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Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
Afonso Lopes Vieira foi pioneiro na abertura do cânone moderno e
contemporâneo da literatura infantil e juvenil em Portugal, com as obras Animais
Nossos Amigos (1911), Canto Infantil (1912) e Bartolomeu Marinheiro (1912), a que se
seguiriam outras durante o primeiro quartel do séc. XX. Com esses textos inaugurava-se
a modernidade do género, pela interacção da palavra literária com a ilustração e a
música, inovações a que Lopes Vieira dará continuação com algumas tentativas
dramáticas destinadas ao público infantil, e com a produção do primeiro filme para
crianças, intitulado O Afilhado de Santo António (1928).
A recepção desta obra foi feita pela comunicação social da época, num
acompanhamento que mostra o interesse despertado na opinião pública, e que, nalguns
casos, é hoje a única notícia de reconstituição dos acontecimentos culturais ligados aos
textos produzidos.
Também a pedagogia oficial, sobretudo a partir do Estado Novo, se serviu deste cânone,
introduzindo-o e dando-lhe uma projecção grande nos manuais oficiais e recomendados
com carácter de obrigatoriedade. De certo modo, esta divulgação pedagógica, que fez
um aproveitamento ideológico dos textos, terá contribuído para o apagamento da obra
de Afonso Lopes Vieira do cânone actual.
Description
Comunicação apresentada no 7º Encontro Nacional / 5º Internacional de
Investigação em Leitura, Literatura Infantil e Ilustração, Braga, 2008.
