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Em Portugal, o envelhecimento demográfico associado ao aumento da esperança de vida, veio a aumentar as doenças, e consequente situação de dependência, relacionadas como o envelhecimento, no qual se destaca a demência de Alzheimer. Perante a situação de dependência dum familiar, as famílias são obrigadas a restruturar o seu funcionamento para incluir um novo papel- o de cuidador. Esta situação é um forte teste a resiliência familiar, que consiste na habilidade desta para desenvolver funcionalidade nas relações entre os seus membros perante uma crise (Wash, 2005), e compete ao enfermeiro de saúde familiar a capacitação da família para melhor responder a crises, pelo que importa conhecer os fatores relacionados com a resiliência do cuidador familiar.
A resiliência, quer psicológica quer familiar, é um fator influente importante na adaptação de famílias de doentes com DA. Destaca-se o processo de comunicação dentro da família, que interage com o seu sistema de crença e padrão organizacional, funcionando como um fator benéfico ou crítico para a adaptação familiar. Neste contexto encerra o legado funcional do enfermeiro de saúde familiar, pois para além de ocupar posição privilegiada, que com a sua intervenção poderá capacitar o cuidador/família para a prestação de cuidados mais efetiva, alicerçando a nas forças da família e não nas vulnerabilidades da mesma. Sendo que, um forte sistema de crenças, a utilização dos recursos familiares e uma melhoria do padrão de organização podem traduzir uma maior estabilidade e coerência familiar, que leva a fortalecer a resiliência familiar. Isto pode, por sua vez, facilitar uma comunicação mais clara e mais aberta e melhorar a resolução de problemas, proporcionando às famílias a força para obterem uma adaptação positiva. Também o apoio social formal tem um impacto positivo na resiliência (onde os enfermeiros de família se destacam), pois os cuidadores que receberam forte apoio social tinham maior probabilidade de serem altamente resilientes. Pelo que, uma maior perceção sobre a resiliência do cuidador e seus fatores determinantes poderá facilitar a identificação precoce e precisa de cuidadores com níveis mais baixos de resiliência. Esta avaliação permitirá a implementação de intervenções numa abordagem sistémica e colaborativa, para ajudar os cuidadores/famílias a melhorar seu bem-estar e qualidade de vida.
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Keywords
Enfermagem de saúde familiar Forças Resiliência Cuidador familiar Adaptação familiar