Recuperação de Vítimas de Paragem Cardiorrespiratória no Pré-Hospitalar: Estudo comparativo entre a atuação dos profissionais da SIV e VMER

Nunes, Dora Margarida Andre Duarte

http://hdl.handle.net/10400.8/8049

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Authors

Nunes, Dora Margarida Andre Duarte

Advisor(s)

Dixe, Maria dos Anjos Coelho Rodrigues

Frutuoso, Alexandre David Rosa

Abstract(s)

Introdução: De entre a grande multiplicidade de situações e contextos de intervenção em préhospitalar, as situações de Paragem Cardiorrespiratória Extra-Hospitalar (PCREH) representam, sem dúvida, a mais emergente das situações com que se deparam os profissionais de saúde. O presente estudo tem como principal objetivo perceber se existem diferenças na taxa de sucesso da Recuperação da Circulação Expontânea (RCE) nas vítimas de PCREH, socorridas pelas equipas de Emergência Médica Extra-Hospitalar (EMEH) em função da intervenção autónoma protocolada de enfermagem na ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) ou da prescrição médica in loco na Viatura médica de Emergência e Reanimação (VMER). Metodologia: Através de amostragem não probabilística, intencional, constituiu-se uma amostra de 1877 vítimas de PCREH socorridas pelas SIV e 1323 vítimas atendidas pelas VMER da zona centro do país, cuja paragem cardiorrespiratória ocorreu no período de 2019 a 2020, tendo a mesma sido inserida no Registo Nacional de Paragem Cardiorrespiratória Préhospitalar (RNPCR-PH). O instrumento de colheita de dados utilizado foi uma grelha de registo cujos dados foram retirados da plataforma do Registo Nacional de Paragem Cardiorrespiratória Pré-hospitalar (RNPCR-PH) fornecido pelo INEM. Na análise de dados recorreu-se a técnicas de estatística descritiva e inferencial. Para a aceitação das hipóteses de trabalho considerou-se o p<0,05. O estudo mereceu parecer positivo da CE. Resultados: A maioria das vítimas socorridas quer pela VMER quer pela SIV eram do sexo masculino com media de idades superior a 65 anos. No diz respeito à taxa de manobras de RCP tentadas ou continuadas a mesma foi muito superior nas vítimas socorridas pela SIV. Das 3200 vítimas de PCREH a maior percentagem de não falecidos no local, a quem foram efetuadas manobras de RCP; entrada na Unidade de saúde com vida verificou-se nos socorridos pela VMER quando comparados com os socorridos pelas SIV tendo a diferença significado estatístico. Relativamente às vítimas de PCREH testemunhada pelas equipas de EHM da VMER às quais foram efetuadas manobras de RCP, sem sinais de recuperação de circulação e que acabaram por falecer no local, também estas apresentam diferenças com significado estatístico. Relativamente ao tempo de chegada à vítima, recuperação de sinais de circulação e manobras RCP, o meio de socorro SIV foi o que demonstrou existir significado comparativamente com a VMER. Conclusão: Há necessidade de continuar o aumento de SIVs no país assim como a preparação dos enfermeiros para atuar nestas situações.