ESECS - Mestrado em Ciências da Educação - Gestão Escolar
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- Autoavaliação nas escolas - Implementação e impacto nas práticas pedagógicas e organizacionaisPublication . Pereira, Fernando Brites; Menino, Hugo Alexandre LopesInserido no espaço europeu, o sistema educativo português tem sido moldado pelas políticas neoliberais de accountability promovidas pela União Europeia (UE), refletindo-se, nas últimas décadas, no discurso político, nos normativos legais e nas iniciativas da tutela nacionais orientadas para a eficiência e qualidade educativa. Paralelamente surgem movimentos de descentralização do sistema educativo e autonomia das escolas, quase sempre reflexo da falência do estado providência, acompanhados de correspondente responsabilização do prestador de serviços mais próximo do cliente que justificam que tudo seja avaliável mesmo que, por vezes, apenas mensurável. A avaliação institucional das escolas é apontada por muitos como o instrumento de controlo remoto na mão dos serviços centrais e de contestável capacidade de efetiva melhoria da qualidade educativa. Desenvolvida por duas modalidades, a externa e a interna, criadas por decreto, de criticável equilíbrio entre hétero e autorregulação, transpõe, por esta última, para a organização escola desafios que podem conflituar com a sua natureza e ethos próprios, mas também pode constituir instrumento alavancador único de aprendizagem e de desenvolvimento organizacional. A presente dissertação tem como propósito compreender como a autoavaliação (AA) é operacionalizada em contexto escolar e que impacto é percecionado pelos principais atores educativos relativamente ao seu contributo para o desenvolvimento organizacional e pedagógico. A investigação incide sobre dois agrupamentos de escolas da região de Leiria e analisa as opções adotadas no processo de AA, o nível de envolvimento dos diferentes atores e a utilidade dos resultados produzidos. Através de uma abordagem qualitativa, de natureza descritiva e interpretativa e, com base na metodologia de estudo de caso múltiplo, foram realizadas entrevistas semiestruturadas a diretores e coordenadores das equipas de AA e focus groups com coordenadores de departamento. Os resultados revelam que, apesar de ambos os agrupamentos adotarem o modelo CAF Educação, existem algumas diferenças ao nível da apropriação do modelo e da cultura organizacional subjacente, evidenciando que a maturação dos processos de AA, requer tempo, skills e estabilidade da equipa responsável, legitimação interna e envolvimento coletivo comprometido em que as lideranças desempenham um papel determinante. Identificam-se progressos importantes na mobilização da AA como ferramenta de gestão estratégica e suporte à tomada de decisão, ainda que persistam fragilidades na monitorização dos efeitos pedagógicos. Conclui-se que a AA, quando concebida de forma integrada, pode ultrapassar uma lógica meramente tecnocrática de prestação de contas e afirmar-se como instrumento potenciador de autorregulação e qualidade. Palavras
