ESTM - Mestrado em Biotecnologia dos Recursos Marinhos
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Browsing ESTM - Mestrado em Biotecnologia dos Recursos Marinhos by advisor "Bernardino, Raul José Silvério"
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- Desenvolvimento de uma emulsão cosmética com potencial de antienvelhecimento por incorporação de extrato de Beta vulgaris e polissacarídeos de origem marinhaPublication . Maçarico, Andreia Malheiros; Bernardino, Raul José Silvério; Bernardino, Susana Maria da Silva Agostinho; Afonso, Clélia Paulete Correia NevesUltimamente, o setor da beleza tem ganho um lugar de importância relevante na vida do ser humano. Mas, apesar disso, a consciência do processo de envelhecimento e as suas principais causas e consequências, acoplado a uma necessidade e sensibilidade dos impactos de compostos sintéticos no ambiente e na pele, mostrou ser uma prioridade no setor da cosmética, tanto pelos consumidores, como pelas grandes indústrias. Neste sentido, procura- se uma eficaz extração de compostos com propriedades antioxidantes que levem à neutralização ou eliminação das ROS (espécies reativas de oxigénio) e à diminuição do stress oxidativo, levando ao retardamento nos sinais de envelhecimento cutâneo. Neste estudo, realizaram-se diversas extrações de Beta vulgaris subsp. cicla (acelga) com recurso a diferentes solventes (E- etanólico, E50- hidroetanólico, A- aquoso) e a diferentes partes da planta (folhas, caules, raízes), em 1%, 5% e 10% de biomassa. Os resultados variaram, destacando-se o extrato E50 que apresentou o rendimento de extração mais elevado. De seguida, foi traçado o espectro UV-Vis correspondente a cada tipo de solvente de extração de B. vulgaris. Nestes ensaios, observou-se a presença de possíveis compostos antioxidantes, determinado por dois métodos diferentes, o FRAP (Ferric Reducing Antioxidant Power) ou Poder Antioxidante de Redução de Ferro e o QTP (Quantificação do Conteúdo Fenólico Total). A extração E das folhas apresentou maior teor de compostos fenólicos, com 0,469 μg EQ. Ácido Gálico/μg extrato. No ensaio de determinação do potencial antioxidante por FRAP, os valores foram de 399,517 ± 32,678 μg EQ. Ácido Ascórbico (AA)/μg extrato, para a extração E das folhas. Quanto aos ensaios antimicrobianos, não se registou atividade contra Escherichia coli e Micrococcus luteus. Verificou-se que em ambos os microrganismos só se observou formação de halos de inibição no controlo positivo. Nos ensaios onde se avaliou a textura e cor da emulsão de creme, observou-se que os resultados não foram afetados diretamente pela introdução do alginato, podendo significar que as ligeiras alterações observadas em determinados extratos podem não ter sido diretamente relacionadas com a sua adição. Esta observação é positiva quando se trata da cor da emulsão, no sentido em que a esta não é necessariamente alterada, no caso da textura, observou-se na maioria dos extratos uma diminuição na força de coesão, o que é um bom indicador por tornar a emulsão com uma textura mais agradável e suave. Em escala industrial, o solvente E50 seria ideal para se obter um maior rendimento de extrato, enquanto o E será mais vantajoso para obter uma maior atividade antioxidante. Atualmente, ainda existe uma discrepância no que toca à literatura da beterraba e da acelga, sendo a da primeira, ainda a mais valorizada. Em todo o caso, surgiu recentemente um interesse crescente pelas muitas potencialidades da acelga, tornam-na uma peça importante para avançarmos e irmos de encontro a uma economia circular e de otimização na utilização dos recursos e dos seus benefícios, priorizando a sustentabilidade e a utilização de produtos naturais.