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- Alegoria da cadeira. Um retrato da usabilidade do objectoPublication . Pereira, João Marcelo Mendonça; Pires, Fernando Alípio Brízio; Gonçalves, Sérgio Gomes PiresEste relatório sobre a relação que os objetos têm com o utilizador procura retratar hábitos e maneiras de uso, e a forma como as pessoas os apropriam e manipulam. Através da observação da interacção com o objeto, em que as reações do utilizador se mostram determinante no processo e de determinação da forma, desenvolve-se um conjunto de modelos que representam maneiras, muitas vezes inconscientes, de usar uma cadeira no quotidiano. Pretende-se que este trabalho se constitua como uma ferramenta de consciencialização sobre como usamos e nos adaptamos aos objetos.
- Gira ChitaPublication . Ferreira, Laila Regina do Nascimento; Pires, Fernando Alípio BrízioEsse trabalho procurou desenvolver novos padrões para estamparia a serem aplicados no produto tradicional português: a chita de Alcobaça. A ideia do projeto partiu da observação acerca de sua pouca utilização e inovação em design nesse país, e da comparação efetuada com o uso do tecido brasileiro, dele descendente, também nominado de Chita. No Brasil o design de superfície desse tecido ganhou novos feitios e o mesmo conquistou um valor simbólico estreitamente vinculado à cultura do país, sendo suas cores e desenhos representativos da natureza e dos modos de ser do brasileiro. Entendendo que um produto adquire valor por sua expressão cultural, e que essa expressão vive por se renovar constantemente, buscamos identificar os elementos que são característicos e tradicionais desse tecido, para então juntá-los aos elementos contemporâneos e representativos do povo português, formando novas estampas. O resultado desse trabalho foi uma coleção de nove estampas desenvolvidas a partir de três temáticas: Caldas, Os Grandes – representativos do povo português e Passar o tempo – representativo de uma cultura contemporânea globalizada.
- HíbridoPublication . Vala, Ana Paula Correia; Pires, Fernando Alípio BrízioHabita-se quotidianamente um lugar construído por espaços, artefactos e artifícios que são resultado de processos de Design. Estes podem ser entendidos como elementos, inerentes a diversas dimensões da condição humana, que se estendem para lá dos limites do corpo, abrindo e fechando possibilidades de interpretação e interação com o mundo e com os fenómenos que dele fazem parte. A presente investigação aborda, segundo algumas das premissas de Design Anthropology - subdisciplina onde se afirma a complementaridade disciplinar entre Design e Antropologia -, a relação entre ser humano e artefactos e artifícios. Deste modo, partindo de exercícios de observação, experimentação e análise de alguns casos, o projecto de investigação concretiza-se num conjunto de videos, imagens visuais por meio das quais se procura mostrar de maneira crítica modos de como o ser humano se deforma ou transforma mediante a utilização efectiva ou imaginada de um determinado artefacto ou artifício.
- TerraPublication . Margarido, João Miguel Pereira; Pires, Fernando Alípio BrízioConstatando que a ligação do Homem à terra se vai desfazendo no tempo, assume-se a terra como matéria, explorando a sua versatilidade técnica, plástica, simbólica. Nesta dissertação, através de estudos sucessivos, explorei o potencial da terra como ferramenta, processo e propriedade para a concretização de objetos formalmente resultantes da atividade do designer. Recorrendo a técnicas características da região – Caldas da Rainha e Marinha Grande —, foi possível realizar três projetos: De Terra; De Cerâmica; e De Vidro. As formas encontradas são meramente exploratórias, procurando uma neutralidade que permita destacar o processo e a unicidade de cada peça. Os resultados desta pesquisa funcionam como desbloqueadores para a continuação do trabalho de desenvolvimento e formalização. Pretende-se, como fundamentação primeira, a valorização da terra; matéria essa, natural, tão afastada de nós nos dias de hoje. Nota: Subentende-se por terra o solo, englobando areias e argilas.
