ESAD.CR - Mestrado em Design do Produto
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- Animais de companhia: contributos para a cerâmica caldensePublication . José, Filipa Alexandra de Oliveira; Pires, Fernando Alípio BrízioNo mundo, a maioria dos objectos construídos pelo homem estão predestinados a cumprir funções específicas. Estes objectos habitam o nosso mundo e a nossa casa com propósitos concretos, habitualmente funcionais, projectados para cumprir as nossas necessidades primárias enquanto seres humanos. Esses são os princípios básicos que definem o desenvolvimento de um objecto utilitário. Contudo, existem outros factores que influenciam a nossa preferência por determinados objectos, e estes por vezes não exercem funções particularmente essenciais nas nossas vidas, nem têm um propósito específico a fim de concretizar uma actividade diária. Tais objectos são muitas vezes considerados sem utilidade. Este trabalho pretende dar forma a objectos que ultrapassam a questão da funcionalidade e apontam para outra dimensão. Esta dimensão corresponde às necessidades humanas do foro emocional. Trata-se de objectos que apelam ao conforto emocional, que despoletam sentimentos, que provocam curiosidade e reflexão. Objectos com os quais criamos um elo relacional, que passamos a considerar parte da nossa família e da nossa casa, que ganham outro estatuto na nossa vida: o de objecto de companhia. Sendo o contexto local de projecto a cidade das Caldas da Rainha, o tema cresceu sob influência da conhecida loiça das Caldas e da cerâmica Bordalo Pinheiro. O rumo que estas influências ditaram, criou uma linha condutora que direccionou o projecto para a temática dos animais e a exploração da sua forma por meio da manipulação manual da cerâmica. Os animais, enquanto seres vivos activos e animados, propagam a interacção com as pessoas. A afectividade dessa relação dá espaço para imaginar histórias, dinâmicas e muitos tipos de situações engraçadas, muitas delas irreais. O tema aqui explorado serve-se desse diálogo para criar situações de cumplicidade entre os objectos e as pessoas e estabelece uma relação entre o animal de companhia e o objecto, utilizando a forma animal como veículo para lhe atribuir traços de carácter. O que é proposto é a conformação de objectos em cerâmica que encarnam o estatuto de objectos de companhia através de formas animais, que pretendam incutir emoções e criem ligações sensitivas, afectivas e cognitivas com o observador. Este universo animal joga como uma ponte entre o real e o irreal, e estes personagens enquanto intrusos que pretendem invadir a casa e convidar as pessoas a questionar e imaginar.
- RevelaçãoPublication . Pedroso, Pedro Jorge Diogo Agapito; Pires, Fernando Alípio Brízio; Baptista, Miguel Nuno Lopes VieiraPresentemente, somos constantemente aliciados a mudar de objectos com os quais vivemos, reduzindo drasticamente o tempo de interacção com estes. A sociedade de consumo sugere a "novidade" como ponto de ruptura, propondo novos objectos, novas formas e novos modos de nos relacionarmos com os mesmos, prevendo objectos cada vez mais passageiros. A convivência com determinados objectos está programada para um breve período de tempo e uso efémero. São desenvolvidos conscientemente de a forma a subsistirem pouco tempo. Está aberto o rápido ciclo de uso e substituição destes objectos. Neste cada vez mais curto período de tempo em que temos a oportunidade de interagir e de nos relacionarmos com os objectos, dificilmente os conseguimos conhecer e aprender a lidar com a sua natureza. Sabe-se que tendencialmente valorizamos objectos que permanecem novos e se conservem inalterados com a passagem do tempo. Hoje em dia, muitos objectos não são projectados tendo em conta a acção da passagem do tempo. Não são projectados para envelhecer, permanecendo inalterados no que respeita ao desempenho para o qual foram inicialmente destinados. Partindo desta observação prévia pretendo desenvolver nesta tese uma série de objectos que surpreendam os seus utilizadores. Para que tal aconteça, procuro revelar nos objectos diversos acontecimentos, transformações inesperadas que irão sendo desvendadas com a utilização dos objectos, ajudando a criarem um processo interactivo entre o objecto e o utilizador. O utilizador/sujeito desconhece parte desta intenção, mas através do uso do objecto, participa como rastilho à sua revelação. Esta acção deverá surgir da típica relação com determinada função ou forma do objecto, usando-a como chave para desencadear o processo de alteração. Mais do que personalizar objectos tenciono reforçar a atribuição de valor por parte do utilizador, alicerçando-o com a passagem do tempo. A compreensão de uma determinada acção do sujeito no uso do objecto e o seu enquadramento na dimensão temporal, determinará o percurso das revelações, chamando a atenção do utilizador para o verdadeiro valor do objecto.
