A Formação na Administração Pública: Preparação para a Transformação Digital

Farto, Joana Neto

http://hdl.handle.net/10400.8/8014

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Dissertação de Mestrado - Joana Farto_com_correções_formais.pdf		4 MB	Adobe PDF	Download

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Authors

Farto, Joana Neto

Advisor(s)

Lopes, Ana Sofia Patrício Pinto

Abstract(s)

A Transformação Digital é essencial à desburocratização de processos e procedimentos com vista ao surgimento de uma Administração Pública mais modernizada e mais próxima das necessidades dos cidadãos. Este processo, no entanto, pode tornar-se lento e complexo quando os trabalhadores apresentam insuficientes competências digitais. Assim, a adaptação dos trabalhadores da Administração Pública à Transformação Digital passa pela frequência de ações de formação profissional em áreas digitais. Nestes termos, os principais objetivos deste trabalho de investigação consistem em identificar o nível de literacia digital dos trabalhadores da Administração Pública percecionado pelos próprios e aferir as suas necessidades formativas em competências digitais. Adicionalmente, procurou-se ainda inferir os principais benefícios que os participantes em ações de formação atribuem à mesma e que características profissionais e demográficas mais propiciam a frequência em ações de formação profissional. A metodologia adotada consistiu numa abordagem quantitativa, com recurso à utilização de dados primários. O instrumento de recolha de dados utilizado foi o inquérito por questionário, disponibilizado em várias plataformas online. Foram contabilizadas 618 respostas, das quais foram validadas 611. A análise de dados foi efetuada com recurso a várias técnicas estatísticas, nomeadamente, modelos de regressão linear e logística, coeficientes de correlação e medidas de tendência central (média) e de dispersão (desvio padrão). Segundo a perceção dos próprios, a literacia digital dos trabalhadores da amostra, em média, situa-se entre o nível básico e intermédio e verificam-se maiores necessidades de formação em Cibersegurança, Sistemas de comunicação por videoconferências e Tecnologia Cloud. Os resultados revelaram que, no geral, trabalhadores do género feminino e trabalhadores com maiores níveis de escolaridade tendem a frequentar mais ações de formação. Revelaram ainda que existe uma relação negativa entre a formação profissional e um vínculo laboral mais estável. Já a relação entre a formação profissional e a idade não apresenta significado estatístico em nenhum dos modelos estimados.