- BarroPublication . Venâncio, Francisca Maria Branco; Bispo, Renato Jorge Costa LopesO barro, como matéria prima, arrasta consigo pedaços da história da nossa identidade individual e coletiva. As principais regras de comportamento foram estabelecidas no seio da família, na nossa primeira infância, e muitas delas, se não mesmo as principais, adquirimo-las à mesa, partilhando a refeição com os outros membro da família. Com aquele vêm os cheiros, as cores, os aromas que passaram a reconfortar-nos por nos transportarem a outros tempos, aos tempos do afeto e da alegria da infância. Alfredo Saramago pesquisou a gastronomia das principais regiões de Portugal e deixou indicações sobre a importância da história da alimentação para a construção do nosso percurso identitário, enquanto povo, apesar de todas as vicissitudes vividas no encontro quem nos visitou, aqui se instalou ou mesmo invadiu pela força. A autora deste trabalho escolheu as suas raízes culturais, transmontanas e minhotas, e outra que muito admira pelo trabalho dos seus oleiros, o Alentejo, como fonte de busca e impulso para a criação de objetos de cerâmica utilitária que sendo um apelo à memória possam servir para o regresso do prazer em cozinhar, estar à mesa e partilhar saberes, afetos e sabores, adaptados ao viver atual.
- Espaço pelo objetoPublication . Rodrigues, Lino Ricardo Soares; Gonçalves, Sérgio Gomes PiresVivemos uma época de crise política, social e económica com reflexo em várias áreas das nossas vidas. Procuramos desenvolver sistemas de equipamentos orientados para tornar a nossa vida mais cómoda e agradável. Os aumentos e quebras de poder de compra, o grande desenvolvimento tecnológico, a informação partilhada com uma extraordinária facilidade, transformaram-nos numa sociedade com algum desprezo com o ambiente natural. O Design de produto reflete muitas vezes essa realidade. Uma sociedade atual, imergida em políticas de alto consumo, é o enquadramento para o início deste projeto. O desinteresse do utilizador e a banalização de alguns produtos de fraca qualidade promovem uma necessidade de substituição constante. Assim, nesta abordagem é praticada uma reflexão sobre temáticas como o consumo, o uso e a organização. Pretende-se, neste contexto, desenvolver um conjunto de objetos, pensando numa utilização prolongada no tempo, que recorra a tecnologias de fabricação comuns, simples e intuitivas, procurando-se centrar o projeto na organização e interação do utilizador com o objeto e o espaço. Tendemos a estabelecer uma aparente relação de familiaridade com um espaço onde permanecemos muito tempo (espaço de trabalho ou espaço doméstico), uma vez que este proporciona, através dos objetos que o ocupam, conforto e bem-estar. O projeto resulta na construção de um sistema de mobiliário, simples e versátil, direcionado para a organização do espaço, apelando a uma interação dinâmica e versátil entre o utilizador e o objeto, com o fim de permitir a quem o utiliza uma melhor gestão do espaço.
- Ser-ObjetoPublication . Carvalho, Diogo de Sousa; Gonçalves, Sérgio Gomes PiresO design tem a capacidade de moldar o cotidiano. Esse quotidiano pode também fazer parte outras questões que não são só de utilidade prática. A procura de novas potencialidades dos objetos além da dimensão de utilidade prática, deu lugar a uma procura de novas formas de nos relacionarmos e experienciar os objetos. Uma proposta lúdica que procura fazer cessar o estado de “inatividade” de certas coisas, potenciar o surgimento de novas dimensões com vista a estimular e instigar novas experiencias com os objetos. Neste contexto, o projeto decorreu em várias etapas, que idealizam o objeto com uma espécie de ser/espirito igualado a outros seres, portadores de experiencias, com vista a diminuir a nossa programação para com os objetos. O inusitado e o humor são usados, de modo a fazer sobressair novas perspetivas mediadoras do desenvolvimento de uma relação entre a sensibilidade, a fantasia, a criatividade, a imaginação e a curiosidade no lado das pessoas, potências no lado do objeto e novas experiencias nessas práticas. Pretendeu ainda aprofundar conceitos teóricos como objeto experimental, programação e o humor. Um projeto que abrange várias áreas do conhecimento humano e que respeita o processo de pensamento individual que conduz a realizações sérias, criativas e enriquecedoras para o processo de design.
