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Abstract(s)
A grande floresta europeia densa e obscura desapareceu proporcionalmente ao crescimento das cidades sobretudo a partir da modernidade. Na mesma medida do desaparecimento das florestas reais dá-se o seu incremento no território da cultura em geral e nas artes plásticas em particular. A floresta assume-se assim como arquétipo ou índice do natural e é nos seus melhores exemplos da arte sempre revisitada por uma persistente expressão atravessada pelo sonho e pela nostalgia. Nas representações de florestas feitas por artistas que quiseram recuperar, do pondo de vista estético, estas paisagens a partir de dentro, podemos encontrar talvez uma das raízes mais longínquas do questionamento ou da relativização da ideia de paisagem enquanto vista ou janela, a favor de uma ideia de paisagem enquanto errância ou envolvimento. Esse questionamento parece trazer também consigo a expressão ou tradução do fundamento ético primeiro que faz reconhecer a natureza como algo absolutamente superior ao homem. Tal acontece porque a maioria das representações de florestas feitas a partir do seu interior revelam um certo carácter estético negativo que induz no espectador mobilidade, desconforto, estranhamento obrigando-o a indagar e articular juntamente estética e ética.
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Keywords
Artes Visuais Paisagem História da Arte
Citation
Rama, S. (2016). Um percurso meditativo por algumas florestas na arte. Revista Visuais, 2(3), 41. doi:https://doi.org/10.20396/rv.v2i3.549
Publisher
Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes