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Aquariofilia é uma indústria muito importante no mercado internacional. A comercialização de peixes ornamentais marinhos teve início no Sri Lanka, em 1930, estando atualmente difundida em mais de 80 países. Existe um esforço mundial para condicionar a captura de animais selvagens, promovendo os cultivos em cativeiro.
Os peixes-palhaço são fortes candidatos à produção em cativeiro, pois são de fácil cultivo e apreciados pelos aquariofilistas. A espécie Amphiprion clarkii é uma das mais populares em aquários, devido à sua resistência e coloração. No entanto, um dos problemas associados ao cultivo desta espécie está relacionado com alterações na coloração selvagem, bem como na manutenção de colorações homogéneas entre populações de peixes ornamentais produzidos em cativeiro.
O objetivo deste estudo foi observar o efeito da intensidade luminosa na coloração da espécie Amphiprion clarkii durante o seu crescimento em cativeiro, utilizando métodos de análise colorimétrica não invasiva e não destrutivos.
Utilizaram-se 3 sistemas de iluminação, com diferentes intensidades luminosas (30, 1200 e 2700 lux), ligados a um único sistema de filtração. No início da experiência os peixes tinham 2 meses de vida e foram alimentados duas vezes ao dia e expostos a um fotoperíodo de 12h:12h. No final do ensaio (12 semanas) a coloração foi avaliada com auxílio de um espectroradiometro.
Observou-se que a luminosidade não afeta o crescimento dos peixes. Os peixes usados como padrão eram mais escuros, mas menos amarelos e vermelhos do que os peixes em estudo. Não existiram diferenças no parâmetro luminoso L* ao longo do tempo. No entanto, os peixes demonstraram uma tendência para ficarem mais vermelhos e amarelos com o passar do tempo, mas de um modo independente da luminosidade. A intensidade luminosa não alterou a saturação, verificando-se para os três sistemas um aumento ao longo do tempo. Não existiram alterações na tonalidade, nem na variação total da cor em função da intensidade luminosa. Nas análises com o espectroradiometro, houve diferenças entre os animais do ensaio e os peixes padrão. No entanto, não houve diferenças entre os 3 sistemas na zona dorsoventral, apenas ocorreram diferenças na zona caudal entre a luminosidade 30lux e a luminosidade 2700lux.
Em conclusão, não se verificaram alterações significativas na coloração dos peixes Amphiprion clarkii em função da intensidade luminosa. O uso de métodos não invasivos neste trabalho foi um sucesso, já que ambos os métodos utilizados traduzem os mesmos resultados em relação à variação de cor.
Description
Dissertação de Mestrado em Aquacultura apresentada à ESTM - Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar do Instituto Politécnico de Leiria
Keywords
Amphiprion clarkii Intensidade luminosa Colorímetro Espectroradiometro Light intensity Colorimeter Spectroradiometer