Advisor(s)
Abstract(s)
Apresentamos nesta comunicação um estudo de caso em curso com músicos com mais de
90 anos (alguns com 90 anos e outros com idades entre os 50 e 80). Há mais de 20 anos que
os mais velhos se voltaram a juntar para formar uma orquestra (violino, violoncelo, acordeão,
saxofones, trompete, bandolim, viola e bateria) não só para fazer espetáculos para populações
mais seniores, como é o caso de lares da terceira idade, mas, também, para atuar em festas
comunitárias e para si próprios. O principal interesse que alimenta estes projetos de vida,
pessoais e sociais, recriados sobre os projetos de infância e juventude, onde todos, ou quase
todos, já haviam tocado em tunas de uma mesma aldeia (grupos diferentes das tunas
estudantis contemporâneas) que se organizavam com estes instrumentos em muitas aldeias
portuguesas, servindo, inclusivamente, de escolas de música, é o estarem juntos. Juntos para
dialogarem, com palavras e com harmonia musical.
Após um enquadramento histórico do grupo musical e breve apresentação biográfica dos
seus músicos, exploramos a importância do ócio e do prazer de tocar e viver em grupo, como
ingredientes de uma vida saudável e de um envelhecimento saudável e feliz, recorrendo às
narrativas etnobiográficas de um desses músicos hoje com 93 anos de idade.
Description
Keywords
Ócio Música Animação sociocultural Projeto de vida Participação social
Pedagogical Context
Citation
Publisher
Afrontamento
