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  • The strengths and weaknesses of live fluorescently labelled algae (LFLA) to estimate herbivory in protozooplankton and mixoplankton
    Publication . Ferreira, Guilherme Duarte; Figueira, Joana; Marques, Sónia Cotrim; Hansen, Per Juel; Calbet, Albert
    The Live Fluorescently Labelled Algae (LFLA) technique has been used numerous times to estimate microzooplankton herbivory. Yet, it is unknown how mixoplankton (i.e., single-cell organisms that can combine phototrophy and phagotrophy) affect the outcome of this technique. Hence, we conducted a broad-spectrum assessment of the strengths and weaknesses of the LFLA technique, using several mixoplanktonic and protozooplanktonic grazers. Species from different taxonomic groups and different feeding mechanisms were tested in short-term experiments (ca. 5 h) in the laboratory, at different prey concentrations and during light and dark periods of the day. Overall, our findings suggest that the LFLA technique, due to its short-term nature, is an effective tracker of diel ingestion and digestion rates, and can detect new mixoplanktonic predators. We recommend that, irrespective of the prey concentration, incubations to measure grazing rates with this technique should generally be concluded within 1 h (adaptable to the environmental temperature). Nevertheless, our results also call for caution whenever using LFLA in the field: feeding mechanisms other than direct engulfment (like peduncle feeding) may provide severely biased ingestion rates. Furthermore, size and species selectivity are very hard to circumvent. To reduce the effects of selectivity, we propose the combined use of two distinctly coloured fluorochromes (i.e., distinct emission spectra). With this modification, one could either label different size ranges of prey or account for species-specific interactions in the food web.
  • Efeito combinado do aquecimento e da acidificação dos oceanos no camarão Palaemon varians (Leach, 1814): desenvolvimento larvar e respostas bioquímicas
    Publication . Figueira, Joana Patrícia Carreira; Leandro, Sérgio Miguel Franco Martins; Marques, Sónia Cristina Ferreira Cotrim
    As emissões para a atmosfera de gases de efeito de estufa, particularmente as emissões de dióxido de carbono (CO2) têm vindo a aumentar, e desde os finais do séc. XIX os níveis atmosféricos desse gás passaram de 280 ppm para 415 ppm em abril 2020 e estima-se que cheguem a valores superiores a 1000 ppm em 2100. Os oceanos têm um efeito tampão na concentração do CO2, absorvendo cerca de 30% do CO2 libertado na atmosfera. Este CO2 dissolvido reage com a água do mar, reduzindo o seu pH. O IPCC (2019) prevê que a diminuição do pH da superfície dos oceanos irá variar entre 0,065 e 0,315 unidades de pH até 2100. O oceano já absorveu cerca de 90% do calor gerado pelo aquecimento do planeta, e de acordo com o IPCC com o aumento da temperatura da superfície terreste, estima-se que a temperatura superficial dos oceanos irá aumentar entre 0,73 a 2,58℃ até 2100. As alterações climáticas podem afetar negativamente, positivamente, ou ainda pode não ocorrer qualquer tipo de efeito, nos organismos marinhos, apresentando assim uma grande variabilidade de repostas. O Palaemon varians é um crustáceo decápode, que habita estuários, lagunas costeiras e salinas em todo o noroeste da Europa e norte de África, e tem a capacidade de tolerar grandes variações de temperatura, salinidade, e hipoxia. A presente tese teve com objetivo avaliar o efeito em combinação da acidificação e do aquecimento dos oceanos nos parâmetros populacionais (duração da fase larvar, duração dos estágios larvares, crescimento e sobrevivência) e na composição bioquímica (proteína e perfil de ácidos gordos) do camarão Palaemon varians. Estes organismos foram expostos a diferentes níveis de temperatura (20°C e 26°C), pH e CO2 (pH 8,1 ~ 400 atm; pH 7,5 ~ 1804 atm; pH 6,5 ~ 18788 atm) desde a eclosão dos ovos até ao seu assentamento. Os resultados obtidos neste estudo sugerem que as larvas de P. varians são afetadas pelo pH mais baixo (6,5) quando expostas a uma temperatura mais elevada (26°C), uma vez que apresentaram um crescimento inferior. Ficou também evidente que as alterações de temperatura poderão ter um maior impacto no comportamento destes organismos do que as alterações de pH, pois à temperatura mais elevada os organismos atingem a fase de juvenil mais rápido. P. varians são organismos eurialinos que habitam estuários e lagunas, nos quais os níveis de pH e temperatura podem variar bastante, e as suas larvas podem por isso possuir elevada plasticidade ou variabilidade fenotípica capaz de lhe conferir um certo nível de resistência às várias condições ambientais. A exposição das larvas de P. varians a valores de pH mais baixos e temperatura mais elevadas poderá trazer vantagens ao nível da produção em aquacultura, uma vez que esta espécie chega à fase de juvenil mais rapidamente e demonstrou produzir uma maior quantidade de ácidos gordos essenciais altamente importantes para a saúde humana.