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- Os Acessos à Perceção. Sobre os modos da exploração da cor no trabalho artísticoPublication . Jesus, Fátima Andrea Dias; Esteves, Philip José RodriguesA linha condutora desta investigação consistiu na procura de um autoconhecimento relativamente à criação artística, particularmente no que diz respeito à presença de certos elementos que permitem compreender a natureza da nossa própria percepção, tão determinante para o acto criativo. Nesse sentido, a perceção e a amplitude e liberdade que atribuímos à mesma, está muito presente na linha de pensamento que caracteriza as próximas páginas. No decurso da escrita deste trabalho deparei-me com tópicos que vieram, ao mesmo tempo, questionar e facilitar a compreensão dos modos da percepção, e de como esta pode moldar o conhecimento que temos de um determinado objecto. Um dos factores determinantes da percepção é, nesse sentido, a questão da cor e de como esta pode condicionar essa mesma percepção, pois a cor pode modificar superfícies e colocar a mente a trabalhar em prol da descoberta prática e sensorial. Por outro lado, temos ainda, como o trabalho tenta explorar, o problema do jogo dimensional, ou seja, o confronto e/ou a continuidade entre a experiência do bidimensional e a experiência do tridimensional (de um corpo no espaço). Estes dois factores - o jogo dimensional e a cor - conduziram a minha investigação à abordagem da percepção infantil, pois é durante este período que a imaginação consegue criar mais amplamente liberta de factores influenciadores e decisivos. A maneira como vemos uma imagem, as relações entre o universo das referências externas e dos signos partilhados e aquela dimensão interpretativa mais pessoal e sujeita a enquadramentos identitários, abre uma panóplia de possibilidades percetivas e, por isso mesmo, de interpretações do que se vê, enriquecendo a experiência e o pensamento. Percebi então, como o meu labor artístico contém estas problemáticas e como a sua fusão cria uma metodologia, muito presente no meu tempo em atelier. Posto isto, é possível criar e absorver o criado transformando influências exteriores e pessoais em algo autêntico e irrepetível. O remisturar da memória e a abertura a novas possibilidades podem criar vários novos objetos com potencialidades lúdicas e de caráter experimental (revelando assim traços identitários e da experiência de quem cria e de quem observa). O importante é, creio, dar liberdade ao pensamento e à maneira como este processa as informações sensoriais. Esta investigação não deixou de ser um caminho que se mantém aberto. Por outras palavras, estou longe de compreender o “porquê” de certas decisões que ocorrem, repetidamente, no espaço criativo. Contudo, aos poucos vou obtendo respostas e vou percebendo que todo este processo é, em grande parte, um diálogo temporal entre diferentes estados existenciais daquilo a que chamo eu.
- UTILIZAÇÃO DE JOGOS DIGITAIS NA MELHORIA DAS COMPETÊNCIAS DE CÁLCULO MENTAL EM ALUNOS DO 1.º CEBPublication . Santo, Celestino Miguel Martins Espírito; Cadima, Rita Alexandra Cainço DiasAs tecnologias digitais são uma presença nas nossas vidas, e de uma forma mais vincada, na dos nossos alunos, que as utilizam para recolher informação, comunicar, aprender e jogar, apresentando-se os jogos digitais em lugar de destaque despertando grande motivação. Os jogos digitais podem apresentar-se como um meio ideal para fornecer um ambiente de aprendizagem propício ao desenvolvimento do cálculo mental, envolvendo os alunos de forma ativa, colaborativa e social, na construção do seu próprio conhecimento. Com esta investigação pretendeu-se verificar se a utilização de jogos digitais pode contribuir para a melhoria das competências de cálculo mental de alunos do 1.º CEB e se esses mesmos jogos podem contribuir para desenvolver atitudes mais favoráveis perante a matemática. Foi neste contexto, de uma abordagem mais intervencionista de aplicação de tarefas/atividades, análise e reformulação, com vista a criar novas práticas pedagógicas, que se considerou a metodologia de Design-Based Research, a opção que mais se adequava a este estudo, apresentando-se como uma abordagem de investigação inovadora e que reúne as vantagens das metodologias qualitativas e quantitativas. Neste projeto realizado com alunos do 4.º ano, foram utilizados quatro instrumentos distintos: aplicação de testes diagnósticos e finais, atividades realizadas com recurso a jogos digitais, inquéritos por questionário aos alunos intervenientes e entrevista à professora da turma. Foi um projeto que teve na sua génese um “Estudo Piloto” realizado anteriormente com alunos do 1.º ano, tendo ambos incidido na temática da utilização dos jogos digitais disponíveis online e de forma gratuita, e que permitam a edição do seu conteúdo, adaptando-os aos objetivos a trabalhar pelos alunos. Verificou-se que a utilização de jogos digitais contribuiu para a melhoria das competências de cálculo mental em alunos do 1.º CEB, e para que estes desenvolvessem atitudes mais favoráveis perante a matemática, sendo que a metodologia de trabalho utilizada influenciou positivamente a sua vontade de trabalhar e de aprender matemática. Verificou-se também que os resultados foram substancialmente superiores nas tarefas que envolveram jogos digitais relativamente às realizadas em formato de papel. Percebemos ainda, na opinião da professora da turma, que a utilização das tecnologias digitais é um fator de motivação, aprendizagem e aquisição de novas competências, levando à melhoria do desempenho dos alunos.