- MedirPublication . Mateus, Davide Alexandre dos Santos; Pires, Fernando Alípio BrízioOs objectos estão de forma implícita ligados ao homem, sendo portadores de simbolismos que intervêm nas relações humanas com o mundo. Desta forma, este trabalho centra-se numa procura ontológica por objetos portadores de mensagens que medeiam as relações entre a ação e o efeito de medir. Analisando os momentos em que usamos o corpo como referência e os atos intuitivos que executamos, fazemos e dizemos na ação de medir. Procurei captar e registar expressões, ações e comportamentos que ocorrem quando necessitamos de executar e usar este processo. No desenvolvimento do projeto procurou-se pequisar e refletir sobre temáticas que serviram como base de sustento e compreensão da problemática do trabalho desenvolvido. Os objetos resultantes têm um carácter experimental, simbólico, baseados em factos e momentos que acontecem à nossa volta, mas que não põe em causa o carácter funcional dos mesmos.
- Objetos animadosPublication . Jacinto, Mafalda Sofia Martins Duarte; Pires, Fernando Alípio BrízioNeste trabalho de mestrado é desenvolvida uma série de projetos onde se exploram estratégias que induzem movimentos, reais ou aparentes, em tipologias de objetos que normalmente se caracterizam como estáticos. Estes convocam à participação ativa do utilizador, reagem à ação deste, adquirindo movimento e novas formas/posições e/ou suscitando o aparecimento de outro objeto que, numa primeira abordagem, está oculto. Procura analisar-se a interação física e emocional entre o Homem e os objetos detentores de movimento - os objetos animados.
- Escolhas alimentares de atividade física: fatores moduladores das opções dos adolescentesPublication . Cardoso, Susana; Loureiro, Isabel; Nunes, Carla; Santos, OsvaldoRESUMO Introdução: Um estilo de vida adequado, especialmente ao nível dos hábitos alimentares e de atividade física, é crucial para uma vida saudável. Hábitos iniciados a partir da infância e perpetuados pela vida adulta, apresentam impacto considerável na saúde do indivíduo e na saúde pública, estando associados às principais causas de morte e a gastos em saúde. Os determinantes das opções alimentares e de atividade física são diversos e interagem de uma forma complexa. A compreensão desta rede de fatores, na fase da adolescência, é especialmente importante, sendo o objetivo principal deste trabalho. Esta é uma fase de transição e de importante oportunidade de intervenção para alterar determinantes dos comportamentos. Este estudo pretende identificar e caracterizar determinantes das escolhas alimentares e de atividade física dos adolescentes. Material e Métodos Realizou-se um estudo transversal, sobre uma amostra de adolescentes, com idades compreendidas entre 14 e 18 anos de idade, provenientes de duas escolas de Coimbra. De uma abordagem quantitativa, passou-se a uma abordagem qualitativa. Para o estudo quantitativo aplicaram-se as escalas: EHA (escala de hábitos alimentares), IPAQ (questionário internacional de atividade física), TAA-25 (teste de atitudes alimentares) e a GSQ (escala de autoeficácia geral). Estudaram-se as variáveis: sexo, idade e escalão socioeconómico, tal como as decorrentes da aplicação das escalas, aplicando testes estatísticos. Para o estudo qualitativo, a partir dos resultados da abordagem quantitativa, foram selecionados subgrupos com características diferentes: Grupo A: alunos com elevado score de comportamentos alimentares (EHA≥160) e padrão adequado de atividade física (moderada ou elevada), subdividido em A1. (boa autoeficácia e sem risco de patologia do comportamento alimentar) ou A2. (alunos com risco de patologia alimentar; razoável autoeficácia) e Grupo B: alunos com baixo score de EHA (EHA≤125), subdividido em B1. (sedentários; sem risco de patologia do comportamento alimentar; com baixa autoeficácia) ou B2. (bom padrão de atividade física; com risco de patologia do comportamento alimentar) ou B3. (com bom padrão de atividade física, sem risco de patologia do comportamento alimentar). Procedeu-se então a uma abordagem do tipo grounded theory, com entrevista semiestruturada e codificação aberta pelo método de Charmaz. Pesquisaram-se determinantes biológicos, ambientais e socioculturais percecionados pelos adolescentes.Escolhas Alimentares e de