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Importância do enfermeiro na fase pré-analítica das hemoculturas: implementação de um Procedimento Específico

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O desenvolvimento e consolidação de competências para a prática especializada, através da procura constante de conhecimento científico, assume contornos essenciais na ótica da Enfermagem Avançada, permitindo a construção de um percurso profissional pautado por segurança e qualidade. A hemocultura é a prova analítica que permite determinar o microrganismo responsável por uma infeção da corrente sanguínea. O seu valor diagnóstico remete para o importante papel do enfermeiro na fase pré-analítica das hemoculturas, assegurando o cumprimento das boas práticas e sustentando-as na evidência científica, de forma a evitar erros relacionados com a contaminação externa da amostra, que deve ser inferior a 3%. Este aspeto permite a adequação terapêutica, a redução da resistência aos antimicrobianos, a redução do tempo de hospitalização, a redução dos custos em saúde associados e, consequentemente, a obtenção de ganhos em saúde. Pretende-se com este trabalho evidenciar o desenvolvimento das competências comuns do Enfermeiro Especialista, e específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem Médico- Cirúrgica na área de Enfermagem à Pessoa em Situação Crítica; avaliar o conhecimento dos enfermeiros na fase pré-analítica das hemoculturas; construir e implementar um Procedimento Específico sobre a fase pré-analítica das hemoculturas e avaliar a taxa de contaminação das hemoculturas no Serviço de Urgência de um Centro Hospitalar e Universitário da zona centro de Portugal. Este estudo tem uma análise descritiva e correlacional. Através de uma revisão integrativa da literatura foi elaborado um questionário de avaliação de conhecimentos, um plano de formação e construído um Procedimento Específico. O questionário de avaliação de conhecimentos foi aplicado antes e após a formação em serviço e a implementação do Procedimento Específico sobre a fase pré-analítica das hemoculturas. A identificação da taxa de contaminação das hemoculturas deste Serviço de Urgência decorreu durante os 2 meses que antecederam e que sucederam a intervenção. Da amostra de conveniência participaram 46 enfermeiros, o equivalente a 60% dos enfermeiros de um Serviço de Urgência de um Centro Hospitalar e Universitário. Antes da intervenção na equipa, os enfermeiros acertaram em 60,4% das questões, com incremento para 78,3% após a intervenção de 2 meses, o que corresponde a um aumento de 30%. Em todas as questões houve melhoria de resultados no segundo momento de avaliação, correspondendo a 67,4% da amostra a melhorar o conhecimento. A taxa de contaminação das hemoculturas é superior aos 3% recomendados na literatura, atingindo 12,1% nos 2 meses que antecederam a intervenção e sem redução após a intervenção. O conhecimento dos enfermeiros relativo à fase pré-analítica das hemoculturas melhorou após a realização de formação em serviço e a implementação de um Procedimento Específico sobre este fase (p<0,001). No entanto, verificou-se resistência à mudança de comportamentos, sendo necessário envolver a equipa na consciencialização da problemática e manter a intervenção educativa, conjugando-a com outras estratégias adequadas às características da equipa, para que se efetive uma redução da taxa de contaminação das hemoculturas neste Serviço de Urgência.

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Infeções associadas aos cuidados de saúde Infeções da corrente sanguínea Hemocultura Fase pré-analítica Contaminação Enfermeiro Boas práticas Conhecimento

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