- Casa longe de casaPublication . Marcão, João Miguel Rosado; Pires, Fernando Alípio Brízio; Gonçalves, Sérgio Gomes PiresOlhando para a relação criada com os objetos presentes no nosso quotidiano, percebe- se que muitos destes pressupõem um uso individual, de curta duração, em parte culpados por uma cultura consumista da sociedade em geral. Chegámos agora ao ponto de rutura - que dá pelo nome de “crise”. Entendemos agora que andámos a consumir exageradamente em demasiado pouco tempo, gastando dinheiro e recursos que não tínhamos, sendo obrigados a mudar certos hábitos, costumes e valores. Este “constrangimento financeiro” acabou por funcionar como o apontar de uma direção para este projeto e para a consequente criação de soluções que procuram explorar a dimensão da partilha como forma de reduzir despesas, de criar menos desperdício no nosso dia-a-dia, através do sentido de comunidade (em detrimento de um estilo de vida centrado no individualismo e no consumismo). A partir desta premissa que é a partilha, ganha sentido que este projeto se focalize no universo das casas de estudantes, nesta fase das nossas vidas em que saímos de casa dos pais e repartimos casa com um conjunto de pessoas numa outra cidade. Porque, para além de ser um espaço que concentra esta geração de jovens afetada pela “crise”, é um tipo de habitação onde se gera um clima propício à partilha diária de bens e recursos, de forma a poupar nas despesas mensais. Um lugar onde existe um espírito de comunidade, onde se “desenrascam” soluções, se dividem responsabilidades, onde existem necessidades individuais e comuns, e onde o espaço partilhado aprende a coabitar com o espaço privado. Penso que a exploração da dimensão da partilha na procura de soluções formais pode ajudar a reduzir os constrangimentos económicos e sociais associados à vivência normal do indivíduo no seio deste tipo de habitação.
- Objetos não identificadosPublication . Correia, Frederico Rocha; Pires, Fernando Alípio Brízio; Gonçalves, Sérgio Gomes PiresA vida em sociedade requer integração, ação e comunicação para se efetivar. Enquanto membros de uma sociedade, assumimos direitos e deveres que nos são, à partida, impostos. A sociedade, que se compõe na forma de sistema, estipula e oferece meios para um estilo de vida organizado e programado, tendo em vista o próprio enriquecimento. O ambiente doméstico é um retrato desse modo de vida idealizado, sendo constituído essencialmente por objetos normalizados que refletem os valores e costumes de uma sociedade em constante evolução. Esta exige a permanente execução de normalizações no ambiente doméstico em função do progresso. No entanto, centram-se na alusão ao contexto histórico e cultural inerentes a uma sociedade, sem questionar a relação do sujeito com o ambiente doméstico. Nesse sentido, este trabalho surge com o intuito de incitar uma reflexão sobre o papel dos objetos na vida quotidiana, questionando a efetividade da forma enquanto identidade do objeto, e de perceber como essa identidade condiciona, ou mesmo predestina, o seu modo de uso. O trabalho concretiza-se na forma de exercício, em que se procura abstrair as pessoas de ideias preconcebidas relativas aos objetos do ambiente doméstico, uma vez que estas as orientam para empregar uma estrita forma de uso e, consecutivamente, limitam a criatividade ou privam as pessoas da sua liberdade de expressão e apropriação sobre a matéria. A atribuição de uma única funcionalidade aos objetos vem assim constranger o utilizador, de tal forma que esses tendem a multiplicar-se incessantemente no espaço doméstico para responder às mais diversas necessidades. A multiplicidade de objetos revela-se então inconveniente pelo estado de obsolescência que atinge aquando da sua não utilização, ocupando espaço e proporcionando desconforto. Deste modo, o trabalho foca-se em atribuir um carácter neutro ao ambiente doméstico, com o intuito de conferir um relativo sentido de abstração aos objetos, para evitar exercer influência sobre os comportamentos do utilizador e permitir que este usufrua do espaço doméstico em função dos seus interesses. O resultado do projeto é a construção de um sistema de mobiliário que apoia a concretização de um ambiente doméstico dinâmico e versátil, onde o espaço pode ser rentabilizado de forma a conferir comodidade.
