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- Uma Freguesia (con)(vid(a)tiva)Publication . Pereira, Sandra Ferreira; Vieira, Ricardo Manuel das NevesDe acordo com Almeida (2001), a mediação apresenta diferentes funções sociais e tem-se vindo a afirmar como “modo de regulação social”. Dado isto, é no âmbito da mediação que o meu projeto de intervenção social com mediação comunitária se desenvolve numa das Freguesias mais ricas e compostas a nível de associativismo do concelho de Leiria, a Freguesia de Arrabal. De modo a que pudesse desenvolver um projeto de mediação mais em rede, com e para a comunidade, senti necessidade de, numa primeira fase, conhecer melhor a população e os seus pontos de vista sobre o trabalho em rede desenvolvido na Freguesia, através da realização de uma entrevista aos presidentes de 14 instituições/coletividades locais. Dessas entrevistas resultou um diagnóstico em que se verificaram diversos aspetos considerados negativos e comuns a todos os entrevistados, como é o caso da sobreposição de eventos, o individualismo, rivalidade entre lugares e a existência de muitas instalações com fracas condições. Também a grande maioria dos entrevistados concorda que existe trabalho colaborativo e em rede. No entanto não coincide com as expectativas dos mesmos, chegando mesmo, muitos deles, a reconhecer as várias tentativas realizadas pela junta de Freguesia neste sentido e solicitando que se continuem a desenvolver esforços nesse sentido. Perante este diagnóstico, proponho como atividade de intervenção social a realização do evento “À Descoberta da Freguesia”. Embora esteja apoiado nas mesmas bases do evento “Arrabal em Movimento”, eventos que são descritos à frente, devido a muitos o referenciarem como exemplo de atividade de mediação bastante positiva e enriquecedora, o evento “À Descoberta da Freguesia” pretende deslocalizar o evento e levá-lo a todos os lugares da freguesia, implicando a organização de grupos constituídos por elementos de várias coletividades, mediante o lugar e o tipo de atividade a desenvolver. Independentemente da atividade proposta, foi intenção não detalhar muito os pormenores da mesma, dado se tratar de um trabalho em rede desenvolvido para e com os envolvidos, dando-lhes margem para que possam fazer parte do processo de criação e organização das atividades.
- AR kart: towards an adaptable solution for virtual elements and real world interaction in mobileapplicationsPublication . Wang, Dian; Reis, Gustavo Miguel Jorge dosMobile devices entered its booming era in augmented reality with the launch of Apple’s ARKit (September, 2017) and Google’s ARCore (Preview in August, 2017). Both frameworks provide developers with solution, which doesn’t need external devices for AR experience. Common mobile devices are able to deliver AR effects with built-in back and/or front facing camera. For this master project report, the possibility of creating an interactive AR experience will be discussed. Approaches including successes and failures will be examined and the elected solution will be presented. The first step will consist of hardware designing and related software approaches. For this project the goal is to take advantage of common objects in everyday life without evolving any complicate customised hardware and make the project able to be duplicated by anyone who is interested in it. Due to the fact low cost Arduino and toy car chassis was selected as potential candidates. The core of the project is to use real world objects to interact with virtual object created in augmented reality while the theme of the project is car racing. In this case the user controlled toy car is expected to interact with virtual game objects such as goal, checkpoints and / or specific game characters. To facilitate the interaction the car is supposed to be recognised and tracked by the game. In other words the user controlled car is expected to be recognised as a part of the AR Kart game instead of being separated from the game like other irrelevant objects in user’s real world environment. Once the tracking reaches satisfactory performance a demo game scene will be created in the application. The game scene plays the role of stage for demonstrating
- Paradigmas da intervenção e pedagogia social: Do trabalho social biomédico à intervenção socioeducativa, mediadora e empoderadoraPublication . Vieira, Ricardo; Vieira, Ana Maria de Sousa NevesFace ao modelo clássico de intervenção social que parte do diagnóstico com vista à resolução de “problemas sociais”, aproximando-se do trabalho do médico, pelo que tantas vezes é classificado de paradigma biomédico, emerge, hoje, um modelo alternativo mais preocupado com a mudança, transformação, educação e autonomização dos sujeitos e comunidades intervencionadas, aqui designado de intervenção socioeducativa, assente na Pedagogia Social e na mediação intercultural. O texto começa por apresentar os paradigmas clássicos da mudança socioeducativa, tece críticas à intervenção social paliativa e assente em diagnósticos realizados por especialistas sem recurso à voz dos sujeitos, e termina apontando para uma intervenção social mediadora e empoderadora assente na Pedagogia Social e na mediação intercultural como pilares fundamentais da Educação Social.
