ESTG - Mestrado em Controlo de Gestão
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Browsing ESTG - Mestrado em Controlo de Gestão by Subject "Accruals discricionários"
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- O Impacto do governo das sociedades na manipulação de resultados em PortugalPublication . Costa, Alexandra Sofia Almeida; Lisboa, Inês Margarida CadimaO governo das sociedades não é um tema novo. Em 1932, Berle e Means denunciaram a problemática dos conflitos de agência resultante da separação entre a propriedade e o controlo, dando destaque à necessidade de garantir boas práticas de governo de sociedade. Contudo, o seu (res)surgimento resultou da ocorrência de vários escândalos financeiros associados a práticas de manipulação de resultados. Deste modo, os mecanismos de governo tiveram de ser revistos com intuito de restabelecer a confiança dos investidores e a transparência da informação financeira. Estando estes dois conceitos interligados, o presente estudo tem como objetivo analisar o impacto do governo das sociedades na manipulação de resultados em Portugal. Neste sentido selecionámos uma amostra de 36 empresas portuguesas cotadas na Euronext Lisboa, para um horizonte temporal de 5 anos (2012- 2016). A análise empírica é caraterizada por uma regressão linear que relaciona os accruals discricionários (proxy da manipulação de resultados) e algumas caraterísticas do governo das sociedades, bem como variáveis de controlo. De modo a mensurar a manipulação de resultados foram utilizados três modelos de estimação de accruals discricionários: o modelo de Jones (1991), o modelo de Dechow e Dichev (2002) e o modelo de Kothari, Leone, e Wasley (2005). Os principais resultados obtidos mostram que apenas duas variáveis de governo das sociedades e uma variável de controlo influenciam estatisticamente a manipulação de resultados, nomeadamente a independência do conselho de administração e o tipo de modelo de governo de sociedade adotado, e o nível de endividamento. Os resultados demonstram que quanto mais independente for o conselho de administração, maior são os accruals discricionários. Verificou-se ainda que as empresas que adotam o modelo dualista são menos propensas à manipulação, devido a uma maior separação de funções e supervisão. Finalmente, encontrou-se evidência de que um elevado nível de endividamento é um fator dissuasor das práticas de manipulação de resultados.