ESSLei - Revista Research & Networks in Health, N.º 3, Vol. 1
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Browsing ESSLei - Revista Research & Networks in Health, N.º 3, Vol. 1 by Author "Almeida, A."
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- Resultados preliminares da adaptabilidade da Vetiveria zizanioides e Phragmites australis numa instalação piloto de leitos flutuantesPublication . Rocha, C.; Almeida, A.; Borralho, T.; Durão, A.No Alentejo os cursos de água superficiais são conhecidos por conter excesso de nutrientes, derivados das práticas agrícolas, e/ou pelo excesso de metais, provenientes das atividades mineiras. As águas de escorrência de drenagem mineira ácida (DMA) são caracterizadas por conterem valores relativamente baixos de pH, valores elevados de sulfatos e de metais pesados. Uma vez que os metais pesados não são biodegradáveis, acumulam-se e consequentemente promovem, impactes negativos para o ambiente e para a saúde (contaminação da cadeia alimentar, provocando risco para a saúde humana). A eco-reabilitação nos recursos hídricos superficiais, com recurso a leitos flutuantes é uma tecnologia emergente, pouco desenvolvida em Portugal. Esta tecnologia é constituída por leitos flutuantes (plataforma flutuante com macrófitas), com a finalidade de melhorar a qualidade de água superficial e consequentemente minimizar os efeitos das escorrências da DMA. Nos leitos flutuantes ocorre uma relação simbiótica entre as plantas (sistema radicular), os microrganismos e água. O sistema radicular denso das plantas que permite entre outros a assimilação de nutrientes e de outros poluentes, nomeadamente, os metais pesados e a fixação de microrganismos. A Ribeira da Água Forte, localizada na sub-bacia do Roxo, pertencente à Bacia hidrográfica do Sado, apresenta características típicas de uma água de DMA, por receber as escorrências da atividade mineira que se localiza a montante (Almina – Aljustrel) desta. O estudo em curso na ESABeja pretende avaliar o desempenho da instalação construída à escala piloto como medida de mitigação para os impactes resultantes da DMA nos recursos hídricos. O objetivo deste artigo é apresentar os resultados preliminares da adaptabilidade das espécies utilizadas (Vetiveria zizanioides e Phragmites australis) na instalação à escala piloto num período de monitorização de 15 semanas. Para o efeito, efetuou-se a monitorização da instalação piloto, com uma periodicidade semanal: 1) aos parâmetros, pH, temperatura da água (Tw) e do ar (Tar) e oxigénio dissolvido (OD); 2) com inspeções visuais às plantas e 3) medições à biomassa folicular e radicular. Os resultados preliminares revelam que tanto a Vetiveria zizanioides como a Phragmites autralis: (1) toleram pH (3,36 ± 0,24) baixos conforme descrito na literatura; potencial redox foi de 504,5 ± 61,1 mV; OD foi de 9,25 ± 0,83; (2) o crescimento médio semanal na biomassa vegetal aérea foi de 2,2 ± 1.99 cm para a Vetiveria zizanioides e 9,59 ± 5,99 cm para Phragmites autralis; (3) o crescimento médio semanal da biomassa radicular foi de 0,61 ± 0,39 e 2,90 ± 0,78 cm para a Vetiveria zizanioides e Phragmites autralis respetivamente; (4) observou-se taxa de crescimento em ambos casos mais elevada para temperaturas de água mais elevadas. Apesar das plantas não terem apresentado sinais de clorose, necrose, fumagina ou podridão, a baixa taxa de crescimento, poderá estar associado ao seu ciclo de vida e às condições climáticas.
- Uma tecnologia sustentável para o tratamento de efluentes de suiniculturaPublication . Almeida, A.; Durão, A.; Prazeres, A.; Carvalho, F.Os efluentes de suinicultura apresentam uma composição bastante variável, onde se destaca a presença matéria orgânica, azoto, fósforo, potássio, cálcio, sódio, magnésio, manganês, ferro, zinco, cobre e outros. É ainda de referir a presença de bactérias, vírus e outros microrganismos patogénicos, bem como a presença de resíduos de antibióticos e desinfetantes. Frequentemente recorre-se aos sistemas de lagoas de estabilização, ou outros, para o seu tratamento. A remoção de azoto é insuficiente e os efluentes tratados possuem ainda elevados teores de compostos azotados, que se descarregados no meio hídrico, ou no solo podem levar à formação de nitratos que causam a diminuição da qualidade das águas superficiais e subterrâneas. Assim, e tendo em vista os critérios de qualidade atualmente exigidos, a remoção de nutrientes e matéria orgânica é inferior à desejável. Deste modo, torna-se necessário dotar os sistemas de tratamento existentes nas explorações suinícolas com soluções mais eficazes de remoção de matéria orgânica e de nutrientes, permitindo a Portaria nº 631/2009, seja cumprida, uma vez que refere que o tratamento dos efluentes deve diminuir o teor de azoto, para minimizar a poluição do solo e das massas de água, bem como reduzir os odores desagradáveis. A partir de meados dos anos 90 do seculo passado, as zonas húmidas artificias (ZHA), têm sido usadas com sucesso, no tratamento de efluentes de suinicultura, para remoção de nutrientes e matéria orgânica, utilizados