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Política de austeridad y contrato psicológico en la Administración Pública

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Num tempo epilético em constante metamorfose, onde a incerteza é o único fator que temos por certo, urge compreender os mecanismos de funcionamento da Administração Pública onde uma Economia confronta um Estado (de Direito), sem instrumentos políticos, sociais ou económico-financeiros que reflitam a angústia de quem perde bens adquiridos, avaliem o ruído introduzido nas redes formais e informais de relacionamentos e contabilizem o esforço de quem quer acreditar que ainda há esperança para… O contrato formal de trabalho não é um instrumento próximo da relação laboral. Em bom rigor, certo é que aquele não é invocado na relação diária entre o colaborador e os demais atores organizacionais, mas apenas em situações suscetíveis de rutura. A relação quotidiana é orientada pelo contrato psicossociológico. A relação quotidiana é orientada pelo contrato psicológico, definido como um conjunto de expetativas recíprocas relativas às obrigações mútuas entre cada indivíduo e a organização, assente, essencialmente, sobre três elementos: promessa, retribuição e aceitação voluntária. A mudança de paradigma emergente sugere-nos que, em teoria, os contratos psicológicos possam estar em sucessiva rutura não havendo, porém, registo de fenómenos de abandono organizacional massivo pelos colaboradores. Atento este contexto, definimos como objetivo geral desta investigação o estudo das atitudes e comportamentos dos colaboradores da Administração Pública Portuguesa perante as medidas de austeridade introduzidas na gestão de recursos humanos, resultantes da (re)avaliação que cada indivíduo faz do seu contrato psicológico. Sob o paradigma interpretativo assumimos o compromisso a investigação empírica em pleno território da semântica pela via da competência linguística dos sujeitos que, naturalmente, traduz a mobilização semiológica e semiogónica de significantes e significados, remete substantivamente para a capacidade de mobilização dos mesmos em presença de conhecimentos, afetos e emoções. A atmosfera envolvente de um significante não é a mesma para cada respondente, em presença do objeto denotativo. E esta é a razão que aumenta o risco de quem investiga, na razão direta do próprio desafio de uma metodologia de análise qualitativa. A complexidade das situações será cada vez maior e obrigará a atitudes mais proactivas, por parte dos responsáveis organizacionais, que não se compadeçam apenas com o mero cumprimento de regras economicistas. Sem qualquer prejuízo de contributos e articulações com o exterior, é no interior de cada organização que terá de emergir a capacidade para assumir uma postura de responsabilização social estratégica na intermediação entre necessidades pessoais, objetivos institucionais e recursos disponíveis.

Description

Tese de Doutoramento Internacional, apresentada à Universidade de Extremadura, Espanha, 2012, elaborada sob a orientação científica do Professor Doutor José Henrique Dias, Doutor em História e Teoria das Ideias pela Universidade Nova de Lisboa, Portugal e Professor Doutor Florencio Vicente Castro, Catedrático de Psicología Evolutiva y de la Educación da Universidade de Extremadura, Espanha.

Keywords

Medidas de austeridade Administração Pública Contrato psicológico Gestão de recursos humanos Fatores psicossociais de risco no trabalho

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