- Forno de mesaPublication . Barrelas, Telma Sofia Cristóvão; Bispo, Renato Jorge Costa Lopes; Pires, Fernando Alípio BrízioO projecto Forno de Mesa, propõe-se a revisitar a sazonalidade e as estratégias tradicionais alentejanas de preparação e conservação de alimentos, procurando aplicá-las em produtos que respondam a necessidades contemporâneas. A forma como cuidamos de nós próprios é por vezes tão automatizada, no ritmo acelerado em que vivemos, que o momento das refeições diárias passa somente pela “ingestão de alimentos”, uma situação funcional, na qual colocamos, dentro do nosso corpo alimentos que não conhecemos, não sabemos de onde vêm, nem como são confeccionados. Esquecemo-nos de coisas como os aromas da degustação e preparação de alimentos sazonais. A produção intensiva de alimentos cria uma monotonia de paladares que nos vai habituando a uma falta de diversidade naquilo que ingerimos. Partindo destes pressupostos procurou-se, neste projecto, promover a cultura do tempo e dos sabores reais, tempo para desfrutar de cada sabor a seu tempo, vindo do local certo, de um local que conhecemos. A contemplação unida ao prazer de uma boa refeição, preparada segundo rituais endógenos e partilhada com aqueles que mais gostamos. É com os olhos postos no “modo de ser” e no património alentejano, que procuramos soluções para estas pausas de fruição. Identificando na história do Alentejo (na sua cultura imaterial, tradições, formas de viver, modos de relacionamento, e gastronomia) uma diversidade de acções e contextos que nos permitem treinar a nossa habilidade de fruir e degustar. O vínculo emocional dos alentejanos com a terra, o aproveitamento de um variadíssimo tipo de alimentos selvagens, bem como a própria planície, a calma e a partilha de experiências, saberes e bens, oferecem-nos soluções para a criação de momentos memoráveis. Este projecto desenvolveu-se no sentido de criar um conjunto de objectos que funcionem como motor para a criação de momentos de partilha e contemplação em torno da mesa.
- Convergências humanas / Convergências urbanasPublication . Santos, Marta Quelhas Lima de Almeida; Pires, Fernando Alípio Brízio; Ferreira, Pedro Alexandre Batalheiro Cortiço RibeiroA alteração do modo de viver nas cidades provocou uma reorganização de prioridades e valores, sendo que os indicadores económicos deixaram de ser o principal factor de medida da qualidade de vida. Actualmente assiste-se a uma crescente preocupação com a melhoria do bem-estar dos habitantes de áreas metropolitanas, que passa pela qualidade das experiências de vivência que nelas têm lugar. Tanto as entidades públicas como privadas manifestam agora um claro empenho em criar condições que potenciem um estilo de vida mais saudável, económico e gratificante. A construção de um meio habitável, que proporcione uma boa qualidade de vida, passa não só pelo estímulo ao desenvolvimento económico mas, também, pelo envolvimento da população no processo de requalificação do território e ainda pela dinamização de actividades e programas culturais que promovam a economia local, bem como a interacção com e entre os cidadãos. Perante esta conjuntura, o seguinte projecto propõe uma reflexão sobre boas práticas cívicas e o seu impacto na paisagem urbana e sobre como o design de produto pode intervir na regeneração do meio cosmopolita. Através de objectos que estimulam a interacção entre os cidadãos e a destes com o espaço público, o design de produto actua indirectamente sobre a transformação social, assumindo-se como ferramenta que não só facilita como potencia o espírito cívico e comunitário em emergência no ambiente urbano.
- Vem comigo para a ruaPublication . Pacheco, Joana Barata; Pires, Fernando Alípio BrízioEste projeto procurou desenvolver um conjunto de dispositivos e intervenções no espaço público que visam alterar a relação dos seus utilizadores com o mesmo. O objectivo é o de provocar experiências positivas e inesperadas que transformem o estado emocional das pessoas, afastando-as da rotina diária e aproximando-as de uma vivência agradável do espaço público.
