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Authors
Abstract(s)
A família é um espaço privilegiado para aprender, constitui-se como base essencial de vida social (Alarcão, 2000), é uma rede complexa de laços fundamentalmente afetivos, influencia e é influenciada pela saúde e bem-estar dos seus membros (Wright & Leahey, 2011).
O enfermeiro de família, na sua prática especializada, desenvolve um trabalho de parceria com a família numa abordagem sistémica, orientando-a para a maximização do seu potencial e de acordo com o seu projeto de saúde (Figueiredo, 2012). O presente relatório enquadra-se no 3º semestre do 2º ano do Curso de Mestrado em Enfermagem Comunitária na área Saúde Familiar conducente à atribuição do título profissional de Enfermeiro Especialista em Saúde Comunitária na área de Saúde Familiar e foi desenvolvido na USF Pedro e Inês em Alcobaça, em junho-julho de 2019. Na Parte I - Prática especializada em enfermagem de saúde familiar, pretendeu-se demonstrar o desenvolvimento das competências preconizadas pela Ordem dos Enfermeiros. Na parte II- Revisão Scoping - Enfermagem Transcultural – cuidar de indivíduos/ famílias imigrantes, desenvolveu-se uma revisão scoping com o objetivo de mapear a evidência quanto a alguns fatores promotores de enfermagem transcultural pelos enfermeiros de família junto de indivíduos/famílias imigrantes focando o conceito de Enfermagem Transcultural de Medeleine Leininger, o Modelo de Avaliação e Intervenção de Calgary e o Cuidado baseado nas Forças. Concluiu-se que alguns fatores facilitadores da prática de enfermagem transcultural junto de indivíduos/famílias imigrantes em contexto de cuidados de saúde primários são: a promoção de atitudes de empatia, humildade, aceitação, respeito, disponibilidade e sensibilidade associada a uma visão positiva da migração por parte dos profissionais; o desenvolvimento de unidades de saúde culturalmente recetivas, o recurso a modelos de competência cultural, nomeadamente o modelo de Campinha-Bacote; a utilização consciente da comunicação; a mobilização de mediadores interculturais e promotores de saúde; o estabelecimento de uma relação mais próxima com a comunidade; a elaboração de guias de saúde nos diferentes idiomas; o recurso à ferramenta VaKE e a utilização de modelos de avaliação que contemplem a cultura. Para superação de algumas barreiras identificadas importa, nomeadamente: o controlo da barreira linguística, cultural, de atitudes discriminatórias dos profissionais, da postura etnocêntrica e competências limitadas dos profissionais e também a dotação adequada de profissionais nos serviços.
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Keywords
Enfermagem transcultural Competência cultural Enfermeiros Imigrantes Cuidados de saúde primários