com sucesso. Este trabalho teve como objetivos: I) avaliar a possibilidade de se efetuar o tratamento terciário de um efluente de suinicultura, com elevadas concentrações de azoto, após submetido a tratamento em lagoas de estabilização; II) e determinar eficiências de remoção; III) estudar o comportamento da planta utilizada. Para o efeito, utilizou-se uma ZHA piloto (0,24 m2 × 0,70 m), com escoamento em modo vertical, plantada com Vetiveria zizanioides em agregados leves de argila expandida, utilizou-se um efluente proveniente de uma suinicultura da região de Setúbal Os ensaios foram delineados de modo a manter a concentração afluente à ZHA praticamente contante, (carência química de oxigénio (CQO) de 600 ± 50 mg L-1, azoto amoniacal (N-NH4 + de 300 ± 35 mg L-1 e azoto Kjealdal (NKJ) de 350 ± 45 mg L-1). Na ZHA piloto, foram testadas cargas hidráulicas crescentes, por forma a avaliar o efeito do tempo de retenção hidráulico e do aumento das cargas mássicas aplicadas, de matéria orgânica e azoto, sobre o desempenho do sistema. A avaliação do crescimento da Vetiveria zizanioides foi efetuada ao longo de todo o período experimental em que decorreram os ensaios. As eficiências de remoção de CQO, N-NH4 + e NKJ foram de 50 ± 10 %, 65 ± 10% e 40 ± 15 % respetivamente. A Vetiveria zizanioides demonstrou um bom desempenho no tratamento à escala piloto de efluentes com elevadas concentrações de N-NH4 + como os de suinicultura, necessitando para isso um correto dimensionamento das ZHA para serem aplicadas à escala real. Relativamente ao crescimento das plantas denotou-se uma tendência para estabilizar, no ensaio efetuado com cargas de N-NH4 + mais elevadas, porém, sem outros sintomas de toxicidade evidentes.
- Uma tecnologia sustentável para o tratamento de efluentes de suiniculturaPublication . Almeida, A.; Durão, A.; Prazeres, A.; Carvalho, F.Os efluentes de suinicultura apresentam uma composição bastante variável, onde se destaca a presença matéria orgânica, azoto, fósforo, potássio, cálcio, sódio, magnésio, manganês, ferro, zinco, cobre e outros. É ainda de referir a presença de bactérias, vírus e outros microrganismos patogénicos, bem como a presença de resíduos de antibióticos e desinfetantes. Frequentemente recorre-se aos sistemas de lagoas de estabilização, ou outros, para o seu tratamento. A remoção de azoto é insuficiente e os efluentes tratados possuem ainda elevados teores de compostos azotados, que se descarregados no meio hídrico, ou no solo podem levar à formação de nitratos que causam a diminuição da qualidade das águas superficiais e subterrâneas. Assim, e tendo em vista os critérios de qualidade atualmente exigidos, a remoção de nutrientes e matéria orgânica é inferior à desejável. Deste modo, torna-se necessário dotar os sistemas de tratamento existentes nas explorações suinícolas com soluções mais eficazes de remoção de matéria orgânica e de nutrientes, permitindo a Portaria nº 631/2009, seja cumprida, uma vez que refere que o tratamento dos efluentes deve diminuir o teor de azoto, para minimizar a poluição do solo e das massas de água, bem como reduzir os odores desagradáveis. A partir de meados dos anos 90 do seculo passado, as zonas húmidas artificias (ZHA), têm sido usadas com sucesso, no tratamento de efluentes de suinicultura, para remoção de nutrientes e matéria orgânica, utilizados com sucesso. Este trabalho teve como objetivos: I) avaliar a possibilidade de se efetuar o tratamento terciário de um efluente de suinicultura, com elevadas concentrações de azoto, após submetido a tratamento em lagoas de estabilização; II) e determinar eficiências de remoção; III) estudar o comportamento da planta utilizada. Para o efeito, utilizou-se uma ZHA piloto (0,24 m2 × 0,70 m), com escoamento em modo vertical, plantada com Vetiveria zizanioides em agregados leves de argila expandida, utilizou-se um efluente proveniente de uma suinicultura da região de Setúbal Os ensaios foram delineados de modo a manter a concentração afluente à ZHA praticamente contante, (carência química de oxigénio (CQO) de 600 ± 50 mg L-1, azoto amoniacal (N-NH4 + de 300 ± 35 mg L-1 e azoto Kjealdal (NKJ) de 350 ± 45 mg L-1). Na ZHA piloto, foram testadas cargas hidráulicas crescentes, por forma a avaliar o efeito do tempo de retenção hidráulico e do aumento das cargas mássicas aplicadas, de matéria orgânica e azoto, sobre o desempenho do sistema. A avaliação do crescimento da Vetiveria zizanioides foi efetuada ao longo de todo o período experimental em que decorreram os ensaios. As eficiências de remoção de CQO, N-NH4 + e NKJ foram de 50 ± 10 %, 65 ± 10% e 40 ± 15 % respetivamente. A Vetiveria zizanioides demonstrou um bom desempenho no tratamento à escala piloto de efluentes com elevadas concentrações de N-NH4 + como os de suinicultura, necessitando para isso um correto dimensionamento das ZHA para serem aplicadas à escala real. Relativamente ao crescimento das plantas denotou-se uma tendência para estabilizar, no ensaio efetuado com cargas de N-NH4 + mais elevadas, porém, sem outros sintomas de toxicidade evidentes.