o nome atribuído à app, uma vez que apresenta como principal finalidade ajudar na regulação de crianças com PEA. Os resultados abrangem as diversas estratégias sensoriais selecionadas pelo focus group, assim como, a estrutura da app, desenvolvida em colaboração com o Departamento de Engenharia Informática. Conclusões: Acredita-se que a app “Regul-A” venha a constituir-se uma potencial ferramenta para reunir, analisar e gerir dados da criança relativos ao seu desempenho ocupacional, facilitando a implementação de estratégias e a partilha de informação entre os pais e os terapeutas ocupacionais.
- Revisão da narrativa: Qual o impacto da doll therapy no envolvimento ocupacional da pessoa com demência?Publication . Fróis, Maria Carolina Malaca; Pinto, Élia Maria Carvalho Pinheiro da SilvaIntrodução: A revisão da narrativa tem como objetivo analisar artigos científicos, de forma a identificar o impacto da doll therapy no envolvimento ocupacional da pessoa com demência. Método: A revisão incluiu 14 artigos analisados, entre 2006 e 2021, que abordaram os benefícios da doll therapy e a caracterização do envolvimento ocupacional da pessoa com demência, separadamente. Para tal, foram utilizadas as bases de dados: Otseeker, Cochrane e Pubmed. Resultados: Os resultados dessa análise demonstraram que a doll therapy reduz a ansiedade, agitação, depressão e stress; aumenta os sentimentos de felicidade, tranquilidade e prazer; e melhora o humor e a interação com o outro. Quanto ao envolvimento ocupacional, na pessoa com demência, é necessário que exista um estímulo externo para a promoção de oportunidades de participação. Para tal, os estudos revelaram que quanto mais interação social ocorrer, mais envolvidas as pessoas estão com o ambiente. Conclusão: Deste modo, através de uma atividade significativa, como a doll therapy, há uma melhoria do envolvimento ocupacional da pessoa com demência. Contudo, existem poucos estudos sobre estas temáticas, pelo que se sugere a realização dos mesmos, para validar os resultados obtidos.