CiTUR - Comunicações em conferências sem publicação
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- A contribuição das infra-estruturas turísticas para o aumento da procura nos destinosPublication . Carvalho, Mário João Paulo de JesusOs destinos turísticos têm vindo a sofrer uma crescente e competitiva concorrência que decorre não só da oferta de múltiplos e variados produtos, alguns muito semelhantes entre si, como também do facto de todos os turistas possuírem distintas e actuais informações (on line). As oportunidades criadas pelas companhias de Low Cost não só melhoraram as acessibilidades entre destinos como praticamente eliminaram as distâncias entre os mercados. Estas realidades não só redimensionaram a indústria do turismo como contribuíram para a irreversível globalização dos mercados provocando um aumento da competição entre as Nações. Criou-se assim a necessidade de se caminhar para a identificação das variáveis que concorrem e influenciam os turistas na escolha de um determinado destino em detrimento de um outro. Para o efeito aplicámos dois diferentes tipos de inquéritos a dois distintos tipos de segmentos de mercado, os praticantes de desportos de Inverno e os visitantes. Por praticantes entendemos serem todos os turistas que praticam e desenvolvem uma ou mais actividades desportivas relacionadas com os desportos de Inverno e que elegem os seus destinos de férias em função das atractividades existentes nesses locais. Assim, a quantidade, tipo e qualidade das infra-estruturas assumem enorme importância para o sucesso desses destinos turísticos. Os visitantes são todos os turistas que se deslocaram ao destino Região de Turismo da Serra da Estrela (RTSE), turismo de natureza, mas sem desenvolverem qualquer actividade desportiva ou interagirem com os meios ou infra-estruturas disponíveis nesses destinos. Os dados recolhidos permitiram-nos identificar e posteriormente evidenciar distintas realidades, especialmente, comportamentais. As grandes diferenças entre os referidos segmentos registaram-se quer nas atitudes face às questões ambientais quer ainda na dimensão da despesa efectuada no destino. A presente comunicação pretende também demonstrar a importância das infra-estruturas turísticas na criação e manutenção da sustentabilidade da procura e subsequente fixação das populações nas zonas de turismo de natureza.
- Os guias da montanha e sua contribuição para a sustentabilidade do territórioPublication . Carvalho, Mário João Paulo de Jesus; Ezequiel, GraçaA actividade turística é não só uma estratégia que contraria a rotina como também se assume como fonte de energia para situações de desgaste físico e mental do quotidiano. As viagens turísticas não só respondem às expectativas dos turistas que procuram lugares e experiências como contribuem para o desenvolvimento endógeno e competitivo dos destinos. A sustentabilidade desses espaços torna-se, pois, dependente de acções equilibradas, protagonizadas pelos diferentes agentes do fenómeno turístico. A redescoberta das potencialidades lúdicas e desportivas associadas à montanha impulsionam significativamente a atractividade turística daqueles espaços o que por outro lado significa a necessidade de se criar um modelo de desenvolvimento equilibrado e sustentado. Sem estratégias de auto-regulação e manutenção do equilíbrio ecológico os ambientes de montanha degradar-se-ão perdendo os valores diferenciadores que, em primeiro lugar, atraíram para aí o turismo. Por outro lado o aumento do número de clientes, mais exigentes, legitima a apropriação de novos lugares e a oferta de profissionais qualificados. Por acção dos guias de turismo, os visitantes podem assim desfrutar dos destinos numa perspectiva cultural, ambiental e social. A montanha do Pico, ponto mais alto de Portugal localizado na ilha do Pico - Açores, é um destino de montanha cuja forma dominante de visitação - ascensão ao Pico Pequeno - implica o acompanhamento de um Guia de Montanha. Os Guias de Montanha, responsáveis pela segurança dos visitantes na visita à montanha, têm que estar devidamente credenciados pelo Secretaria do Ambiente. A vulnerabilidade da Montanha do Pico acrescida da pressão exercida pelos visitantes faz do trabalho dos Guias de Montanha do Pico uma variável de excepcional importância para a sustentabilidade do território. Torna-se assim crucial conhecer a importância dos Guias de Montanha enquanto elementos interventivos no modelo onde a satisfação dos visitantes e o reforço da imagem do destino são prioridades. Nesse sentido levou-se a efeito um estudo relativamente à importância dos Guias de Montanha face à sustentabilidade do território. Para tal procedeu-se a uma revisão de literatura sobre o turismo de montanha, sustentabilidade dos territórios e turismo natureza. Com a aplicação das entrevistas semi-estruturadas aos Guias de Montanha do Pico processou-se uma análise qualitativa da oferta dos serviços prestados pelos Guias. Da aplicação das entrevistas concluiu-se que a actividade dos Guias de Montanha assume importante papel para a aquisição de competitividade e sustentabilidade dos territórios na Montanha do Pico - Açores.