- Mediação Intercultural no acesso da população imigrante, não lusófona e residente no Porto, aos cuidados de saúde primáriosPublication . Rebelo, Filomena Maria Ventura; Marques, José Carlos LaranjoA Organização Mundial de Saúde (OMS, 1946) define saúde como “um estado de bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”, estado este que é influenciado por diversos fatores inerentes ao indivíduo, como os biológicos e os que constituem o meio em que ele se insere e o caracterizam. A literatura refere que tendencialmente os profissionais de saúde interpretarão o estado de saúde dos seus pacientes de acordo com a sua própria visão cultural, e estes por sua vez farão o mesmo, o que em contextos culturais diferentes poderá gerar lacunas na comunicação cujas consequências poderão ser relevantes para o perfil de utilização dos cuidados de saúde disponíveis. Torna-se por isto importante que os profissionais de saúde adquiram competências culturais, conheçam e respeitem essas diferenças, sobretudo quando perante população imigrante de origem não lusófona, em que a barreira linguística se estabelece no imediato como um obstáculo pertinente à integração desta população. Apesar de se verificar um interesse crescente dos investigadores sobre esta matéria, persiste ainda a falta de conhecimento aprofundado sobre as dificuldades existentes, as questões subjacentes à acessibilidade e utilização dos serviços, e, a perceção e interpretação destas por parte de todos os intervenientes no processo. Assim, demonstrou-se pertinente determinar a importância da mediação intercultural no acesso desta população, de origem não lusófona e residente no Porto, aos Cuidados de Saúde Primários (CSP). Estudos anteriores abordam essencialmente a população de origem lusófona, residente na área da Grande Lisboa e o acesso aos cuidados de saúde de uma forma mais generalizada. Sendo os CSP os de maior proximidade por definição, e não havendo registo de um trabalho neste âmbito no Grande Porto, considerou-se oportuna esta abordagem. Com um estudo de natureza quantitativa, foi aplicado um questionário, de autopreenchimento, a um total de 11 indivíduos imigrantes e 34 profissionais de saúde, cujos resultados confirmaram a necessidade de atualização, ou mesmo aquisição, de conhecimentos no que às questões culturais e organizacionais diz respeito. Tendo sido a barreira linguística igualmente apontada por ambos os grupos como um obstáculo efetivo; também a falta de conhecimento dos usos e costumes da população imigrante e a interpretação, porventura errónea, do tipo de procura dos cuidados enfatizaram a necessidade de intervenção ao nível da mediação intercultural. Manifestando a população imigrante algum desconhecimento sobre o tipo de serviços prestado e a capacidade de resposta dos mesmos. Não obstante às dificuldades encontradas na operacionalização deste estudo, considera-se o seu desenvolvimento satisfatório, e alcançados os seus objetivos essenciais. A consciencialização dos principais responsáveis pela organização dos serviços é premente, e o papel da mediação intercultural poderá ser primordial para que esta consciencialização, e sensibilização, de todos os envolvidos sejam trabalhadas, fomentando assim a relevância de cuidados de saúde culturalmente diferenciados, e profissionais culturalmente competentes.
- Um olhar de esperança atrás das gradesPublication . Santos, Catarina; Marques, José Carlos LaranjoO presente relatório de estágio enquadra-se no trabalho final a ser apresentado para a conclusão do Mestrado em Mediação Intercultural e Intervenção Social, do Instituto do Politécnico de Leiria. O estágio foi realizado no Estabelecimento Prisional de Leiria (Jovens), sendo a sua temática assente em jovens preventivos e condenados cujo objetivo é essencialmente pedagógico e ressocializador. Sendo um período de aprendizagem, o estágio possibilitou o contato direto com o contexto profissional, o emprego dos conhecimentos alcançados durante a formação académica e estimulou a reflexão sobre a prática desenvolvida. Deste modo, o relatório apresenta o trabalho desenvolvido na área da Mediação Intercultural e Intervenção Social, ao mesmo tempo que, faz um paralelismo com a literatura, de modo a contextualizar o estágio. Existe a necessidade de perceber quais os motivos que levaram estes jovens a abandonar o ensino dentro do estabelecimento prisional, bem como as suas histórias passadas e também perceber toda a dinâmica desta prisão. Idealizar o ambiente prisional não é seguramente o mesmo que ter contacto com a instituição. A ideia de prisão não passa apenas pelo espaço fechado, mas também pelo local frio, temeroso, degradante, onde se aprimora o crime e onde existe um código de ética por parte de reclusos. As prisões são muitas vezes apelidadas de “escolas de crime”. Assim, a aproximação à realidade do meio prisional, onde concretamente decorreu o estágio, fez-se por um caminho marcado pelos avanços e retrocessos, bem como receios. Deste modo e numa atitude perscrutante, tentou-se sempre compreender os limites e as possibilidades do lugar da instigadora. A adaptação e integração aos espaços e tempos particulares do estabelecimento prisional exigiram uma construção de confiança dos técnicos, dos guardas prisionais e, acima de tudo, dos reclusos.