- CochimPublication . Rosa, Sónia Patrícia Melo da; Baptista, Miguel Nuno Lopes VieiraA existência humana segue ciclos de evolução, tal como todas as suas criações. Nesta dissertação propus a mim mesma uma reflexão sobre as minhas raízes e identidade cultural enquanto açoriana e os conflitos pessoais que esse factor geográfico suscita em mim. O meu trabalho busca nas raízes, que me marcam como indivíduo ilhéu e como designer, uma reinterpretação própria. Existe toda uma questão emocional neste desenterrar de memórias, um misto de fuga à reclusão, com inspiração e profunda admiração pela terra. Neste trabalho abordei especialmente a capacidade extraordinária da produção à mão, que intitulamos de artesanato, como prolongamento de uma longa paixão pessoal por cultura e história e todas as suas extensões materiais, objectos produzidos em casa ou em pequenas oficinas montadas para o propósito, por homens e mulheres habilidosos, quer seja fruto do lavor quer do acaso. Existe uma necessidade nostálgica de avivar a memória e preservar técnicas ancestrais, ideia muito em voga na era pós-modernista. O peso da produção artesanal nas nossas vidas merece ser repensado condignamente, de modo a dar o reconhecimento à natureza de onde provém a maior parte da matéria prima que compõe o organismo deste objectos, não esquecendo as mãos hábeis que manipulam e transformam estes materiais em posteriores extensões da nossa identidade cultural. Esta reavaliação e recolha de técnicas artesanais, ditas tradicionais dos Açores, afiguram-se como base para o meu futuro profissional, pessoal e artístico enquanto designer, tendo em conta que pretendo desenvolver trabalho a longo prazo nesta área. Esta tese representa o primeiro passo para a criação de uma fonte de rendimento própria, uma marca pessoal artesanal e identitária, denominada Cochim. Para obter a revitalização e evolução do produto e do mercado local, estabeleci uma sinergia entre mim, enquanto designer, e os artesãos locais, visando o enriquecimento da cultura material açoriana, pretendendo para tal, a dissolução dos arquétipos tradicionais sobre os quais as técnicas artesanais e tradição normalmente se debruçam, apresentando-se sob a forma de produtos para viajantes, grupo que inclui aos visitantes ou turistas e população residente açoriana cuja localização geográfica pressupõe elevada mobilidade. Os Açores é um destino difícil e de descoberta. Para tal, tenciono materializar a minha visão onírica dos Açores criando relações próximas com artesãos, investigação profunda e reinterpretação da estrutura artesanal local, construção de um modelo de negócio e divulgação, valorização da autenticidade e devolução da identidade do produto e do produtor.
- Moldes mutantes : Variação em sériePublication . Agostinho, Vítor Rui Franco; Pires, Fernando Alípio Brízio; Frade, José Manuel Couceiro Barosa CorreiaAtravés de uma série de estratégias diferentes, pretendo desenvolver processos de conformação cerâmica de objectos que permitam variação de forma a partir de um mesmo molde. A variação de forma é conseguida através de moldes mutantes onde a transformação é obtida através das seguintes estratégias: 1. Montagem e empilhamento - construção de moldes através de uma combinação/sobreposição controlada ou aleatória de blocos de gesso em camadas, sendo a fixação da forma final feita por elementos de aperto, como grampos, fitas ou elásticos. A construção deste tipo de molde assemelha-se a jogos e brinquedos de construção, tais como Lego®. 2. Articulação e flexibilidade de superfície - construção de moldes compostos por elementos ligados entre si por um material têxtil de modo a tornar possível a manipulação formal da superfície. Um molde “plano” articulado transforma-se num molde tridimensional com forma variável. 3. Ligações - molde de um arquétipo de jarra que pode ser reconfigurado múltiplas vezes, pois tem uma ligação elástica entre todas as partes. Desta forma, qualquer movimento de um elemento terá como consequência a alteração da posição de todos os restantes elementos. 4. Novos materiais - desenvolvimento de novas técnicas no processo de produção por moldes, através da inserção de materiais que normalmente não estão presentes nos moldes para cerâmica. Com as 4 estratégias enunciadas criarei moldes flexíveis que permitam variações de forma, tipologia e escala.
- Relação Humana com a passagem do TempoPublication . Martins, Ana Isabel Leonardo; Pessanha, Luís Miguel de Sousa Pereira Colaço"Time adds an important and necessary dimension to our understanding of the world and our place in it - it seems almost impossible to conceive of what our world of experience might be like in the absence of time; after all, events happen in time." O tema da Tese é o Tempo e a sua passagem. O nosso mundo é policrónico: cada pessoa, cada objeto, cada coisa do mundo "habita" um tempo diferente. No entanto, é comum o Homem moderno viver num ritmo contrário aos demais à sua volta, acabando por ignorar os seus próprios ritmos naturais. O objectivo é inventar novas tipologias de "marcadores temporais" que advertem para diversas possibilidades de ritmos e perspectivas do tempo que podem existir. O conjunto de projectos propostos tendem a criar experiências mais agradáveis com o Tempo. Esta criação é resultado da exploração da relação entre o utilizador e o objecto, concebendo diversas interacções que surgem novas experiências e formas de como se lida com o mundo.