Transferência da Formação: perceção sobre fatores influenciadores de (in)sucesso no contexto escolar

Fonseca, Maria dos Anjos Andrade

http://hdl.handle.net/10400.8/9830

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Authors

Fonseca, Maria dos Anjos Andrade

Advisor(s)

Pereira, Maria Isabel Alves Rodrigues

Abstract(s)

A formação é considerada um elemento-chave para o enriquecimento pessoal, a qualificação profissional e para o sucesso e competitividade das organizações. Essa valorização é confirmada pelo grande investimento feito em formação e pela legislação que a considera um critério imprescindível para assegurar a progressão nas carreiras profissionais. No entanto, é consensual a ideia de que a maioria das ações formativas não promove as mudanças desejadas, não assumindo grande valor para as organizações que não têm, assim, um retorno proporcional ao investimento efetuado. Atendendo a esta constatação, a problemática da transferência das aprendizagens da formação para o contexto de trabalho, e mais concretamente dos fatores que a influenciam, é um tema que continua atual e a literatura tem convidado a novos debates, onde, a par com fatores já validados, surgem outros ainda a requerer mais estudo. Neste trabalho, pretende-se abordar o conceito da transferência de aprendizagens, referindo-se estudos que contribuíram para o conhecimento e uma melhor compreensão dos fatores que podem promover ou inibir a aplicação de aprendizagens no local de trabalho. O projeto propõe considerar esta temática numa abordagem à formação contínua de professores, cuja avaliação se limita, frequentemente, à recolha do grau de satisfação dos formandos, esquecendo que o mais importante é avaliar se há, ou não, transferência de aprendizagens para o contexto escolar. Nesse sentido, procurou-se aqui aferir a perceção que docentes de 3º Ciclo e Secundário têm sobre a importância da formação na sua prática letiva e identificar fatores que podem potenciar ou dificultar a transferência das aprendizagens para a sua prática profissional. Na sequência do grupo focal, concluiu-se que os docentes (ainda que ocasionalmente já tenham feito formação por meros imperativos do Estatuto da Carreira Docente) reconhecem importância à formação, sobretudo quando relacionada com a área disciplinar e, com implicações na transferência, à que se desenvolve como “Oficina de Formação”.