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A implicação social e económica associada à condição de nem estudar nem trabalhar mobiliza políticos e estudiosos destas áreas, atentos aos novos indicadores estatísticos criados para dar parte de uma realidade nova, associada aos países das sociedades ocidentais, sobre a qual é necessário conhecer a dimensão bem como acompanhar a sua evolução.
A censura social abate-se, nesta sociedade economicista em que vivemos, sobre quem não contribui com o seu esforço para o desenvolvimento do bem-estar e da qualidade de vida comuns. E ainda que reconheçamos a existência de indivíduos que vivem de expedientes para sobreviver com o menor esforço possível, recolhendo benefícios do esforço alheio, quer através dos apoios do Estado, quer do apoio de familiares, há que admitir também um número crescente de jovens que involuntariamente atravessam um período bastante longo de incerteza e de instabilidade, antes de conseguirem integrar-se no mercado de trabalho, após a conclusão dos seus estudos, e assim autonomizar-se face ao meio familiar.
Propomo-nos, com este trabalho, dar voz a quatro destes jovens que permanecem diluídos no anonimato social de quem não vê a sua própria identidade reconhecida, na azáfama diária de quem se apressa para manter o seu lugar ou ambiciona subir na sua carreira profissional, ignorando aqueles que permanecem à margem. Estes jovens atreveram-se a partilhar o seu mundo emocional, através de uma entrevista semiestruturada, que trabalhamos sob forma de “relato de mundo interior” (vol. I) e que também publicamos na íntegra (Vol. II), de acordo com um trabalho de investigação sociológica enquadrado no paradigma fenomenológico. Procura-se melhor compreender a realidade social dos nem nem a partir da realidade individual incorporada da dimensão social, passando por procurar conhecer quem são os nem nem, a partir da representação que o próprio indivíduo faz de si, ou seja, compreender a compreensão do outro, a sua autorrepresentação. Quem são os nem nem? Que caminhos e percursos trilharam? Como vivem? Como pensam? De que se ocupam? Que projetos de futuro têm? Como se veem? São algumas das questões que nos propusemos conhecer com os próprios atores, no relato das histórias de vida cuja voz é devolvida a cada um dos protagonistas.
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Nem Nem Retrato Sociológico Mediação Família Escola Trabalho