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Authors
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Abstract(s)
No Alentejo os cursos de água superficiais são conhecidos por conter excesso de
nutrientes, derivados das práticas agrícolas, e/ou pelo excesso de metais,
provenientes das atividades mineiras.
As águas de escorrência de drenagem mineira ácida (DMA) são caracterizadas por
conterem valores relativamente baixos de pH, valores elevados de sulfatos e de
metais pesados. Uma vez que os metais pesados não são biodegradáveis,
acumulam-se e consequentemente promovem, impactes negativos para o ambiente
e para a saúde (contaminação da cadeia alimentar, provocando risco para a saúde
humana).
A eco-reabilitação nos recursos hídricos superficiais, com recurso a leitos
flutuantes é uma tecnologia emergente, pouco desenvolvida em Portugal. Esta
tecnologia é constituída por leitos flutuantes (plataforma flutuante com macrófitas),
com a finalidade de melhorar a qualidade de água superficial e consequentemente
minimizar os efeitos das escorrências da DMA.
Nos leitos flutuantes ocorre uma relação simbiótica entre as plantas (sistema
radicular), os microrganismos e água. O sistema radicular denso das plantas que
permite entre outros a assimilação de nutrientes e de outros poluentes,
nomeadamente, os metais pesados e a fixação de microrganismos.
A Ribeira da Água Forte, localizada na sub-bacia do Roxo, pertencente à Bacia
hidrográfica do Sado, apresenta características típicas de uma água de DMA, por
receber as escorrências da atividade mineira que se localiza a montante (Almina –
Aljustrel) desta.
O estudo em curso na ESABeja pretende avaliar o desempenho da instalação
construída à escala piloto como medida de mitigação para os impactes resultantes
da DMA nos recursos hídricos. O objetivo deste artigo é apresentar os resultados
preliminares da adaptabilidade das espécies utilizadas (Vetiveria zizanioides e
Phragmites australis) na instalação à escala piloto num período de monitorização
de 15 semanas. Para o efeito, efetuou-se a monitorização da instalação piloto, com
uma periodicidade semanal: 1) aos parâmetros, pH, temperatura da água (Tw) e do
ar (Tar) e oxigénio dissolvido (OD); 2) com inspeções visuais às plantas e 3)
medições à biomassa folicular e radicular. Os resultados preliminares revelam que tanto a Vetiveria zizanioides como a
Phragmites autralis: (1) toleram pH (3,36 ± 0,24) baixos conforme descrito na
literatura; potencial redox foi de 504,5 ± 61,1 mV; OD foi de 9,25 ± 0,83; (2) o
crescimento médio semanal na biomassa vegetal aérea foi de 2,2 ± 1.99 cm para a
Vetiveria zizanioides e 9,59 ± 5,99 cm para Phragmites autralis; (3) o crescimento
médio semanal da biomassa radicular foi de 0,61 ± 0,39 e 2,90 ± 0,78 cm para a
Vetiveria zizanioides e Phragmites autralis respetivamente; (4) observou-se taxa
de crescimento em ambos casos mais elevada para temperaturas de água mais
elevadas.
Apesar das plantas não terem apresentado sinais de clorose, necrose, fumagina ou
podridão, a baixa taxa de crescimento, poderá estar associado ao seu ciclo de vida
e às condições climáticas.
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Keywords
Citation
Rocha, C., Almeida, A., Borralho, T. & Durão, A. (2017). Resultados preliminares da adaptabilidade da Vetiveria zizanioides e Phragmites australis numa instalação piloto de leitos flutuantes. Res Net Health 3, spta47.1-2.
Publisher
Instituto Politécnico de Leiria