Atividade Física dos Adolescentes Resultados Existem diferenças significativas entre os sexos, ao nível das escolhas alimentares, atitudes alimentares, atividade física e perceção de autoeficácia geral. As raparigas apresentam hábitos alimentares mais adequados (t=3,84; p<,0001; r2 ajustado=,037, p<,0001), sobretudo no que respeita às subdimensões qualidade e quantidade. Os rapazes apresentam menos 5,5 valores de média em escala EHA do que as raparigas. As raparigas omitem mais frequentemente o pequeno-almoço, ingerem menos alimentos ricos em fibra, ingerem mais doces entre refeições, petiscam mais, bebem menos água e ingerem menor quantidade de peixes gordos. No entanto, tendo em conta os restantes itens e a classificação da escala no geral, as raparigas apresentam melhores hábitos alimentares. As raparigas referem também fazer menos atividade física (2(2)= 28,2, p<,001) e apresentam maior risco de desenvolver patologia do comportamento alimentar (t=3,54; p<,0001; OR=4,04). Este risco parece dever-se especialmente a uma diferente motivação para a magreza e perceção de menor autoeficácia geral (t=2,45; p =,015), obtendo piores resultados sobretudo ao nível das subdimensões iniciativa e persistência e eficácia social. Através de regressão multinomial verifica-se que o sexo e a autoeficácia geral assumem influência relevante sobre os hábitos alimentares. Os ideais de beleza podem influenciar este efeito registado ao nível dos sexos. As raparigas desenvolvem estratégias para perder peso, o que pode passar pela omissão do pequeno-almoço e por comportamentos que predispõem para o distúrbio do comportamento alimentar. Já os rapazes, para os quais o ideal de beleza inclui o corpo mesomórfico, referem maior atividade física, associado ao objetivo de conseguir maior massa muscular. A resistência à adversidade será, para eles, uma das subdimensões da autoeficácia geral com maior peso nas escolhas, estando associada igualmente à perceção de autocontrolo. A perceção de autoeficácia, cujo efeito assume maior relevância para os rapazes, funcionará como um fator protetor que reduzirá as opções pouco saudáveis. Quer os hábitos alimentares, quer o padrão de atividade física, apresentam correlação significativa com as atitudes alimentares e com o risco de desenvolvimento de patologia do comportamento alimentar (rSP=,203; p<,001 e rSP=,181, p<,001 respetivamente) e autoeficácia geral (r=,26, p<,001 e rSP=,179, p<,001, respetivamente). As situações de risco de desenvolvimento de patologia do comportamento alimentar surgem ao nível dos adolescentes com melhores hábitos alimentares.Escolhas Alimentares e de Atividade Física dos Adolescentes A partir das entrevistas realizadas aos subgrupos de hábitos alimentares antagónicos, identificaram-se determinantes da escolha alimentar percecionados pelos adolescentes de ambos os grupos. Os mais referenciados foram (por ordem decrescente): a influência da família, preferências em termos de paladar, hábitos familiares, regras de alimentação saudável e disponibilidade. Os determinantes referenciados por maior número de adolescentes foram influência da família e hábitos familiares, perceção do risco, conhecimento das regras de alimentação saudável e preferências alimentares. Juntam-se às mencionadas referências, fatores como perceção de autocontrolo, sensações de bem ou mal-estar, influência dos pares, fome/saciedade, o facto de se encontrarem a desenvolver ou não tarefas, impulsividade, tempo disponível, humor/stress e preço dos alimentos. Para a atividade física foram sobretudo referidos como determinantes da escolha o bem-estar e a saúde. Alguns referiram a companhia como motivadora e, como limitadores, a preguiça e o tempo disponível. Conclusões As diferenças encontradas ao nível dos sexos, justificam intervenções diferenciadas. Fatores como a autoimagem poderão ser trabalhados. A família deverá ser considerada como integrante das intervenções ao nível da educação para a saúde e estas intervenções deverão fazer parte dos currículos escolares. Medidas administrativas tomadas pelas escolas e pelos agentes governativos, concretamente no que toca ao funcionamento das cantinas escolares e organização de horários, poderão facilitar as escolhas mais saudáveis, modulando o efeito de determinantes como tempo disponível e disponibilidade.