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Authors
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Abstract(s)
O presente estudo tem como objetivo principal analisar como se processa a transição
para a vida pós-escolar de alunos com necessidades educativas especiais,
quais as áreas vocacionais trabalhadas ao longo do processo de transição, o papel
dos docentes e dos pais as parcerias existentes com empresas, associações e outras
instituições.
Depois de terminar a escola quem apoia a inserção destes jovens na comunidade e
no mercado de trabalho?
Após terminar a escolaridade obrigatória muitos destes alunos vêem-se sem soluções
para a sua vida quer a nível profissional quer a nível pessoal. Torna-se urgente
encontrar medidas de apoio para os jovens com Necessidades Educativas Especiais
para que tenham acesso a uma igualdade de oportunidades real.
O processo de transição está inadvertidamente condicionado às ofertas de emprego
existentes no meio em que o aluno se insere e com as oportunidades a que o aluno
pode aceder.
Construir um currículo com base nas capacidades do aluno, tentando minimizar as
disfunções é uma tarefa que sofre mutações, avaliações constantes, e por vezes
torna-se muito difícil encaminhar alunos e encontrar parcerias com empresas.
De momento estamos a vivenciar alguma instabilidade económica no país que condiciona
todos os sectores em geral, e o da educação não é exceção. Esta condicionante
também altera ou diminui as parcerias existentes na transição para o mercado
de trabalho? As verbas? Os protocolos? Os apoios às pessoas com limitações?
Este estudo foca-se numa escola da região de Leiria onde foram realizadas entrevistas
aos alunos, aos professores, aos encarregados de educação e aos empresários
que assinaram protocolo de estágio com o agrupamento de escolas da região
de Leiria. O objetivo do estudo é entender como se faz a transição destes alunos da
escola para o mercado de trabalho, os apoios e ajuda aos alunos e empresas que o Instituto de Emprego e Formação Profissional oferece, quais os meios a que estes
alunos recorrem, quais as motivações dos empresários para acolher alunos com
Necessidades Educativas Especiais nas suas empresas e o caminho que encarregados
de educação e professores percorrem para que tudo corra da melhor forma.
Todos estes alunos do estudo têm necessidades educativas especiais e um plano
de transição para a vida adulta adequado e adaptado ás suas limitações e capacidades.
Os alunos do estudo encontram-se matriculados no 10º, 11º e 12º ano e
estão a realizar estágio nas empresas da região de Leiria. Os alunos têm Currículo
Especifico Individual e Plano Individual de Transição.
Neste estudo tentamos também entender o ponto de vista dos alunos em relação ao
futuro e ao estágio que estão a realizar, a perspectivas dos pais em relação ao futuro
dos filhos, a visão dos professores e de que forma os empresários encaram os
estágios com alunos com necessidades educativas especiais.
Dos casos estudados podemos concluir que os estágios dos alunos com Necessidades
Educativas Especiais são bem aceites pelos empresários da região de Leiria
e que a maioria dos alunos que frequentam estágios na região acaba por ficar a trabalhar
nessas empresas. Por outro lado os encarregados de educação demonstram
uma atitude demissiva em relação à tomada de decisão e ao encaminhamento dos
alunos sendo a escola a ter um papel mais ativo. A escola, os professores, os técnicos
demonstram ter um profissionalismo e um gosto pela profissão que se reflete no
sucesso dos seus alunos.
Os alunos com Necessidades Educativas Especiais apesar de terem sonhos díspares
em relação às suas capacidades encontram um caminho e relevam estar satisfeitos
e felizes com o trabalho encontrado.
Description
Keywords
Vida pós-escolar Alunos com Plano Individual de Transição Necessidades Educativas Especiais Processo de Transição para a vida Ativa Inclusão